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sábado, 26 de março de 2011

CURSO DE CONVERSAÇÃO GUARANI, DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Curso de Conversação Guarani, da Universidade de São Paulo - USP

PROF. MÁRIO FILHO VILLALVA

Temos o prazer de falar do curso de Conversação em guarani, que e ministrado pelo PROF. MÁRIO FILHO VILLALVA,  Contado com o apoio da Prof. assistida e jornalista Carolina Ramirez (Ambos são Membros do Centro de Cultura Guarani: Teeter, Paraguai e GUARANI Ateneo língua e cultura)
Promovido pelo Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da FFLCH/USP, Sob a Coordenação do Prof. Dr. Eduardo de Almeida Navarro, da FFLCH/USP.
 Teve inicio no dia 11 de março de 2011 e será concluído no dia 10 de junho de 2011, O horário das aulas e das 17:00 até as 19:00 todas as Sextas no prédio da Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências Sociais e História (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), Que situa-se na Av. Prof. Luciano Gualberto, 403 - sala 200.

O curso foi aprovado pelo Conselho de Cultura e Extensão Universitária da instituição. Cabe ressaltar e reconhecer o gesto sublime do professor Eduardo de Almeida Navarro, que intermediou e positivamente determinado a abrir o curso.

O objetivo do curço é Desenvolver competências comunicativas na língua guarani falada no Paraguai e em outras regiões do Mercosul, tais como o norte da Argentina, o oeste do Brasil e o sul da Bolívia.
professor Eduardo de Almeida Navarro
Neste primeiro experimento contamos com presenças das seguintes pessoas: Adam Felipe Cunha, Adriano Do Carmo Faria, Almir da Silveira, Bruno Schultz, Cintia dos Santos Pereira da Silva, Conceição Aparecida Camargo, Deborah Stucchi, Beck Donizete Ferreira, Eli dos Santos Costa, Edson Martins Collares, Eliana de Jesus Bueno, Eni Mariana de Souza, Eric Vasquez Santana, Fabio Kiyoshi Sakata, Germano Blanco Camargo, Helen Keiko Yamada, José Carlos de Souza Brandão, Luiz José Ferreira, Leonardo Gonçalves, Luma Prado Ribeiro, Marco Antonio Santos Cruz Maria Margarida Cintra Nepomuceno, Mirian Nobile Diniz, Oscar Curros Moure, Rodolfo José Barbosa de Souza, Maria das Graças Rosa Correa de Oliveira, Talita Miranda, Carolina Tawany Alves de Carvalho, Thiago Alexandre Fortes Chávez, Vera Lucia Levy Takita e Laura. Para estes devem ser acrescentados 12 pessoas que participam como ouvintes, e também devem ser certificados quando o curso terminar.

O curso será executado no seguinte programa:
1. Vocabulário de saudações e identificação.

2. Conversação sobre o cotidiano na sala de aula.

3. Linguagem formal e informal no cumprimento.

4. Vocabulário próprio de acordo com o gênero.

5. Localização de lugares e pessoas nas perguntas.

6. Ações cotidianas no turismo.

7. Solicitação de ações e gentilezas.

8. Utilização de partículas imperativas.

9. Vocabulário do corpo humano.

10. Grupos lexicais: fauna e flora.

11. Expressões relacionadas à família e à culinária.

12. Seminário sobre o uso cotidiano da língua.

13. Prova Oral.


Será usada as seguintes BIBLIOGRAFIAS
ASSIS, Cecy Fernandes de. Ñe’ẽryru: Avañe’ẽ - Portugue / Portugue – Avañe’ẽ / Dicionário Guarani-português / Português-Guarani. São Paulo: Edição Própria, 2008.(cecyfernandes@yahoo.com)
GALEANO OLIVERA, David A. Diferencias Gramaticales entre el Guarani y el Castellano: estudio contrastivo, y su incidencia en la educación. Asunción: Ateneo de la Lengua y Cultura Guarani, 1999.
GUASCH, S. J.; ORTIZ, Diego. Diccionario Castellano-Guarani / Guarani-Castellano. Asunción: CEPAG, 1986.(  Contato)
MELIÀ, Bartomeu. El Guarani Conquistado y Reducido. Asunción: CEPAG, 1997.
MOLINIERS, Pedro. Guarani Peteîha. Lecciones de Guarani 1. Editora Shica, 1981.
NAVARRO, Eduardo de Almeida. Método Moderno de Tupi Antigo: A língua do Brasil dos primeiros séculos. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.
VERÓN, Miguel Angel. Ñañe’ẽmi Guarani. Asunción: Ediciones Zada. 2009.
ZARRATEA, Tadeo. Gramática Elemental de la Lengua Guarani. Asunción: Marben, 2002.


Histórico dos Profs. do curso de conversação em Guarani:
PROF. MARIO FILHO Villalva (mariocomunica@yahoo.com.br)Mestre em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo. Linha de pesquisa: Comunicação e Cultura (1998). Especialista em Educomunicação pela ECA/USP (1992), com enfoque em comunicação comunitária e cultura guarani. Graduação em Radialismo (1987).

Professor de Rádio e Televisão em cursos de Comunicação Social. Experiência em formatação, reconhecimento e coordenação de cursos na área audiovisual. Professor de Pós-Graduação nos cursos de Educação e Jornalismo (Educomunicação, Comunicação Empresarial e Reportagem Audiovisual). Repórter freelance associado à ACE (Associação dos Correspondentes Estrangeiros).

Prof. Carolina Ramirez (carolina.ramirez@hotmail.com)é um jornalista, tradutor e intérprete. Ele já trabalhou com comunicação empresarial e assessoria de imprensa. Hoje, ela ensina as escolas de língua espanhola eA executivos de multinacionais. Guarani também ensina pessoas interessadas em aprender a nossa língua nativa e tudo relacionado à cultura do Paraguai. Core faz parte do Paraguai Guarani Teet Cultural São Paulo, o editor principal do grupo até dezembro de 2010.


Apoio: REPÚBLICA DO PARAGUAI Ateneo Guarani e CULTURA GUARANI, o MERCOSUL ñe'é Teet


Esperamos que este seja o começo da retomada das línguas brasílicas no Brasil que a muito tende a desaparecer se não forem tomadas atitudes que venham a resgatar a verdadeira língua, alma e o espírito brasileiro.

Que nossos Governantes tomem como exemplo esta atitude memorável da Faculdade de São Paulo/ USP.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Maitei opavavépe: Guarani ñe’ẽ oikotevẽ ñanderehe / O idioma guarani precisa de nossa ajuda



Campanha Nacional e Internacional
 Diga não a Exclusão do Idioma Guarani
 Do Terceiro Curso de Educação Média do Paraguay
Mba’éichapa arohory sa mokõi ára Guarani rehe’ỹ
 Como comemorar o Bicentenário
sem o Guarani?



ateneoguarani@tigo.com.py;
 davidgaleanoolivera@gmail.com

Heta árama Guarani ñe’ẽ oiko asy, heta árama oñemboyke, heta árama ojejahéi hese. Japáyke irữnguéra.
Anive jaheja oiko ã mba’e vaiete ñane Avañe’ẽre.
Jahechauka MECpe jahayhuha ñane ñe’ẽ jepémo há’ekuéra oñembohory Guarani ñe’ẽre.


Diante da triste, nada patriótica e atitude ilegal do Ministério da Educação do Paraguai, para excluir a língua guarani do Terceiro Curso de Educação Média, o Ateneo de Lengua y Cultura Guarani solicita o apoio de todos à



Campanha Nacional e InternacionalIsso ocorre em plena comemoração do Bicentenário da Independência do Paraguai e, apesar de toda a força do Artigo 140 e 77 da Constituição Nacional, e da recém-promulgada Lei de Línguas. É vergonhoso e inacreditável.


Envie sua mensagem ou nota de apoio ao:


ateneoguarani@tigo.com.py / davidgaleanoolivera@gmail.com


Se você também quiser pode enviar sua manifestação de apoio aos governos, municípios, associações, sindicatos, comissões de moradores, comissões de pais, igrejas, partidos políticos, políticos, movimentos sociais, etc.


Aguyjevete.



.
Não a Exclusão do Idioma Guarani
Do Terceiro Curso de Educação Média do Paraguay
 

Fonte: Avañe’ẽ Guarani: peteĩ ñe’ẽ porã

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

ALGUMAS PALAVRAS DO DICIONÁRIO GUARANI - TUPI - TUPI ANTIGO - PORTUGUÊS



Foto ilustração
Ao contrário das consoantes, as vogais tupis são riquíssimas: a, e, i, o, u, y, vogais orais e outras tantas nasais, com til, além dos sons diferentes que representam quando devidamente acentuadas: â, á, ê, é, î, í, ô, ó, ú.


Não existem no tupi os sons de F, J, L, V e Z, nem é compatível com a língua os grupos bla, bra, pla, pra, cla, tra, gra e outros, isto é, grupos com duas consoantes juntas. Por influência do português algumas daquelas letras entraram na grafia tupi e, assim, as palavras escritas com J, hoje, que se pronuncia como "dj", deveriam ser com "i".

