 Mitologia  guarani refere-se às crenças do povo tupi-guarani da porção centro-sul  da América do Sul, especialmente os povos nativos do Paraguai e parte da  Argentina, Brasil e Bolívia.
Mitologia  guarani refere-se às crenças do povo tupi-guarani da porção centro-sul  da América do Sul, especialmente os povos nativos do Paraguai e parte da  Argentina, Brasil e Bolívia.Mito guarani da criação 
A  figura primária na maioria das lendas guaranis da criação é Iamandu (ou  Nhanderu ou Tupã), o deus Sol e realizador de toda a criação. Com a  ajuda da deusa lua Araci, Tupã desceu à Terra num lugar descrito como um  monte na região do Aregúa, Paraguai, e deste local criou tudo sobre a  face da Terra, incluindo o oceano, florestas e animais. Também as  estrelas foram colocadas no céu nesse momento. 
Tupã  então criou a humanidade (de acordo com a maioria dos mitos Guaranis,  eles foram, naturalmente, a primeira raça criada, com todas as outras  civilizações nascidas deles) em uma cerimônia elaborada, formando  estátuas de argila do homem e da mulher com uma mistura de vários  elementos da natureza. Depois de soprar vida nas formas humanas,  deixou-os com os espíritos do bem e do mal e partiu. 
Nhanderuvuçú  (Tupã) é considerado Deus supremo na religião primitiva dos índios  brasileiros que habitavam as terras tupiniquins atualmente chamadas  Brasil. 
Os exploradores portugueses descobriram  essas terras em 22 de abril de 1500 e inicialmente as nomearam ilha de  Vera Cruz. Depois, verificando que não era possível contornar a tal da  ilha, concluiram em se tratar de um imenso território o qual passou a  ser chamado Terra de Santa Cruz devido à forte influência religiosa em  tudo o que nomeavam em suas viagens exploratórias. Depois, com a  exploração e exportação para a Europa, do pau-brasil (madeira  avermelhada como brasa) esse grande território passou a ser chamado  Brasil. 
Nhanderuvuçú não tem forma humana a  chamada forma antropomórfica, é a energia que existe, sempre existiu e  existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe mesmo antes de  existir o Universo. 
A única realidade que sempre  existiu, existe e existirá para sempre é a energia a qual os índios  brasileiros identificam como Nhanderuvuçú. 
Características da energia: 
A energia existia mesmo antes de existir a relatividade, antes do início do Universo. 
A energia existia no caos sem tempo, sem espaço e sem nenhum tipo de velocidade, era o caos mas a energia sempre existiu. 
Leis fundamentais da energia: 
Energia não pode ser criada nem destruída. 
Energia pode se transformar de uma forma de energia em outra. 
Energia total do Universo não aumenta nem diminui apenas tudo fica em constante transformação. 
Para  os índios brasileiros não catequizados e para outros brasileiros que  nem índios são; essa religião continua sendo professada atualmente por  muitos fiéis residentes no Brasil. 
Dizem eles que o início do mundo foi muito semelhante ao que dizem as outras doutrinas de outras religiões estrangeiras. 
Deus, chama-se Nhanderuvuçú. 
No  princípio ele criou a alma, que na língua tupi-guarani diz-se "Anhang"  ou "añã" a alma; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera  "añã'gwea" significa alma antiga. 
Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-) surgiu "anhandeci" a matéria. 
Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios. 
Para proteger tudo isso, ele criou Iara. 
Depois  de Iara, Nhanderuvuçú criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e  o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e  tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu. 
Nhanderuvuçú  criou também Caaporã o protetor das matas por si só nascidas e protetor  dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos,  enfim o protetor de todos os seres vivos. 
Caaporã  quando é evocado para proteger as plantas plantadas junto aos roçados  dos índios é chamado por eles de forma carinhosa com o cognome de Ceci. 
Caaporã em língua tupi-guarani significa "boca da mata "Caa = boca e Porã = mata" 
Dizem as lendas que no meio dos animais protegidos por Caaporã apareceu mais um casal de animais. 
