Mostrando postagens com marcador Ecologia e Meio Ambiente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ecologia e Meio Ambiente. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de março de 2012

OIT diz que governo violou Convenção 169 no caso de Belo Monte


Um relatório da Comissão de Especialistas em Aplicação de Convenções e Recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado no último sábado, 3, confirma que o governo brasileiro deveria ter realizado as oitivas indígenas nas aldeias impactadas por Belo Monte antes de qualquer intervenção que possa afetar seus bens e seus direitos. A nota técnica da OIT corrobora a posição do Ministério Público Federal (MPF) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que já interpelaram o governo brasileiro sobre a não realização das oitivas.
De acordo com o documento da OIT, "a Comissão lembra que, em virtude do artigo 15 da Convenção, o governo está obrigado a consultar os povos indígenas antes de empreender ou autorizar qualquer programa de exploração dos recursos existentes em suas terras”, afirmando que Belo Monte poderá alterar a navegabilidade do Xingu, bem como a fauna, a flora e o clima da região. Estes impactos, afirma a OIT, "vão mais além da inundação das terras ou dos deslocamentos dos referidos povos”.
A não realização das oitivas, previstas também na Constituição Federal, motivou uma ação civil pública do MPF que, indeferida no Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF1) no final de 2011, deve seguir, após recurso, para votação no Supremo Tribunal Federal.
Agora, com a manifestação da OIT, os argumentos de parte dos desembargadores do TRF1 - de que a oitiva pode ocorrer em qualquer momento do processo -, são definitivamente invalidados. O documento também derruba argumentos de funcionários do governo de que os indígenas teriam sido ouvidos, mesmo que em reuniões informais. "Não se pode considerar que uma simples reunião informativa cumpra com as disposições da Convenção”. E conclui: "a Comissão [técnica] avalia que, de acordo com a documentação e as informações apresentadas pelo governo, os procedimentos levados a cabo até agora, mesmo que amplos, não reúnem os requisitos estabelecidos nos artigos 6 e 15 da Convenção, e tampouco demonstram que foi permitido aos povos indígenas participar de maneira efetiva na determinação de suas prioridades, em conformidade com o artigo 7 da Convenção”.
Nas recomendações finais, a Comissão de Especialistas pede ao governo brasileiro que tome as medidas necessárias para levar a cabo consultas com os povos indígenas afetados, em conformidade com os artigos 6 e 15 da Convenção, sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte, antes que os possíveis efeitos nocivos da dita usina sejam irreversíveis.
Em consulta com os povos indígenas, o Governo deve tomar medidas para determinar se as prioridades dos ditos povos foram respeitadas e se seus interesses serão prejudicados, e em que medida, afim de adotar as ações de mitigação e indenização apropriadas.
O que é a Convenção 169 da OITA Convenção sobre Povos Indígenas e Tribais - Convenção 169 – foi ratificada pelo país em 2002 e promulgada, via decreto presidencial, em 2004. A Convenção 169 estabelece, entre outros, que os povos indígenas e tribais têm o direito de serem consultados de forma livre, prévia e informada sobre ações do Estado que possam afetar seus bens ou direitos.
Para ver o documento completo (que traz ainda outros projetos federais com falhas no cumprimento da Convenção 169), clique em http://www.politicaspublicas.net/panel/oitinformes/informes169/1596-ceacr-brasil-2012.html
Fonte: ADITAL

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Índios isolados são identificados em área de impacto de hidrelétricas na Amazônia


Expedição da Funai realizada neste ano encontrou vestígios de grupo não contatado na TI Katauixi/Jacareúba, na divisa do Amazonas com Rondônia

  • Abrigo conhecido como “rabo de jacu” feito por palhas transadas de índios isolados
     FOTO: Divulgação
  • Mateiro de expedição da Funai realizada em 2009 já havia constatado vestígios de passagem de índios isolados na região
    FOTO: Funai

Expedição da Frente de Proteção Etnoambiental do Madeira (FPEA Madeira) da Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou a presença de índios isolados em uma área da Terra Indígena Katauixi/Jacareúba, no Estado do Amazonas, entre os municípios de Lábrea e Canutama, na divisa com Rondônia.
A área onde vestígios, pegadas e outros sinais da presença de índios isolados foram encontrados fica a 30 quilômetros do canteiro de obras das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio. A Funai baixou uma portaria reconhecendo a presença do grupo e restringindo o acesso ao local, com delimitações na região.
A confirmação de índios isolados foi feita pela expedição da FPEA Madeira em outubro deste ano, mas o relatório da Funai só veio à público neste mês, quando ele foi publicado no blog a Coordenação Regional Madeira, mas retirado em seguida.
Nesta segunda-feira (26), o coordenador da FPEA Madeira, Rogério Vargas Motta, ao ser procurado pelo portal acrítica.com, confirmou que há dois meses a expedição formada por ele e outros funcionários da Funai, além de dois indígenas da etnia apurinã, foi abordada por meio de assobios simulando sons de animais pelos índios isolados.
Motta disse que as informações sobre a presença deste grupo contatado já existia há 20 anos, mas somente agora é que os vestígios foram detectados. Há suspeitas de que os índios isolados pertençam ao mesmo grupo dos índios da etnia juma, cujos últimos remanescentes são apenas quatro pessoas.

Assobios
Motta conta que durante a expedição, que começou a operar neste ano, a equipe subiu as cabeceiras do rio Paciá (afluente do rio Purus e Amazonas).
A confirmação da existência dos índios isolados seu deu no meio da mata, por meio de diferentes manifestações: sinais de pegadas, quebradas e torções de arbustos, galhos cortados, palhas trançadas e assobios. A expedição optou por não se aproximar dos indigenas, adotando uma estratégia diferente da realizada no passado.
“Os apurinã morrem de medo deles. E não podíamos chegar muito perto porque poderíamos levar flechadas. A metodologia da Funai não é fazer contato. Se identificamos vestígios, optamos por nos afastar”, disse Mota.

Vulneráveis
O coordenador de índios isolados da Funai, Leonardo Lenin dos Santos, disse ao portal que os trabalhos da FPEA Madeira vão ser intensificados.
“A presença dos indígenas está em uma área próxima de dois empreendimentos. A frente foi criada justamente em função de indícios de índios isolados e da sua vulnerabilidade”, disse.
Santos disse também que as expedições vão continuar para que sejam elaborados “subsídios para a Funai” executar ações visando a proteção dos indígenas isolados a partir de 2012.
Rogério Vargas Motta reiterou que é preciso elaborar um Plano de Trabalho mais duradouro junto à área dos índios isolados para evitar impactos sociais provocados pelas duas hidrelétricas e pelo avanço de invasão nas áreas sobrepostas – o local fica no entorno do Parque Nacional Mapinguari e Terra Indígena Caititu.
Segundo Motta, há outros indícios da presença de outros grupos isolados na região e não apenas este confirmado em 2011 pela FPEA.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pesquisa do IBGE indica crescimento da população indígena

O instituto registrou um aumento de 83 mil índios nos últimos dez anos. As terras indígenas ocupam quase 13% do território brasileiro. Os grupos enfrentam problemas diversos como: obras públicas, expansão da fronteira agrícola e disputa por terras.


