sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Comunidades Indígenas de Rondônia


Os Arara da aldeia Iterap - festa tradicional de sua cultura na semana dos povos (Foto: Isaec-Dai-Papiron)

Povo Aikanã  - A Terra Indígena em que hoje habitam os Aikanã não corresponde ao seu território tradicional. Foram levados para lá pelo órgão indigenista em 1970, juntamente com outros dois povos indígenas. Dada a pouca fertilidade do solo, tiravam seu sustento da seringa, mas, devido à queda no preço desse produto, hoje encontram sérias dificuldades em sua reprodução física e cultural. Longe de se resignarem com essa situação, os Aikanã atualmente desenvolvem projetos de valorização cultural e procuram manter viva a língua por meio da formação escolar bilíngüe. Os Aicanãs (também conhecido como Aikanã, Massacá, Huari, Corumbiara, Kasupá, Mundé, Tubarão, Winzankyi). (Foto: índio Aikanã - http://mguarani.blogspot.com/).

Povo Sirionó (Isolados do rio São Simão). Os Sirionós apesar de se distinguirem dos demais tupis-guaranis por serem caçadores-coletores sem agricultura, assemelham-se aos tuparis de Rondônia (tupis, mas não tupis-guaranis) e aos pacaás-novos (txapacura) por apresentarem uma terminologia de parentesco do tipo Crow-Omaha. Habitam também as florestas do
leste da Bolívia, com os yuquis. Holmberg (1969),
que esteve com os sirionos, acreditava que eles eram guaranis originários do norte do Paraguai. A migração para a Bolívia e Rondônia resultou na invasão das áreas dos chanés (falante da língua aruak) e na submissão destes. Os falantes de guarani que alcançaram
o território chané foram mais tarde denominados
de chiriguanos. Provavelmente, migrações chiriguanas para regiões mais ao norte e leste da Bolívia originaram dois grupos lingüisticamente relacionados, os sirionos e os guarayos.


Vila Pedreira - Lábrea - Índias Kaxarari lavando roupas. (Foto: http://www.travel-images.com/brazil6.html)

Povo kwaza - (Foto: Hein van der Voort, 1998).

Povo Sirionó - No lado Boliviano dez indígenas desta etnia sobrevivem, em Beni (CIDDEBENI) 700 Sirionós com 50 famílias na província Guarayos de Santa Cruz (Santa María, Salvatierra y Cururú) e a mesma quantidade na província Iténes de Beni (El Carmen, Baures, La Embrolla y Bella Vista).

Área Indígena Pacaás-Novas -  Antiga Pakaa-Nova. Homologada em 29/10/1991, através do Decreto 256 de 30/10/1991. É adninistrada pela regional da Funai de Guajará-Mirim - Rondônia. Possui 279.906 ha e uma população de 1.223 índios (2005). Não possui índios isolados. Localiza-se no Município de Guajará-Mirim - RO. É habitada pelo Povo Wari.

Povo Wari.

Povo Kanoê - cerca de 90 Kanoê habitam ao longo das margens do Rio Guaporé. caracterizam-se por uma intensa inserção no modus vivendi da sociedade brasileira. Grande parte está casada com membros de outras etnias ou com não índios e apenas três indivíduos conhecem a língua nativa. Os Kanoê convivem com outras etnias nas Terras Indígenas Rio Branco e Rio Guaporé (antigo P.I. Ricardo Franco), bem como no município de Guajará-Mirim. Há ainda uma família na Terra Indígena Pacaás-Novas (P.I. Deolinda) e outras famílias na TI Sagarana, ambas habitadas pelos Wari. Segundo o depoimento do kanoê Munuzinho (que mora no P.I. Deolinda) em Janeiro de 1997, possivelmente ainda existam outros de seus parentes mais distantes vivendo em outras regiões de Rondônia, dos quais há muito não se tem notícias. (Fonte: http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kanoe/340). Índios Kapixaná (Kanoê), Tiaré (arco e flecha nas mãos) e Gualuré,
rio Pimenta Bueno, sem data. Foto: Aníbal A. Freire.


Povo Tupari  - Em seus contatos iniciais com os não-indígenas, nas primeiras décadas do século XX, os Tupari os denominaram Tarüpa, "maus-espíritos", por serem portadores de doenças e outras adversidades. Os Tupari compartilharam com outros povos de Rondônia um histórico do contato marcado primeiramente pela exploração e expropriação por seringalistas, e a partir da década de 1980 também por madeireiros e garimpeiros. Nos últimos anos os Tupari vêm procurando reverter esse quadro e lutam, com outros povos da região, contra a instalação de barragens no rio Branco. (Foto - Primeiro encontro de Franz Caspar com os Tupari. Créditos da foto: Franz Caspar, 1948).

Povo tupari - Crianças tupari da aldéia de Nazaré. (Foto: Zezinho - Picasa).

Grupo de mulheres Urueu-Wau-Wau com uma enfermeira da Funai. Foto: Jesco von Puttkamer/acervo IGPA-UCG, 1985.

Coisas inusitadas - Os filhotes de animais capturados durante a caça são amamentados pelas índias para que possam sobreviver.

Povo Nambikwara - Famosos na história da etnologia brasileira por terem sido contatados “oficialmente” pelo Marechal Rondon e por terem sido estudados pelo renomado antropólogo Claude Lévi-Strauss, os Nambiquara vivem hoje em pequenas aldeias, nas altas cabeceiras dos rios Juruena, Guaporé e (antigamente) do Madeira.

Habitam tanto o cerrado, quanto a floresta amazônica e as áreas de transição entre estes dois ecossistemas. Os Nambiquara ocuparam uma extensa região no passado e se caracterizaram pela mobilidade espacial. Dotados de uma cultura material aparentemente simples e de uma cosmologia e um universo cultural extremamente complexos, os Nambiquara têm preservado sua identidade através de um misto de altivez e abertura ao mundo. Índia Nambikwara. (Foto: Tatiana Cardeal © 2005.)

Comunidades Indígenas de Rondônia




Povo karitiana - Refeição comunal na aldeia Kyõwã. (Foto: Felipe Ferreira Vander Velden, 2003).

Comunidades Indígenas de Rondônia


Povo Ikolen - também conhecidos como Gavião, são falantes de uma língua da família Tupi-Mondé. Habitam a bacia do igarapé Lourdes e outros afluentes do rio Machado (ou Ji-Paraná), no estado de Rondônia, próximo à divisa com o Mato Grosso. Sua população distribui-se em seis aldeias, todas elas localizadas no interior da Terra Indígena Igarapé Lourdes, que compartilham com um outro grupo indígena: os Karo. Índio Gavião - (Foto: Tatiana Cardeal. © 2005).

Comunidades Indígenas de Rondônia


Wari - 2006 - Em menos de três semanas, faleceram três crianças do povo Oro Wari´ da aldeia Lage Velho, Terra Indígena Lage, no município de Guajará-Mirim (RO). Duas delas tinham quadro de desidratação.

As aldeias de Guajará-Mirim vêm sendo assoladas, nestes últimos meses, por epidemias de gripe, diarréias e surtos de malária como nunca aconteceram nos últimos 20 anos. O pico, inédito, ocorreu entre dezembro de 2006 e a primeira quinzena de janeiro de 2007.

Entre 1 e 20 de janeiro, 42 crianças indígenas foram internadas no hospital Bom Pastor, em Guajará-Mirim. A maioria tinha diarréia e sintomas de desidratação. Destas crianças, 12 vinham de Lage Velho, aldeia com população de 250 pessoas. Em dezembro, haviam sido 39 internações, número já alto para um o universo de 4mil pessoas atendido pelo pólo base de Guajará-Mirim.

Das crianças que foram tratadas, uma foi encaminhada para Porto Velho e os outros foram para outro hospital público.

Os Wari


Os Wari' são muitas vezes designados como Pakaa Nova, por terem sido avistados pela primeira vez no rio homônimo, afluente da margem direita do Mamoré, no estado de Rondônia. Mas é como Wari', palavra que em sua língua significa "gente", que gostam de ser chamados, e é dessa forma que são conhecidos pelos não-indígenas que mantêm com eles um convívio mais estreito. Vivem hoje aldeados em torno de sete Postos da Funai administrados pela Ajudância de Guajará-Mirim, Rondônia, e na Terra Indígena Sagarana, na confluência dos rios Mamoré e Guaporé, administrada pela Diocese de Guajará-Mirim. (Foto: Índia Wari no Posto Indígena Ricardo Franco, em aldeia wari - Kim-Ir-Sen/Agil)