A primeira mulher, Amaú e, o primeiro homem, Poronominare. 
Quem  segue esta religião, religião "Primitiva do Brasil" adora as formas de  manifestações da energia, adora o Sol, os raios, os relâmpagos e o clima  em geral, através da adoração de Tupã, adora as águas, a neblina, os  rios, cachoeiras, lagos, lagoas, mares e oceanos através da adoração de  Iara, adoram as matas, os animais e toda a natureza adorando Caaporã,  evocam Ceci para proteger os campos plantados, a agricultura e as  criações de animais domésticos. 
Enfim adoram o  que existe de fato, adoram somente o que é realmente real, os fenômenos  naturais, o clima, a natureza, apenas as coisas reais. 
Primitiva do latim "primitivu", primeiros tempos; princípio. 
A  religião "Primitiva do Brasil", não inclui nenhum personagem  antropomórfico (forma humana) em suas crenças, apenas Poronominare e  Amaú possuem essa forma mas, não são divinos, são animais também e,  portanto pertencem à Caaporã o protetor de toda a natureza viva e isso  inclui todos os seres vivos inclusive nós os animais humanos. 
Dizem: "A realidade é a única verdade em que podemos acreditar". 
Os  jesuítas durante a catequese dos indígenas brasileiros, interpretaram  equivocadamente "Anhangüera" com o significado de "diabo velho" ao invés  de "alma antiga"; outro equívoco deles foi chamar Caaporã de "curupira"  que é o mito de um demônio com forma de gente e com os pés ao contrário  criado segundo a imaginação no folclore dos colonizadores cristãos no  Brasil durante o processo da catequese destes índios. 
Osvaldo  Orico, foi da opinião de que os indígenas tinham noção da existência de  uma força, de um Deus superior a todos. Assim ele diz: 
"Tupã-Cinunga  ou "o trovão", cujo reflexo luminoso é tupãberaba, ou relâmpago cuja  voz se faz ouvir nas tempestades sua morada é o Sol. 
Tupã representa um ato divino, é o sopro da vida, e o homem a flauta em pé, que ganha a vida com o fluxo que por ele passa." 
Primeiros humanos 
Os humanos originais criados por Tupã  eram Rupave e Sypave, nomes que significam "Pai dos povos" e "Mãe dos  povos", respectivamente. O par teve três filhos e um grande número de  filhas. O primeiro dos filhos foi Tumé Arandú, considerado o mais sábio  dos homens e o grande profeta do povo Guarani. O segundo filho foi  Marangatu, um líder generoso e benevolente do seu povo, e pai de Kerana,  a mãe dos sete monstros legendários do mito Guarani (veja abaixo). Seu  terceiro filho foi Japeusá, que foi, desde o nascimento, considerado um  mentiroso, ladrão e trapaceiro, sempre fazendo tudo ao contrário para  confundir as pessoas e tirar vantagem delas. Ele eventualmente cometeu  suicídio, afogando-se, mas foi ressuscitado como um caranguejo, e desde  então todos os caranguejos foram amaldiçoados para andar para trás como  Japeusá. 
Entre as filhas de Rupave e Sypave  estava Porâsý, notável por sacrificar sua própria vida para livrar o  mundo de um dos sete monstros legendários, diminuindo seu poder (e  portanto o poder do mal como um todo). 
Crê-se que vários dos primeiros humanos ascenderam em suas mortes e se tornaram entidades menores. 