Fonte:Globonews

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Funai coopta e divide indígenas, e Sheila Juruna é agredida em sua aldeia


MANIFESTO EM SOLIDARIEDADE A SHEILA JURUNA


O Comitê Xingu Vivo, fórum composto por dezenas de entidades que lutam contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e a destruição da Amazônia, manifesta publicamente solidariedade à Sheila Juruna, importante liderança da Aldeia Boa Vista, povo Juruna. Sheila foi alvo de agressão física durante reunião ocorrida no sábado passado, na referida aldeia, ficando, em decorrência da violência sofrida, com diversas escoriações e hematomas por todo o corpo.

Ao contrário de defender os direitos socioculturais dos povos, preservar o meio ambiente e proteger os territórios indígenas contra a destruição de seus bens naturais, a FUNAI, subserviente a Norte Energia S.A (NESA), atua criando intrigas, enganando, iludindo e jogando irmãos contra irmãos, parentes contra parentes. Foi isso o que o Coordenador regional da FUNAI em Altamira fez na comunidade de Sheila Juruna.

A recente demissão do Cacique Kayapó Megaron Txucarramãe, da coordenação da FUNAI de Colider – MT, mostra bem como esta fundação tem agido contra todos que ousam se opor as empreiteiras, mineradoras e outras empresas que implementam obras de desestruturação da vida na Amazônia.

As conseqüências das ações da FUNAI tem sido devastadoras, em especial para a juventude indígena que, seduzida pelos bens e recursos oferecidos, deixam-se enganar e cooptar, perdendo suas referencias históricas e culturais, ficando sujeitas a todo tipo de problemas, como alcoolismo, drogas, exploração sexual, perda de valores e até mesmo da própria vida.

Ao contrário do Governo federal, da FUNAI e da NESA, Sheila Juruna sempre será uma guerreira contra a destruição do rio Xingu, contra a construção de Belo Monte. Suas ações em defesa dos povos indígenas são reconhecidas nacional e internacionalmente. Este é o exemplo que devemos seguir.

 TODO APOIO E SOLIDARIEDADE À SHEILA JURUNA,
GUEREIRA DO XINGU!

ASSINAM ESTE MANIFESTO:
- Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes (APACC)
- Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG)
- Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Pará (AITESAMPA)
- Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA)
- Associação dos Concursados do Pará (ASCONPA)
- Associação Sindical Unidos Pra Lutar
- Comissão Pastora da Terra (CPT/PA)
- Conselho Indigenista Missionário Regional Norte II (CIMI)
- Comitê Dorothy
- Companhia Papo Show
- Coletivo de Juventude Romper o Dia
- Central Sindical e Popular CONLUTAS
- Diretório Central dos Estudantes/UFPA
- Diretório Central dos Estudantes/UNAMA
- Diretório Central dos Estudantes/UEPA
- Federação de Órgãos para Assistência social e educacional (FASE - Amazônia)
- Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense (FMAP)
- Fundação Tocaia (FunTocaia)
- Fórum da Amazônia Oriental (FAOR)
- Fórum Social Pan-amazônico (FSPA)
- Fundo Dema/FASE
- Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB)
- Instituto Amazônia Solidária e Sustentável (IAMAS)
- Instituto Universidade Popular (UNIPOP)
- Instituto Amazônico de Planejamento, Gestão Urbana e Ambiental (IAGUA)
- Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade do Estado do Pará (MMCC-PA)
- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
- Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
- Movimento Luta de Classes (MLC)
- Movimento Estudantil Vamos à Luta
- Mana-Maní Círculo Aberto de Comunicação, Educação e Cultura
- Movimento Hip-Hop da Floresta (MHF/NRP)
- Nação Indígena Pindorama Brasil (NIPBR)
- Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
- Partido Comunista Brasileiro (PCB)
- Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU)
- Partido Comunista Revolucionário (PCR)
- Rede de Educação Cidadã (RECID)
- Rede de Juventude e Meio Ambiente (REJUMA)
- Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH)
- Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Pará (SINTSEP/PA)
- Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN)
- Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Gestão Ambiental do Estado do Pará (SINDIAMBIENTAL)
- Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Belém e Ananindeua
- Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (SINTRAM)
- Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (SINDTIFES-PA)
- Movimento Articulado de Mulheres da Amazônia (MAMA)
- Fórum Carajás
- Instituto Humanitas
- Instituto Madeira Vivo (IMV)
- Instituto de Educação Popular de Rondônia (IEPRO)
- Organização Coletiva dos Pescadores Tradicionais de Jaci-Paraná-Pirá
- Rede de Entidades em Defesa da Vida – Porto Velho/RO
- Assembléia Nacional de Estudantes Livre - ANEL Santarém
- Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA)
- Rede Bragantina de Economia Solidária
- Juntos! Juventude em luta
- Juntas! Coletivo de mulheres
- Rede Emancipa - Movimento social de cursinhos populares
 Fonte:IHU

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A Beleza das Orquídeas

Orquídeas são todas as plantas que compõem a família Orchidaceae, uma das maiores famílias de plantas existentes. Apresentam muitíssimas e variadas formas, cores e tamanhos e existem em todos os continentes, exceto na Antártida, predominando nas áreas tropicais. Majoritariamente epífitas, as orquídeas crescem sobre as árvores, usando-as somente como apoio para buscar luz; não são plantas parasitas, nutrindo-se apenas de material em decomposição que cai das árvores e acumula-se ao emaranhar-se em suas raízes. Elas encontram muitas formas de reprodução: na natureza, principalmente pela dispersão das sementes mas em cultivo pela divisão de touceiras, semeadura in-vitro ou meristemagem.
A despeito da enorme variedade de espécies, pouquíssimos são os casos em que se encontrou utilidade comercial para as orquídeas além do uso ornamental. Entre seus poucos usos, o único amplamente difundido é a produção de baunilha a partir dos frutos de algumas espécies do gêneroVanilla, mas mesmo este limitado pela produção de um composto artificial similar de custo muito inferior. Mesmo para ornamentação, apenas uma pequena parcela das espécies é utilizada, pois a grande maioria apresenta flores pequenas e folhagens pouco atrativas. Por outro lado, das espécies vistosas, os orquidicultores vêm obtendo milhares de diferentes híbridos de grande efeito e apelo comercial.
Apesar da grande maioria das espécies não serem vistosas, o formato intrigante de suas flores é muito atrativo aos aficcionados que prestam atenção às espécies pequenas. Como nenhuma outra família de plantas, as orquídeas despertam interesse em colecionadores que ajuntam-se em associações orquidófilas, presentes em grande parte das cidades por todo o mundo. Estas sociedades geralmente apresentam  palestras frequentes e exposições de orquídeas periódicas, contribuindo muito para a difusão do interesse por estas plantas e induzindo os cultivadores profissionais a reproduzir artificialmente até espécies que poucos julgariam ter algum valor ornamental, contribuindo para diminuir a pressão sobre a coleta das plantas ainda presentes na natureza.