A: cabeça, coisa arredondada; também, semente, raiz
AARU: espécie de bolo preparado com tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca.
ABABÁ: tribo tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara (MT)
ABAÇAÍ: a pessoa que espreita, persegue, gênio perseguidor de índios, espírito maligno que perseguia os índios, enlouquecendo-os.
ABAETETUBA: lugar cheio de gente boa; abá (homem) + eté (muito bom, verdadeiro) + tuba (abundância)
ABAÍBA: noivo, namorado
ABANÃ: (gente de) cabelo forte ou cabelo duro
-ABÁ NHE'ENGA, ABANHEÉM, ABANHEENGA, AVANHEENGA, AWAÑENE: língua dos índios, língua de gente, a língua que as pessoas falam
ABARÉ, AVARÉ, AWA'RÉ: padre
ABAREBÊBÊ: de homem distinto que voa, o padre voador
ABAPY: pé de homem, aba (homem, índio, pessoa) + py (pé)
ABAPORU: aba-poru homem-comer (homem que come gente, antropófago)
ABATI, ABATÍ: milho, plantação de milho / abatiy vinho de milho / auati, avati gente loura, que tem cabelos louros (como o milho)
ABEQUAR: homem que voa
ABIRÚ: cheio, repleto, farto, gordo, cheio de comida
ABOÇÁPECAÚ: nome de uma taba encontrada na ilha pelos primeiros conquistadores. Aboçá é corrupção de imbiaçá que vem de mbé - açaba - a saída do caminho, o porto; peca significa pato e U significa, água, rio. Donde temos aboçá-peca-u ou mbê-açaba-peca-u que se transformou no "massiambú" de nossos dias e que interpretamos caminho do rio do pato.
ABÓI: minhoca
ABUNÃ: comida com ovos de tartaruga-da-amazônia
AÇÃ: gritar
ACAMIM: uma das espécies de pássaros; uma das espécies de vegetais
ACANGATARA: cocar, enfeite de cabeça, espécie de coroa de penas de cores vistosas, usada nas festas das tribos.
ACARÁ: denominação da garça branca, garça, ave branca
AÇARAI: de rio do acará ou cará
ACARAI, ACARAÚ: rio das garças
ACAUÃ: língua tupi; ave que mata as cobras e sustenta com elas seus filhotes.
ACEMIRA: o que faz doer, o que é doloroso
ACUTI, ACUTIA, COTIA: nome de uma taba indígena que existia onde é, hoje, a capital de Santa Catarina no lado continental; nome dado pelos guaranis ao animal roedor, conhecido vulgarmente por cutia.
ADJULONÁ: assobios de folhas de buriti, entre os índios Carajás
AÊ: amigo
AÊTÉ, ANÊTE: elevado, elevadíssimo
AGUANIRANGA: bracelete com penas
AGUAPÉ, AWAPÉ: redondo e chato, a vitória-régia, plantas que flutuam em águas calmas
AGUARACHAIM, GRACHARIM: de o devorador ágil
ÃÎA (T-, R-, S-): t-ãîa ou anha dente; xe r-ãîa - meu dente; s-ãîa - seu dente
AICÓ OU ECÓ OU ICÓ: ser, estar, viver / muitos casos não precisa empregar o verbo, exemplo "xe catu" (eu bom), está implícito "eu sou bom".
AIMARA: árvore, araçá-do-brejo
AIMARÁ: túnica de algodão e plumas usada principalmente pelos guaranis.
AIMIRI, AIMIRIM: formiguinha
AIPIM: de raiz enxuta, mandioca mansa
AIRUMÃ: estrela-d'alva
AIRY: uma variedade de palmeira
AISÓ: formosa
AÎTATAKA: bater o queixo de frio
AÎUBA: maduro (fruto amarelo)
AÎUBYKA: enforcar
AIYRA: filha
AJUÁ: fruta com espinho
AJUCÁ: Festa de Jurema, entre os indígenas
AKÃÍ: gravetos
AKAÎU: caju, ano (os índios contavam anos, tomando como base o aparecimento do cajú)
AKAÎUI: vinho de cajú
AKAÎUTI: castanha de cajú
AKANGATU: memória, lucidez, inteligência
AKITÃI, AKIITÃI, IRAKITÃ OU MUIRAKITÃ: baixo, baixa estatura
AKUB (R-S-): quente xe r-akub - eu estou quente; s-akub - ele está quente; itá-akub - a pedra quente
AMANA OU AMANDA: chuva
AMANACI OU AMANACY: a mãe da chuva
AMANAIARA: a senhora da chuva ou deusa da chuva; de amana (chuva) + iara
AMANAJÉ: mensageiro
AMANARA: dia chuvoso
AMANDY: dia de chuva
AMAO: personagem divina que ensinou aos indígenas camanaos, do Rio Negro, Amazonas, o processo de fazer beiju, tapioca e farinha de mandioca.
AMARY: uma espécie de árvore
AMATIRÍ OU AMÃTITI: raio, corisco
AMBERÉ: lagartixa
AMBÛÁ: centopéia
AMERÊ: fumaça
AMI: aranha que não tece teia, espremer
AMÓ RUPI: ao contrário, às avessas
ÁMO: algum
AMONGÛY: emplumar o corpo de
AMOPIRA: precipício
AMOSOBAINDABA: o outro lado do rio, a outra margem
AMUARA: algum dia
AMUNDABA: aldeia vizinha, arrebalde
AMYIPAGÛANA: antepassado
AMYNIÎU: algodão
AMYRI: finado, defunto (forma afetiva)
ANACÊ: parente
ANAJÉ: gavião de rapina
ANAMA: família, parente, raça, nação / anama grosso, espesso
ANAMÍ: uma espécie de árvore
ANÃMIRI: anão, duende
AÑARETÁ: inferno
ANAUÊ: salve, olá
ANDUBA: (verbo) perceber, sentir
ANEQUIM: de espécie de tubarão
ANGÁ: expressão de surpresa agradável bom!, que bom!
ANGABA: exprime compaixão (coitado!)?
ANGATU: alma boa, bem estar, felicidade
ANGU: de papa de farinha
ANGÛERASO: espantar, atemorizar, aquilo que apavora
ANHÃI: na ponta, no cabo
ANHANA: expelido, empurrado
ANHAPOÃ: presas, dente canino
ANHIMA: de a ave preta
ANHÓ: só, somente
ANHUBANA: abraçar
ANHURI: colo, estreito no meio
ANINGA: arrepio, arrepiar-se
ANOMATÍ: além, distante
ANONGA: agourar, prognosticar
ANTÃ: forte, ágil, esperto
ANU: de o aparentado
AOBA: roupa
AONDÊ: coruja
APAMONAMA: misturar, remexer
APATUIÁ: secar
APEARÕ: entocaiar, esperar escondido
APEASABA: pontilhão, passarela
APECATU: o bom caminho
APECU, APECUM, APE'KU (APICU, APICUM): mangue, brejo de água salgada (à borda do mar), croa de areia feita pelo mar
APEÎARA: guia (conhecedor dos caminhos)
APEK (S): sapecar, chamuscar, queimar ligeiramente
APENUNGA: onda
APEOKA: descascar, desentortar
APEPU: som de coisa oca
APEPÛERA: casca de concha
APERERÁ: raso, igual, tosado
APETEREI: de rio do meio
APIÇÁ: atenção
APICHAI: crespo, enrugado
APÓ (S-R-S): s-apó raiz; xe r-apó - minha raiz; s-apó - raiz dele
APOENA: aquele que enxerga longe
APUAMA: que não para em casa, veloz, que tem correnteza
APUAVA, PUAVA: de o saltador
APUÉ: longe, distante
APYRYTÁ: armação de cumeeira
APYTAMA: feixe, molho, ramalhete
AQUÍRI: perna
'AR: cair
ARA: dia, luz, tempo, clima, nuvem, hora, nascer
ARÁ: papagaio / aracema bando de araras, papagaios (periquitos, jandaias)
ARABÉ: barata, besouro
ARACATU: bom tempo; de ara (dia, tempo) + catu ou katu (bom)
ARACÊ: aurora, o nascer do dia, o canto dos pássaros (pela manhã)
ARAÇÓIA: saia de plumas de ema que os índios usavam ao redor da cintura em certas cerimônias.
ARACU: na astronômia indígena do Amazonas é o grupo de estrelas que forma a empunhadura da espada do Orion na constelação de mesmo nome.
ARACUAM, ARAQUAN: de o papagaio esguio
ARAGUARI: este nome aparece assim grafado em antigos mapas Lecori, Ancori, Lencori, Araracari, Aracori, Araquari, penso que a grafia mais exata é a última. Temos então ara (papagaio), quara (buraco, esconderijo) e Y (água, rio), rio do esconderijo dos papagaios.
ARANI: tempo furioso
ARAPARI: o Cruzeiro do Sul, para as tribos indígenas do Rio Solimões
ARAPONGA: do papagaio que soa estridente
ARAPUÃ: abelha redonda
ARAPUCA: de colher aves, armadilha para aves, construindo numa pirâmide de gravetos de pauzinhos ou lasca de bambu.
ARARÁ: variedade de formiga
ARARAMA, ARARUAMA, ARATAMA: terra dos papagaios
ARARANGUÁ: este nome aparece pela primeira vez no mapa de Clemente Jough (1640) grafado Aremangar e depois, em outros, Ararariga, Aranga, Areronger, auronga, Araranga, Jerongoa, etc. Vem, pois, de Arara espécie de papagaio e gua ou goá, vale baixada, bacia. Logo vale dos papagaios.
ARARAPARI: é a enxó indígena
ARARÊ: amigo dos papagaios
ARASY: estrela d'alva, madrugada
ARATACA: de armadilha de papagaio
ARATINGAÚBA: de árvore do papagaio branco
ARATINGUÁ: de papagaio de bico redondo
ARAÚNA OU ARARÚNA: ave preta
ARÉ: o Noé dos indígenas Tupi-Guarani
AREBÁ: demora
AREBO: cada dia
ARETÉ: dia festivo
ARI, 'ÁRY: em cima, acima
ARIOCA: de casa, ninho de sapo
ARIRIU, ARIU, IRIRIU: de rio da ostra
AROEIRA: de árvore velha
AROUI: de rio do sapo
ARU-APUCUITÁ: remo de aru, assim chamavam os indígenas do Rio Negro.
ARUÇA: de caranguejo
ARURU: tristonho
ASAB (S): atravessar, cruzar
ASEMA: grito, gritar, gritador
ASSURINI: tribo pertencente a família lingüística tupi-guarani, localizadas em Trocará, no rio Tocantins, logo abaixo de Tucuruí (PA).
ATAENDY: chama
ATAENDYURU: castiçal, lamparina
ATAGÛASU: fogueira
ATAÎRU: companheiro de viagem
ATAUÚBA: flecha incendiária, foguete
ATI: gaivota pequena
ATIAÎA: raio de luz, que reflete luminosidade
ATIATI: gaivota grande
ATURASÁ: branco que casava com índia
AUAIÚ-AIAPÉ: bate-pé
AUÇÁ: de caranguejo
AUPABA: terra de origem
AÛSUB (S): amar / saiçú, uaçaiçú amar / moraussuba amar os outros, amor, afeto; do tupi poro ou moro (prefixo) + aussuba (amar) / joaussuba amarem-se (uns aos outros); do tupi "jo" (prefixo) + aussuba (amar)
AWA: redondo
AYMBERÊ: lagartixa
AYTY: ninho

A letra "b" tem sempre o som nasal, próximo a "mb", principalmente no meio das palavras. as consoantes são bastantes dúbias e confusas, principalmente o p, o b e o m. exemplos: Burity, Murity, Maranã, Paranã, Biri, Piri (de peri o junco), são palavras que se confundem, geralmente.