Os sete monstros legendários 
Kerana, a bela filha de Marangatu, foi capturada pela personificação ou espírito mau chamado Tau. Juntos eles tiveram sete filhos, que foram amaldiçoados pela grande deusaArasy,  e todos exceto um nasceram como monstros horríveis. Os sete são  considerados figuras primárias na mitologia Guarani, e enquanto vários  dos deuses menores ou até os humanos originais são esquecidos na  tradição verbal de algumas áreas, estes sete são geralmente mantidos nas  lendas. Alguns são acreditados até tempos modernos em áreas rurais. Os  sete filhos de Tau e Kerana são, em ordem de nascimento: 
1 - Teju Jagua, deus ou espírito das cavernas e frutas 
2 - Mboi Tu'i, deus dos cursos de água e criaturas aquáticas 
3 - Moñai, deus dos campos abertos. Ele foi derrotado pelo sacrifício de Porâsý 
4 - Yacy Yateré, deus da sesta, único dos sete a não aparecer como monstro 
5 - Kurupi, deus da sexualidade e fertilidade 
6 - Ao Ao, deus dos montes e montanhas 
7 - Luison, deus da morte e tudo relacionado a ela 
Outros deuses ou figuras importantes 
1 - Angatupri, espírito ou personificação do bem, oposto a Tau 
2 - Pytajovái, deus da guerra 
3 - Pombero, um espírito popular de travessura 
4 - Abaangui, um deus creditado com a criação da lua; pode figurar somente como uma adptação de tribos guaranis remotas 
5 - Jurupari, um deus de adoração limitada aos homens, em geral apenas para tribos isoladas no Brasil. 
O Mito: A criação da Noite 
Nas  Aldeias de todo o mundo, nas terras dos índios, era sempre dia. Nunca  havia noite, estava sempre claro. Os homens não paravam de caçar, nem as  mulheres de limpar, tecer e cozinhar. O sol ia do leste ao oeste e  depois refazia o caminho, ia do oeste ao leste, seguindo assim. 
Mas  teve um dia que o caso mudou. Quando Tupã, aquele que controlava tudo,  havia saído para caçar, um homem muito curioso tocou no frágil Sol para  saber como funciona. Então o Sol que dava luz e calor havia se apagado,  havia quebrado em mil pedacinhos. Então as trevas haviam reinado na  aldeia. 
Tupã não se conformou com tal atitude do  homem, e o transformou em um novo animal, que tinha as mão douradas como  o Sol que brilhava. E deu-se o nome àquele bicho de  macaquinho-de-mão-d'ouro. Tupã então tratou de refazer o Sol. Mas ele só  ia ao oeste e não conseguia voltar. Então criou assim a Lua e as  estrelas para iluminarem a noite. E assim ia, o Sol ia até o poente, não  voltava, e então vinha a Lua e as estrelas. Acabava a noite e o Sol  voltava. mas o sol sempre sorrindo ia e um dia viu a lua orgulhoso do  que fez 
Figuras da Mitologia Ameríndia Tupi-Guarani: 
A 
* Abaangui:  é o deus da lua na mitologia guarani. De acordo com a lenda, Abaangui  tinha um nariz enorme. Este, foi arrancado pelo próprio deus, lançando-o  até o céu, criando dessa forma a lua. 
Em outra  versão da lenda, Abaangui era irmão de Zaguaguayu e tinha dois filhos.  Cada um destes filhos atirou uma flecha até o céu, onde ficou fixada. Em  seguida, cada um atirou uma flecha que entrou na primeira e assim  procederam até formar duas correntes que iam do céu até a terra. Por  estas correntes, subiram os dois filhos de Abaangui até chegarem ao céu  onde ficaram, transformando-se no sol e na lua. 
* Abaçaí:  (segundo Teodoro Sampaio, do tupi a'wa-sa'i; "homem que espreita,  persegue") é um gênio maléfico, de proporções gigantescas, que, na  mitologia tupi, perseguia os indígenas e os tornava possessos. 
Em  outra definição, também na mesma mitologia, é um espírito que habita as  florestas e convida a dançar, cantar e fazer festa habitava os ermos  das florestas e que possuía o indígena que se apartava de seu grupo,  deixando-o em transe arrebatado, fora de si. Um espírito que a ótica dos  europeus e da evangelização tentou transformar em "gênio maléfico",  desconsiderando a necessidade de evasão tão presente na cultura de todo o  mundo. 
 * Andurá: Andurá é uma árvore  fantástica que, à noite, se inflama subitamente.ele se enflama devido a o  fogo das queimadas em tribos indigenas.
