domingo, 14 de fevereiro de 2010

Araras brasileiras

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As araras brasileiras


As araras são encontradas desde o Sul da América do Norte (México) até América do Sul
São 16 espécies de araras, distribuídas entre seis gêneros. Aqui, novamente o Brasil é campeão, por ter representantes de todos os gêneros e o maior número de espécies, num total de 13 espécies de araras.

As “araras azuis” atuais são quase exclusividade brasileira, pois duas espécies
A. leari e Cyanopsitta spixii são endêmicas (só são encontradas) no Brasil. A arara azul A. hyacinthinus tem a maior população no Brasil, sendo que foi praticamente extinta no Paraguai e Bolívia, mas já sendo encontrada neste último.

Do gênero Ara, o Brasil possui quatro representantes que são as duas araras-vermelhas, (A. chloropterus e A. macao), a arara-canindé (A. araraúna) e a maracanã-guaçu (A. severus).


São encontradas mais quatro espécies consideradas grandes araras e que pertencem a esse gênero:
Ara ambígua (Buffon`s Macaw) que ocorre na América Central em Honduras, Nicaragua, Costa Rica e Panamá com uma sub-espécie guayaquilensis que ocorre na Colômbia e Equador; Ara militaris (Military Macaw) que ocorre desde o México até norte da Bolívia, com três sub-espécies: militaris, boliviana, mexicana; Ara glaucogularis (Blue-throated Macaw) e Ara rubrogenys (Red-fronted-Macaw) que só ocorrem na Bolívia Completam a lista das araras brasileiras, citadas abaixo, mais cinco espécies, pertencentes a três gêneros, que são consideradas as araras pequenas.As araras brasileiras estão distribuídas em 6 gêneros diferentes, são eles:





Anodorhynchus: com 3 espécies:A.hyacinthinus, A. leari e A. glaucus.

Arara azul , vive no Pantanal.
As araras-azuis nascem frágeis e somente com três meses de vida se aventuram em seus primeiros vôos. Apenas com sete anos de idade a arara azul começarásua própria família. Em média, a fêmea terá dois Filhotes













Cyanopsitta: 1 espécie C. spixi

Ararinha-azul: vivia no extremo norte da Bahia ao sul do Rio São Francisco, na Caatinga
Filhotes: de 3 a 4 ovos
Considerada extinta pelo IBAMA, em julho de 2002. Esta espécie foi desaparencendo e sua população, que já era restrita desapareceu. Isso devido à captura para o tráfico de animais para servir como ave ornamental ou de estimação e também a destruição de seu habitat original.


Ara: com 4 espécies: A. ararauna, A. chloropterus, A. macao e A. severus.
Ara Canindé

AMEAÇADA DE EXTINÇÃO
Onde vive: matas e capões da América Central, no Brasil, Bolívia e Paraguai.
Filhotes: de 2 a 4 ovos
Na época de reprodução, formam e separam-se em casais que permanecem unidos por toda a vida. Seus Filhotes crescem com muita rapidez e com 2 anos de idade já vão formando os casais.


Arara Vermelha

Onde vive: do Panamá ao Brasil, Paraguai e Argentina, hoje só sobrevive em quantidade na Amazônia, nas demais áreas está se tornando rara.
Filhotes: 2 ovos - incubação 29 dias
Embora com a população na natureza cada vez mais reduzida, essa arara certamente vai sobreviver por causa da criação em cativeiro



Orthopsittaca: com 1 espécie: O.manilata
Maracanã-de-cara-amarela

Ocorre numa área ampla que inclui Trinidad, Guianas, Colômbia, sudeste da Venezuela, do sul ao leste do Peru, norte da Bolívia e no Brasil, do Mato Grosso e Goiás até Piauí e oeste da Bahia.





Primolius: com 3 espécies: P. maracanã, P. auricollis e P. couloni.
Arara Maracanã

Encontram-se no Brasil (Nordeste, Sudeste e Centro), no Leste do Paraguai e no Nordeste da Argentina.
É uma espécie vulnerável (segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza). Pertence ao Apêndice I da CITES. Já se encontra extinta ou é rara em algumas zonas da sua área de distribuição
A época de nidificação depende da localização geográfica. A postura é de três ovos, cuja incubação dura 26 a 27 dias e é realizada apenas pela fêmea.