Devido a grande distribuição geográfica, é natural que um grupo tão diverso também apresente adaptações aos mais diferentes climas, bem como a multiplicidade dos agentes polinizadores presentes em cada região. Trata-se de uma família em ativo ciclo evolutivo e seus gêneros mais próximos cruzam-se com certa facilidade na natureza. A predominância das espécies ocorre nas regiões tropicais, notavelmente nas áreas montanhosas, que representam barreiras naturais e isolam as diversas populações de plantas. Algumas áreas principais são as ilhas e a área continental do sudeste asiático e a região das montanhas da Colômbia e Equador onde se pode encontrar um grande número de espécies, devido ao isolamento das espécies pelas diversas ilhas ou separadas pelas cadeias de montanhas, ocasionando elevado número de endemismos. O terceiro local em diversidade possivelmente é a mata Atlântica brasileira com mais de mil e quinhentas espécies. Outras áreas importantes são as montanhas ao sul do Himalaia na Índia e China, as montanhas da América Central e o sudeste africano, notadamente a ilha de Madagascar.
Algumas  espécies de orquídeas são consideradas verdadeiras preciosidades, como a Cattleya walkeriana (feiticeira), que foi destaque no livro A Joia da Bruxa, de Heitor Gloeden. “É uma orquídea única que não aceita clonagem e pode custar mais de R$ 2.500”, conforme informa Reinaldo Ilaci, do Orquidário Paulista. Outra espécie que atrai olhares é a Brasilaelia (Laelia) fidelenses, endêmica de São Fidélis (RJ), que pode ser comprada por R$ 25.  Há ainda algumas que parecem ter saído de um filme de ficção científica, como a Megaclinium purpureorhachis, que lembra um espiral.

Entre todas as características distintivas da família Orchidaceae, muito poucas são compartilhadas por todas as espécies devido ao fato destas encontrarem-se em diferentes estágios evolucionários. Alguns grupos divergiram do grupo principal nos primeiros estágios evolutivos da família, enquanto outros permaneceram constantes por muito tempo.Antes de introdução de espécies exóticas na Europa, as orquídeas eram há muito cultivadas como plantas de jardim. A primeira orquídea introduzida na Europa foi um exemplar de Brassavola nodosa que chegou na Holanda em 1615. Em 1688 desembarcaram as Disa uniflora vindas da África do Sul.
Provavelmente devido à sua supremacia, diversas coleções importantes formaram-se na Inglaterra durante o século XIX. Em 1818 chegaram os primeiros exemplares de Cattleya labiata (foto) provenientes do Brasil, causando grande sensação e reforçando ainda mais o interesse pelas espécies tropicais destas plantas.
Com o advento dos primeiros vistosos híbridos, no final do século XIX, o interesse por novas plantas provenientes dos trópicos diminuiu um pouco por algumas décadas, até que o interesse científico pela descrição de novas espécies no início do século XX, aumentasse a coleta de plantas e seu envio à Europa, principalmente para jardins botânicos e amadores interessados na recomposição de suas coleções.

A oferta de híbridos tem aumentado constantemente e as técnicas de semeadura modernas desenvolveram-se muito diminuindo bastante o preço destas plantas, outrora caras. As técnicas de seleção também aprimoraram-se e mesmo espécies naturais de difícil cultivo tem sido selecionadas de modo a tornar viável a cultura doméstica. A oferta de variedade raras de espécies naturais, com cores e formas selecionadas, vem também possibilitando a quase todos a aquisição de plantas antes apenas cultivadas por milionários. Em poucos anos qualquer planta altamente desejável pode ser reproduzida aos milhares. Vale notar o exemplo do Phragmipedium kovachii, espécie raríssima, desconhecida da ciência até 2002, hoje comum em coleções ao redor do mundo.
Fonte: Biorritmo, Inclui textos da Wikipedia

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Uma grande manifestação simultanea e internacional será realizada, contra a Construção da hidrelétrica de Belo Monte

Uma grande manifestação simultanea e internacional será realizada no dia 20 de agosto as 13:00 hrs.

Os estados brasileiros participantes são: Acre, São Paulo, Rio de janeiro, Pernambuco, Amazonas, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Bahia, Brasilia, Belo Horizonte, Maranhão, Mato Grosso, mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Paraná, Minas Gerais e Brasilia.

Paises participantes: França, ecuador, Peru, Mexico, Estados Unidos, Canada, Argentina, Chile, Reino Unido, Espanha, Austrália e Portugal.

Em São Paulo-SP o evento se realizará na Av. Paulista, em frente ao MASP ( Museu de Arte de São Paulo) as 13:00 hs


Em Santos-SP, praça das bandeiras, 18:00hs

No Rio de Janeiro-RJ, posto 4 na Av. Atlantica em Copacabana, as 14:00 hs

Em Salvador-BA, Praça Campo Grande, até a Praça Municipal, as 14:00 hs

Em Fortaleza-CE, praça José de Alencar, centro, as 13:00 hs


Em Natal-RN, Calçadão da João Pessoa, centro, as 14:00hs

Em Recife-PE, Praça do Derby, as 14:00 hs

Em Brasília-DF, em frente ao congresso nacional, as 14:00 hs

Em Belo Horizonte
, Av. Afonso pena, centro, em frente a sede da prefeitura, as 14:00hs

Em João Pessoa-PB, feirinha de Tambaú, as 14:00

Em Belém-PA, Praça da República, em frente ao Teatro da Paz rumo ao Ver o Peso, as 08:30

Em Porto Alegre-RS, Praça Parobé, mercado publico, as 14:00hs


Em Canarana-MT, em frente a prefeitura de Canarana, as 13:00hs

Na França, Parvis des droits de l'Homme, place du Trocadéro, Paris, 15:00h

Em Portugal, ...

PORTO, Consulado Brasileiro, Av França n° 20, as 13:00 hs

LISBOA, Consulado Brasileiro, Praça Luis de Camões , CHIADO

Nos Estados Unidos - USA...

Florida, Lincon Rd and Washington Ave Miami Beach,  On August 20th· 18:00 - 21:00pm
 
San Francisco, 300 Montgomery street, Suite 900, San Francisco, CA 94104, day 22, Monday, in Brazilian Consulate.

Washington, DC Brazilian Embasy in Washington DC - Georgetown, Monday, 22 12:30pm


Salt Lake City, Utah Utah Brazilian Consulate, 180 south 300 West, Suite 130, Monday, 22 TDB


New York City, NY Brazilian Consulate, AVE. of theAmericas and 14th ST. NYCMonday, 22 12:00pm


No Mexico, Guadalajara, Brazilian Consulate, monday 22, 12:30pm


Wales Wrexman, Monday 22, 1:00pm


Na Austrália, Caneberra, ACT Brazilian Embassy - Canberra. 19 Forster Crescent, Yarraluma, monday, 22, 1:00pm


No Canadá, Toronto, Ontario Embassy of Brazil in Toronto - 77. Bloor Street West, Suite 1109, Monday 22 3:00pm


Na Inglaterra, London Embassy of Brazil, London, Monday, 22, 1:00pm


Na Alemanha, Berlin Brazilian Embassy in Berlin, Monday, 22 2:30pm


Em Netherlands, Hauge Brazilian Embassy in the Haugue, Monday, 22, 8:30am


Em Scotland, Edinburgh from Carlton Hiil to the Meadows Monday, 22, 12:00pm


Em Taiwan, Taipei Nearest Emassy or Consulate, Monday, 22, 2:00pm


Em Turkey, Ankara Brazilian Embassy, Monday,22, 11:00am


Com realização de cantos e danças tradicionais xinguanas, torés diversos e rituais de guerra xinguanos.

