quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Uma visita a uma tribo Sateré Mawé

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Uma visita a uma tribo Sateré Mawé

Praia de Ponta Negra. É grande a movimentação dos turistas. Eles deixam Manaus para conhecer as belezas da floresta tropical. Rio profundo, o Negro é tão largo que custa a exibir a floresta mais de perto. Mas , aos poucos revela belezas desconhecidas para muitos brasileiros.
São duas horas no barco de turismo ou cinquenta minutos em lancha rápida até um dos mais antigos hotéis de selva da região de Manaus, a cerca de 60 km da capital. Erguido no nível da copa das árvores, em Iranduba. Apesar de promover o turismo ecológico, foi multado por crimes ambientais em 2009.Mas não perdeu a licença de funcionamento ,porque está corrigindo os erros. Os turistas se encantam com os pássaros, jacarés, Macacos-de-Cheiro, todos em liberdade. Os passeios pelo Rio Ariaú, afluente do Rio Negro, mostram margens de vegetação exuberante, que abrigam várias formas de vida. Revelam também o modo de viver dos ribeirinhos.
Em meia hora se chega à terra dos Sateré-Mawé. Para anunciar a chegada na Aldeia Sahu-Ape, que significa "Casco de Tatu", é preciso bater na Sapopema. É a campainha da floresta. Logo aparece Vovoré, que finge se esconder,que nos leva até a farmácia da Aldeia, onde está o futuro Pajé, Sahu.
Entrevista com Sahu/liderança dos Sateré Mawé:
"P:Vocês recebem a gente com um fogo cheiroso. Conta o que tem aqui?
R:Aqui é breu. A gente faz o ritual da defumação. Se acredita que quando uma pessoa deseja mal para a outra, o desejo fica no corpo e no espírito então com quatro tipos de breu diferentes e com mais sessenta tipos de raízes se faz um pó que se joga no fogo para fumaçar e limpar o corpo e espírito".
Segundo eles, o ideal é defumar sábado ou domingo, que é quando os espíritos maus estão presos e os bons vagando. Agora quem chega é Baku, a líder maior, pajé da Aldeia.
Entrevista com Baku-pajé e líder indígena:
" Tudo aqui é remédio, começando por aqui, tudo é remédio - para o bem e para o mal. Esse aqui é para ser inteligente. Daqui para cá é só para fazer coisas boas".
Pajé Mulher não é muito comum. Baku nem queria ser, porque trabalha demais. Mas fica feliz quando vê alguém curado. Ela conta que a terra indígena é pequena para as cerca de quarenta pessoas que vivem na Aldeia, e que a cidade está encostando nela.
Entrevista com Baku-Pajé e líder índigena:
"Nós aqui preservamos muito a floresta. Mas tem muitos que vem e derrubam.A minha luta é com esse povo pescador que vem para matar. Eu tô sempre lá - não mexe, deixa aí. Também derrubam para tirar pau. A nossa luta é essa, por causa do ar - que se desmatar tudo vai ficar mais calor do que já tá".
Os Sateré Maué vivem principalmente do artesanato. E mantém rituais como o da Tocandeira. Na passagem da adolescência para a vida adulta os meninos colocam a mão numa luva como esta e aguentam as picadas das formigas. A prova de coragem faz os novos guerreiros. Os Sateré Mawé foram os inventores da cultura do Guaraná, domesticando a trepadeira nativa da Amazônia que hoje é produto de exportação.
http://www.povosdamazonia.am.gov.br:90/IMG_INFO/30.JPG Agradecimentos:
Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Manaus

Fonte: Repórter Eco - página inicial

sábado, 21 de novembro de 2009

Fotos de Índios brasileiros



































AMAZÔNIA BRASIL

Algumas palavras do dicionário pataxó:

 

    Açucar: merkide                                             Mulher bonita: jokana baixó
    Carne: suni                                                      Mulher feia: jokana baikã

    Comida: manguti                                            Pai: ipapamankan

    Criança: kitoki                                                 Peixe: mucukui

    Dinheiro: kaiambá                                          Porco: mukurê

    Homem bonito: tokão kakuçó baixó         Rio: mianga

    Homem feio: tokão kakuçó baikã              Terra: rão-rão

    Mãe: imanmanká                                            Sol: raiô

Grupo de cientistas pede cancelamento da reconstrução da BR-319

Estrada liga Porto Velho a Manaus, mas está abandonada.
Especialistas temem que reforma espalhe devastação pela Amazônia.
Um grupo de cientistas publicou uma carta aberta ao presidente Lula pedindo o cancelamento da reconstrução da rodovia BR-319, que liga Porto Velho a Manaus. O principal argumento é que a estrada traria desmatamento para uma das regiões mais preservadas da Amazônia. “Não existem justificativas econômicas que suplantem os custos ambientais de conectar o eixo do desmatamento com o coração florestal da Amazônia”, afirmam.

Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia

A rodovia que liga Porto Velho a Manaus já foi asfaltada, mas hoje metade do caminho está sem condições de tráfego. Cientistas temem que a reforma da estrada leve desmatamento para regiões preservadas da Amazônia. (Foto: Iberê Thenório/Globo Amazônia)

Construída na década de 1970, a BR-319 é a única ligação rodoviária entre Manaus e o Centro-Sul do país. Apesar de já ter sido asfaltada, hoje metade de seus 890 km é intransitável para caminhões e mesmo para alguns carros de passeio. A reforma da estrada está prevista no PAC (Plano de aceleração do Crescimento), mas está paralisada por falta de licença ambiental. Para barrar o possível desmatamento, o governo prevê a instalação de parques e reservas ao longo do caminho, transformando o local em uma “estrada parque”.

Segundo a carta divulgada pelos cientistas, a proteção na beira da estrada pode funcionar, mas a estrada levaria para Manaus a devastação que hoje ocorre em Rondônia. “Unidades de conservação [como são chamados tecnicamente os parques e reservas] podem contribuir para controlar o impacto do desmatamento em nível local, mas não evitam o deslocamento de frentes de expansão predatórias”, dizem os especialistas.

Como alternativa à rota da estrada, o grupo sugere que o Rio Madeira, paralelo à estrada, seja utilizado para o transporte entre as cidades do extremo norte e o restante do país.
Reforma e preservação
A assessoria de comunicação do Palácio do Planalto declarou que o presidente dará encaminhamento da carta aos setores responsáveis, mas adiantou que os trâmites para a reforma da estrada já estão avançados, e o poder executivo acredita que é possível aliar o transporte rodoviário à preservação da região.

Os acadêmicos, especialistas em questões amazônicas, redigiram o documento em uma conferência na Universidade de Chicago no início do mês, e publicaram a carta nesta sexta-feira (13). Treze pessoas assinaram a carta, entre elas a antropóloga Mary Allegretti, ex-Secretária da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, o biólogo Philip Fearnside, do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Roberto Smeraldi, diretor da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira e o ex-governador do Acre, Jorge Viana, do PT.
Do Globo Amazônia, em São Paulo
 
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