domingo, 14 de fevereiro de 2010

A Cultura do indíginismo e da mentiralogia

Quem é Índio? Eu? Não! Somos Pataxó do Prado.  

Índio... Se aceitarmos esse substantivo Cabralino, preconceituoso, descriminante, vamos dar sustentabilidade as mentiras e aleivosias do invasor Pedro Álvares Cabral. O mesmo dizia que estava navegando rumo às Índias e que depois de uma tormenta acabou se desviando da rota e encontrou o Brasil aleatoriamente. O “inocente” navegador e invasor português pensava te chegado às Índias, por isso apelidou os aborígines que viviam aqui há milhares de anos de “Índios”.

Não dar para continuar pregando uma aleivosia pretensiosa dessa. Seria cômico se não fosse absurdo. É por isso que nós povo Pataxó do Prado não aceita ser adjetivado de “indígena”. Quando aceitamos ser nomeados de Índios, estamos traindo a nossa própria etnia. E ferindo a memória dos nossos ancestrais. E mais: quando aceitamos o Pronome “Índios” estamos esquecendo da nossa diversidade, culturalidade, Religiosidade, hábitos, tradições, mitos e costumes. Porque no Brasil de hoje não temos um só povo. Temos 290 povos de etnias diferentes falando mais de 190 línguas.
http://www.webbrasilindigena.org/wp-content/uploads/2007/10/foto-1.jpgÉ por isso que o que o nome Índio nos causa uma falsa ilusão de que todos são iguais e hegemônicos, e o que pior - que aqui só existe um só povo e isso não é verdade -. Cada povo tem a sua diversidade e culturalidade. Não somos um povo uno, somos diferentes nos mais diversos aspectos culturais religiosos.

Temos formas de vidas bem diversificadas de um povo para o outro. É por isso que esse nome “Índio” tem que ser banido do nosso vocabulário. Cada povo tem seu nome. É por isso que nós não somos Índios, somos Pataxó do Prado.

“Índio”, esse substantivo vigora ate hoje e serve para desqualificar os movimentos que lutam pelo o reconhecimento de suas etnias. “Apartir de agora uma outra Historia esta sendo contada”
Por: Edmundo Santos

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