Haverá pintura corporal indigena xinguana, realizada pelos guerreiros do xingu.


CHEGUE CEDO PARA SER PINTADO PELOS GUERREIROS DO XINGU (a partir das 11:00 às 13:00)

Estarão presentes as etnias indigenas: Kalapalo, Kamayurá, Kuikuro, Guarani, Wassu cocal, Xavante, Tikuna, Pataxó, Pankararu, Fulni-ô, Kaiowá, entre outras mais.

COMPAREÇA!!

E faça parte desta grande corrente de cidadania e justiça!!

PELO DIREITO DE SOBREVIVENCIA DOS POVOS XINGUANOS

Organização:

Sany Kalapalo
Neydison Pataxó
Kuana Kamayurá
Eduardo Vitszyn

Apoio:
Blog do Netuno
Vedas
Casa Jaya
Greenpeace
Revolução da colher
Xingu vivo para sempre
Tradição dianica nemorensis
Movimento Brasil pelas florestas
Museu do índio - Embu das artes/SP

Obs: O museu do indio e a Casa Jaya, em são paulo, estarão realizando pinturas corporais indigenas xinguanas na semana anterior o dia do protesto para quem quiser se preparar para o grande ritual antecipadamente.



HISTORICO

O Frente de Ação Pro-Xingu é uma idealização ds índias Sany Kalapalo e Kuana Kamayurá Kalapalo, que criaram este grande movimento visando combater os reais problemas sofridos no Xingu. O principal deles, é a construção de uma mega usina hidroelétrica que, desde que fora projetada em 1980, vem desencandeando uma série de problemas, conflitos e manifestações indigenas, contra as ações do governo que atualmente vem respondendo de maneira cada vez mais danosa para os índios.

O inicio efetivo deste movimento agitado por estas duas jovens guerreiras xinguanas, se deu em janeiro de 2010, onde por uma ideia proposta e muito trabalho, vem crescendo a cada dia, ganhando cada vez mais apoiantes e seguidores.

O primeiro protesto de rua foi realizado, depois de muito esforço e trabalho, no dia 25 de Março de 2011, onde compareceram apenas 12 pessoas, mesmo com uma boa divulgação. Após isto, em empenho maior no tocante ao esclarescimento do foco movimental foi realizado e uma nova manifestação de rua marcada para dia 20 de Maio, desta vez, com cerca de 300 pessoas presentes, dentre elas, representantes de 13 etnias diferentes.

Após este evento, muitas pessoas tomaram conhecimento da luta e se organizaram entre si, realizando mais manifestações.

A proxima manifestação de rua marcada será de cunho internacional, onde todos os estados brasileiros realizarão o mesmo protesto, no mesmo dia e hora, com a confirmação de 16 paises e seus respectivos estados-capitais. Esta manifestação esta marcada para o dia 20 de agosto de 2011 e fora marcada no dia 21 de maio de 2011 em uma reunião de familia.

Desde então os esforços tem sido gigantescos.

Muitos ganhos, muitas dificuldades, muitas alegrias, muitas tristezas, muitas ofensas, muitas decepções....e a preocupação só aumentando e a luta cada vez mais dificil.

Mas essas duas índias guerreiras não desistem e se mantem firma na luta em defesa do seu povo.

Um grande exemplo a ser seguido pelos jovens indígenas do Brasil.....Os verdadeiros donos da Terra!!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Belo Monte vergonha Mundial, Ibama fecha os olhos para os impactos sócioambientais que atingirão milhares.

"Clik na imagem para ampliar e ler"
O Ministério Público Federal (MPF) caracterizou a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de conceder a Licença de Instalação à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará como ato “no limite da irresponsabilidade”. Ajuizada no último dia 6, a ação do MPF pede a suspensão da licença para o início das obras em função do descumprimento das condições prévias exigidas pelo próprio Ibama para preparar a região para os impactos.
Para conceder a licença – a despeito de seu próprio parecer técnico que constatou inúmeras irregularidades no cumprimento das condicionantes – o Ibama criou conceitos inexistentes na lei, como condicionantes “em cumprimento” ou “parcialmente atendidas”.  Foi o caso, por exemplo, das obras de saneamento nas regiões onde ficarão os canteiros da obra que deveriam estar prontas para a concessão da licença, mas que sequer foram iniciadas.  Ao invés de considerar que a condicionante não havia sido atendida, a mera apresentação de um projeto para concluí-la em março de 2012 fez com que fosse considerada como condicionante “em cumprimento”.
Outra condicionante fundamental, como a implantação prévia de saneamento para controle da água em Altamira (PA), foi considerada como “parcialmente atendida”, uma vez que sua conclusão está prevista para 2014. Até lá, haverá contaminação e eutrofização (leia-se apodrecimento) das águas dos igarapés que banham a cidade.
Decisões, no mínimo, irresponsáveis, como atesta o MPF, têm se tornado a tônica das ações de fiscalização e controle ambiental nos últimos anos. Desde a criação de conceitos elásticos para permitir a instalação das usinas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, a flexibilização das normas de licenciamento ambiental têm sido a resposta encontrada pelo governo para garantir a execução dos projetos que considera prioritários, a revelia de sua aceitação pela sociedade. E, pior, fechando os olhos para os impactos socioambientais que atingirão milhares de moradores da região, centenas dos quais necessitam diretamente dos recursos naturais dos territórios que serão modificados radicalmente com a obra.
A ideia de que “quinze ou vinte milhões de pessoas não podem impedir o progresso de 185 milhões de brasileiros”, conforme afirmou em 2009 um dos diretores da Eletrobrás, justifica a flexibilização da normativa ambiental. Além disso, ganha aceitação social na medida em que evoca um discurso recorrente nos meios empresariais e em alguns setores do governo que afirmam que o licenciamento prejudica o desenvolvimento do país.
Além de alimentar uma velha percepção já popularizada de que ações de proteção ambiental impedem a geração de empregos e crescimento econômico, essa ideia implica a perigosa aceitação por parte da sociedade de que o acesso aos direitos de alguns grupos pode ser flexibilizado em detrimento do suposto benefício do conjunto da sociedade.
O resultado tende a ser o esgarçamento dos laços que unem a sociedade brasileira e a perda das bases sociais e ambientais que garantem a manutenção dos meios de vida, trabalho e reprodução social de inúmeros cidadãos que vivem em regiões distantes dos centros de poder.
Um processo de licenciamento sério deveria dar visibilidade à perspectiva dos grupos diretamente afetados e promover uma discussão com a sociedade focada no produto – a energia, no caso de Belo Monte – antes de reafirmar a necessidade da obra. Se a necessidade manifesta é de gerar energia, deve ser estabelecido um debate sobre qual o tipo de energia e quais as formas social e ambientalmente seguras de obtê-la, garantida a participação dos potencialmente atingidos tanto na definição da necessidade do empreendimento quanto na concepção de alternativas técnicas. Essa perspectiva é partilhada por um conjunto de organizações que se articulam na Rede Brasileira de Justiça Ambiental.
A entrada, em abril, da Vale, maior consumidora de energia elétrica do país, no consórcio, responsável pela construção de Belo Monte, demonstra que o destino da energia gerada não será dado prioritariamente ao atendimento da demanda residencial como poderia fazer crer o argumento do diretor da Eletrobrás.
A expansão de setores intensivos no uso de energia – como as atividades mineradoras – na Amazônia, aliada ao ainda pouco explorado potencial hidrelétrico da região têm feito com que a construção de usinas de grande porte sejam priorizadas pelo governo e executadas a revelia dos critérios e normas de proteção social e ambiental estabelecidos pelo próprio Estado.
Sete dias após a concessão da Licença de Instalação de Belo Monte, o Ibama admitiu que está elaborando uma proposta de redução de sete unidades de conservação no vale dos rios Tapajós e Jamanxim, no Pará, uma das áreas mais preservadas e mais biodiversas da floresta amazônica, para permitir a construção de outras seis hidrelétricas.
A fim de evitar o constrangimento de não cumprir com suas próprias exigências, como em Belo Monte, o Ibama se apressa em alterar os instrumentos de proteção que garantem o cumprimento de sua missão. A irresponsabilidade parece já não conhecer limites.
* Julianna Malerba é mestre em Planejamento Urbano e Regional e coordenadora do Núcleo Justiça Ambiental e Direitos, da FASE. É também membro da Rede Brasileira de Justiça Ambiental.
Por Julianna Malerba
fonte: boletim da fase

terça-feira, 31 de maio de 2011

Natureza Amazônica



AÇAÍ


O açaizeiro é umas das mais importantes árvores frutíferas do norte do Brasil. As populações ribeirinhas do baixo Amazonas o têm como principal fonte de subsistência, aproveitando seu fruto, folhas, raízes, palmito e tronco. Mas, especialmente o fruto do açaí é o principal atrativo da palmeira. Existem duas variedades dele, o açaí roxo e o branco. Ambos, por maceração, liberam um suco tradicional e bastante apreciado com farinha de mandioca ou de tapioca, pela população amazônica.

O Açaí contém um complexo vitamínico extenso, com destaque para as vitaminas A, B, E, e os minerais como o cálcio e o potássio, que se apresentam em alta dosagem. É rico em lipídios e fibras, e possui um elevado índice de proteínas e ferro, que são compostos orgânicos de carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio, componentes principais dos seres vivos. Possui valor calorífico superior ao do leite de gado, e com teor de glucídios duas vezes maior.

O açaí é um alimento tão difundido na cultura da região, que, só no estado do Pará, são consumidos 400.000 litros de açaí por dia, contra 200.000 litros de leite de gado.
Autoridades médicas e nutricionistas afirmam possuir alto poder energético e análises constatam a existência de gorduras saudáveis, açúcares totais de celulose e a cinza, que é uma grande acumuladora de potássio.

Por tudo isso, é considerada uma planta medicinal e uma fonte alternativa de energia.

BABAÇÚ



Babaçu é uma palmeira que se destaca entre as outras por sua beleza peculiar. Chega a atingir entre 10 e 20 metros de altura, com suas folhas em direção ao céu. Os principais produtos extraídos da babaçu são as amêndoas contidas em seus frutos, as quais são retiradas manualmente pelos caboclos através de um sistema caseiro tradicional e de subsistência chamado de “quebradeira”.

A extração das amêndoas, proporcionando trabalho, dá sobrevivência a grande parte da população interiorana, onde nascem as palmeiras. Delas, tudo se aproveita e por isso é muito importante nas economias de subsistência e em regiões carentes como o sul da Amazônia.



CASTANHA-DO-PARÁ


As majestosas castanheiras são seculares. Nativas das matas de terras firmes elas nascem de forma espontânea juntamente com várias árvores nativas em agrupamentos chamados tradicionalmente de castanhais. Também conhecida como castanheira-do-brasil, é uma das mais importantes árvores amazônicas e sua exploração tem um papel fundamental na organização socioeconômica e no reflorestamento de grandes áreas degradadas da floresta.

Os frutos da castanheira, também chamados pelo nativo de "ouriços", possuem uma casca lenhosa e rígida, podendo pesar até dois quilos. Ao amadurecem eles despencam do alto da castanheira afundando no chão da mata ou partindo-se ao meio, pela altura das castanheiras somadas ao seu peso. A castanha, fruto de polpa branca, é rica em gorduras e proteínas. Pode ser consumida fresca, assada ou como ingrediente em pratos doces e salgados.

É um substancial alimento, contendo, em potencial, as vitaminas A, B, C, D, E, F, PP, minerais como o Cálcio, o Fósforo, o Potássio, proteínas em grande percentual e ferro. É um elemento fundamental da culinária cabocla.

A ingestão de somente três castanhas por dia é o bastante para suprir o organismo de quase todas as substâncias alimentícias necessárias para a sobrevivência. É considerada a carne vegetal mais completa, segundo a classificação que lhe deu o cientista e naturalista italiano Botazzi.

É também muito usada pelos caboclos para clarear os cabelos. Colocam a resina pura nos fios, expondo-os ao sol por longo tempo. No corpo, mais propriamente nos seios e abdômen, aplica-se o seu óleo bruto em massagens, para evitar estrias e amaciar a pele, deixando-a suave e sedosa.

COCO

O coqueiro é uma palmeira tropical que dá o famoso coco-da-praia ou simplesmente, coco – Sua origem é bastante controversa. Uns dizem que é oriundo da Índia; outros afirmam que é proveniente de ilhas do Pacífico; alguns, ainda, o julgam africano; e, para completar, dizem também que já existia em tempos pré-colombianos na América Central.(TASSARO, 1996).

Avariedade de coco gigante chega a atingir 35 metros de altura e pode ultrapassar 150 anos de idade, ambas têm as mesmas características e utilidades. A diferença entre as duas é que o gigante possui grande longevidade. Com toda a sua elegância e porte o coqueiro representa umas das mais belas plantas existentes. Na Amazônia, a produção de coco vem aumentando muito por causa da extração da fibra contida na casca de seu fruto, a qual é usada para fabricação de colchões, estofados de automóveis, etc.



