segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Saiba o que deseja atingir

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O yogue Raman era um verdadeiro mestre na arte do arco e flecha. Certa manhã, ele convidou seu discípulo mais querido para assistir uma demonstração do seu talento. O discípulo já vira aquilo mais de cem vezes, mas - mesmo assim - resolveu obedecer ao mestre.
Foram para o bosque ao lado do mosteiro: ao chegarem diante de um belo carvalho, Raman pegou uma das flores que trazia em seu colar, e a colocou um dos ramos da árvore.
Em seguida, abriu seu alforje, e retirou três objetos: seu magnífico arco de madeira preciosa, uma flecha, e um lenço branco, bordado com desenhos em lilás.
O yogue então posicionou-se a uma distância de cem passos do local onde havia colocado a flor. De frente para o seu alvo, pediu que seu discípulo o vendasse com o lenço bordado.
O discípulo fez o que o mestre ordenara.
“Quantas vezes você já me viu praticar o nobre a antigo esporte do arco e flecha?” – perguntou.
“Todos os dias”, respondeu o discípulo. “E sempre o vi acertar na rosa, a uma distância de trezentos passos”.
Com seus olhos cobertos pelo lenço, o yogue Raman firmou os seus pés na terra, distendeu o arco com toda a sua energia – apontando na direção da rosa colocada num dos ramos do carvalho – e disparou.
A flecha cortou o ar, provocando um ruído agudo, mas nem sequer atingiu a árvore, errando o alvo por uma distância constrangedora.
“Acertei? “disse Raman, retirando o lenço que cobria seus olhos.
“O senhor errou – e por uma grande margem” respondeu o discípulo. “Achei que ia mostrar-me o poder do pensamento, e sua capacidade de fazer mágicas”.
“Eu lhe dei a lição mais importante sobre o poder do pensamento”, respondeu Raman. “Quando desejar uma coisa concentre-se apenas nela: ninguém jamais será capaz de atingir um alvo que não consegue ver”.
Escrito por Paulo Coelho 