* Andurá: Andurá é uma árvore  fantástica que, à noite, se inflama subitamente.ele se enflama devido a o  fogo das queimadas em tribos indigenas. * Angra (mitologia): a deusa do fogo na mitologia tupi-guarani. 
Anhangá:  Anhangüera supostamente "Coisa Ruim". Ele é o protetor da caça no campo  e nas florestas; Anhangá protege todos os animais contra os caçadores e  quando a caça conseguia fugir os índios diziam que Anhangá ou  Anhangüera as havia protegido e ajudado a escapar. 
Para os jesuítas catequizadores, Anhangá era comparado ao demônio da teologia cristã. 
Os  jesuítas durante a catequese dos indígenas brasileiros, interpretaram  equivocadamente "Anhangüera" com o significado de "diabo velho" ao invés  de "alma antiga". Dizem as lendas: No princípio Nhanderuvuçu criou a  alma, que na língua tupi-guarani diz-se "Anhang" ou "añã" a alma; "gwea"  significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma  antiga. 
* Anhum: É o Deus da música na Mitologia Tupi-Guarani, o Deus melodioso que tocava divinamente o sacro Tare. 
* Ao Ao:  também grafado como Aho Aho, é o nome de uma monstruosa criatura da  Mitologia guarani. Um dos filhos de Tau e Kerana, é uma das figuras  centrais da mitologia dos povos que falam o idioma Guarani, localizados  históricamente no Paraguai, norte da Argentina e sul e oeste do Brasil. 
Ao  Ao é freqüentemente descrito como sendo uma voraz criatura parecida com  um carneiro, com um grande conjunto de presas afiadas. Alternativamente  aparece como sendo um grande pecaminoso. 
O seu  nome é derivado do som que faria ao perseguir suas vitimas. O primeiro  Ao Ao teria uma enorme virilidade e por isso é identificado como o  principio da fertilidade pelos guaranis. Produziu grande descendência  igual a ele, e servem coletivamente como senhores e protetores das  colinas e montanhas. 
É descrito ainda como sendo  canibal devorador de gente. Embora sua descrição física seja claramente  inumana, é meio humana por nascimento, então o termo canibal se  aplicaria. De acordo com a maioria das versões do mito, quando localiza  uma vítima para sua próxima refeição, persegue o infeliz humano por  qualquer distância ou em qualquer território, não parando até conseguir  sua refeição. 
Se a presa tentar escapar subindo  em uma árvore, o Ao Ao circundará a mesma, uivando incessantemente e  cavando as raízes até a árvore cair. De acordo com o mito, a única  árvore segura para escapar seria a palmeira, que conteria algum poder  contra o Ao Ao, e se a vitima conseguisse subir em uma, ele desistiria e  sairia em busca de outra refeição. O Ao Ao também teria a função de  levar as crianças desobedientes para seu irmão, Yacy Yateré. 
* Aruanã (mitologia): é o deus da alegria e protetor dos carajás na mitologia tupi-guarani. 
B 
* Boitatá : Boitatá  é um termo tupi-guarani, o mesmo que Baitatá, Biatatá, Bitatá e  Batatão, usado para designar, em todo o Brasil, o fenômeno do fogo-fátuo e deste derivando algumas entidades míticas, um dos primeiros registrados no país. 
C 
* Caipora:  Caipora é uma entidade da mitologia tupi-guarani. É representada como  um pequeno índio de pele escura, ágil, nu, que fuma um cachimbo e gosta  de cachaça. Habitante das florestas, reina sobre todos os animais e  destrói os caçadores que não cumprem o acordo de caça feito com ele. Seu  corpo é todo coberto por pelos. Ele vive montado numa espécie de  porco-do-mato e carrega uma vara. Aparentado do Curupira, protege os  animais da floresta. Os índios acreditavam que o Caipora temesse a  claridade, por isso protegiam-se dele andando com tições acesos durante a  noite. No imaginário popular em diferentes regiões do País, a figura do  Caipora está intimamente associada à vida da floresta. Ele é o guardião  da vida animal. Apronta toda sorte de ciladas para o caçador, sobretudo  aquele que abate animais além de suas necessidades. Afugenta as presas,  espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos  dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas  fazendo com que ele se perca no meio do mato. Mas, de acordo com a  crença popular. é sobretudo nas sextas-feiras, nos domingos e dias  santos, quando não se deve sair para a caça, que a sua atividade se  intensifica. Mas há um meio de driblá-lo. O Caipora aprecia o fumo. 