BÁ: pleno, cheio
BABACUTAIA: vida aracanguira
BABAKA: virar, voltar-se, revirar; retorcido, a vulva
BABAQUARA: tolo, aquele que não sabe de nada, também morador do refúgio
BABITONGA: este nome vem escrito, Bapitanga pela primeira vez no mapa de Pere Coronelli em 1648. Nos seguintes Bepitanga, Pepitanga, Babytonga, etc. Teceram sobre ele histórias e lendas mas na minha opinião este nome provém da ilhota Itapitanga. De ita pedra e pitanga vermelho. Logo pedra vermelha.
BABUI: de palavra híbrida be bambu e Y rio do bambu.
BACOPARI: de depósito d'água
BACUCU: de espécie de marisco
BACUPARI OU BACURI: de "'ybá ou yba" (fruta de árvore) + "cury", fruto apressado, amadurece rápido...
BAGUAÇU: de fruto grande
BAGUAL: do que é mortal
BAIACU: do bicho quente
BAÍRA: entidade civilizadora dos indígenas parintintins ou cauaiuas, do rio Madeira, no Amazonas, de raça tupi. Ensinou a pesca com sangab (visco).
BAMBAE: o que é torcido
BANGA: torto, virado
BAPO OU MBARAKA, MARACÁ, MARAKÁ, MARACAXÁ, XUATÊ: cascavel; chocalho usado em solenidade; que imita o maraká, barulhento
BAQUARA, BIQUARA OU MBAEKWARA, NHAMBIQUARA: sabedor de coisas, esperto, sabido, vivo
BARAUNA: de madeira preta
BATARRA: grande, forte
BATINGA: de madeira branca
BATOQUE: pedra de beiço, ou cilindro de pau, pedra resina, que os indígenas colocavam no lábio inferior.
BATOVI OU BATUI: de rio da cana verde
BAU, EMBAU, MBAU: de oco, vazio; de rio oco
BEBÉ: voar
BECUIVA: de árvore de fruto quente
BEIJÚ: de bolo de mandioca torrada, o enroscado
BEÎU: pão, bolo.
BERAB OU BERABA: brilhar, resplandecer; brilhante; resplandecente
BERIMBAU: de morro furado
BIAÇA: lê-se este nome pela primeira ver em Hans Staden, no mapa de Clemente de Jonghe (1640), designa o porto da Laguma. Nos seguintes lemos Ibuasup, biassa Ibiaçá e Birasuera vem de Mbê ou pê caminho, trilho, Açaba ou Aça atravessar, cruzar. O passo, o porto.
BIBOCA: de lugar, casa acanhada, casa de barro, moradia humilde
BIRAQUERA, IBIRAQUERA, VIVAQUERA: de dormida do peixe
BITUVA, EMBETUBA, IMBITUBA: lugar de muita planta, trepadeira
BÔCA: de um buraco no chão, para jogar bolinha de gude, furo
BOCAINA: de entrada do mato
BOIPATIBA: deve ser o atual Mampituba que nos mapas antigos vemos assim escrito Iboipitinni, Ibepetuba, Iboipitinhi, Iboypetinhi vem de Mboi cobra, peti casca, escama, tin ou tinga branco e y agua, rio. Logo rio da cobra de escama branca.
BORA: particípio; indica contrariedade
BORÉ: flauta de osso / teró flauta de taquara / mimby, toré flauta
BOTIÁ: de variedade de coco muito comum no litoral catarinense
BOTIÁTUBA: de lugar de muito coco botiá
BOTUCA, MUTUCA: de a mosca que perfura, ou aguilhoa, mosca que ataca os animais
BRACATINGA: de árvore de folha branca
BREJAUVA: de árvore cujo o fruto abre
BRUACA: de saco de couro, cesto de erva (mulher velha?)
BUCARAIM: de rio da cobra escamosa
BUCICA: de cão pequeno
BUCUI: de rio da areia fina
BUGRE: denominaçao dada pelo povo aos selvicolas. Julga o Ilustrado P. Teschaner que este vocábulo provém da antiga palavra francesa Bougre que significava sodomita.
BUIAGU: de terra quente
BUPEBA: de terra plana, planície
BYR: levantar-se, erguer-se

CAA, CAÁ, KA'A, KAÁ: mata, mato, folha, planta / ka'agwy mata, bosque, floresta
CAAPII, CAPIM: de folha miúda, mato fino, folha delgada
CAATY: pasto / caatinga ou catinga mato branco
CABA: marimbondo, vespa
CABIRU: de rio da coruja
CABOCLO, CABURÉ, CAFUZO, KABU'RÉ, TAPUIO: de tirado do mato, sertanejo; procedente do branco, mestiço de branco com índio. Atualmente, designação genérica dos moradores das margens dos rios da Amazônia.
CABORE: ave noturna, de pio ululado, tida como agourenta pelos indígenas cariris.
CABREUVA: de fruto da coruja
CABRIUNA: de mato de casca preta
CABRUÉ: da coruja
CACHUMBA: de inflamação das glândulas salivais
CACI: dor
CACIRA: vespa de ferroada dolorosa
ÇAÇUENA: sacuena
CAÇULA: de filho mais novo
CACUPÉ: costa do mato, atrás do mato; de caá (folha de árvore, o mato) e cupê, cupe, kupe (atrás, apoio, costa)
CAETÉ, CAETÊ, CAITÉ: de mato virgem ou verdadeiro
CAFUNDÓ: de sítio escuso
CAFUNÉ: de estalido que se dá com as unhas na cabeça de alguém que se cata...
CAIACANGA: de cabeça de bugio (espécie de macaco)
CAIACANGA-AÇU: de cabeça de bugio grande / caiacanga-mirim de cabeça de bugio pequena
CAIANA: de variedade de cana de açúcar
CAIÇARA: cerca feita pelos indígenas em torno da taba (vila indígena)
CAINGANGUE: grupo indígena da região sul do Brasil, já integrado na sociedade nacional, cuja língua era outrora considerada como jê e que, hoje, representa uma família própria, coroado, camé, xoclengues.
CAIPIRA: de vergonhoso, roceiro, aldeão... O termo caipira em língua tupi significa "cortador de mato", nome que os índios do interior de São Paulo deram aos homens brancos e caboclos. É, por extensão, uma designação genérica dada aos habitantes do interior do Estado de São Paulo... (José Henrique)
ÇAIRA: de olhos pequenos
CAJURU: de entrada do mato
CALINDÉ OU CANINDÉ:
CALUNDÚ: de mau humor, cabeça esquentada
CALUNGA: de boneca, negro, cabeça preta
CAMB, KAMBY: leite, líquido do seio, peito, teta, mamica
CAMBACICA: de peito liso
CAMBAJURA: de matagal rijo
CAMBIRELA OU CAMBIRERA: de cambir-reya, muitos seios ou dorsos empolados, em alusão talvez ao grande número de picos da serra do mar.
CAMBOATA, CAMBOATÁ, CUMBATA: de mato que serpenteia
CAMBOI: de rio das vespas
CAMBOIM, CAMBUI: de folha, mato
CAMBORIM: de rio do robalo
CAMBORIU: de rio onde corre o leite
CAMBUCÁ: de vem de folha mato e que estoura
CAMBUQUIRA: broto de abóbora
CAMBURÉ: de coruja
CAMÉ: subtribo do grupo caingangue
CAMUÁ: palmeira de caule flexível, cheia de espinhosos
CANEMA: de folha fedida
CANGICA, CANJICA: de papas de milho branco, dentes, de grão mole ou cozido / cangicassu de grão grande cozido
CANGUA: de cabeça redonda
CANGUARI: de rio do extremo
CANGUÉ: osso
CANGUEIRO: de cabeça velha, caveira
CANHANHA: de roncador
CANHEMBORA: fujão; de canhema (fugir) + "bora" (sufixo do tupi)
CANHENHA: de mato que rumoreja (resmunga)
CANINANA: de seco e riscado
CANITAR: cocar
CANOA (UBÁ): embarcação a remo esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas registradas pelos descobridores espanhóis; montaria (designação atual usada pelos caboclos da Amazônia); (ubá).
CAPANEMA: de mato ruim, imprestável
CAPÃO: de ilha de mato
CAPENGA: pessoa coxa, manca
CAPINAR: de pelar o mato, despir de folhas (carpir)
CAPITINGA: de folha miúda branca
CAPIVARI: de rio da capivara
CAPOEIRA: de mato velho, extinto
CAPOROROCA: de mato que faz barulho; veja "pororok" (explodir)
CAPORORORA: de variedade de anta
CARAÁ: da semente do cará
CARACÚ: de medula óssea; raça de gado
CARACUVA: de piolho de galinha
CARAMONA: de arbusto
CARAPIÁ: de cara pintado
CARAPINHA: de cabelo crespo de negro
CARAÚ: de rio do acará
CARAUNA, CAUNA: de folha preta
CARI: o homem branco, a raça branca
CARIJÓ, CARIÓ, CÁRIO, CARIBOCA, CARIOCA (NOME DE QUEM NASCE NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO), CURIBOCA, KARIÎÓ, KARIBOKA, KARIOKA: de kariîó (carijó) e oka (casa), casa de carijós, casa de branco; procedente do branco, mestiço; como o galináceo de penas salpicadas de branco e preto. Carijó também é a antiga denominação da tribo indígena guarani, habitante da região situada entre a lagoa dos Patos (RS) e Cananéia (SP).
CARIMAN: de massa de mandioca
CARIRU, CARIRÚ, CÁRURU: de folha grossa
CAROBA: de folha amarga
CAROCEIRA: de raspas de mandioca
CARRANCHO: de o que arranha
CARRAPICHO: de espinho comprido
CATAGUA, CATIÁ, CATIGUA, CATIGUÁ: de folha riscada
CATAPORA: de fogo que irrompe (espécie de varicela)
CATERETÊ: de estalar (dança)
CATETA: de variedade de anchova
CATURRITA: de pequeno, anão
CAVERÁ: de folha brilhante, luzidia
CÊ: canta
CECI: mãe
CÉIA: gente
CENDIRA: irmã
CERIU: de rio do siri
CHA-Í-QUÍ: tia
CHACHARRA: de variedade de gaturamo
CHANCHERE, XANXERE, XANXERÊ: da campina da cascavel
CHAPECÓ: de donde se avista o caminho da roça
CHECÚ-CÚ: língua
CHERAMAY: avô / cherayi-tayra filho
CHIMBÉ: diz-se do boi cujas aspas encurvadas quase tocam a testa
CHIPA: guloseima feita de polvilho e queijo, também usada no Paraguai.
CHIRIPÁ: de espécie de cinto
CHIÚ: choro
CHOPIM: de conhecido também por vira-bosta
CICA: de resinoso
CIPÓ: de fibra que se apega / cipoai de cipó áspero
COANDU: de o que corre na roça; espécie de ouriço
COBA: a cara, rosto
COEMA: já é dia, manhã, amanhecer
COIVARA: de limpa de roça (queimada para roçar)
CONGONHA: de erva que sustenta (Congonhas?)
COPAIBA OU COPIUBA: de árvore da formiga
CORCOROCA: do que ronca
COTEGIPE: de rio torto ou sinuoso; "akuti îy-pe" no rio das cotias
COTUBA: de muita carne (forte nutrido)
CRICRI: de pequeno gavião
CRIOULO: a etimologia do nome crioulo vem de criar, que foi criado...
CUANGUERI: de rio da careira
CUI: farinha bem fina
CUIA: de a farinha, o pó (vaso feito de catuto)
CUITÉ: de vaso verdadeiro
CUMACAHY: trepadeira de raiz tuberosa; as folhas são tônicas do couro cabeludo e atuam contra a caspa. O aroma das flores é delicioso.
CUÑÁ, KUNHÃ: mulher / cunhã linguarudo / kunhã-muku-'im mocinha / "kunhã i katu" a mulher, ela (é) bondosa / "kunhã i porang" a mulher, ela (é) bonita / Para se distinguir sexos utiliza-se as palavras macho (mena) e fêmea (cunhã).
CUNHADUVA: de canoa da mulher
CUORE: já, agora
CUPENDIPE: indígenas de asas que os apinajés diziam existir no Alto Tocantins
CUPIM: de cupi a formiga
CUPIÚBA: árvore grande, uma das mais altas da Amazônia, casca e folhas amargas, mas úteis contra as oftalmias.
CURUMI OU CURUMIM, TAMBÉM KURUMÍ, KUNUMI, KUNUMIM: menino (palavras utilizadas no Amazônas); plural curumins / kunumim-gûasu moço

