Cattleya walkeriana foi descoberta por
Gardner, em
1839, próximo ao
rio São Francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao
Brasil a serviço do Jardim Botânico do
Ceilão, no
Sri Lanka.
O brasileiro
Barbosa Rodrigues descreveu, em
1877, a
Cattleya princeps, hoje considerada uma variedade da
Cattleya walkeriana.
Cattleya walkeriana
Habitat
A
Cattleya walkeriana, hoje mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos
híbridos que tem produzido, é encontrada nas regiões mais diferentes do
Brasil, seja crescendo sobre pedras, no Estado de
Goiás, ou sobre
árvores, nos Estados de
São Paulo,
Mato Grosso e
Minas Gerais, sempre próxima às águas de
lagos,
rios ou
pântanos. São plantas de cultivo extremamente fácil, que os orquidófilos do mundo inteiro já dominam. Deve-se destacar que a maioria das plantas que hoje se encontram nas coleções foram produzidas por
semente ou
meristema (
clonagem).
Sinônimos
- Cattleya bulbosa Lindsey, 1847
- Epidendrum walkeriano Reichenbach, 1862
- Cattleya gardneriana Reichenbach, 1870
- Cattleya schroederiana Reichenbach, 1883
Dicas para cultivo
A fácil adaptabilidade dessa espécie se comprova na maneira como é cultivada. No Brasil, que abriga todos os tipos de
clima, temos visto a
Cattleya walkeriana cultivada em vasos de
cerâmica baixos e furados (chamados piracicabanos), em vasos comuns com
xaxim desfibrado, em pequenos pedaços de casca de árvore (
peroba,
aroeira,
ipê, etc.), em casca de
pinheiro, em placas de
xaxim ou, ainda, em muros de pedra. É uma planta que tolera muito bem a luz solar intensa, porém não direta. Gosta de ambientes úmidos e bastante ventilados, detestando
substratos encharcados.
Em
Rio Claro (175 km ao norte de São Paulo), resistem muito bem às altas temperaturas de verão (38ºC), assim como às baixas temperaturas de
inverno (10ºC), ocasião em que devem ser protegidas do vento frio do sul e ter suas regas diminuídas.
O pico de
floração é no mês de Maio, o que lhe faculta os mais variados cognomes: flor de Maria, flor das noivas, flor das mães, flor de
inverno, etc. Após o aparecimento das
flores, dá-se a
brotação pesada, por volta do mês de Agosto, período em que deve-se intensificar as regas e a
adubação para a formação do
bulbo vegetativo. É importante lembrar que a
Cattleya walkeriana pode florescer em
broto especial ou em
broto com folha comum (
Cattleya walkeriana variedade princeps, que floresce em Setembro).
É uma
planta extremamente sensível às divisões (separação de mudas). Para poupá-la, deve-se evitar a floração no ano seguinte à divisão. Com este cuidado, ela economiza forças. Quando a planta mostra os botões, deve-se cortá-los utilizando ferramenta esterilizada para evitar contaminações,
vírus ou
bactérias. Isto pode ser feito usando-se a chama de um isqueiro ou vela por uns trinta segundos na lâmina da ferramenta.
Nesta espécie, são encontradas as formas tipo lilás, alba (branca), coerulea (azulada), semialba (branca com labelo lilás), lilacínea (rosada), flammea (lilás com riscos púrpura), vinicolor (vinho), entre outras.
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