quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fotografia Kirlian: a alma das coisas

Fotografias em que aparecem pessoas rodeadas por uma aura luminescente são mais comuns do que se pensa. Se a imagem é recente diremos logo que é uma manipulação feita com photoshop. Porém se é mais antiga, anterior à era da fotografia digital, os espíritos mais religiosos erguem-se clamando estar perante provas da existência da aura humana, esquecendo-se que os efeitos fotográficos existem desde os primórdios da fotografia. Neste caso a aura é produzida por um efeito muito simples denominado Kirlian.
 Fotografia Kirlian
Este fenómeno é antigo e deve o seu nome ao inventor russo Semyon Davidovich Kirlian, que o tornou conhecido em 1939. O princípio técnico é muito simples. Resumidamente, consiste em aplicar um campo eléctrico de alta voltagem próximo da chapa fotográfica que, como resultado, provoca o aparecimento de uma luminescência radiante em redor do objecto fotografado. O mais extraordinário é que, não obstante o fenómeno ser conhecido também pelo nome de bioelectrografia, ocorre tanto com seres vivos como com objectos inanimados, o que refuta as teorias místicas que defendem a existência de uma aura humana que pode ser fotografada. Misticismos à parte, o que é certo é que as fotografias produzidas por este processo são espectaculares e não deixam de convocar a nossa imaginação e o nosso lado mais espiritual.
 Fotografia Kirlian
A ironia no meio disto tudo é que Kirlian, diz-se, descobriu o processo por mero acaso no meio das suas experiências com electricidade e não lhe soube descobrir aplicação prática imediata para além da curiosidade científica.

No entanto, cabendo-lhe os louros da descoberta, não lhe cabe o pioneirismo. Há registos de que, no início do século XX, o padre e inventor Roberto Landell de Moura desenvolveu experiências fotográficas deste tipo onde captou pela primeira vez estes efeitos que, na altura, se acreditou corresponderem à aura humana. A polémica das suas descobertas e a pressão da Igreja levaram-no a abandonar as suas experiências. Só a sua vida daria um livro...
 Fotografia Kirlian
As fotografias apresentadas, realizadas com a técnica Kirlian, são da autoria do fotógrafo americano Robert Buelteman.

Cientistas encontram anticorpos capazes de derrotar o vírus da Aids



Depois de dez anos de muita procura e nenhuma descoberta pesquisadores americanos enxergaram uma luz nas lentes dos microscópios.

Ao analisar o sangue com HIV de 1800 pessoas que vivem em sete países da África Subsariana, no Reino Unido, na Tailândia, na Austrália e nos Estados Unidos encontraram dois anticorpos capazes de derrotar o vírus.

O PG-9 e o PG-16 atingem a parte do HIV responsável por contaminar as células do corpo humano. O problema é que os dois anticorpos são produzidos por uma minoria das pessoas.

Mas isso não reduz nem um pouco a importância da descoberta, pelo contrário. Segundo os pesquisadores, agora, há um caminho para barrar uma das maiores pandemias que o mundo já viu. Tentar produzir os anticorpos e transformá-los numa vacina contra uma doença até então incurável.

Desde 1980 a Aids assusta. É uma das doenças mais letais da história. Mais de 25 milhões de pessoas morreram por causa do vírus e a Organização Mundial da Saúde estima que há 33 milhões de soropositivos em todo o mundo.

Dois terços na África. Nos países mais populosos da América Latina - Argentina, Brasil, Colômbia e México, estão os maiores números de soropositivos na região. São pessoas que esperam ver o PG-9 e o PG-16 transformados numa arma contra Aids.

INDIOS DA ETNIA MAXAKALI

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Segundo o etnólogo Nimuendajú (1958), os remanescentes Maxakalí do vale do Mucuri em Minas Gerais se autodenominam Monacó bm. Entretanto, de acordo com o antigo chefe de posto e grande conhecedor da língua, da organização social e da história dos Maxakalí, Joaquim S. de Souza, eles se identificam como Kumanaxú. Por sua vez, Popovich (1992), profunda conhecedora da língua falada por eles, registra Tikmu'ún como o termo que adotam para si mesmos.

Os Maxakalí - palavra em língua desconhecida, aplicada pela primeira vez na área do rio Jequitinhonha - não podem ser identificados como um único grupo, mas como um conjunto de vários. A denominação decorre desses grupos se articularem politicamente como aliados e terem se aldeado conjuntamente, sobretudo após 1808, quando ocorreu a invasão sistemática de seus territórios e se ampliaram os conflitos com outros grupos, particularmente com os denominados Botocudos.

Essa confederação, também chamada de Naknenuk, era composta pelos Pataxó ou "Papagaio"; Monoxó ou "os Ancestrais" ou Amixokori, "Aqueles que Vão e Voltam"; Kumanoxó, denominação genérica das heroínas tribais do panteão religioso dos Maxakalí; Kutatói ou "Tatu"; Malalí ou "Jacaré Pequeno"; Makoní ou "Veado Pequeno"; Kopoxó, Kutaxó ou "Abelha"; e Pañâme.

Essas denominações identificavam, inicialmente, os grupos rituais que, no caso dos Maxakalí, confundem-se com as unidades mais abrangentes em termos de organização política - pequenas aldeias nas quais vivem uma família extensa em torno do seu líder, que acumula funções políticas e religiosas.

Essas aldeias, em decorrência do avanço da sociedade dominante, terminaram por ser isoladas em termos geográficos, e os vários grupos rituais passaram a ser identificados nos documentos oficias e particulares como tribos distintas. Essa identificação diferenciada se manteve até o final do século passado ainda que os observadores ressaltassem que a língua e a organização social eram as mesmas e que esses grupos sempre se aldeavam em conjunto, formavam confederações defensivas e usavam a mesma tática de estabelecerem alianças com os colonos para poderem enfrentar os inimigos tradicionais. A pertinência a um mesmo grupo étnico também era afirmada pelos próprios índios, como se observa no depoimento dos Malali a Auguste de Saint-Hilaire, em 1817, em Minas Gerais, ao analisarem suas relações com os vários grupos indígenas da região entre os rios Jequitinhonha e Doce.


