terça-feira, 27 de outubro de 2009

Índios da Raposa dizem ter sido ameaçados pela PF e por Exército

Ambos negam e dizem que cumpriam mandados de busca e apreensão na área
Índios da Raposa querem demarcação contínua como a do Alto Xingu
Índios de três comunidades da terra indígena Raposa/ Serra do Sol, em Roraima, afirmam que foram ameaçados e tiveram casas e equipamentos de garimpo destruídos com explosivos utilizados pela Polícia Federal e pelo Exército na semana passada, durante a Operação Escudo Dourado.

Segundo o Exército, dez pessoas foram presas na ação, entre elas cinco índios, e dez garimpos foram localizados.

A operação, deflagrada no dia 12, tinha como objetivo combater o garimpo ilegal na fronteira do Brasil com a Guiana.

O índio macuxi Lauro Barbosa afirmou que quem tentava se aproximar e proteger os equipamentos, que auxiliam na extração de ouro e diamante, foi ameaçado pelos agentes da PF e do Exército, que, segundo disse, apontaram armas de fogo. Ninguém se feriu.

A situação da Raposa/Serra do Sol esteve menos tensa desde junho, quando o último não índio foi retirado da área, em cumprimento à decisão do STF. Policiais permanecem na região para evitar conflitos.

Nos últimos meses, os índios, agora sem as plantações de arroz, enfrentaram uma estiagem que prejudicou suas lavouras.
De acordo com a Secretaria do Índio de Roraima, esse é um dos motivos para o aumento dos garimpos na região -atividade econômica secundária das etnias "há gerações", segundo os índios.

O garimpo em terras indígenas é considerado ilegal.

Para o secretário estadual do Índio, Jonas Marcolino, a prática na Raposa/Serra do Sol é uma "questão de sobrevivência", sem a qual os índios podem "morrer de fome".

De acordo com o líder indígena Abel Barbosa, ligado à Sodiur (Sociedade dos Índios Unidos do Norte de Roraima), que era favorável à presença dos produtores de arroz, cerca de cem famílias foram prejudicadas pela operação porque dependiam dos garimpos.

Outro lado
http://www.pco.org.br/banco_arquivos/conoticias/imagens/13254.jpgEm nota, o Exército e a PF de Roraima negaram abusos e disseram que cumpriam mandados de busca e apreensão. Falaram que apenas as máquinas que não podiam ser transportadas foram destruídas no local. Para o Exército, as acusações dos índios "carecem de fundamento", já que "não houve qualquer tipo de reação" dos garimpeiros durante a ação. A PF diz que as afirmações dos índios são "caluniosas".
A Funai (Fundação Nacional do Índio) não se pronunciou até o fechamento desta edição.
Fonte: Folha de São Paulo -

O que o futuro reserva para o serviço de microblog aumentar sua relevância na internet.

O Twitter, por sua natureza, pode ser bastante efêmero. Mas algumas tendências previstas para o futuro do popular serviço de microblog podem torná-lo ainda mais relevante e garantir o sucesso da ferramenta por um longo tempo.

O site mashable.com listou cinco desses tendências. Confira:

1 - Geolocation
Apenas algumas semanas atrás o Twitter anunciou novas ferramentas que trarão ao serviço recursos de localização. Uma vez que você o aceita, sua latitude e longitude estarão associadas aos seus tweets.

Os tweets com localização não devem demorar a aparecer, afinal, o pacote de ferramentas para desenvolvimento de aplicativos (API) já foi publicado. Eles serão um desenvolvimento monumental para o Twitter, porque cada atualização, de cada usuário, será como um ‘check-in’ de sua localização e o volume de dados a respeito de lugares, localizações e tweets será muito poderoso.

2 - Falência de aplicativos

Só porque aplicativos para Twitter são fáceis de fazer não significa que são simples para geração de receitas. Os softwares invadiram o pedaço, tornando a vida dos aficionados pelo serviço muito mais fácil, por meio de aplicativos como os do iPhone ou aqueles que permitem o uso por meio de múltiplas contas.

Ok, já temos um excesso de aplicativos, mas a maioria não consegue ser rentável como o Tweetdeck, por exemplo. Para sermos sinceros, nem mesmo aplicativos extremamente populares e úteis conseguem gerar renda a seus desenvolvedores. Veremos nos próximos meses, infelizmente, o desaparecimento de muitos deles.

3 - Análise de conteúdo
Com o Twitter consolidado, amadurece também sua audiência. Assim, as marcas precisam, mais do que nunca, entender o que devem oferecer. Para isso, elas precisam de algo além de simples dados quantitativos.

Elas querem saber quem são os formadores de opinião na chamada “Twittosfera”, entender o que está acontecendo com uma análise ‘sentimental’ e compreender realmente o que os usuários estão falando sobre seus tweets.

Logo, as ferramentas corporativas de análise do Twitter devem aumentar, se aperfeiçoar e competirem entre si.