JARINA

Seringal São Luis do Remanso/Xapuri-Acre
Seringueiro com cacho de jarina.
Foto: Carlos Carvalho/Brasil Imagem
Uma palmeira incomum.
O marfim-vegetal, ou jarina, é uma variedade de palmeira encontrada principalmente no norte da América do Sul. Essa árvore de crescimento lento tem belas frondes que brotam diretamente do chão. Por anos não se vê o tronco. Um marfim-vegetal com tronco de dois metros de altura tem pelo menos 35 a 40 anos. Logo abaixo das folhas nascem grandes aglomerados fibrosos que, em geral, pesam 10 quilos e consistem em frutos lenhosos bem compactos. Cada fruto geralmente contém de quatro a nove sementes, mais ou menos do tamanho e formato de um ovo de galinha. De início, as cavidades das sementes contêm um líquido refrescante, parecido com água de coco. Depois, o líquido se transforma numa gelatina doce e comestível. Por fim, a gelatina amadurece e vira uma substância branca e dura, incrivelmente parecida com o marfim de origem animal.

O marfim vegetal é uma alternativa prática, pois se parece com o de origem animal, é extremamente duro, permite bastante polimento e absorve bem os corantes. O marfim vegetal e o animal são tão parecidos que os artesãos em geral deixam um pouco da casca marrom nos seus produtos para provar que não usaram marfim de elefante – proibido em todo o mundo.

O marfim-vegetal não é uma descoberta recente. Já em 1750, o frei sul-americano Juan de Santa Gertrudis mencionou-o em suas crônicas, comparando as sementes a "bolas de mármore" usadas para entalhar estatuetas. No início dos anos 1900, o Equador, principal fonte do marfim-vegetal, exportava milhares de toneladas de sementes todo ano, principalmente para a produção de botões. Depois da Segunda Guerra Mundial, o surgimento de plásticos novos e baratos praticamente acabou com o comércio de marfim-vegetal.

As muitas utilidades do marfim-vegetal
As sementes são deixadas secar sob o sol tropical por um a três meses, dependendo do teor de água. Depois são descascadas numa máquina, classificadas segundo o tamanho e cortadas em fatias para serem então utilizadas na fabricação de botões. De fato, botões de "marfim" tirado dessa árvore adornam algumas das melhores roupas do mundo. Mas o marfim-vegetal não é usado só em botões. Entre os muitos produtos feitos dele estão jóias, peças de xadrez, palhetas para instrumentos de sopro, teclas de piano e cabos de guarda-chuva.

Acima de tudo, o marfim-vegetal pode contribuir muito para a preservação do elefante africano. Assim, se você desejar o luxo do marfim, não é preciso ir buscá-lo nas savanas africanas. Recorra às florestas tropicais da América do Sul onde o marfim é tão abundante que dá em árvores! Sim, lembre-se do marfim-vegetal, o benfeitor do elefante.

JATOBÁ (JUTAÍ)

O jatobá é uma grande árvore que mede entre 15 e 20 metros de altura e está presente na região Amazônica, e também do Piauí ao Paraná. Outra característica marcante desta árvore é o diâmetro de seu tronco, que chega a medir um metro.

O Jutaí-mirim se multiplica facilmente e por isso é muito requisitada para reflorestamentos e arborização de bosques e parques. Sus frutos contêm uma farinha comestível e muito nutritiva, consumida tanto pelos caboclos amazônicos como pelos animais silvestres.

O jatobá é um mito entre os nativos da Amazônia, é a expressão do belo sendo reverenciado pelo seu esplendor dentro da floresta. Dizem que onde nasce um jatobá, os outros vegetais o cercam, respeitando o seu espaço, como se admirassem a sua beleza e o seu valor.

LÁGRIMA DE NOSSA SENHORA

Semente oriunda de uma planta esguia, encontra-se preparada pela natureza para ser utilizada na confecção de adornos, pois já vem naturalmente polida e perfurada. A palavra lágrima contida em seu nome tem a ver com sua forma de gota e com sua cor que aos poucos vai se tornando esbranquiçada até ficar perolada.

Acredita-se que o nome lágrima de nossa senhora tenha uma explicação religiosa que se refere aos acontecimentos do velho testamento, relacionados ao sofrimento. Sua utilização e significado variam de acordo com o lugar. Na Amazônia é usada pelos caboclos como adorno, na cor natural branco-perolado ou tingida de vermelho, azul, verde e amarelo.

MOROTOTÓ

Um pássaro empoleirado em uma árvore Morototó (Schefflera morototoni).
A árvore de morototó é uma espécie que possui grande facilidade de se reproduzir em solos pobres, por isso é recomendada para adensamento de matas degradadas e recomposição vegetal. É popularmente conhecida também pelos nomes mandioqueiro, pau mandioca, caixeta, marupá, marupaúba, pau caixeta, parapará, mucutubá, sambacuim, mandiocaim, mandiocão, caixeteiro, caxeta e corda de viola. Apesar de se abundante na Amazônia, ela se desenvolve em todos os estados do Brasil.

Sua beleza permite a utilização e arborização urbana e paisagismo. Seu troco é envolto em uma casca com látex pegajoso quase transparente. Os frutos são avidamente consumidos pela fauna. Sua semente, uma espécie de cascalho muito pequeno em tom amarelado, é utilizada pelos índios para a produção de adornos próprios para seus rituais.

As sementes de morototó, por serem muito pequenas, chegam a alcançar o uso de duas a três mil unidades para a confecção de alguns modelos. São perfuradas uma a uma, com agulha bem fina, exigindo dos artesãos um trabalho de muita paciência e habilidade.

MURUCI

Em suas diferentes variedades, os murucis distinguem-se, também, por suas cores e locais de ocorrência. Entre as espécies são conhecidas: o amarelo, o branco, o vermelho, o da chapada, o da mata entre outros. A maioria nasce de forma espontânea em praticamente toda a Amazônia.

Na época da frutificação, é comum ver a mata verde pintada pelo amarelo da fruta. A polpa carnosa e translúcida é utilizada para fazer refresco e o apreciado “chibé”, uma mistura do suco com farinha de mandioca.

PUPUNHEIRA

pupunha (Bactris Gasipaes H.B.K.)
Podendo chegar a 20m de altura, a pupunheira se desenvolve em toda a Amazônia. Suas folhas servem de palha para a cobertura de casas, o tronco para a fabricação de casas e implementos agrícolas, as flores são usadas como tempero. Seu fruto (cozido na água e sal) possui sabor muito agradável e contém valor nutritivo devido aos elevados teores de gordura e vitamina A.

A pupunheira vem sendo cultivada para a extração do palmito, o qual fornece ótimo produto. A grande vantagem de sua produção é que a palmeira não morre ao ser cortada para retirada do palmito, pois, quando derrubada, várias novas plantas nascem ao redor da planta-mãe, como acontece com a bananeira, evitando assim a sua extinção.

Uma peculiaridade na colheita de frutas, é que alguns coletores, com extrema habilidade e muita audácia, utilizam exercícios acrobáticos para extrair seus cachos. Escalam uma árvore vizinha e do alto arrojam-se em verdadeiros vôos, para caírem sobre a sua copa. Ali cortam as frutas e vão repetindo essas operações continuamente.

SABONETEIRA

Sapindus saponaria (saboneteira) frutos
Foto: Iria Hiromi Ishii
Frutos que servem para a lavagem de roupas. Essa é a peculiaridade de uma árvore que nasce de norte a sul do Brasil conhecida como saboneteira ou jequitinhaçu. A saboneteira é também popularmente utilizada para fins medicinais e na arborização urbana. Seus frutos possuem vários glóbulos que se tornam amarelados quando maduros e suas sementes são pretas e duras.

A saboneteira, se friccionada com as mãos, faz uma espuma farta. Possui uma substância denominada de saponina, que tem propriedades similares às do sabão, por isso é também conhecida como sabão de soldado.

TUCUMÃ


Os longos espinhos dispostos a partir da metade de seu tronco caracterizam a palmeira de Tucumã, produtora de um fruto com grande valor nutritivo e muito apreciado pelo caboclo amazônico. Além do consumo in-natura ou com farinha de mandioca, a polpa do fruto também pode ser consumida na forma de sorvetes, doces, compotas, sendo inclusive utilizada na preparação do "vinho de tucumã".

A maceração das folhas da palmeira de tucum, como também é conhecida, fornece uma fibra resistente muito utilizada no artesanato caboclo. É uma árvore nativa da Amazônia e comum em regiões degradadas e de solos pobres.

sábado, 21 de maio de 2011

"Indígenas dizem não a construção da usina de Belo monte"


Nesta sexta-feira dia 20 de maio em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, Indígenas de várias etnias estiveram presentes em uma manifestação pacífica contra a construção de uma barragem que visa trazer progresso para o Brasil.
Mas o que os pesquisadores e os indígenas da região contão é totalmente o contrario de que o governo mostra em suas entrevistas que divulga na mídia, Distorcem a verdade para obter lucros com tudo que se açusede por trás da cortina da vergonha em que vivem infelizmente nossos políticos que mentem a torto e a reveliam.
Não mostrando a verdadeira situação em que vai ficar as famílias em que vivem em comunhão com a natureza, e por todos que moram em torno do valoroso rio XINGU.
Abram o olho minha gente hoje e o XINGU e amanhã quem sabe se não será sua própria casa?
Nossa excelentíssima presidente que lutou contra a opressão em que o exército mantinha sobre o povo brasileiro, Agora faz pior; pois faz totalmente a inverso do que ela acreditava em seus anos de procura pela paz de um povo que não pertence mais ao seu meio.
Pena porque eu e muitos acreditávamos que seria diferente.
Ainda esta em tempo de reverter esta burrada em que esta se afundando.
Prezo muito vossa pessoa, mais se não mudar e lutar pelo seu povo de verdade continuaremos a fazer protestos em todo o Brasil.
Agradecemos a todos os envolvidos nesta luta pela democracia de nossa pátria.
Estiveram presente varias etnias e pessoas que estão totalmente contra a decisão do governo em construir a hidroelétrica de Belo Monte.

"XINGU
VIVO PARA
SEMPRE"

terça-feira, 17 de maio de 2011

PROTESTO A FAVOR DA PRESERVAÇÃO DO XINGU!

Sany Kalapalo em Protesto contra Belo Monstro realizado em frente do Masp.

SOLIDARIEDADE ÀS COMUNIDADES INDÍGENAS!
REJEIÇÃO A CONSTRUÇÃO DE QUALQUER MEGA USINA NO XINGU

ESTARÃO PRESENTES AS ETNIAS:
KALAPALO
KUIKURO
KAMAYURÁ
WASSU COCAL
YAWANANA
XAVANTE
GUARANI
E OUTRAS MAIS
...

Local: Avenida Paulista, 1578 _ MASP São Paulo
Sexta-feira

20 de maio das 13 às 18h em frente ao MASP em São Paulo

O GOVERNO BRASILEIRO ESTA INSISTINDO EM CONSTRUIR EM TERRAS INDIGENA A TERCEIRAMAIOR USINA HIDRELETRICA DO MUNDO, PREJUDICANDO VARIOS POVOS QUE NECESSITAM DO RIO PARA SOBREVIVER.

MESMO AUTORIDADES MUNDIAIS COMO A OEA (ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS) E ONU SE POSICIONAREM CONTRA, O GOVERNO BRASILEIRO INSISTE NESTA CONSTRUÇÃO VIOLANDO DIVERSOS ACORDOS INTERNACIONAIS, FERINDO A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, POR UM PROJETOS QUE COLOCA EM RISCO A IDA DE DIVERSOS POVOS NATIVOS DO BRASIL, POR UMA GAMA DE DINHEIRO QUE ESTA ENCHENDO OS BOLSOS DOS POLITICOS ENVOLVIDOS, EM ESPECIAL O SENHOR JOSÉ SARNEY,ATUAL PRESIDENTE DO SENADO BRASILEIRO.

Peço aos amigos indígenas norte americanos e latinos, irmãos de espirito, que façam suas orações para que o grande espirito ajude os povos nativos brasileiros a sobreviverem diante da ganancia do governo brasileiro, comandado por HOMENS SEM RESPEITO PELA VIDA E A CULTURA.
por favor nos ajude!!

APOIO:
Tradição Dianica Nemorensis
Associação grumin de mulheres indigenas
GREENPEACE
Blog do Netuno
Organização:
Sany Kalapalo
Ankakilla Kamayurá

domingo, 17 de abril de 2011

Mais um desatino que um senador diz sobre demarcação de terras indígenas


 O senador Jayme Campos (DEM) disse, na tribuna do Senado Federal esta semana, estar preocupado com o "aumento exacerbado" na ampliação e criação de novas reservas indígenas em Mato Grosso. “Documento da FUNAI já fala em ampliação de mais 35 reservas indígenas. Meu Deus, onde nós vamos parar? O Mato Grosso vai acabar.”, Afirmou o democrata.



 Ele protestou contra a deliberação de questões estratégicas – como na demarcação de terras indígenas.
 Segundo Jayme Campos, a sistemática atual não só desequilibra o ideal democrático de freios e contrapesos entre os poderes da República, como também desestabiliza e põe em xeque a garantia de princípios básicos, como a soberania nacional, o pacto federativo e o direito de propriedade.

 Mato Grosso vai acabar se deixar esses "Tucura" derrubando tudo. Terra desmatada para plantar e criar bois, já tem de sobra, o que esta acontecendo é o seguinte, preste atenção, O gafanhoto desmata, passa para o latifundiário, que coloca uns bezerros em área enorme, aí o tucura desmata, passa para outro fazendeiro, que coloca alguns bois, e assim vai, tomando conta de tudo, destruindo tudo, não produz nada, a terra só fica valorizando. VAMOS REGULARIZAR E MAPEAR ESSAS TERRAS VIA SATÉLITE, E COLOQUE BRINQUINHO NOS ANIMAIS, VAI SOBRAR TERRAS PARA PRODUZIR, DURANTE 20 ANOS, SEM PRECISAR DERRUBAR UMA SÓ ARVORE. ENTENDEU SENHORES? OU NÃO?
Será que Os povos brasileiros já se esquecerão que em 2009 o Senador Jayme foi condenado por desviar dinheiro da Educação, Pelo O juiz da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública, José Luiz Leite Lindote, Por prática de improbidade administrativa, durante sua terceira gestão, entre 2000 a 2004. O democrata foi condenado a pagar multa civil de 70 vezes o valor do salário que recebia como perfeito, o que equivale, em média, ao total recebido em cinco anos e oito meses. O valor deve ultrapassará o montante de R$ 700 mil.
Era que um Homem como este tem o direito de questionar ou não sobre demarcação de terras para os verdadeiros donos desta que já foi um verdadeiro paraíso

Para Campos, o Congresso não pode fugir à responsabilidade de participar ativamente em decisões relevantes para a segurança e o desenvolvimento do país. Ele defendeu a revisão dos dispositivos constitucionais pertinentes e a adequação das normas infraconstitucionais para que as 19 condições estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para demarcação de terras indígenas, se transformem em Lei e garantam a participação dos estados no processo demarcatório, ficando o Congresso com a palavra final.