* Caupe: É a deusa da beleza na mitologia tupi-guarani, conhecida como a Afrodite-indígena 
* Chandoré:  era um deus tupi-gurani que, segundo a lenda, foi mandado para matar o  índio malvado Pirarucu, que desafiou Tupã, mas fracassou, pois Pirarucu  se jogou no rio. Como castigo o índio transformou-se no atual peixe. 
* Curupira :  ou Currupira - O Curupira é uma figura do folclore brasileiro. Ele é  uma entidade das matas, UM ÍNDIO, um anão de cabelos compridos e  vermelhos, cuja característica principal são os pés virados para trás. 
É  um mito antigo no Brasil, já citado por José de Anchieta, em 1560.  Protege a floresta e os animais, espantando os caçadores que não  respeitam as leis da natureza, ou seja, que não respeitam o período de  procriação e amamentação dos animais e que também caçam além do  necessário para a sua sobrevivência e lenhadores que fazem derrubada de  árvores de forma predatória. 
O Curupira solta  assovios agudos para assustar e confundir caçadores e lenhadores, além  de criar ilusões, até que os malfeitores se percam ou enlouqueçam, no  meio da mata. Seus pés virados para trás servem para despistar os  caçadores, que ao irem atrás das pegadas, vão na direção errada. Para  que isso não aconteça, caçadores e lenhadores costumam suborná-lo com  iguarias deixadas em lugares estratégicos. O Curupira, distraído com  tais oferendas, esquece-se de suas artes e deixa de dar suas pistas  falsas e chamados enganosos. 
Sendo mito difundido  no Brasil inteiro, suas características variam bastante. Em algumas  versões das histórias, o Curupira possui pêlos vermelhos e dentes  verdes. Em outras versões tem enormes orelhas ou é totalmente calvo.  Pode ou não portar um machado e em uma versão chega ser feito do casco  de jabuti.(imagem abaixo) 

G 
*Guaraci:  ou Quaraci (do tupi kwara'sï, "sol") na mitologia tupi-guarani é a  representação ou deidade do Sol, às vezes compreendido como dador da  vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o sol é importante nos  processos biológicos. Também conhecido como Coaraci. É identificado com o  deus hindu Brahma e com o egípcio Osíris. 
Embora  refira-se às entidades e deidades tupis como "deuses", esta forma é  incorreta, visto que não havia de fato esta noção de deus ou deuses  entre os tupis e guaranis, mas sim de mitos históricos de cada povo. 
I 
*  Iara:  Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara "senhora das águas") ou Mãe-d'água,  segundo o folclore brasileiro, é uma sereia. De pele morena clara e  cabelos negros, tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando  uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a  seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo do rio,  de onde nunca mais voltam. Os que retornam ficam loucos e apenas uma  benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os  índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao  entardecer.(Imagem ao lado).
Iara:  Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara "senhora das águas") ou Mãe-d'água,  segundo o folclore brasileiro, é uma sereia. De pele morena clara e  cabelos negros, tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando  uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a  seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo do rio,  de onde nunca mais voltam. Os que retornam ficam loucos e apenas uma  benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os  índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao  entardecer.(Imagem ao lado).
 Iara:  Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara "senhora das águas") ou Mãe-d'água,  segundo o folclore brasileiro, é uma sereia. De pele morena clara e  cabelos negros, tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando  uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a  seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo do rio,  de onde nunca mais voltam. Os que retornam ficam loucos e apenas uma  benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os  índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao  entardecer.(Imagem ao lado).