4 - Políticas
O fato de poder disseminar uma novidade em tempo real para o mundo todo é algo que assusta qualquer tipo de negócio. Logo, as companhias já preparam suas regras de controle de uso do Twitter por seus funcionários. Claro, não há nada de errado em implantar políticas a respeito da ferramenta - melhor do que proibir totalmente o uso de redes sociais, como faz 20% das empresas, em média, nos EUA, por exemplo. Porém, por enquanto, certamente o Twitter será a rede social número um entre os inimigos de muitas companhias.

5 - Nasce uma estrela
Hoje o Twitter não é mais uma ferramenta para os geeks ou profissionais de comunicação. Ele é mainstream. Quer uma prova? Nos Estados Unidos, basta ligar a TV e ver que as maiores campanhas publicitárias já incluem o Twitter em seus roteiros. Em todos os lugares, inclusive no Brasil, as celebridades já adotaram a ferramenta e isso não vai mudar tão cedo.

Isso mostra que o Twitter está se disseminando para outras esferas da sociedade. É seu destino: tornar -se  também uma celebridade.
Fonte:IDG now!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

“Programa do Gugu” registra sua melhor audiência e empata com “Fantástico”


Neste domingo (25/10), o Programa do Gugu foi exibido, ao vivo, de um viaduto de São Paulo. O programa destacou a vida dos moradores que moram na rua.
De acordo com dados preliminares, a atração exibida das 20h05 às 0h marcou uma média de 16 pontos com picos de 19, dividindo a liderança com a Globo.
Veja a média do horário:
Globo – 16
Record – 16
SBT – 10
É o melhor desempenho do programa desde sua estreia em 30 de agosto. Os índices foram comemorados pela equipe.
Por outro, na Rede Globo, Fantástico registrou a pior média de sua história. A revista eletrônica chegou a ficar atrás da RedeTV!, que exibia o Pânico na TV!. No horário das 20h45 às 23h07, a atração marcou uma média de 16 pontos, empatando com a Record (Programa do Gugu).
Fonte:ITV-IBOPE DA TV

domingo, 25 de outubro de 2009

Viaje pela floresta com as imagens panorâmicas do Globo Amazônia


Nova ferramenta permite a internauta fazer "tour virtual" na floresta.
Conheça a rodovia abandonada que corta o coração da Amazônia.



Faça uma viagem pela Amazônia com imagens em 360 graus. (Clique para começar a viagem). O local escolhido para estrear essa nova ferramenta – que permite ao internauta olhar para todos os lados e até dar zoom nas paisagens – foi a rodovia BR-319, que liga Porto Velho a Manaus. Construída na década de 1970, a estrada tem um longo trecho abandonado e hoje corta um dos trechos mais preservados do planeta.

Para ajudar o leitor a viajar pela Amazônia, o hotsite conta com um mapa que mostra onde cada paisagem foi registrada. Dentro das imagens também é possível clicar em botões que passam para a próxima foto, em um "tour virtual".

CLIQUE AQUI PARA COMEÇAR A VIAGEM

Foto: Globo Amazônia

Nova ferramenta traz a Amazônia para dentro do computador. No mapa, o internauta pode clicar e navegar entre as imagens. Nos botões verdes, é possível virar para todos os lados, ver as fotos em tela cheia e dar zoom nas paisagens. (Foto: Globo Amazônia)


Reportagem aberta para comentários. Deixe o seu ao final do texto.

Para as proximas semanas, outros passeios pela região estão programados. Você poderá conhecer por dentro o Teatro Amazonas, construído em 1896 em Manaus. Também poderá fazer um passeio pela ferrovia Madeira-Mamoré, conhecida como a "Ferrovia do Diabo" e palco da minissérie Mad Maria. Serão mostradas ainda duas grandes obras da Amazônia: a construção da grande usina de Santo Antônio, em Porto Velho, e a ponte de 3 km sobre o Rio Negro, que ligará Manaus a Iranduba.
‘Estrada da discórdia’
A estrada que você irá conhecer em 360 graus é alvo da maior polêmica da Amazônia. O governo quer reativar a rodovia, que é a única saída por terra que Manaus pode ter para o Centro-Sul do país. Em contrapartida, os ambientalistas e pesquisadores afirmam que a reforma da BR-319 pode abrir um flanco de desmatamento em uma região que guarda grandes porções de florestas intocadas (entre dentro da floresta).

Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia

A BR-319 liga Porto Velho a Manaus, e é a única saída por terra da capital amazonense para o Centro-Sul do país. A rodovia tem 890 km, mas metade do trajeto está em péssimas condições de tráfego. Na maior parte da estrada, a mata dos arredores ainda está preservada. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)

Até mesmo dentro do governo há divergências. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, é um dos principais entusiastas da reforma. Senador pelo Amazonas, ele defende que o caminho pode ajudar Manaus a escoar a produção da Zona Franca. Na outra ponta, Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente, diz que só libera a reconstrução de uma parte de 450 km da estrada quando o trecho estiver "blindado" por parques e reservas.
Sem condições de tráfego
Apesar de já ter sido asfaltada, hoje metade dos 890 km da BR-319 é intransitável para caminhões e alguns carros de passeio (veja a estrada abandonada). Na época das chuvas, pode ficar intransponível até mesmo para motos e caminhonetes. Mas não é só isso que torna a estrada perigosa. No meio da mata, há 574 km sem um único posto de gasolina, oficina mecânica ou borracharia. Dentro desse pedaço, um trecho de 330 km não tem nenhum comércio, nem mesmo para comprar uma garrafa d'água. E mais: dentro desse trecho, há 189 km sem absolutamente nenhum ser humano, nenhuma casa, nada.

Apesar de todos esses desafios, ainda tem gente que se arrisca a enfrentar o caminho. Durante a viagem feita pela reportagem do Globo Amazônia, os moradores da região relataram que é comum o trânsito de caminhonetes durante a época da seca. Cruzamos com algumas delas, e até com uma Kombi, uma Brasília e um Fiat Uno, mas foi só. Pontes em péssimo estado de conservação, atoleiros e erosões profundas trazem muito perigo a quem se arrisca a percorrer o caminho (suba na ponte caída).

Clique aqui para ver fotos e relato dos bastidores da viagem

Preservação
O abandono da estrada prejudicou as famílias que moravam na região, mas também conservou as matas. Desde Humaitá, no sul do Amazonas, até Careiro Castanho, perto de Manaus, existem mais de 500 quilômetros onde a mata alta, ainda preservada, é visível na borda de todo o caminho – paisagem diferente de praticamente todas as outras rodovias da Amazônia (conheça Careiro / vá até o porto de Humaitá).

Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia

Ambientalistas temem que a reforma da rodovia – prevista no PAC – traga devastação à região, como aconteceu com a BR-163 e a Transamazônica. Para liberar as obras, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, exige a criação de reservas ao longo da estrada. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)

Durante o trajeto, nenhum caminhão de madeira foi visto. Segundo os moradores das regiões mais remotas, a devastação não chega por dois motivos: há freqüente fiscalização e as más condições da estrada não permitem o tráfego de veículos pesados.

Em vários locais, o Exército já começou a demarcar os parques e reservas criados para proteger os entornos da estrada. Segundo Carlos Minc, o licenciamento ambiental só será liberado quando essas unidades de conservação saírem do papel (entre nas obras do Exército na região).
Moradores querem a reforma
Entre os moradores da beira da estrada é unânime a vontade de reformar a rodovia. A maioria deles não tem carro, e às vezes têm que enfrentar dezenas ou centenas de quilômetros de bicicleta para fazer compras ou buscar ajuda médica (entre na casa de uma família da região).


Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia

O pequeno vilarejo de Igapó Açu é um dos únicos em toda a estrada. Entre os moradores da região, a posição é unânime: todos querem a reativação da rodovia. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)

"Nós estamos praticamente ilhados. Quando viemos para cá, há 25 anos, tínhamos quatro ônibus por dia indo para Humaitá, Manicoré, Porto Velho e Lábrea. Hoje não temos nada. Precisamos dessa estrada", defende Nilda Castro dos Santos, presidente da associação de moradores de Igapó Açu, uma vila de duas dúzias de casas que fica em um dos trechos mais desertos da rodovia (conheça a pequena vila de Igapó Açu).

A opinião é compartilhada por Marli Techner Schroder, que veio de Santa Catarina em 1991 e hoje é a última moradora da estrada, para quem vai do sul ao norte, antes do trecho totalmente abandonado. Segundo ela, a maior dificuldade de adaptação à Amazônia não foi o calor ou a distância dos parentes. "O maior problema é a época da chuva, quando a estrada fica crítica" (visite a fazenda dos Schroder).
Ferrovia, estrada ou hidrovia?
Como alternativa à reforma da estrada, pesquisadores têm indicado a construção de uma ferrovia de cerca de 400 quilômetros, cortando o trecho mais deserto. Outra opção seria melhorar o transporte hidroviário pelo Rio Madeira, que é paralelo à estrada. Hoje, a viagem entre Manaus e Porto Velho pode demorar até cinco dias, dependendo da cheia dos rios (conheça um mirante com vista para o Rio Madeira).

Enquanto se discute a melhor alternativa, biólogos correm para pesquisar as matas da região enquanto elas ainda estão protegidas pelo isolamento. Uma nova espécie de gralha e um novo tipo de macaco já foram descobertos entre os rios Madeira e Purus, justamente onde o traçado da estrada abandonada risca a floresta.
Iberê Thenório Do Globo Amazônia, em Manaus
Fonte:   globo.com