domingo, 1 de novembro de 2009

A mais nova moda na blogosfera brasileira é meter o malho nos probloggers.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2_Yly5GChJr5EKlzBUA_1n1bER2YPL2qkk_WJIW1meIge7AsXBUdUeqxh5FKGg2JpekGZ8fMTWKXrqa4HIB7Y0SpIMAukk0Tp8683djmsRuDLa2DBmUzvtTTmcLhgQN14hlJQjIf7/s320/CACADOR2.jpgA mais nova moda na blogosfera brasileira é meter o malho nos probloggers. De uma hora para outra viramos inimígo público numero 1, prostitutas e mais um sem fim de adjetivos que brotam da imaginação de blogueiros que tomam esta atividade como um hobby.
inicialmente, eu estava pensando em ignorar esta onda, mas o negócio está começando a incomodar, principalmente, quando vejo esse assunto surgir em blogs que respeito e que eu achava que entendiam o espírito da coisa, por serem pessoas mais esclarecidas.
Mas vejo que o ranço de aversão ao lucro está incrustado, mesmo nas melhores mentes pensantes do país.
Por isso resolvi, tentar explicar algumas coisas em relação a atividade e fazer algumas comparações, para ver se o povo entende.
O que é ser um problogger?
Temos vários textos na internet sobre o assunto, mas uma explicação resumida, seria:
Problogger é quem faz da atividade de escrever em blogs uma profissão.
Sim, é tão simples assim, da mesma forma que um taxista é um motorista profissional.
Não existe nada de errado em se escrever por hobby, toco baixo por hobby e não tenho raiva de quem faz disso seu ganha pão.
Visitação traz lucro, conteúdo traz credibilidade.
Talvez, uma das maiores revoltas sejam as técnicas que utilizamos para atrair visitantes.
Todo negócio precisa de público, seja uma padaria, seja uma indústria, seja um blog.
Para um empreendimento virtual, existem várias formas de propaganda, entre eles:
  • Anúncios pagos
  • Links em outros sites
  • Mecanismos de busca
O último item da lista é, sem sombra de dúvida, o que traz a melhor relação custo benefício, estar bem colocado na pesquisa por um termo aumenta, e muito, suas chances de ser visitado.
No momento que você consegue esta visita, várias coisas podem ocorrer:
  • o visitante não gostar do texto, mas achar uma publicidade que o agrada.
  • o visitante não gostar do texto e sair.
  • o visitante gostar do texto e se tornar um leitor.
  • o visitante gostar do texto e criar um link para o seu blog.
Uma análise superficial poderia indicar que o que mais buscamos é o primeiro item, mas isso está muito longe da verdade.
Buscamos sempre o 3º e 4º itens.
Bruno, mas um problogger não bloga pelo dinheiro?
Sim, mas o blog é um empreendimento, como outro qualquer e precisa de crescimento constante, este crescimento constante, faz com que a nossa credibilidade, junto aos leitores e junto aos mecanismos de busca aumente, fazendo com que mais e mais pessoas cheguem através dos mecanismos de busca.
Por que o foco tão grande nos visitantes vindo de mecanismos de busca?
Existe uma teoria imensa, que, por si só, geraria um artigo completo, mas a resposta mais simples é:
O visitante vindo dos mecanismos de busca paga pela produção de artigos de qualidade para o leitor.
Simples, assim?
Sim, o visitante vindo de um site de buscas tem 14 vezes mais chance de clicar em um anúncio do que o leitor fiel.
Quer dizer que devemos escrever somente para o visitante vindo dos mecanismos de busca?
NÃO.
Devemos atraí-los para que cliquem na publicidade ou se tornem leitores, mas a qualidade do texto deve ser, sempre, pensada no leitor.
Como disse antes, quem dá credibilidade ao blog é o leitor, não o visitante.
Por que o blogueiro ser profissional é bom para o leitor?
Porque, se você gosta dos textos do blogueiro, sendo profissional ele escreverá mais.
Eu sei que tem gente que não tem nada para fazer na vida e o tempo é um recurso abundante, mas para a maioria das pessoas tempo é um fator limitador.
Eu, assim, como a maioria dos probloggers que conheço, possuem contas a pagar e esta atividade precisa dar retorno para que seja feita de forma satisfatória.
Infelizmente, só tenho em torno de 16 horas por dia para gerar receita, se eu não obtivesse receita a partir do blog, estaria utilizando meu tempo para fazer outras coisas que me gerassem receita.
Antes de decidir me tornar um problogger, eu mantinha 30 sites, fazia desenvolvimento de sites, administrava servidores e possuía uma hospedagem.
Com essa quantidade de projetos para gerenciar, meu tempo para blogar era extremamente limitado, basta olhar os arquivos para ver que a freqüência de postagem era muito baixa, ao ponto de eu passar mais de um mês e meio sem escrever.
Quando vi que era possível obter esse rendimento, através de uma atividade que me dá muito prazer, fiquei muito feliz e comecei a utilizar o que aprendi nesse tempo todo trabalhando com internet para criar um blog, que eu considero, muito bom.
É fácil ganhar dinheiro com blogs?
Não, um empreendimento virtual, seja um blog ou qualquer outro tipo de site, é muito mais complicado que um empreendimento real.
Quando você monta uma padaria, de uma forma ou de outra, existem milhares de pessoas passando na frente da mesma todos os dias e o limitador geográfico trabalha com muita força ao seu favor.
Quando você cria um blog, ninguém passa em frente e o pior, não existe o limitador geográfico.
Basta alguns dias sem atualização, um ou outro artigo ruim para que o acesso, assim como o faturamento comecem a cair.
Mas não é algo impossível, como tudo na vida, requer esforço, dedicação e estudo.
A questão ética.
É fundamental, para todo candidato a problogger, colocar sua ética, acima de tudo.
Sua credibilidade é a única coisa que faz com que seu blog cresça de maneira consistente, gerando uma receita contínua.
Se você perder sua credibilidade, seu negócio estará arruinado.
Por isto que, fazemos recomendações de produtos, sim, mas de produtos que acreditamos.
Por mais tentador que as comissões de um determinado produto possa parecer, se você não gosta do mesmo, não deve fazer.
Por isso que digo que, na maioria dos casos, um blogueiro continuará com sua analise imparcial sobre os assuntos.
Outra coisa que nos favorece muito neste quesito, são os programas que não conseguem distinguir se você está falando bem ou mal do produto (AdSense, principalmente).
Nesses programas, se eu estiver falando mal do Windows e alguém chegar aqui através de um mecanismo de busca, procurando informações sobre o mesmo, tem grandes chances de encontrar um anúncio do Windows, o que pode me render um retorno, mesmo sem ter que tecer elogios sobre o mesmo.
Conclusão
Para falar mal dos probloggers, conheça um pouco mais do nosso trabalho e lembre-se que pode estar faltando com o respeito com alguém que passa horas a fio estudando, pesquisando, dando o melhor de si para produzir um conteúdo que pode te beneficiar.
Se você gosta dos textos do problogger, tenha certeza de que, quanto mais sucesso ele fizer, mais terá tempo para produzir conteúdo, ainda, melhor.
Escrito por Bruno Alves sob ProBlogger