Iara:  Iara ou Uiara (do tupi 'y-îara "senhora das águas") ou Mãe-d'água,  segundo o folclore brasileiro, é uma sereia. De pele morena clara e  cabelos negros, tem olhos verdes e costuma banhar-se nos rios, cantando  uma melodia irresistível. Os homens que a vêem não conseguem resistir a  seus desejos e pulam nas águas e ela então os leva para o fundo do rio,  de onde nunca mais voltam. Os que retornam ficam loucos e apenas uma  benzedeira ou algum ritual realizado por um pajé consegue curá-los. Os  índios têm tanto medo da Iara que procuram evitar os lagos ao  entardecer.(Imagem ao lado).J 
J* aci: (do  tupi îasy "lua"), na mitologia Tupi, é a deusa da Lua, protetora dos  amantes e da reprodução. É identificada com Vishnu dos hindus e com Ísis  dos egípcios. 
K 
* Kurupi:  é um deus mitológico guarani, filho de Tau e Kerana. "Curupira",  "taiutú-perê", são sinônimos para este homúnculo que habita as florestas  verdes e que, em noites de lua cheia atormenta a vida dos índios e  animais. Se alimenta de crianças e filhotes recém-nascidos e é  reconhecido por seus gritos e gargalhadas malévolos. Costuma estuprar  índios perdidos na floresta, assim como índias virgens, sendo que, se  isto ocorrer em noites de lua nova, segundo a crença, será concebido um  ser híbrido, pequenino e levado. 
L 
* Luison: Conhecido  na região Amazônica, bem como no norte de Mato Grosso, e outros países,  como o Peru e Bolívia. O Luison é uma criatura da mitologia guarani,  detentora do poder sobre a morte. Acredita-se que seja semelhante a um  macaco de olhos vermelhos, com barbatanas de peixe e um enorme falo (de  anta). Seu nome é derivado do nome de outra criatura mitológica, o  lobisomem. 
M 
* Mahyra:  é um nome da mitologia indígena tupi-guarani, do grupo conhecido como  Suruí. Seria o herói mítico, pai dos gêmeos Korahi e Sahi (o sol e a  lua). São estes gêmeos que completam o trabalho de separação da natureza  e da cultura, iniciados por Mahyra, o herói civilizador, por  excelência, pois foi ele quem roubou o fogo ao urubu e o deu aos homens.  
* Mairata: O mairata é um dos um dos gênios cultuados pelos tupis. 
* Mapinguari: (ou  Mapinguary) seria uma criatura coberta de um longo pêlo vermelho  vivendo na Floresta Amazônica. Segundo povos nativos, quando ele percebe  a presença humana, fica de pé e alcança facilmente dois metros de  altura. Seus pés seriam virados ao contrário, suas mãos possuiriam  longas garras e a criatura evitaria a água, tendo uma pele semelhante a  de um jacaré. 
* Monã:  O Deus supremo dos índios das nações falantes de idiomas da família  Tupi-Guarani é conhecido como Monã, que é o criador do mundo, do céu e  da terra, dos seres vivos, ou seja, de tudo que existe. A crença em Deus  é semelhante à crença cristã, portanto Monã é um Deus semelhante ao  cristão, com todos os seus poderes. 
A  representação de Monã é como algo infinito. Para os índios das nações  falantes das línguas tupi-guaranis não há noção de paraíso, nem céu, nem  inferno como nas crenças cristãs e sim a "terra sem males" ou  Ybymarã-e'yma, local para onde todos irâo e que eles perseguem como uma  espécie de paraíso. 
N 
* Nhanderuvuçu:  Nhanderuvuçú (Tupã) é considerado Deus supremo na religião primitiva  dos índios brasileiros que habitavam as terras tupiniquins atualmente  chamadas Brasil. 
P 
* Parajás: Parajás, deusas Tupi-Guarani da honra, do bem e da justiça. 

* Rudá:  na mitologia tupi, é o deus do amor, que vive nas nuvens. Sua função é  despertar o amor dentro do coração dos homens. É identificado com o deus  Shiva dos hindus e com o Hórus egípcio. Também é considerado deus do  mar. 