A letra "d" inicial nunca é pura, é um d nasal, isto é, "nd" e mesmo no meio da palavra o som é nasal.:
DAMACURI: tribo indígena da Amazônia
DAMANIVÁ: tribo indígena de RR, da região do Caracaraí, Serra Grande e serra do Urubu.
DENI: tribo indígena aruaque que vive pelos igarapés do vale do rio Cunhuã, entre as desembocaduras dos rios Xiruã e Pauini (AM).


EÇÁ, ESSÁ, TEÇÁ: o olho do homem, olhar, os olhos / aeca, eca, echar (verbo) ver, avistar / epîak (s) ou epiaca ver / espiar de ver, olhar
EÇABARA: o campeador
EÇAÍ: olho pequeno
EÇARAIA: o esquecimento
E'EM (R-S-): doce
EÍRA: mel
EMBA: de oco vazio
EMBARÉ: de oco, diferente
EMBAUBA, IMBAUVÃO: de árvore oca
EMBIRA: de casca de árvore
EMBIRAÇA: de casca grossa
EMBURUIANA: de o umbu falso
EMIMOTARA (T-R-S-): t-emimotara vontade; xe r-emimotara - minha vontade; s-emimotara - vontade dele
ENCOIVARAR: de fazer queimada
ENDY (T-, R-S-): t-endy luz; xe r-endy - minha luz; s-endy - luz dele
ENDUAPES: mantos de penas
ERA (T-, R-, S): t-era nome; xe r-era - meu nome; s-era - nome dele (veja cuera)
ERÊ: de campo?
ESGARABATABA: a zarabatana, um tubo geralmente feito de taquara, com o qual assopravam setas envenenadas.
ESPÔCAR: de saltar, arrebentar
ESSÁUNA: essá-una (olhos-negros)
ESSOMERIE: de chefe pequeno
ETAMA (T-, R-,S-): t-etama região, terra; xe r-etama - minha terra; s-etama - terra dele

GALIBI: tribo indígena da margem esquerda do alto rio Uaçá (AP).
GARAPA: caldo de cana
GARATÉA: nome de um busca-vidas
GATURAMO: de bom presságio
GAÚCHO: de cavaleiro
GÊ, IÊ, JÊ, JE, NHE: (prefixo) / jemoúba acomodar-se; do tupi "je" (prefixo) + moúba (acomodar)
GENIPAPO: de que serve para pintar
GEREVA: de chato ou manchada
GERIBÁ: nome de um coqueiro
GERIVA OU JERIVA: do que tem fruto em cacho
GERIVATUBA: de o que tem fruto de cacho, palmeira
GI: de machado
GIGUAÇU: de machado grande
GIRAO: de armação de paus
GITIRANA-BOIA: de cigarra cobra
GOIA, GUAIÁ: de gente semelhante
GOIO-COIÓ: que vem de água do rio
GOIO-EN: de que vem de rio fundo
GOITACÁ: nômade, errante, aquele que não se fixa em nenhum lugar
GRANDIUVA: de árvore de talo farpado
GRAPICICA, GUARAPICICA: de madeira de casca lisa
GRAVATÁ, GUARAGUATÁ: de o escamoso ou palmeira rija, dura
GUA: de vale
GUABIROBA, GUABIRUVA: de fruto de comer amargo
GUACÁ: de folha redonda
GUAIACA: de cinto de couro
GUAYBY: velha / gûaîbim velha
GUAMAMBACA: do vale que cerca o céu
GUAMIRIM: de vale pequeno
GUAMPA: aspas de boi
GUANANDI: de árvore oleosa
GUANDÚ: da que corre ligeira
GUAPARI: de árvore torta
GUAPEVA: de folha chata
GUAPUAN: de pau redondo
GUARACIABA: cuaracy-aba sol-cabeça/cabelos ou (raios de sol, cabelos louros)
GUARACICA: de pau resinoso
GUARAETÁ: de árvore verdadeira, madeira legítima
GUARÁIPU: de refúgio que surge; variedade de abelha
GUARAJUBA OU GUARAJUVA: de pau amarelo
GUARAPERE: de pau traçado
GUARAPURUMA: de árvore cujo fruto rumoreja
GUARAPUVU: de canoa que brota do chão
GUARITÁ: de pedra do guará
GUARUPIÚ: de mosquito escarninho
GUASCA: de tira de couro, correia
GUATAMBU: de pau sonoro
GU-Ê-CRIG: é um herói popular indígena guaiacuru
GÛEÎYB: descer
GUI: o grande vale

HERÁ: instrumento musical de sopro dos indígenas parecis, Mato Grosso.
HETÉ: corpo