Diopsittaca: com 1 espécie: D. nobilis.
Maracanã Nobre

Ocorre da Venezuela e Suriname ao Brasil central e nordeste.Na metrópole do Rio de Janeiro foi introduzida ao longo do século XX, através do tráfico, do qual indivíduos fugidos criaram novas populações ao longo de áreas arborizadas como a floresta da Tijuca.
Sendo representante da família psittacidae, também lhe são atribuídos todos os comentários referentes ao demais papagaios



Fontes:
http://www.projetoararaazul.org.br/arara/Home/AAraraAzul/Ararasbrasileiras/tabid/310/Default.aspx
http://www.ecologiaonline.com/arara-azul-nome-cientifico-anodorhynchus-hyacinthinus/
http://www.saudeanimal.com.br/ararinha_azul.htm
http://www.curiosidadeanimal.com/aves_arara_vermelha.shtml
http://www.casadopapagaio.com.br/pg_aves/marac_cara_amarela.htm
http://www.naturezactiva.com/aves.php?page=aramaracana
http://www.zoonit.org.br/ani_aves_marnob.htm

Cosmologia - Tribo Araweté

Os Araweté são um povo tupi-guarani de caçadores e coletores da floresta de terra firme, que se deslocou há cerca de quarenta anos das cabeceiras do rio Bacajá, em direção ao rio Xingu, no Estado do Pará.

"
No começo os humanos (bïde) e os deuses (Maï) moravam todos juntos. Esse era um mundo sem morte e sem trabalho, mas também sem fogo e sem plantas cultivadas. Um dia, insultado por sua esposa humana, o deus Aranãmi decidiu abandonar a terra. Acompanhado por seu sobrinho Hehede'a, ele tomou seu chocalho de pajé e começou a cantar e a fumar. Cantando, fez com que o solo de pedra onde estavam subisse às alturas. Assim se formou o firmamento: o céu que se vê hoje é o lado de baixo dessa imensa placa de pedra. Junto com Aranãmi e seu sobrinho subiram dezenas de outras raças divinas: os Maï hete, os Awerikã, Marairã, Ñã-Maï, Tiwawi, Awî Peye, Moropïnã. Os Iwã Pïdî Pa subiram ainda mais alto, formando um segundo céu, o "céu vermelho".
A separação do céu e da terra causou uma catástrofe. Privada de suas fundações de pedra, a terra se dissolveu sob as águas de um dilúvio: o jacaré e a piranha monstruosos devoravam os humanos. Apenas dois homens e uma mulher conseguiram se salvar, subindo num pé de bacaba. Eles são os tema ipi, a "origem da rama": os ancestrais da humanidade atual. Na convulsão provocada pelo dilúvio, alguns Maï procuraram escapar dos monstros afundando na água e criando o mundo inferior, onde habitam hoje, em ilhas de um grande rio subterrâneo.
As marcas da divisão do cosmos estão em toda parte: os morrotes de pedra que pontuam o território araweté são fragmentos do céu que se ergueu; as pedras do igarapé Ipixuna ainda guardam as pegadas dos Maï; as moitas de banana-brava espalhadas na mata são as antigas roças dos deuses, que comiam dessa planta antes de conhecer o milho. As plantas cultivadas e a arte de cozinhar os alimentos foram reveladas aos humanos e aos deuses por um pequeno pássaro vermelho da floresta.
Bïde, os humanos, são chamados pelos Araweté de "os abandonados", os que foram deixados para trás pelos deuses. Tudo que há em nosso mundo do meio é o que foi abandonado; para os céus foram os maiores animais, as melhores plantas, a mais bela gente - pois os Maï são como a gente, porém mais altos, mais fortes e imponentes. Tudo no céu é feito de pedra, imperecível e perfeito: as casas, as panelas, os arcos, os machados. A pedra é, para os deuses, maleável como o barro para nós. Lá ninguém trabalha, pois o milho se planta sozinho, as ferramentas agrícolas operam por si mesmas. O mundo celeste é um mundo de caçadas, danças, festas constantes de cauim de milho; seus habitantes estão sempre esplendidamente pintados de jenipapo, adornados com penas de cotinga e arara, perfumados com a resina da árvore i d;iri'i (Trattinickia rhoifolia).

Mas os Maï são, acima de tudo, imunes à doença e à morte: eles levaram consigo a ciência da eterna juventude. O exílio dos deuses criou a condição de tudo que é terrestre: a submissão ao tempo, isto é, o envelhecimento e a morte. Mas, se partilhamos dessa comum condição mortal, distinguimo-nos dos demais habitantes da terra por termos um futuro. Os humanos são "aqueles que irão", que reencontrarão os Maï no céu, após a morte. A divisão entre o céu e a terra não é intransponível: os deuses falam com os homens, e os homens estarão um dia à altura dos deuses."

http://pib.socioambiental.org/pt/povo/arawete/110

A Cultura do indíginismo e da mentiralogia

Quem é Índio? Eu? Não! Somos Pataxó do Prado.  