S 
 * Saci-Pererê :  é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos  indígenas do sul do Brasil. Teve uma transformação com a chegada do  negro ao Brasil no qual foi incorporado ao folclore.
* Saci-Pererê :  é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos  indígenas do sul do Brasil. Teve uma transformação com a chegada do  negro ao Brasil no qual foi incorporado ao folclore. O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca. 
Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de possuir um rabo típico. 
Com  a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um  negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito,  uma espécie de cachimbo e ganhou da mitologia européia, um gorrinho  vermelho. 
A principal característica do saci é a  travessura, muito brincalhão ele se diverte com os animais e com as  pessoas, muito moleque ele acaba causando transtornos como: fazer o  feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em  buracos e etc. 
Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos. 
Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa. 
Diz  também a lenda, que os Sacis nascem em brotos de bambus, nestes eles  vivem sete anos e após esse tempo, vivem mais setenta e sete para  atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo  venenoso ou uma orelha de pau. 
* Sumé:  Zumé, Pay Sumé, Pay Tumé... é o nome de uma antiga entidade da mitologia  dos povos Tupis, Guaranis. Sua descrição variava de tribo para tribo.  Teria estado entre os índios antes da chegada dos portugueses e que lhes  havia transmitido uma série de conhecimentos. Além disso, seria o  responsável pela introdução de alguns elementos básicos da alimentação  indígena como a mandioca, o mate e a batata doce. 
Os  colonizadores católicos criaram o mito de que caracterizaria-se pela  figura de um homem branco e barbado, que seria São Tomé. Os padres  jesuítas associam esta figura ao apóstolo que é bastante conhecido por  suas pregações ao redor do mundo, tendo visitado Ásia e América  propagando a "boa nova". O apóstolo teria atingido as Índias Ocidentais  seguindo a velha rota do cedro além - mar, praticada pelos cartaginenses  (descendentes dos fenícios). 
T 
* Teju Jagua: é conhecido como deus das cavernas, grutas e lagos na mitologia guarani.Ele tinha um corpo de lagarto e sete cabeças de cachorro , diziam que tinha o corpo muito grande , e por isso andava se arrastando como um lagarto , ele so comia frutas e mel .
*  Tupã: (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da mitologia tupi-guarani.
Tupã: (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da mitologia tupi-guarani.
 Tupã: (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da mitologia tupi-guarani.
Tupã: (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da mitologia tupi-guarani.Os indígenas rezam a Nhanderuvuçu e seu mensageiro Tupã. Tupã não era exatamente um deus, mas sim uma manifestação de um deus na forma do som do trovão.  É importante destacar esta confusão feita pelos jesuítas. Nhanderuete,  "o liberador da palavra original", segundo a tradição mbyá, que é um  dialeto da língua guarani, do tronco lingüístico tupi, seria algo mais  próximo do que os catequizadores imaginavam. 
Câmara  Cascudo afirma que Tupã "é um trabalho de adaptação da catequese". Na  verdade o conceito "Tupã" já existia: não como divindade, mas como  conotativo para o som do trovão (Tu-pá, Tu-pã ou Tu-pana, golpe/baque  estrondante), portanto, não passava de um efeito, cuja causa o índio  desconhecia e, por isso mesmo, temia. Osvaldo Orico é da opinião de que  os indígenas tinham noção da existência de uma Força, de um Deus  superior a todos. Assim ele diz: "A despeito da singela idéia religiosa  que os caracterizava, tinha noção de Ente Supremo, cuja voz se fazia  ouvir nas tempestades – Tupã-cinunga, ou "o trovão", cujo reflexo  luminoso era Tupãberaba, ou relâmpago. Os índios acreditavam ser o deus  da criação, o deus da luz. Sua morada seria o sol. 
Para  os indígenas, antes dos jesuítas os catequizarem, Tupã representava um  ato divino, era o sopro, a vida, e o homem a flauta em pé, que ganha a  vida com o fluxo que por ele passa. 