IA IA: outra forma de dona, senhora
IACAMIM, JACAMIM: ave ou gênio, pai de muitas estrelas / yací-tatá estrela
IACIARA: o dia de luar
IAMÍ, YAMÍ: noite
ÎANDÉ: nós (inclusivo); nosso (a, os, as) / iandé a constelação Orion
IANDÊ: você
IAPUÇÁ, JAUÁ, SAUÁ: japuçá
IARATEGUBA: de onça amarela
IBÍ, IBI, YBI, YBY, YVY: terra, a terra, o chão
IBIPÉ: planície
IBÍ'TI: serra
IBITINGA: terra branca
IBITURUNA: de nuvem negra
ICA: trombeta dos indígenas Bororos, do Mato Grosso, produzindo um som grave, com que acompanham ritos religiosos e cerimônias funebres.
IÇARA: de esteio, tronco de árvore
ICICARIBÁ: de fruto resinoso
ÎEBYR: voltar
IGAÇABAS: urnas funerarias
IGARARETÉS-IGARAS: troncos de árvores
IGARITÉ: de canoa de vulto / igarapé, iguarapé de caminho da canoa
IKÓ: estar, morar
ILAPOCÚ: de pedra comprida
IMA: sem
IMARUI: de mosquito / marui, maruim, micuim de mosca pequena, mosquito
IMBÉ: de planta rasteira
IMBEUVAÇU: de grande árvore oca
IMERIM: de rio pequeno
INCHU: de mel de abelha rugoso
INDAIÁ: um certo tipo de palmeira / indaial da palmeira
INHAMBU, INHAMBÚ, INHAPUM: do que levanta o vôo rumorejando, a perdiz
INQUIRIM: de morro do sossego
INTANHA: variedade de sapo
IÓ: procedente
IPANEMA: y-panema água-ruim (imprestável para pesca); existe outra versão "y-ape-nena" água-caminho-curvo (água que faz um caminho curvo), "nena" leva til no e e vem do guarani
IPÊ: de árvore distinta / ipêaçú de árvore distinta grande
IPERU: tubarão
IPI: o primeiro, a primeira vez
IPITANGA: rio vermelho
IPÚ: a fonte
IPURA: cheio
IRA, JAPIRA, YAPIRA: mel / irai, irani, irati de rio do mel
IRAPUÃ: mel redondo
IRARA: do papa-mel
IRIRIBÁ, ARIRIBÁ: de fruto que amarga
IROB: de amargo
IRUPÉ: a vitória-régia
ITACORAI, ITACORUBI, ITACORUI, ITACURUI, TRACOVI: de rio das pedras esparsas
ITAGUAÇU, ITAI-GUAÇU, TAGUAÇU: de grande pedra grande ou muitas pedras, de rio da pedra grande
ITAIMBÉ: de pedra pontuda, afiada / itai-mirim de rio da pedra pequena
ITAJAI-GUAÇU: de itajai grande / itajai-mirim de itajai pequeno
ITAJUBA, ITAJUBÁ, TAJUBA, TAJUBÁ, TAJUVA: de pedra amarela
ITAMAMBECA: esponja do mar
ITAMIRIM: de pedra pequena
ITAPEMA: de pedra rasa, lajeado
ITAPERIU: de rio da cabeça de pedra
ITAPEROBÁ OU ITAPERUVA: de pedra do caminho da canoa
ITAPITANGA, TAPITANGA: de pedra vermelha
ITAPITINGA: de pedra branca, lajedo branco
ITAPOCOROI: de laje que abrolha
ITAPOCU: em mapas antigos vemos também escrito tapuca, tapicu.
ITAPUCU: de itapocu pedra comprida
ITAQUI: de pedra afiada, pontuda
ITAUM: de pedra preta, ferro / itaúna de pedra preta
ITINGA: de rio branco, água clara
ITYK: atirar
IU, JU, YU: espinho
IUÇARA, JIÇARA, JUÇARA: palmeira fina e alta com um miolo branco, do qual se extrai o palmito. Palmeira esbelta atinge até vinte metros, folhas graciosamente recurvadas; a parte terminal interna é comestível como palmito; palmeira elegantíssima recomendada para o cultivo em parques e jardins; a fibra semelhante à piaçavae presta-se ao fabrico de vassouras duráveis; os frutos servem para defumar a maniçoba e fornecem uma espécie de vinho de cor roxo escura muito saboroso e que tem as mesmas propriedades nutritivas do chocolate, podendo ainda suprir qualquer alimentação; a seiva guardada alguns dias fermenta e produz muito álcool; medicinalmente, para estancar o sangue basta espremer o caule novo desta palmeira sobre o ferimento; o suco arde, mas estanca na hora; é assim usado pelo índio na floresta quando se fere.
ÎUK: podre
ÎUKYRA: sal
IURIRÉMIRIM, JURÊRÊMIRIM: de pequena boca de d'água; pode ser uma baía de mar calmo.
IURU, YURU: boca; baia, remanso
IVITURUI: frio na parte mais alta de uma serra
ÎY: machado

JABRÓ: fugir
JACÁ: cesto
JACARANDÁ: do que tem o centro duro
JACAREUBA: de fruto encurvado
JACAÚNA: indivíduo de peito negro
JACUBA: de pirão de farinha de mandioca; de água morna
JACUCACA: do que come grãos do mato
JACUNDÁ: dança tradicional indígena no Amazonas
JACUPEMBA: do jacu inferior
JAÊ: nós dizemos, temos dito, falamos
JAGUARESSÁ: olho de onça, jaguara (onça) + essá (olho) / jáguariu de rio da onça
JALAPA: do que é para se colher
JAMBAQUI, SAMBAQUI: de monte, ajuntamento, monte de cascas, casqueiro
JAMÉ: oculto, misterioso / jamecó ser oculto, de jamé (oculto) + ecó (ser, estar)
JAOBI: da terra solta
JAPECANGA: de junco de espinho
JAQUARANA: de cigarra
JATAI: de árvore de fruto duro
JAVAÉ: tribo indígena que habita o interior da ilha do Bananal
JAVARI: competição cerimonial desportiva religiosa
JÉ: grupo etnográfico a que pertence a maioria dos tapuias / tapuia jes ou tapuias, indígenas que habitavam o interior do Brasil. Índio bravio, mestiço de índio, índio manso (AM); qualquer mestiço trigueiro e de cabelos lisos e negros (BA); caboclo tapii, tapuio, designação antiga dada pelos tupis aos gentios inimigos.
JEROQUIS: danças
JETICA: batata-doce
JIBÁ: braço / jibaoçú braço grande
JIQUITAIA: pimenta
JIQUITAIA: formiga
JÓ, JOCA: tirar, arrancar
JOAIA: de rio de arbusto espinhento (rebenta cavalo)
JUCÁ: matar (ou tupi antigo îuká matar) / jucassaba matador, ação de matar; de jucá (matar) + "saba" (sufixo do tupi). Exemplos de outros tempos verbais ajucá umã îuká matar) / jucassaba matador, ação de matar; de jucá (matar) + "saba" (sufixo do tupi). Exemplos de outros tempos verbais ajucá umã eu matei (passado), ajucá mo eu mataria (condicional), ajucá ne eu matarei (futuro), jucá bo matando (gerúndio), ejucá mate (imperativo); jucapyra morto / jucapyrama o que será morto. Em geral a voz do verbo é sempre a mesma para expressar, presente, pretérito, mais que perfeito... mas, dependendo do sentido da frase, ajucá pode ser eu mato, eu matava, eu matei, matara ou eu tinha morto. Ojucá pode ser ele mata, ele matava etc., também eles matam, eles matavam... Orejucá matamos, matávamos etc.
JUMANA, XIMANA, XUMANA, XUMANE: tribo do grupo aruaque, habitante da região dos rios Japurá e Solimões (Amazônia Ocidental).
JUMBEBA: cactos
JUNDIÁ: do que tem espinhos na cabeça
JURUBATIBA: lugar cheio de plantas espinhosas
JURUBATUBA: de enseada muito ampla
JURUMBEBA: folha chata com espinhos, cacto
JURUQUIÇABA: de ninho de papagaio
JURURU: de aruru, que significa triste

A letra "u" depois da "q", como em palavras que soam que e qui, é líquido, não aparece, portanto, vamos substituí-lo pelo k que é o som exato. Ke e ki. Itaqui será itaki e em vez de quera, escreveremos kera (dormir).:
:
KÁ, QUÁ: dedo
KAÎ: queimar
KALUANA, KAMAIURÁ: lutador de uma lenda da tribo
KARAJÁ OU LAURARE: marimbondo
KARARÁ, QUARARÁ: tambor feito de madeira e pele
KARIAY: moço
KÉ, QUÉ, IKÊ, KÊ (ADVÉRBIO): aqui, cá; também significa atenção, cuidado. Mboiqué cuidado com a cobra. Xe aqué estou aqui.
KEN: o torê, instrumento de sopro entre os indígenas da etnia tupi, para as danças comemorativas da caça, pesca, à vitórias guerreiras.
KER, KERA, QUER: dormir / Pitúna okéri = a noite adormecida
KANE'Õ: cansado
KIABO, QUIABO: do pente
KI'SÉ, KYSÉ, QUECÉ, QUECÊ, QUICÉ: faca; faca de pedra; faca velha e/ou enferrujada, cheia de dentes ou sem cabo
KOKO: festa dos kayapós
KOMANDÁ: fava
KOPIR: carpir
KU, Ú: comer, tragar, engolir
KÛÁ: enseada
KÛARA: de buraco, esconderijo, ninho, toca
KUBUT: macaco guariba
KUÎ: cair, desprender-se (o fruto, o cabelo etc.); ir para a decadência
KUKOIRE: macaco-prego
KUKUÎ: ficar caindo, ficar-se desprendendo (o fruto, o cabelo etc.)
KURUBA: bolota, grão, caroço
KURUK: resmungar, resmungão
KURURU: sapo
KUTUK: espetar, furar
KYRIRI, KYRIRIM, KIRIRIM, QUIRIRI: vem de silêncio, sossego, calado / Iquiririm (rua de São Paulo) de 'y (rio) e kyriri (silencioso)

