sábado, 21 de novembro de 2009

Extração de madeira em tora apresenta queda de 14% no país, aponta IBGE

Maior produtor, Pará teve também maior redução.

Segundo instituto, maior fiscalização causou baixa no setor.
Dados de levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a extração vegetal e silvicultura apontam que a extração de madeira em toras teve queda no país e na região amazônica entre 2007 e 2008, mantendo tendência de desaceleração que se verifica há mais de cinco anos.

O dado nacional para extração de madeira em toras apresentou queda de 16,39 milhões de metros cúbicos para 14,13 milhões de metros cúbicos entre 2007 e 2008. Segundo o gerente da pesquisa, Luis Celso Guimarães Lins, o Pará, maior produtor de madeira em tora do Brasil (responde por 54% do total do país) foi quem mais contribuiu para a redução.
Extração de madeira em área de manejo florestal no Pará. (Foto: Iberê thenório/Globo Amazônia

No estado foram extraídos, segundo dados oficiais, 9,09 milhões de metros cúbicos de madeira em 2007, contra 7,62 milhões de metros cúbicos em 2008. Com isso, é responsável por quase dois terços da redução nacional entre os dois anos.

“Quando há uma queda significativa, entro em contato com os estados para saber porque ela ocorreu. E a informação que recebemos por parte do Pará é que existiu uma fiscalização muito forte”, explica o pesquisador.

Os dados do IBGE contemplam apenas a madeira comercializada no mercado formal. O extrativismo de carvão vegetal também teve redução. No Pará, houve queda de 217,7 mil toneladas para 99,5 mil entre 2007 e 2008. Já o Maranhão, maior produtor nacional, apresentou redução de 737 mil para 530,1 mil toneladas no período.

A redução da extração madeireira está em linha com os dados de desmatamento da Amazônia apresentados pelo governo na semana passada. O ritmo da devastação alcançou seu menor nível em 21 anos, desde que o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) começou a medi-la.

Segundo as estatísticas do instituto espacial, a floresta perdeu 7.008 km² entre agosto de 2008 e julho de 2009. A área é um pouco maior do que o Distrito Federal, que mede 5.802 km². Em relação ao mesmo período anterior (2007-2008), quando foram registrados 12.911 km² de destruição, houve uma queda de 45% no ritmo do desmatamento.
Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em São Paulo

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TSE premia hackers que testaram urnas eletrônicas


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) premiou nesta sexta-feira os hackers que, segundo o TSE, melhor contribuíram nos testes do sistema das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de 2010. Em um evento em Brasília, o ministro Carlos Ayres Britto entregou o prêmio de R$ 5 mil ao investigador Sérgio Freitas da Silva. Ele tentou violar o sigilo do voto através da captação de ondas eletromagnéticas emitidas pelas teclas da urna durante a digitação.
Em segundo lugar, com um prêmio de R$ 3 mil, ficou o grupo de técnicos da Controladoria Geral da União (CGU), que analisou os procedimentos relativos à preparação do pleito e apresentou diversas sugestões ao TSE. O prêmio de R$ 2 mil ao terceiro lugar ficou com a empresa Cáritas Informática, que testou tanto os procedimentos de preparação do pleito quanto a urna e os softwares de votação. Nenhum dos hackers que fizeram os testes conseguiu violar as urnas.

Para o ministro Ricardo Lewandowski, vice-presidente do TSE e que coordenou a organização dos testes realizados na semana passada, mesmo que nenhuma das equipes de investigadores tenha tido sucesso em burlar os sistemas eletrônicos, foram apresentadas várias sugestões de melhorias no sistema, que a área técnica do tribunal vai avaliar para possível implementação.

De acordo com Lewandowski, os resultados foram "extremamente valiosos" para a Justiça Eleitoral, e podem levar o TSE a reforçar, ainda mais, alguns pontos do sistema.

“Mas o sistema mostrou ser seguro, porque foi testado por pessoas do mais alto gabarito técnico de todo o Brasil”, concluiu Lewandowski.

Ayres Britto concordou com Lewandowski. Para ele, a confiabilidade do sistema, que resistiu a todos os "ataques", se revela um fiador da própria legitimidade do processo eleitoral.

“A urna eletrônica é fiel ao voto do eleitor”, afirmou.