* Tucupi:   é um molho de cor amarela extraído da raiz da mandioca brava, que é  descascada, ralada e espremida (tradicionalmente usando-se um tipiti).  Depois de extraído, o molho "descansa" para que o amido (goma) se separe  do líqüido (tucupi). Inicialmente venenoso devido à presença do ácido  cianídrico, o líqüido é cozido (processo que elimina o veneno), por  horas, podendo, então, ser usado como molho na culinária. 
Lenda:  Reza a lenda que Jacy (Lua) e Iassytatassú (Estrela d'alva), combinaram  visitar o centro da Terra. Quando foram atravessar o abismo, Caninana  Tyiiba mordeu a face de Jacy. Jacy derramou suas lágrimas sobre uma  plantação de mandioca. Depois disso o rosto de Jacy ficou marcado para  sempre pelas mordidas de Caninana. À partir das lágrimas de Jacy, surgiu  o tycupy (tucupi). 
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Com um nome que significa  literalmente pedaço da Lua, é único dentre os seus irmãos a não possuir  uma aparência monstruosa. Usualmente é descrito como um homem de pequena  estatura, ou talvez uma criança, aloirado e as vezes com olhos azuis.  Tem uma aparência distinta, algumas vezes descrita como bela ou  encantadora, e carrega um bastão ou cajado mágico. Como a maioria de  seus irmãos, habita na mata, sendo considerado o protetor da erva-mate.  Algumas vezes é visto como protetor dos tesouros escondidos. 
Jaci  Jaterê também é considerado o senhor da sesta, o tradicional descanso  ao meio do dia das culturas latino-americanas. De acordo com uma das  versões do mito, ele deixa a floresta e percorre as vilas procurando por  crianças que nao descansam durante a sesta. Embora seja naturalmente  invisível, ele se mostra a essas crianças e aquelas que veem seu cajado  caem em transe ou ficam catalépticas. Algumas versões dizem que essas  crianças são levadas para um local secreto da floresta, onde brincam ate  o fim da sesta, quando recebem um beijo mágico que as devolve a suas  camas, sem memória da experiência. 
 Outras são  menos claras, onde as crianças são transformadas em feras ou entregues  ao seu irmão Ao Ao, uma criatura canibal que se alimenta delas. Muitas  lendas Guarani têm muitas versões por serem apenas orais, mas está claro  que a intenção é manter as crianças obedientes e sossegadas durante a  sesta.
Outras são  menos claras, onde as crianças são transformadas em feras ou entregues  ao seu irmão Ao Ao, uma criatura canibal que se alimenta delas. Muitas  lendas Guarani têm muitas versões por serem apenas orais, mas está claro  que a intenção é manter as crianças obedientes e sossegadas durante a  sesta. Como já foi dito, o poder de Jaci Jaterê  vem de seu bastão mágico, e se alguém for capaz de tirar seu cajado, ele  se atira ao chão e chora como uma criança pequena. Neste estado, se  alguém perguntar pelos tesouros escondidos, recebe uma recompensa, lenda  semelhante ao Leprechaun ou duende europeu. 
Acredita-se  que o Jaci Jaterê estivesse associado à lenda tupi do Saci Pererê, que  por influências africanas e européias acabou por se distanciar das  características originais. 
* Yvy marã ey: é  um mito indígena. Significa "terra sem males" ou "terra sem mal", em  português. Segundo a lenda, neste lugar não haveria guerras, fome nem  doença. 
Foi um dos principais instrumentos de  resistência utilizados pelo povo guarani contra o domínio dos espanhóis e  portugueses. Os movimentos pela busca da "terra sem males" era  articulado pelos pajés, que se intitulavam Karaís. 
Em  1549, sofrendo com a colonização portuguesa, 15.000 índios partiram do  litoral, rumos aos Andes, buscando a "terra sem males". Apenas 300  chegaram à Chachalpoyas, no Peru, onde, ao invés de bonança, foram  capturados e presos. 
O mito de yvy marã ey sobreviveu entre os guaranis mais aguerridos em suas crenças e sua cultura.
 
 
 