Outros nomes
Maxacalis, Monacó, Kumanuxú, Tikmuún

Onde estão
Minas Gerais

Quantos são
1.271 (Funasa - 2006)

Família linguística
Maxakali

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Documentário questiona a tradição dos índios que se livram de um dos gêmeos por acreditarem que o bebê é sinal de má sorte

Autora do vídeo, Sandra Terena defende assistência especial
às famílias que não aceitam mais essa crença.
Foto: Carlos Moura/CB/D.A Press


Brasília - O olhar triste dos índios Marité e Tixumagu da etnia Ikpeng, de uma aldeia do Xingu, no Mato Grosso, denota a desilusão em ter de abandonar os costumes da comunidade para viver na cidade em busca do novo.


O motivo da fuga está no colo do casal: os trigêmeos que nasceram este ano e que não foram aceitos pela comunidade por uma tradição cultural que acredita que filhos numa mesma gestação podem trazer azar. Para evitar o sacrifício deles, prática comum, a família teve de ser forte para seguir outro caminho. "Tenho certeza de que eles vão se orgulhar quando crescerem. Tenho orgulho de ter conseguido seguir com essa ideia e não deixá-los morrer", diz o pai.

O líder indígena Tabata Kuikuro, também da comunidade xinguana, foi tão firme quanto o casal Marité e Tixumagu ao saber que sua esposa deu à luz gêmeos, hoje com dois anos. "São meus filhos, como vou deixar alguém fazer mal a eles, deixar matar igual se mata bicho?".

Os dramas como o de Marité, Tixumagu, Tabata e Pautú se misturaram a tantos outros e viraram documentário intitulado "Quebrando o Silêncio". O material, colhido ao longo de três anos, com depoimentos de comunidades de diversas etnias, é de responsabilidade da índia Terena que resolveu pesquisar sobre o infanticídio pelas aldeias por onde andou. Mãe de um bebê de 1 ano e sete meses de nome Tenó, Sandra disse que sempre ouviu falar sobre o assunto quando pequena, mas não acreditava que ainda fosse comum em comunidades que já têm contato com os "brancos".

A jovem diz não querer mudar a concepção cultural e colocar a prática do infanticídio como crime, mas alertar para a necessidade de assistência especial às famílias que não aceitam mais essa crença dentro de suas comunidades. "Constatei que muitas famílias - a maioria jovem -, que estudam e trabalham fora da aldeia, não enxergam mais suas tradições como antes, e a pressão da comunidade as obriga a se encaixar numa situação que não tem mais fundamento para elas", diz Sandra.

Busca de apoio - A riqueza de detalhes contados em 80 horas de fita, três anos de captação e mais dois meses de finalização, rendeu o documentário de 29 minutos e virou meio para sensibilização e busca de apoio. Na última quarta-feira, Sandra enfrentou 22 horas de viagem até Brasília para mobilizar autoridades do governo e parlamentares. "Quero batalhar por ajuda em todos os lugares."

Narradora do documentário e fundadora da ONG indígena Sirai-i, Divanete da Silva, casada com um índio há 14 anos, adotou três crianças indígenas, filhas de pais diferentes, que seriam enterradas vivas. "No início, foi complicado levar esse assunto para as famílias, mas aos poucos fui conquistando abertura."
Atora: Danielle Santos
Fonte:ATINI

A população Indígena de Minas Gerais




Eram mais de cem os grupos indígenas que viviam em Minas Gerais. Ao longo dos anos, eles foram sendo dizimados pelo homem branco, que os escravizava, matava, ocupava suas terras e lhes transmitia suas doenças.


Indios Carijós

 
Os Carijós, ou índios escravos, como eram chamados pelos colonizadores, foram pouco a pouco perdendo seu espaço. Com o tempo desapareceram os Puris do Sul de Minas, os Caiapós e os Bororós do oeste e muitos outros.População quase em extinção, os índios do Estado estão reduzidos a cinco grupos: Xacriabá, Krenak, Maxacali, Pataxó e Pankararu. Esses grupos, que ainda sobrevivem em algumas reservas, continuam a praticar seus cultos e atividades primitivas, ainda preservam usos e costumes, mas são pobres e doentes, habitam choças, sofrem muita pressão de fazendeiros e recebem pouca assistência dos governos e da sociedade.
India Pataxó

A maior concentração é dos Xacriabá, com pouco mais de 6.000 índios, que vivem em São João das Missões, numa reserva de 46 mil hectares (ha). Um pequeno grupo dos Pankararu vive em Coronel Murta, Vale do Jequitinhonha, numa reserva de 62 ha. Pouco mais de 200 índios Pataxó vivem em 3.200 ha, em Carmésia, no Vale do Aço e um grupo aproximado de 150 Krenak disputam com posseiros a posse de 4.000 ha de sua reserva, que tem 3.871 ha invadidos. Os Maxacali, estimados em 811 índios, também disputam a posse e a preservação de suas terras no Vale do Mucuri.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFMeVlKFs1x_OVjffkUxF3P8mKFc1wH37wxNwtyFa6BHMy8K8eHrIdf31GB6yJbxeuyPFh_1oiB3M9JI8AuxbUlUOBkYc1V7MYY8H165sJjYyhokd07ymh0e2C1hbHkRYxUqQZHU1hYOw/
India Xacriabá



Grupos Indígenas - Minas Gerais
População total: 15.128