O senador anunciou que apresentará um substitutivo à proposta de emenda à Constituição (PEC) 38/99, do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), recentemente desarquivada. Ele também anunciou a apresentação de um projeto de lei "compatibilizando, consolidando e aperfeiçoando diversas proposições já arquivadas, com propósito similar".

O senador João Pedro (PT-AM) disse, em aparte, que segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil vai bater o recorde na produção de grãos, o Congresso debate o novo Código Florestal e não há como ignorar a presença indígena no país, especialmente na Amazônia e no Mato Grosso. Para ele, definir a terra indígena não é simples e cabe à Antropologia resolver "questões imemoriais".

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que a pressão sobre os estados da Amazônia seria menor se outros estados como São Paulo tivessem demarcado mais reservas indígenas. Ele defendeu a ampliação das áreas, mas sem retirar colonos assentados há dezenas de anos, e sugeriu que se utilizem as áreas dos parques nacionais.


Fontes de informações: Olhar Direto, Midia News


domingo, 16 de janeiro de 2011

Aprenda Passo a Passo Como Replantar Suas Orquídeas.

Orquídeas



Passo 1:
O ideal de muda para replantio, é que tenha pelo menos 4 pseudobulbos,pois assim sendo, é possivel com um ano a primeira flor surgir.



Para cortar o rizoma utilize uma ferramenta esterizada no fogo.
Passo2:
Detalhe do corte do rizoma, deixando os 4 pseudobulbos e o broto.
Passo3:
Eliminando as raizes mortas.
Passo4:
Remova as bainhas e espatas secas
Passo5:
Limpando as partes maiores da planta como uma esponja macia.
Passo6:
Com sabão neutro e uma escova de dentes, lavamos as partes mais sensiveis, como raizes etc. usando água corrente.
Passo7:
Na escolha do vaso, dê preferência aos de cerâmica, que devem ter vários furos para drenagem, mas também podemos usar vasos de plástico.
Passo8:
O tamanho do vaso é muito importante. O ideal é que a parte trazeira da planta fique encostada na borda interna do vaso e sobre uns 5 cm na frente
Passo9:
Podemos utilizar vasos usados, desde que seja bem limpos com água sanitária e escova.
Nunca esquecer de retirar todos residos com agua corrente.
Passo10:
Preenchemos 1/3 do vaso com cacos de cerâmica, para facilitar a drenagem
Passo11:
O xaxim desfilbrado é um excelente substrato.
Passo12:
Após lavado o xaxim, colocamos no vaso uma camada de aproximadamente 2 cm.
Passo13:
Colocamos um pequeno tuxo de xaxim debaixo da raizes.
Passo14:
Completamos o vaso com xaxim até 1 cm abaixo da borda do vaso.
Para fixar melhor a planta ao vaso, podemos amarra-la levemente com fio de telefone etc., não esqueça de colocar plaqueta de identificação.
Continue: Adubação e cobertura 
 Fonte de Informação: franciscomoro

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Awa-guajá é um dos últimos povos nômades da América. Eles mantêm tradição de contato próximo com a natureza.

Em tribo no Maranhão, índias amamentam animais






Os awá-guajá são uma das últimas tribos nômades das Américas. Em sua reserva, no noroeste do Maranhão, eles mantêm a a tradição de contato próximo com os animais. O filhote de cutia é alimentado com o fruto do babaçu. E o de macaco é amamentado pelas índias.
"O awá-guajá é um povo muito único. E essa relação que eles têm com o bicho, ele passa a ser membro da família", conta Bruno Fragoso, coordenador de Índios Isolados da Funai. A índia Tapanií explica que quando o macaco órfão que ela adotou ficar maior e mais agressivo, ela o soltará na mata. É na floresta que a vida dos awá-guajá se renova e também corre risco no encontro com invasores.

"O maior medo que eles têm é a doença que às vezes contraem no contato com a gente. E o segundo medo é pensar que é inimigo, pistoleiro, esse povo que vem invadindo as terras.", explica Patreolino Garreto Viana, auxiliar de campo da Funai.  Imoin tem o medo estampado no rosto e, no braço, uma marca de bala. O filho dela conta que a emboscada aconteceu quando ela fazia coleta na mata.
O perigo do encontro com invasores, caçadores e madeireiros é grande, mas o espírito nômade dos awá-guajá é muito forte e mesmo os que moram nas aldeias passam boa parte do tempo na mata.
Uma família que passou dias na floresta volta trazendo caça e vários litros de mel. Macaripitã conta que foi ela que enxergou a colméia. Aqui é assim, mulher boa para casar é aquela que sabe ver e ouvir a natureza. Ser prendada também conta, dizem os rapazes da aldeia.
"Aí a mulher sabe fazer a saia dele também, como ele usa, como ela usa, sabe cozinhar também, como a gente come”, descreve Manaxika, líder da aldeia. A sabedoria dessas mulheres é fruto da relação que elas têm com a natureza e com as tradições: o melhor jeito de subir na árvore, de limpar e preparar o peixe, de cortar o cabelo com lascas de taquara afiada. Os cestos, os enfeites, as redes e roupas da palha do tucum. Dar conforto e beleza para a tribo é função das mulheres awá-guajá.

As jovens se casam assim que menstruam. Novinhas já tem muitos filhos. Parapiñam tem quatro e mais um a caminho.  O isolamento da aldeia awá só é vencido quando aparece alguém de carro. Foi a sorte de uma índia grávida com hemorragia, que Bruno Fragoso, o novo coordenador do grupo de índios isolados da funai a levou para a cidade de santa inês. No hospital precário nasceu mais um awá-guajá.
A ameaça é terrivelmente visível para os awás e para as outras etnias da região. Imagens de satélite mostram que os 820 mil hectares de terras indígenas demarcadas no Maranhão estão sendo devastadas sem dó.
“Os awá-guajá, no processo de aceleração de invasão em que se encontram, se não houver ação rápida e emergencial, o futuro desse povo é a extinção”, explica Bruno Fragoso, da Funai .

              Clique aqui para Ver mais fotos dos "ÍNDIOS AWÁ GUAJÁ"





Fonte: Globo Natureza, com informações do Fantástico