Os indígenas que vivem nas periferias das cidades não são reconhecidos pela Funasa. Este contingente de mais de 15 mil índios reside em 22 municípios de norte a sul do Estado, morando e trabalhando em condições precárias, mas buscando melhores condições para seus filhos. Sem recursos e um programa do Governo Federal para definir suas terras e programas de incentivo a agricultura e desenvolver sustentabilidade, a Fundação Nacional do Indio, orgão responsável pela assistência as comunidades indígenas, assiste a agonia das comunidades e nada pode fazer para impedir o êxodo de suas terras para os trabalhos nas destilarias, fazendas e sub-empregos nas cidades. A cada ano a tendência é piorar.
Muito diferente das imagens que circulam na mídia nacional e internacional de índios com cocares coloridos, continuam lutando pela demarcação de suas terras e lutando por saúde, educação e programas para melhorar o desenvolvimento nas áreas indígenas. Ao contrário do que muitos imaginam, os índios de mato Grosso do Sul, vivem da agricultura e da pecuária, integrados ao processo de desenvolvimento, como parte da sociedade.
A idéia romântica de silvícola vivendo da caça e da pesca, não existe mais. As matas deram lugar às plantações de capim para pecuária, extinguindo o pouco da caça que restava. As reserva legais onde vivem estão cada vez menores em consequência do crescimento populacional.
Segundo o Censo 2.000 do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, a população indigena de Mato Grosso do Sul, cresceu 84,8% nos ultimos dez anos. MS ocupa o segundo lugar no ranking nacional em número de população indigena, com 60.533 habitantes.
Em Aquidauana o prefeito Felipe Orro recebe constantemente no gabinete inúmeras lideranças indigenas da Nação Terena e na Câmara Municipal, um indigena ocupa uma cadeira de vereador. O indio TERENA participa ativamente do processo politico eleitoral do Municipio.
Fonte: Correio do Brasil
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