LEXIGUANA: de o bando, o enxame
LUCARANA, LUCURANA: de vermelho falso

MACUIM: de bicho pequeno que rói
MAGANGÁ, MAMANGABA: de vespa desordenada
MAIRÁ: uma das espécies de mandioca, típica da região Norte.
MAME: em algum lugar. Onde? / mamó significa de fora, de algum lugar, ou de onde?
MAMPITUBA: de cousa que é arejada, ventilada; o sopro, o hálito
MANAU: tribo do ramo aruaque que habitava a região do rio Negro
MANDAÇAIA: de o que se espalha envolvendo
MANDIOCA, MANIÇOBA: aipim, macaxeira, raiz que é o principal alimento dos índios brasileiros.
MANDIOCAÇU: mandioca grande (mandioca, açu).
MANGONA: variedade de cação
MANGUARI: de pessoa alta e magra
MANIUA, MANIVA: tolete ou folha da mandioca; se usa na alimentação na região Norte.
MANTIQUEIRA: de coisa que verte, vertente
MANU: morto
MARA, MBARA: mar
MARATIMBA: gente de mistura branca
MARICÁ: de folha miúda
MARIMBONDO: de mosca que flecha
MATE: de bom para beber, bebida
MATURATI: de o morro branco, alusão a uma cascata
MBA`E: coisa; ser bruto
MBARÉ: de o soprado, a gaita do índio
MBEB, MBEBA: chato, achatado
MBIR: de casca da árvore
MBURURICHA: chefe
MBUYAPÉ: pão
ME: forma nasal de -pe - em, para / me, ou pe (preposição) por, ao
MEMBIRA, RAIRA?: filho ou filha
MENA: marido, macho / menama futuro marido / menduera o que foi marido / Para se distinguir sexos utiliza-se as palavras macho (mena) e fêmea (cunhã).
MENBORÉ-UAÇU: chefe tupinamba
MENDAREPÉ: dote
MENDUBI: amendoim
MIMBOÉ: ensinado; do tupi "mi, mbi" (prefixo) + mboé (ensinar)
MINGAU: de papas de qualquer farinha
MINHOCA: do que é arrancado
MIRÃ: futuramente
MIRÁ: gente
MIRIM: pequeno
MITANG: menina, menino, criança
MÓ: fazer, fazendo, tornar, tornando
MOABARÉ: tornar padre, fazer padre
MOACUBA, MOAKUB: aquecer, esquentar; do tupi mo ou mbo (prefixo de fazer) + acuba (quente)
MOENDY: iluminar, acender
MOETÉ: honrar; legitimar, louvar
MOÎEBYR: fazer voltar
MOINA: pos-se, colocou-se
MOMBAK: fazer acordar
MONDÓ: fazer ir
MONDYKYR: fazer gotejar, destilar
MONGABA: reunião para falar / nhemongaba assembléia, do tupi nhe (prefixo) + mongaba
MONGER: fazer dormir
MONHANG: fazer
MONJUÁ: de boca aberta (cofo para pesca)
MOPAÎÉ: tornar pajé, fazer ser pajé
MOPONGA, MUPÕGA, MUPUNGA: pescaria em que se bate na água com uma vara para os peixes irem para a rede e ficarem malhados
MOQUEAR: de assar sobre varas
MOQUECA: de envolver
MORANDUBA: notícia; Moranduba Tupi significa notícias do povo tupi; moro-anga-enduba (o outro-alma-ouvir)
MORONGUETÁ: os sentimentos verdadeiros, puros, instintivos
MORUBIXABA: chefe, cacique; "xe morubixaba" eu (sou) o cacique
MOSSEMA, MOSEM: fazer sair, enxotar; do tupi mo ou mbo (prefixo de fazer) + sema (sair)
MOROSSEMA: sair ou saída de gente; do tupi poro ou moro (prefixo) + sema (sair)
MOTIRÕ: mutirão, reunião para fins de colheita ou construção (ajuda)
MUNDEO: de o que se alça; armadilha
MUNDUCURUS: forma geométrica
MUQUIÇO: de o piolho / muquirana de o piolho falso

NÃ: semelhante (veja Maracanã)
-NABI, NAMBI: orelha
NAMOA: de gente de longe
NANBIQUARA: fala inteligente, de gente esperta
NAURÚ: bravo, herói, cheio de vontade
NEM: fedorento
NHADIUVA, NHUMBIUVA: de árvore da aranha
NHA'EM: prato
NHANDUTI: de teia de aranha
NHANHAN: de anã parente, próximo
NHE: nhan, nham, falar, fala, língua
NHE, NHO (PREFIXOS DO TUPI): nhemima (esconder-se), nhomima (esconderem-se); prefixos + mima (esconder)
NHE'ENG (TUPI ANTIGO): falar; do tupi nhe (prefixo) + eng (falar) / nhe'enga fala, idioma, língua, palavra
NHEENGATU: nhegatu, língua boa, língua fácil de ser entendida
NHEN NHEN NHEN, NHENHENHÉM: ñeñë, falação, falar muito, tagarelice; de "ixé anhe'eng" - eu falo
NHOESEMBÉ: antigo nome indígena de Porto Seguro, na Bahia.
NHUM: campooby (r-s-) - verde xe r-oby - eu sou verde; s-oby - ele é verde; ka'a-oby - mata verde
NÍTIO: não; não há
NITIOECÓ: este não existe; não ser
NOSSEMA: sair com, retirar; do tupi ro ou no (prefixo) + sema (sair)
ÑU: campo, planície, pampa
NUCURÁ: da passagem do campo
NUNGARA: igual, semelhante

OAPIXANA: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco (RR), fronteiras com a Guiana.
OBÁ: rosto
OCARA: praça ou centro de taba, terreiro da aldeia
OCARUÇU: praça grande, aumentativo de ocara
OKA (R-S-) OU OCA OU OO: cabana ou palhoça, a casa, o abrigo, casa de índio; xe r-oka - minha casa; s-oka - casa dele
OK-PR-U-RÓRI-RÓRI: espécie de adorno
ORÉ: nós (exclusivo); nosso (os, a, as)
ORO: prefixo número-pessoal de pessoa do plural exclusiva
ORUBE: alegre, feliz, rindo
OVA: face, rosto, cara

PÁ: tudo
PABA: terminar, concluir; morrer; o fim
PACA: vivo, ágil, esperto, vivaz, alerta (nome de roedor)
PACAQUARA: vem de furna, toca de paca
PAÇOCA: de bolo esmigalhado à mão
PACUPIBA: de o pacu chato
PAEM: tudo
PAGÉ OU PAÎÉ, PIAGA: curandeiro, feiticeiro, sacerdote, líder espiritual
PAINA, PAINEIRA: de fruto entrançado
PAJELANÇA: ação do feiticeiro índio que conserva o título nheengatu pajé. Cerimonial do pajé para alcançar fórmulas terapêuticas tradicionais por meio dos espíritos encantados, de homens e animais.
PAK: acordar
PAMONHA: do visgo, o grude
PAMPEIRO: de campo, planície (vento sudoeste)
PANGARÉ: de cor de pelo de cavalo
PAPANDUVA: de casca rugosa saltada
PAPAQUARA: de variedade de saira
PAPUAN, PIRAPUAN: baleia (cetáceo); de peixe redondo, a baleia
PARABIWA: madeira inconstante (variada)
PARACANÃ: tribo encontrada durante a construção hidrelétrica de Tucuruí.
PARAIBUNA: rio escuro e que não serve para navegar
PARANAGUA MIRIM: de Paraná de onde se avista o mar, guá (vale, entrada) e mirim (pequeno); pequena baia
PARIPAROBA: de junco todo amargo
PAROBA, PEROBA: de casca amarga
PAROBÉ: de rio todo amargoso
PAT: tamanduá?
PATAXO-HÃ-HÃ-HÃE: tribo indígena no sul da Bahia.
PATUÁ: de espécie de brebe ou breve, do que pertence a cama
PAUÁ, PAVA, PAWA: tudo, muito (no sentido de grande extensão)
PAUETÊ NANBIQUARA: tribo da região do Mato Grosso (nanbiquara, nhambiquara)
PAVUNA: lagoa preta
PEASABA: porto, embarcadouro
PEB, PEBA, PEUA, PEVA, PEWA: achatado, de chato, plano
PEPERI GUAÇU: de rio de quedas grandes
PEPERI MIRIM: de rio de quebradas pequenas
PEREBA: ferida, cicatriz, a ferida com casca
PEREQUÊ: de entrada de peixe
PERERECA: variedade de camarão?
PERÓ: português, portugueses
PERUDÁ: amor (veja em tupi moraussuba)
PETI: de casca
PETYMA: fumo, tabaco / petim-buáb cachimbo
PI: de miudo
PIAÇABA: da travessia do caminho
PICUMAN: de coisa comprida também pode ser fuligem
PINÁ: palmeira fina e alta, da qual se extrai o palmito, típica da Mata Atlântica.
PINDABUNA: de anzol preto
PINDAÍBA, PINDAIBA, PINDA'YBA (-PINDÁ 'YBA): vara de pescar, de pau de anzol, planta de anzol
PINDÍ: claro, limpo
PINDOBA: variedade de palmeira
PIPOCA: da pele estalando; de pi (pele?) e pok (estourar), logo pele estourada
PIPOCAR: de rebentar, estourar
PIQUIRA: da pele tenra
PIRABEJU: de peixe enroscado
PIRAI: de rio do peixe / pirai mirim de rio de peixe pequeno
PIRAI PIRANGA: de rio do peixe vermelho
PIRAJUBA: peixe amarelo, "pirá" (peixe) + "juba" (amarelo) / pirajubaé, prejibaé de rio do peixe amarelo
PIRAMA: de está próximo
PIRÃO: de farinha de mandioca com água; de posto de molho
PIROISA: ar
PIRONGO: de catuto, cabaça
PITAGUAR, PITIGUAR, POTIGUAR: indígena da região NE do Brasil.
PITAR: de fumar tabaco
PITO: do cachimbo
PITUNA: noite
PÓ: mão / poã dedo da mão / poape unha / popessuara o que está na mão; de "pope" (na mão) + "suara" (sufixo do tupi)
POÇAUNA: de rede preta
POCEMA: festas
POITÁRA: o que alimenta; de poia (alimentar) + "ara, sara" (sufixos do tupi)
POK, POROROK: explodir, estourar / Itapororoca (município da Paraíba) de itá (pedra), pororok (explodir), pedras explodidas ou explosão das pedras
PONGA: o som ôco, retumbante
POR: pular / Pirapora (município da Bahia) pirá (peixe), por (pular), pulo dos peixes ou peixes que pulam
PORÃ: bonito
PORA: morador; habitante de...; gente
PORANG: belo, bonito, lindo / porangatu bem bonito, belíssimo / bonito em tupi é porang, mas "kunhã-porang-a" mulher bonita (ou mulheres bonitas) é acrescentado um A porque o adjetivo termina em consoante. Se queremos dizer menino bonito, basta justapor porang ao substantivo, acrescentando o sufixo -A à composição formada. Dizemos pois kunumi porang-a. Se quisermos dizer o menino é bonito teremos de usar o pronome pessoal de 3ª pessoa, I, dizendo assim kunumi i porang (literalmente isso significa o menino, ele é bonito). Subentendemos o verbo ser, que em tupi não tem correspondente. Se quisermos dizer "eu sou bonito", dizemos "xe porang". Porangaba beleza; de porang (belo) + "aba" (sufixo do tupi).
POROPISSYCA: apanhar gente; do tupi poro ou moro (prefixo) + pissyca (apanhar)
POTAR: quero. Exemplos itá a-i-potar, pedras eu as quero.
POTASSARA: o que quer; de potara (querer) + "ara, sara" (sufixos do tupi)
POTI, POTIM: camarão / potitinga de camarão branco
POTIGUARA OU POTIGUAR:
POTIQUEQUIA: lagosta
POTOCA: de mentira, embuste
PREÁ: de que mora no mato
PRIMINHÓ: de caça de peixe ou o salto do peixe
PUÃ: redondo
PUBA: de podre mole
PU: barulho, ruído
PUÇÁ: armadilha para peixes e outros animais aquáticos; de rede de pesca para siri ou camarão.
PUÇANGA: mezinha, remédio caseiro (receitado pelo pagé)
PUPÉ: dentro de; "oka pupé" - dentro da casa; "arará kûara pupé" - dentro do buraco das ararás (variedade de formiga)
PUITA: de espécie de tambor
PUTÁRI: de querer, desejar (verbo)
PUXIRUM: de reunião de pessoas para serviços agrícolas
PYPORA: pegada; de py (pé) + "pora" (sufixo do tupi)
PYSYK: pegar, apanhar
PYTÁ: ficar