VAMOS RIR UM POUCO

E-mail errado...


Um casal decide passar férias numa praia no Caribe, no mesmo hotel onde passou a lua de mel 20 anos antes. Por causa do trabalho, a mulher não pode viajar com o marido.
Deixa pra ir alguns dias depois. Quando o homem chega a seu quarto do hotel, vê que há um computador com acesso à internet.
Decide então enviar um e-mail à mulher, mas erra uma letra sem perceber e o envia a outro endereço. O e-mail é recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro do marido. Ao conferir seus e-mails, ela desmaia instantaneamente. O filho ao entrar encontra a mãe caída perto do computador. Na tela escrito tinha:
'Querida Esposa. Cheguei bem. Provavelmente você se surpreenda em receber notícias minhas por e-mail. Mas agora tem computador aqui e pode-se enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei que está tudo preparado pra você vir na sexta feira. Tenho muita vontade de te ver, e espero que sua viagem seja tão tranqüila como está sendo a minha.

Obs: NÃO TRAGA MUITA ROUPA, AQUI FAZ UM CALOR INFERNAL!!!!'

Infanticídio ate guando?


O Brasil está sendo tão acometido da sanha do politicamente correto que o olhar de muitos não consegue ver coisas que acontecem ao nosso redor. Assim, há em curso uma tentativa de resgate de nossa história que está escorregando no seu contrário, como quando os indígenas são vistos segundo a ótica do "bom selvagem", no sentido de Rousseau. A política indigenista aí enraizada, com apoio explícito de movimentos ditos sociais, termina por pactuar com comportamentos que atentam diretamente contra a própria Constituição. Em nome do relativismo moral, da igualdade entre todas as culturas, comportamentos dos mais inusitados, para não dizer bárbaros, são admitidos.

Há vários relatos de infanticídios entre as populações indígenas, que são simplesmente tolerados, se não explicitamente admitidos, em nome da igualdade entre culturas. As causas podem ser as mais variadas, desde a existência de gêmeos até a escolha de sexo, passando pelos mais distintos motivos. Em terra ianomâmi, tão celebrada como exemplo de política indigenista, tudo indica que se trata de uma prática comum.

Observe-se que esses índios são os que vivem mais à parte do contato com os civilizados, embora em muitas aldeias existam postos da Funai e da Funasa. Habitam um imenso território e, no entanto, vivem subnutridos, o que é visível à simples observação dos homens e das mulheres. O argumento de que amplas extensões de terras são fundamentais para a sua reprodução física parece não se sustentar, dadas as suas condições precárias de vida. A ideia do bom selvagem em condições idílicas parece ser mais um produto ideológico da Funai, do Cimi e dos movimentos sociais em geral.