Índio... Se aceitarmos esse substantivo Cabralino, preconceituoso, descriminante, vamos dar sustentabilidade as mentiras e aleivosias do invasor Pedro Álvares Cabral. O mesmo dizia que estava navegando rumo às Índias e que depois de uma tormenta acabou se desviando da rota e encontrou o Brasil aleatoriamente. O “inocente” navegador e invasor português pensava te chegado às Índias, por isso apelidou os aborígines que viviam aqui há milhares de anos de “Índios”.

Não dar para continuar pregando uma aleivosia pretensiosa dessa. Seria cômico se não fosse absurdo. É por isso que nós povo Pataxó do Prado não aceita ser adjetivado de “indígena”. Quando aceitamos ser nomeados de Índios, estamos traindo a nossa própria etnia. E ferindo a memória dos nossos ancestrais. E mais: quando aceitamos o Pronome “Índios” estamos esquecendo da nossa diversidade, culturalidade, Religiosidade, hábitos, tradições, mitos e costumes. Porque no Brasil de hoje não temos um só povo. Temos 290 povos de etnias diferentes falando mais de 190 línguas.
http://www.webbrasilindigena.org/wp-content/uploads/2007/10/foto-1.jpgÉ por isso que o que o nome Índio nos causa uma falsa ilusão de que todos são iguais e hegemônicos, e o que pior - que aqui só existe um só povo e isso não é verdade -. Cada povo tem a sua diversidade e culturalidade. Não somos um povo uno, somos diferentes nos mais diversos aspectos culturais religiosos.

Temos formas de vidas bem diversificadas de um povo para o outro. É por isso que esse nome “Índio” tem que ser banido do nosso vocabulário. Cada povo tem seu nome. É por isso que nós não somos Índios, somos Pataxó do Prado.

“Índio”, esse substantivo vigora ate hoje e serve para desqualificar os movimentos que lutam pelo o reconhecimento de suas etnias. “Apartir de agora uma outra Historia esta sendo contada”
Por: Edmundo Santos

Jorge Ben Jor - Curumim Chama Cunhatã Que Eu Vou Contar (Todo Dia Era Dia De Índio)
















Curumim Chama Cunhatã

Que Eu Vou Contar

(Todo Dia Era Dia De Índio)

Composição: Tim Maia e Jorge Ben Jor
Jês, Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,
Makus, Nambikwaras, Tupis, Bororós,
Guaranis, Kaiowa, Ñandeva, YemiKruia
Yanomá, Waurá, Kamayurá, Iawalapiti, Suyá,
Txikão, Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin, Krahô,
Ramkokamenkrá, Suyá

Hey! Hey! Hey!
Hey! Hey! Hey!

Curumim chama cunhatã que eu vou contar
Cunhatã chama curumim que eu vou contar
Curumim, cunhatã
Cunhatã, curumim

Antes que os homens aqui pisassem
Nas ricas e férteis terraes brazilis
Que eram povoadas e amadas por milhões de índios
Reais donos felizes
Da terra do pau-brasil
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio
Pois todo dia, toda hora, era dia de índio

Mas agora eles só têm um dia
O dia dezenove de abril
Mas agora eles só têm um dia
O dia dezenove de abril

Amantes da pureza e da natureza
Eles são de verdade incapazes
De maltratarem as femeas
Ou de poluir o rio, o céu e o mar
Protegendo o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora
Pois na sua história, o índio
É o exemplo mais puro
Mais perfeito, mais belo
Junto da harmonia da fraternidade
E da alegria,

Da alegria de viver
Da alegria de amar
Mas no entanto agora
O seu canto de guerra
É um choro de uma raça inocente
Que já foi muito contente
Pois antigamente

Todo dia, toda hora, era dia de índio
Todo dia, toda hora, era dia de índio

Hey! Hey! Hey!

Jês, Kariris, Karajás, Tukanos, Caraíbas,
Makus, Nambikwaras, Tupis, Bororós,
Guaranis, Kaiowa, Ñandeva, YemiKruia
Yanomá, Waurá, Kamayurá, Iawalapiti, Suyá,
Txikão, Txu-Karramãe, Xokren, Xikrin, Krahô,
Ramkokamenkrá, Suyá

Todo dia, toda hora, era dia de índio
Todo dia, toda hora, era dia de índio

Hey! Hey! Hey!
Curumim, cunhatã
Hey! Hey! Hey!
Cunhatã, curumim
Hey! Hey! Hey!
Curumim, cunhatã
Hey! Hey! Hey!
Cunhatã, curumim

Frases