Grande vitória do Acampamento Indígena Revolucionário
Depois do sufoco e do desespero de ter uma força mista de 80 policiais militares e federais cercando o Acampamento e pondo em perigo a vida de mais de 400 indígenas, eis que a própria Juíza Federal revoga a liminar de Interdito Proibitório que dera à atual direção da FUNAI para retirar os índios do Acampamento Indígena Revolucionário!Ela própria, vejam bem, ouviu as ponderações dos advogados indígenas, entre eles Karla Rodrigues e Ubiratan Maia, pensou melhor e decidiu que era justa a permanência dos índios na Esplanada dos Ministérios e seu protesto pacífico porém indobrável contra o decreto 7.506 e a atual direção da FUNAI.
Tudo indica que pelo menos alguns dos 14 representantes indígenas da CNPI estão envergonhados de terem dado apoio, ou de terem seus nomes como apoiadores desse famigerado decreto. Querem saltar fora, mas ainda não sabem como.
Saltem fora, pessoal, cairão de pé!
O Acampamento Indígena Revolucionário está recebendo mais membros. Desta vez são índios Xerente que vieram de Palmas para engrossar os 400 guerreiros, mulheres e crianças.
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Índios acampados permanecem na Esplanada dos Ministérios |
A justificativa para que a juíza - a mesma que mais cedo determinou que os indígenas ficassem a pelo menos mil metros de distância do prédio - voltasse atrás em sua decisão foi o fato da adolescente Márcia Regina Santana, de 12 anos, da tribo Guajajara do Maranhão, ter menstruado pela primeira vez neste sábado. De acordo com a tradição milenar, a menina deve ficar isolada por sete dias. A juíza entendeu que seria um desrespeito à cultura deles retirá-los nessas condições.
Saiba mais...
Os índios deram um passo fabuloso para seu futuro.Movimento Indígena toma a FUNAI pacificamente! O que aconteceu na quarta-feira passada no Congresso Nacional Os manifestantes querem a revogação do Decreto Presidencial 7.056/09 - que extingue 40 administrações regionais, 337 polos indígenas e substitui antigos servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai). Ao todo, 15 administrações serão fechadas ou reestruturadas em diversos estados do país. Entre elas, a da Paraíba e a do Recife. Os índios ainda querem a destituição do cargo do presidente da fundação, Márcio Meira.
Fonte: Correio Braziliense
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