Numa das aldeias, é comum o relato do infanticídio enquanto prática cultural dessas populações. Nas palavras de um interlocutor, matar ou não um recém-nascido é uma "decisão dos pais". Ou seja, cabe ao livre-arbítrio dos pais manter ou não em vida um recém-nascido, não havendo nenhuma lei que se sobreponha a essa. Nesse sentido, eles se situariam fora ou acima da Constituição brasileira, que assegura o direito à vida. Os argumentos apresentados podem ser vários, desde o tamanho da roça até o fato de os indivíduos do sexo masculino serem privilegiados, com a morte consequente de recém-nascidos do sexo feminino. Imaginem se tal prática fosse universalizada, tornando-se válida para todos os brasileiros!

Ora, quem sustenta o infanticídio como sendo apenas uma prática cultural compactua, na verdade, com um crime severamente punido pela legislação brasileira. Os indígenas são, assim, tratados como se não fossem brasileiros, a lei não se aplicando a eles. Temos aqui um evidente paradoxo: como a Constituição brasileira não se aplicaria a eles, estando suas aldeias situadas em território nacional e sendo auxiliados, e mesmo apoiados, por instituições do Estado? Como pode uma cláusula pétrea ser relativizada dessa maneira?

Ainda numa outra aldeia, da mesma tribo, há relatos de que o infanticídio seria cometido com o conhecimento de missionárias ali instaladas. As mulheres vão para o mato antes do parto, costumam ter seus filhos sozinhas, voltando, depois, sem o recém-nascido. A morte é feita por sufocamento, com a mãe asfixiando a criança no chão, com o pé. A situação não poderia ser mais escandalosa, pois esse tipo de conivência contraria frontalmente os princípios do cristianismo e, de modo mais geral, de toda a humanidade. Os princípios mesmos do Evangelho são frontalmente desrespeitados. Como pode uma prática dita cultural se sobrepor a um princípio universal? Salvo se partirmos de uma outra posição, a saber: a inexistência de princípios universais, o que equivaleria a remeter toda a humanidade à barbárie. Por que não reintroduzir, então, a antropofagia, prática que foi comum a determinadas tribos na história brasileira, em nome da "igualdade" entre diferentes culturas?

A situação deveria suscitar a indignação moral. Em nome de uma "prática cultural", haveria conivência com o assassinato de recém-nascidos, como se esta prática devesse ser "culturalmente" preservada. Ou ainda, em nome do "estruturalismo", é como se devêssemos abdicar de nossa capacidade de julgar. Parece, no entanto, haver uma tergiversação geral sobre o assunto, englobando as diferentes autoridades envolvidas. Trata-se de uma manobra propriamente política perante a opinião pública brasileira, que desaprovaria tal prática se dela tivesse conhecimento. Vendem, porém, um outro produto, o de que os indígenas são "bons selvagens", havendo uma harmonia natural entre eles, como se o assassinato, por exemplo, fosse fruto do mundo civilizado. Para que possam guardar as suas respectivas posições de poder, continuam insistindo nessa ideia rousseauniana ao arrepio completo da verdade.

A opinião pública condena severamente o infanticídio. Uma menina que teria sido assassinada pelo pai e pela madrasta, atirada de um edifício, ocupou durante semanas o noticiário radiofônico, televisivo e impresso do País, causando indignação geral. Provocou uma verdadeira comoção nacional. Outros casos são também relatados com detalhes, produzindo uma intensa reação e suscitando fortes emoções. Mesmo criminosos, nos presídios, não compactuam com essa prática, procurando eliminar fisicamente os que realizam tais atos. O próprio "código" dos criminosos exclui essa prática, por se colocar fora dos parâmetros de qualquer tipo de humanidade. Por que seria ela tolerável entre os indígenas? No fundo, o que está em questão, para aqueles que defendem tais posições ou são omissos em relação a elas, é o medo da perda de suporte junto à opinião pública. Se fossem mostrados coniventes e cúmplices com tal prática, perderiam sustentação e seriam forçados a abdicar de suas posições ideológicas e políticas. Eis por que o ocultamento é aqui a regra.

Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS. E-mail: denisrosenfield@terra.com.br

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