O som da letra "r" é sempre leve, brando, mesmo no início de palavras. Nunca tem o som forte que usamos em rato. Rana, rura, se falará sempre com o som de paris, arame, etc...:

RÃ: de avermelhado
RAMÊ: quando?
RANA: semelhante, parecido
RAÚ: falso, fingido
RÊ: geralmente usado como sufixo
RÉ: diferente, distinto
RECÊ: por causa de, por amor de...
RECÓ: ter, tratar, negociar
RERÉ: salta, saltita
RIRI: tremer
ROAMA: para ser mantida de pé
ROÍNA: ter consigo; manter junto de si
ROKÉRA: dormir com; do tupi ro ou no (prefixo) + kéra (dormir)
RU: folha
RU: pai
RUCA: que sai; procedente de...

O som da letra "s" é meio chiado, não tão sibilado e nunca terá o som de z, mesmo que fique entre duas vogais. No caso, como em português e para facilitar a nossa pronúncia, coloca-se dois esses, como em "essá" (olho), por exemplo.:

SABOGA: de pelado
SAÇUENA: perfume
SAGUAÇU: de olho grande
SAGUARITA: variedade de caramujo
SAI, SAÍ, SAIRA, SAÍRA: de olhos pequenos e vivos
SAMA: fio, corda
SAMAMBAIA: de olho enrolado
SAMBURA: de pau enroscado (cesto pequeno)
SANGA: do alagado, o espraiado
SANHAÇU: de olho grande ou sai grande
SAÓ: de mau cheiro
SAPÉ: de alumiar, é nome de uma gramínea que serve para fachos
SAPICA: de surra, importunação, tostar ligeiramente
SAPIROCA: de olho esfolado
SAPO: raiz
SAPOREMA: de moléstia que ataca a mandioca
SAPOTI: do mato
SARARÁ: mariposa
SARU: de manso, calado
SAUVA: do queixo
SEM: sair
SIRI: siri, caranguejo, câncer
SIRIU: de rio do siri, ou rio do caranguejo
SÓ: ir
SO-Ó: carne / soó cahé carne assada
SOCÓ: de bicho que se arrima
SOK: socar, pilar
SOROK: rasgar, rasgar-se
SOROROCA: de bicho que se arrasta
SUCUPIRA: de casca saliente
SUINDÁRA: do que não come
SURU: que desliza, manso
SURUI: tribo do parque do Aripuanã, região do Madeira, Rondônia.
SY: mãe; origem, semente
SYK: chegar
SYKYÎÉ: temer, ter medo
SYRYK: escorregar

TABARÉU: de aldeia diferente
TABA: aldeia / tabatinga de aldeia branca; pode porvir também de barro branco / ta(ba)-porang-a, taba + porang (bonito), tá'-porang-a aldeia bonita; taba i porang - a aldeia, ela (é) bonita
TABOCA: de haste furada
TACONHA: pênis / tapiaguaçu de pênis grande
TAIA: de aroidéa conhecida
TAIABOCÚ: de dente comprido
TAIÓ OU TAIOBA: de folha de ou do taiá
TAJUBA: de fruto de fogo
TAKÛARA: taquara, variedade de bambu
TAMARANA OU TANGAPENA: o tacape, uma arma indígena
TAMBATURU: de ostra queimada
TANHA: figura
TAPACURA: liga, atadura, que os indígenas do rio Uaupés, especialmente as mulheres, usam trazer amarrada abaixo do joelho e que pretende preservar das cãibras, dando resistência para as longas caminhadas.
TAPERA, TAPERÁ: andorinha; de aldeia extinta
TAPIOCA, TIPIOCA: de tirado do fundo
TAPIRAPÉ: nome de grupo indígena; de tapi'ira (anta) e (a)pé (caminho), caminho de antas (era o nome que os antigos índios da costa do Brasil davam à Via Láctea)
TAPIRUVA: de tapir anta e uá espinha; a espinha, o osso da anta ou taper-oã reina em pé...
TAQUARA: de haste ou pau furado
TAQUARAPOCA: de taquara que rebenta
TAQUARI: de haste furada fina / taquaruçú de taquara grande
TAQUERA: de jazigo de pedra
TARAGUÁ: de seio enfeitado
TATARANA OU TATURANA: de "tata" fogo e "rana" parecido, logo a lagarta da mariposa (Dirphia sp) é semelhante ao fogo
TATUIRA, TATUI: de tatu da água
#NOME?: mas, porém
TEBI'U: comida (em guarani) / mbiú comido; do tupi "mbi" (prefixo) + ú (comer) / tembiú comida de gente; do tupi tes (prefixo) + mbiú (comida) / sembiú comida de animal
TEDA: cadeira
TEMBÉ: lábios
TERIVA: de alegria
TETÃ: cidade
TETYMA: perna
TIÉ: de barriga
TIJUCUPAUA: lamaçal, atoleiro
TIM: bico, nariz, saliência
TIMBARA: o que enterra; de tyma (enterrar) + "ara, sara" (sufixos do tupi) / tymbaba lugar de enterrar; de tyma (enterrar) + "aba" (sufixo do tupi)
TIMBAUVA: de árvore que da água?
TIMBÓ: nome de um cipó cujo suco embriaga o peixe.
TINGÁ: do poço
TINGUA: de ponta redonda / tinguaçu de ponta grande
TIPITI, TIPITIM: do tupi tipi, espremer, e ti, sumo. Espécie de cesto para espremer a massa da mandioca usado na fabricação da farinha, muito usados nos engenhos de farinha de mandioca na ilha de Santa Catarina.
TIRIRICA: de mato rasteiro, de folha quebradiça; erva daninha famosa pela capacidade de invadir velozmente os terrenos.
TOBÁ: rosto de gente; do tupi tes (prefixo) + obá (rosto) / sobá rosto de coisa (bicho)
TOBATINGA: barro branco como cal, barreira branca
TOCA: da casa, o esconderijo, toca, furna
TOCAIA: emboscada
TORIBA: o ser alegre
TOROROMA: jorro, borbotão
TRACOTINGA: de formiga branca (cupim ?)
TRAPUERABA: de folha levantada e brilhante
TRE: fluir
TRINOGA: da casa do morro
TUBA (RUBA): pai, tronco
TUBARÃO: do semblante bravio
TUCUPI: beiju-mingau
TUI: de bico pequeno
TUKURA: gafanhoto
TURI: a tocha, a fogueira
TURUNA: de valente, denodado
TUTÍ-CHICHUTÍ: tio
TUTÓIA (INTERJEIÇÃO): Que lindo! Que maravilhoso!
TYBA: ajuntamento
TYKYRA: gota, pingo (como um tiquinho de algo)
TYRYK: escapulir

UANÁ, URISSANÊ: vaga-lume (pirilampo, vaga-lumes)
UBÃ: pai (como situação na família)
UBAIA: de fruto saudável
UÇU: de variedade de capim
UGÛY (T-R-S-) OU T-UGÛY (TUGUI): sangue (xe r-ugûy - meu sangue; s-ugûy - sangue dele)
U'I: farinha-ûasu - sufixo de aumentativo - ão, grande
UIBA UÍ: flecha / uyba flecha / uybassy flecha envenenada
UIQUÊ: entrar
UIRAPARA OU UIRAPA: arco
UPÃ OU UPABA: lagoa, lago
UPITANGA: de rio vermelho
UQUIRIMBAU: poder
URU, URÚ: vasilha; de urú ave
URUBICI: da real das aves
URUÇANGA: de uru ave e çanga espraiado; espraiado das aves. Este nome aparece escrito em mapas antigos como Urolanga.
URUGUAÇU: galinha? (ave grande)
URUMBEBA: da madeira, o tronco chato
UÚ: água no idioma guarani

VAEN: chegar
VIRÁ: de lustroso
VOÇOROCA (TIPO DE EROSÃO DA TERRA): de yby (terra) e sorok (rasgar), logo terra rasgada
VOTU: ar; vento
VOTURANTIM: de morro, a encosta branca; a cachoeira

XAPERU: tribo da região Norte
XARÁ: tirado do meu nome; omônimo
XARÃMA: para mim
XAVANTE: tribo indígena pertencente à família lingüística jê e que, junto com os xerentes, constitui o maior grupo dos acuéns. Ocupa extensa área, limitada pelos rios Culuene e das Mortes (MT).
XERENTE: constitui o maior grupo dos acuéns que ocupa extensa área.
XIMAANA: tribo habitante da região do rio Javari, na fronteira do Brasil com o Peru.
XOCLENGUE: tribo caingangue do Paraná (rio Ivaí)
XORORÓ: de tororó sussurrante, corredor
XUÊ: devagar

WAPIXANA: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco (RR), nas fronteiras com a Guiana, vapixiana, vapixana, uapixana, vapidiana, oapixana, oapina...