Da Agência O Globo

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Okara - Encontro com a cultura dos povos indígenas




Exposição Irmãos Grimm
Índios xavante e sua culinária

‘Okara’ significa “ponto de encontro da comunidade; praça central da aldeia”, em guarani. Por isso, também será um dos locais do evento, juntamente com a Aldeia Multiétnica, o núcleo de Artesanato e o de Exposição, com artigos da cultura alto-xinguana.
O SESC Interlagos abriga de 18 a 22 de novembro o evento Okara, um encontro com a cultura dos povos indígenas e o modo com que cada um deles se relaciona com a natureza. Para isso, foram convidados 200 indígenas de cinco etnias diferentes, levando em conta o tronco lingüístico, totalidade e riqueza de manifestações tradicionais. São 40 pessoas [entre homens, mulheres e crianças] de cada etnia: Kalapalo [Alto Xingu – MT], Terena [Aquidauana – MS], Karajá [São Feliz do Araguaia – TO], Xavante [Campinópolis – MT] e Guarani Mbyá [Aldeia Tenonde Porã de Parelheiros – SP].
A proposta do encontro é possibilitar ao não-indígena uma experiência nova com o meio-ambiente, baseando-se no modo como a cultura indígena se relaciona com a natureza. O que une as etnias nativas, tão diferentes umas da outras, é justamente a relação que cada uma tem com o meio em que vive. Em uma sociedade que perdeu sua ligação com a natureza, devastando-a como se seus recursos fossem infinitos, o Okara propõe: o que eu vejo em você? O que você vê em mim? Que mudanças esse olhar pode nos trazer? A cultura indígena, como voz ancestral dessa sociedade, terá fundamental importância na revisão dos atuais modelos de desenvolvimento e relação com a Terra.
Desta forma, as várias atividades podem proporcionar ao público uma ação educativa potencialmente transformadora. O encontro de diversas culturas, devidamente contextualizado, pode despertar a curiosidade sobre o outro e, assim, possibilitar o entendimento e respeito às diferenças.

Um dos eventos programados é o Encontro de Ancestrais, que consiste na construção de uma grande Casa de Rituais, abrigando as tradicionais cerimônias de cada etnia. A Vida na Aldeia Multi-Étnica proporciona ensaio de jogos, músicas, cantos e danças das diferentes culturas, além de contar com uma cozinha com comidas típicas, como palmito assado com mel, tucunaré no jirau, bebida doce de babaçu e javali no jirau.
O encontro temático “O que eu vejo em você? O que você vê em mim?”, que acontece no dia 19, das 9h às 16h, terá uma mesa de debates em seu primeiro período, com a presença de líderes indígenas, antropólogos e historiadores. Na segunda parte, a discussão se aprofunda nas questões propriamente indígenas e é aberta ao público.

A Mostra Cineastas Indígenas conta com curtas e médias-metragens, produzidos por índios no contexto do projeto “Vídeo nas Aldeias”. Os filmes exibidos foram produzidos pelas etnias Xavante, Hunikui, Kuikuro, Panará e Ashaninka.

O encontro conta também com oficinas de videoblog, demonstrações de rituais esportivos, mesas de debates e fóruns, além de literatura, dança, teatro e gastronomia indígenas.
Galeria de fotos da exposição:




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Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca.
A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Índios da tribo Atikum ocupam sede da Funai, Eles exigiam do governo a demarcação das terras onde vivem.

Vídeo

Dezesseis índios da tribo Atikum ocuparam a sede da Funai, na manhã desta quinta-feira (19). Eles exigiam do governo a demarcação das terras onde vivem, cerca de 16.290 hectares. O local é disputado com a comunidade dos Quilombolas. Imagens: Edilson Segundo/DP/D.A Press
índios da tribo Atikum, que fica no segundo distrito do município de Salgueiro, no Sertão do estado, ocuparam a sede da Funai, no bairro da Boa Vista, na manhã desta quinta-feira (19). Eles exigiam do governo a demarcação das terras onde vivem, cerca de 16.290 hectares. O local é disputado com a comunidade dos Quilombolas. No local vivem 1.500 índios distribuídos em nove aldeias.

De acordo com um dos líderes da tribo e agente indígena de saúde Ademilton da Silva, os Quilombolas afirmam que a terra pertence a eles. “Os índios nasceram naquelas terras. Chegamos antes dos Quilombolas. Não moramos em território emprestado”, declarou. Ele disse ainda que, há dois anos, a Funai esteve no local e prometeu fazer a divisão do terreno. “Até hoje estamos esperando esse documento. Só vamos sair daqui quando tudo estiver documentado”, afirmou. A luta pela demarcação teve início e 1996.

A professora da tribo Maria Irene de Jesus disse que a situação deve ser resolvida sem conflitos. “Se a Funai não demarcar, queremos apenas uma autorização para a gente fazer o trabalho. Queremos nosso direito. Não estamos ocupando terra de ninguém”, comentou. A administradora da Funai em Pernambuco, Estela Parnes, reuniu-se com os representantes da tribo para decidir que medidas poderão ser tomadas.

Por Edilson Segundo, do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR