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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A Beleza das Orquídeas

Orquídeas são todas as plantas que compõem a família Orchidaceae, uma das maiores famílias de plantas existentes. Apresentam muitíssimas e variadas formas, cores e tamanhos e existem em todos os continentes, exceto na Antártida, predominando nas áreas tropicais. Majoritariamente epífitas, as orquídeas crescem sobre as árvores, usando-as somente como apoio para buscar luz; não são plantas parasitas, nutrindo-se apenas de material em decomposição que cai das árvores e acumula-se ao emaranhar-se em suas raízes. Elas encontram muitas formas de reprodução: na natureza, principalmente pela dispersão das sementes mas em cultivo pela divisão de touceiras, semeadura in-vitro ou meristemagem.
A despeito da enorme variedade de espécies, pouquíssimos são os casos em que se encontrou utilidade comercial para as orquídeas além do uso ornamental. Entre seus poucos usos, o único amplamente difundido é a produção de baunilha a partir dos frutos de algumas espécies do gêneroVanilla, mas mesmo este limitado pela produção de um composto artificial similar de custo muito inferior. Mesmo para ornamentação, apenas uma pequena parcela das espécies é utilizada, pois a grande maioria apresenta flores pequenas e folhagens pouco atrativas. Por outro lado, das espécies vistosas, os orquidicultores vêm obtendo milhares de diferentes híbridos de grande efeito e apelo comercial.
Apesar da grande maioria das espécies não serem vistosas, o formato intrigante de suas flores é muito atrativo aos aficcionados que prestam atenção às espécies pequenas. Como nenhuma outra família de plantas, as orquídeas despertam interesse em colecionadores que ajuntam-se em associações orquidófilas, presentes em grande parte das cidades por todo o mundo. Estas sociedades geralmente apresentam  palestras frequentes e exposições de orquídeas periódicas, contribuindo muito para a difusão do interesse por estas plantas e induzindo os cultivadores profissionais a reproduzir artificialmente até espécies que poucos julgariam ter algum valor ornamental, contribuindo para diminuir a pressão sobre a coleta das plantas ainda presentes na natureza.

Devido a grande distribuição geográfica, é natural que um grupo tão diverso também apresente adaptações aos mais diferentes climas, bem como a multiplicidade dos agentes polinizadores presentes em cada região. Trata-se de uma família em ativo ciclo evolutivo e seus gêneros mais próximos cruzam-se com certa facilidade na natureza. A predominância das espécies ocorre nas regiões tropicais, notavelmente nas áreas montanhosas, que representam barreiras naturais e isolam as diversas populações de plantas. Algumas áreas principais são as ilhas e a área continental do sudeste asiático e a região das montanhas da Colômbia e Equador onde se pode encontrar um grande número de espécies, devido ao isolamento das espécies pelas diversas ilhas ou separadas pelas cadeias de montanhas, ocasionando elevado número de endemismos. O terceiro local em diversidade possivelmente é a mata Atlântica brasileira com mais de mil e quinhentas espécies. Outras áreas importantes são as montanhas ao sul do Himalaia na Índia e China, as montanhas da América Central e o sudeste africano, notadamente a ilha de Madagascar.
Algumas  espécies de orquídeas são consideradas verdadeiras preciosidades, como a Cattleya walkeriana (feiticeira), que foi destaque no livro A Joia da Bruxa, de Heitor Gloeden. “É uma orquídea única que não aceita clonagem e pode custar mais de R$ 2.500”, conforme informa Reinaldo Ilaci, do Orquidário Paulista. Outra espécie que atrai olhares é a Brasilaelia (Laelia) fidelenses, endêmica de São Fidélis (RJ), que pode ser comprada por R$ 25.  Há ainda algumas que parecem ter saído de um filme de ficção científica, como a Megaclinium purpureorhachis, que lembra um espiral.

Entre todas as características distintivas da família Orchidaceae, muito poucas são compartilhadas por todas as espécies devido ao fato destas encontrarem-se em diferentes estágios evolucionários. Alguns grupos divergiram do grupo principal nos primeiros estágios evolutivos da família, enquanto outros permaneceram constantes por muito tempo.Antes de introdução de espécies exóticas na Europa, as orquídeas eram há muito cultivadas como plantas de jardim. A primeira orquídea introduzida na Europa foi um exemplar de Brassavola nodosa que chegou na Holanda em 1615. Em 1688 desembarcaram as Disa uniflora vindas da África do Sul.
Provavelmente devido à sua supremacia, diversas coleções importantes formaram-se na Inglaterra durante o século XIX. Em 1818 chegaram os primeiros exemplares de Cattleya labiata (foto) provenientes do Brasil, causando grande sensação e reforçando ainda mais o interesse pelas espécies tropicais destas plantas.
Com o advento dos primeiros vistosos híbridos, no final do século XIX, o interesse por novas plantas provenientes dos trópicos diminuiu um pouco por algumas décadas, até que o interesse científico pela descrição de novas espécies no início do século XX, aumentasse a coleta de plantas e seu envio à Europa, principalmente para jardins botânicos e amadores interessados na recomposição de suas coleções.

A oferta de híbridos tem aumentado constantemente e as técnicas de semeadura modernas desenvolveram-se muito diminuindo bastante o preço destas plantas, outrora caras. As técnicas de seleção também aprimoraram-se e mesmo espécies naturais de difícil cultivo tem sido selecionadas de modo a tornar viável a cultura doméstica. A oferta de variedade raras de espécies naturais, com cores e formas selecionadas, vem também possibilitando a quase todos a aquisição de plantas antes apenas cultivadas por milionários. Em poucos anos qualquer planta altamente desejável pode ser reproduzida aos milhares. Vale notar o exemplo do Phragmipedium kovachii, espécie raríssima, desconhecida da ciência até 2002, hoje comum em coleções ao redor do mundo.
Fonte: Biorritmo, Inclui textos da Wikipedia

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cananga-do-Japão

Cananga-do-Japão
(Kaempferia rotunda)


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Kaempferia rotunda

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A Cananga-do-Japão (Kaempferia rotunda) também pode ser chamada de Flor-da-Terra, Flor-da-Ressurreição, Lírio-Misterioso, Cananga ou Ilang-ilang-da-Terra. Em espanhol é chamada de Ilang-ilang-de-la-tierra. Em inglês é chamada de Peacock-ginger, Flower-of-the-earth.
É originária da Ásia (Japão), sendo parente do gengibre. É uma planta herbácea que pode chegar a 60 cm de altura. As folhas são matizadas em diferentes tonalidades de verde na parte superior, sendo avermelhadas na parte inferior, formando grupos de folhas unidas na base. A floração é na Primavera e ocorre antes do surgimento das folhas. As flores são levemente perfumadas e lembram orquídeas. A vida da flor é de cerca de um a três dias, mas abrem continuadamente fazendo com que a floração dure mais de um mês.
Prefere ambientes quentes e úmidos e devem ser cultivadas sob sol pleno ou a meia sombra. O cuidado é que o ar que a circunda tenha sempre umidade, pondendo-se tê-la próximo a fontes de água. As regas devem ser moderadas, pois em excesso pode levar ao apodrecimento dos bulbos ou surgimento de fungos.
Se plantadas em um vaso este deve ser baixo, pois quando as flores aparecerem terá uma boa estética. No plantio em vasos deve-se misturar uma parte de terra comum, dois de composto orgânico e uma de terra vegetal. Se plantadas em canteiros, enquanto estiverem com folhas formarão um volume verde quase totalmente vertical, mas deve-se levar em conta o que se plantará ao redor pois as flores ficam mesmo juntas ao solo. O solo deve ser rico em matéria orgânica para que a planta tenha um bom desenvolvimento. Quanto a propriedades medicinais das plantas, seus rizomas são utilizados para tratamentos de pele, triturados ou secos misturado a água formando uma pasta, além de serem acrescentadas outras ervas.
No Inverno a planta entra em um período de dormência que dura até a Primavera seguinte. Neste período de dormência as regas devem ser diminuidas ao mínimo ou mesmo suspensas.
A reprodução é feita pela divisão dos rizomas que devem ser plantados em uma mistura de terra como foi descrito acima.
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http://www.clovegarden.com/ingred/img/gg_galless07e.jpgMembro da família das Zingiberáceas, a Kaempferia rotunda é uma das cerca de 50 espécies que compõem o gênero. Parente do gengibre, ela às vezes é chamada de "peacock ginger" (gengibre-pavão), em razão do colorido de suas folhas. As flores perfumadas lhe rendem outro nome interessante: ilangue-ilangue da terra (ilang-ilang de tierra ou flower of flowers of the earth) - em comparação ao perfume das flores da Cananga odorata (também conhecida como ylang-ylang)
As folhas são graciosas e matizadas. Os pecíolos se juntam fortemente, cobrindo uns aos outros na base, dando a impressão de uma haste. As flores surgem na primavera, antes da brotação das folhas. Além de perfumadas, as flores são vistosas e lembram alguns tipos de orquídeas.
As flores individualmente duram de um a três dias, mas a pouca duração é compensada, pois elas vão se abrindo sucessivamente pelo período de um mês ou mais.
Durante o inverno, a planta entra em dormência. Os rizomas permanecem dormentes sob a terra durante todo este período, armazenando energia e se preparando para "explodir" numa nova brotação na primavera.
Na medicina popular, os rizomas são usados em tratamento de pele. Eles são triturados - frescos ou secos - e misturados com água até formar uma pasta, que pode ser adicionada de outras ervas.
http://imaginacaoativa.files.wordpress.com/2009/09/kaempferia_rotunda_leaves.jpg?w=317&h=423


Folhagem da Kaempferia rotunda
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Ficha da Planta
Nomes populares: Cananga-do-Japão, flor-da-ressureição, lírio-misterioso, ilangue-ilangue da terra
Nome científico: Kaempferia rotunda
Família: Zingiberáceas
Origem: Ásia e Japão
Luminosidade: Luz solar plena e meia-sombra.
Clima: O ideal é o quente e úmido.
Solo: O solo ideal é o rico em matéria orgânica. Em vasos, usar uma mistura de 1 parte de terra comum, 2 partes de composto orgânico e 1 parte de terra vegetal.
Regas: Deve-se regar moderadamente até que a planta entre em dormência. Depois disso, as regas devem ser diminuídas drasticamente.
Floração: Na primavera.
Propagação: Divisão de rizomas.
Características: Planta herbácea, pode atingir cerca de 60 cm de altura. As flores são suavemente perfumadas.
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Por: Rose Aielo Blanco*


cananga02