A letra "y", principalmente, tem um som típico. para pronunciá-la corretamente é preciso colocar os lábios na posição de i e a língua na posição de u, que é o inverso do som do u francês, embora muitos digam que pareça o u francês. se depois do y vier uma vogal, como em yara, a impressão que se tem ao ouvir o som é de y(g)ara, parece um g. para este som de y já se viu tudo que é grafia possível: u com trema, y com circunflexo, i com circunflexo, etc. O Padre Anchieta grafava y(g). Nota Na lista abaixo, muitas palavras grafadas com a letra Y estão na letra "I" (acima).
YACAÑY, YAKÃ: rio
YAVOÓI: mata
'YBÁ OU YBA: fruta de árvore ou fruto
YBAKA: céu / ybacoby céu azul, ybaca + oby
YBAPIRANGA: céu vermelho, ybaca + piranga
YBARI: céu
YBIRA: pucu salgueiro
YBYTYRA: montanha
YEPEA: lenha, madeira
YPEG: pato; ypéc ou ypéka, de ypég, significa o nadador e designa não só o pato, mas outras aves nadadoras. Essa palavra aparece em todos os vocabulários tupis.
YSY (T-, R-, S-): t-ysy fila, fileira; xe r-ysy - minha fileira; s-ysy - fileira deles
'YTAB: nadar
YUYA: lago
YVATE: alto
YVATEKATY: rio acima
YVYKATY: rio abaixo
YVÝRY: ao ladoYVYVOVO: ponte


sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

ALGUMAS PALAVRAS DO DICIONÁRIO TUPI-GUARANI

TUPI-GUARANI




Indios Tupi Guarani blog do netuno.


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Aaru: espécie de bolo preparado com um tatu moqueado, triturado em pilão e misturado com farinha de mandioca.
Abá: Veja auá
Ababá: tribo tupi-guarani que habitava as cabeceiras do rio Corumbiara(MT).
Abaçaí: a pessoa que espreita, persegue, gênio perseguidor de índios espírito maligno que perseguia os índios, enlouquecendo-os.
Abacataia: peixe de água salgada, parecido com o peixe-galo.
Abacatina: Veja Abacataia.
Abacatuaia: Veja Abacataia.
Abacaxi: fruto cheiroso.
Abacutaia: Veja Abacataia.
Abaetê: pessoa boa, pessoa de palavra, pessoa honrada.
Abaeté: Veja Abaetê.
Abaetetuba: lugar cheio de gente boa.
Abaíba: noivo, Namorado.
Abaité: gente ruim, gente repulsiva, gente estranha.
Abanã: (gente de) cabelo forte ou cabelo duro.
Abanheém: Veja Avanheenga.
Abanheenga: Veja Avanheenga.
Abaquar: senhor (chefe)do vôo.
Abaré: Veja Avaré.
Abarebêbê: de homem distinto que voa, o padre voador.
Abaruna: Veja Avaré.
Abatí: milho, plantação de milho.
Abatiy: vinho de milho.
Abequar: Homem que voa.
Abirú: cheio, repleto, farto, gordo, cheio de comida.
Aboçápecaú: nome de numa taba encontrada na ilha pelos primeiros conquistadores. Aboçá é corrupção de Imbiaçá que vem de Mbé – açaba – a saida do caminho , o porto ; peca significa pato e U significa, água, rio. Donde temos:
Aboçá-peca-u ou Mbê-açaba-peca-u que se transformou no Massiambú. Dos nossos dias e que interpretamos caminho do rio do pato.
Abói: minhoca.
Abunã: Comida com ovos de tartaruga da Amazonia.
Abuna: Veja Avaré.
Açã: Gritar.
Acag: Veja Acanga.
Açaí: fruta que chora, fruta de onde sai líquido.
Acamim: uma das espécies de pássaros; uma das espécies de vegetais.
Acanga: Cabeça.
Acangatara: Cocar, enfeite de cabeça, espécie de coroa de penas de cores vistosas, usada nas festas das tribos.
Acará: Denominação da garça branca.
Acará: garça, ave branca.
Açarai: de rio do acará ou cará.
Acarai: Veja Acaraú.
Acarapeba: Veja Carapeba.
Acarapéua: Veja Carapeba.
Acarapeva: Veja Carapeba.
Acaraú: rio das garças.
Acauã: Lingua Tupi. Ave que mata as cobras e sustenta com elas seus fiihos.
Acemira: o que faz doer, o que é doloroso (moacir).
Acir: Veja Acemira.
Acre: Vem de Áquiri, touca de penas usada pelos ìndios munducurus.
Açu: grande, considerável, comprido, longo.
Acutia: nome de uma taba indígena que existia onde é hoje a capital de Santa Catarina no lado continental. Vem do nome dado pelos guaranis ao animal roedor, conhecido vulgarmente por Cutia.
Adjuloná: Assobios de folhas de buriti, entre os índios Carajás.
Aêté: Veja Anête.
Aguaniranga: bracelete com penas.
Aguapé: redondo e chato, a vitória-régia, plantas que flutuam em águas calmas.
Aguará: Veja Guará (2).
Aguarachaim: de o devorador ágil.
Aguaraçu: Veja Guara (2).
Aiaiá: Veja Ajaja.
Aíba: Mau, ruim.
Aimara: Arvore, araçá-do-brejo.
Aimará: túnica de algodão e plumas, usada principalmente pelos guaranis.
Aimiri: Veja Aimirim.
Aimirim: formiguinha.
Aipim: de raiz enxuta, mandioca mansa.
Airequecê: Veja Iaé.
Airumã: estrela-d’alva.
Airy: uma variedade de palmeira.
Aisó: formosa.
Aîtataka: bater o queixo de frio.
Aîuba: maduro (fruto amarelo).
Aîubyka: enforcar.
Aîupuara: amarrar pelo pescoço.
Aiyra: filha.
Ajajá: colhereiro (espécie de garça, de bico comprido, alargado na ponta).
Ajeru: Veja Ajuru.
Ajuá: fruta com espinho.
Ajubá: amarelo.
Ajucá – Festa de Jurema, entre os indigenas.
Ajurapéa: vem de Ajur-û pescoço escuro – nome de uma casta de papagaios e pê-caminho. Logo caminhos dos papagaios.
Ajuru: árvore de madeira dura, com frutos de polpa comestível.
Akag: Veja Acanga.
Akãí: gravetos.
Akaîu: caju, ano (os índios contavam anos, tomando como base o aparecimento do cajú).
Akaîui: vinho de cajú.
Akaîuti: castanha de cajú.
Akangatu: memória, lucidez, inteligência.
Akitãi: baixo, baixa estatura.
Aleto: Veja Abacataia.
Amana: Veja Amanda.
Amanaci: Veja Amanacy.
Amanacy: a mãe da chuva.
Amanaiara: a senhora da chuva ou o senhor da chuva.
Amanajé: mensageiro.
Amanara: dia chuvoso.
Amanda: chuva.
Amandy: dia de chuva.
Amao: Personagem divina que ensinou aos indígenas Camanaos, do Rio Negro, Amazonas, o processo de fazer beiju, tapioca e farinha de mandioca.
Amapá: ama’pá – árvore da família das apocináceas (Parahancornia amapa),de madeira útil, e cuja casca, amarga, exsuda látex medicinal , de aplicação no tratamento da asma , bronquite e afecções pulmonares , tendo seu uso externo poder resolutivo e cicatrizante de golpes e feridas.
Amary: uma espécie de árvore.
Amatirí: Veja Amãtiti.
Amãtiti: raio, corisco.
Amazonas: Nome de mulheres guerreiras que teriam sido vistas pelo espanhol Orellana ao desbravar o rio. Porém, para alguns historiadores , vem de amassuru , idioma Tupi, Águas retumbantes.
Amberé: lagartixa.
Ambûá: centopéia.
Amendoim: de fruto enterrado.
Amerê: fumaça.
Ami: aranha que não tece teia, espremer.
Amó rupi: ao contrário, às avessas.
Ámo: Algum.
Amongûy: emplumar o corpo de.
Amopira: precipicio.
Amosobaindaba: o outro lado do rio, a outra margem.
Amuara: Algum dia.
Amundaba: aldeia vizinha, arrebalde.
Amyipagûana: antepassado.
Amyniîu: algodão.
Amyri: finado, defunto (forma afetiva).
Anaantanha: Imagem do diabo. Tanha, figura e Anaan, diabo.
Anacê: parente.
Anajé: gavião de rapina.
Anama: família, parente, raça, nação.
Anama: grosso, espesso.
Anamí: uma das espécies de árvores.
Anãmiri: anão, duende.
Ananã: Vejae abacaxi.
Ananas: o Veja abacaxi.
Anauê: salve, olá.
Andirá: morcego.
Andira: o senhor dos agouros tristes.
Anduba: (Verbo) Perceber. Sentir.
Anequim: de espécie de tubarão.
Anête: Elevado, elevadíssimo.
Angá: afeição, ternura.
Anga: Alma.
Angá: expressão de surprêsa agradável, oh que bom!.
Anga: sombra, abrigo, alma.
Angaba: assombração.
Angaba: exprime compaixão (coitado!).
Angatu: alma boa, bem estar, felicidade.
Angoera: Fantasma, visão, imagem, Tupi-Guarani.
Angu: de papa de farinha.
Angûera: espírito, alma penada.
Angûeraso: espantar, atemorizar, aquilo que apavora.
Anha: dente.
Anhãi: na ponta, no cabo.
Anhana: expelido, empurrado.
Anhangüera: diabo velho.
Anhapoã: presas, dente canino.
Anhato-mirim: Ilhote onde se levanta o forte de Santa Cruz , vemos também escrito Inhato Prazeres Maranhão , dá para este vocábulo a significado de cão, mas como não encontrei nenhum vocabulo em tupy-guarani em que possa me basear para afirmar isso. prefiro a tradição popular que diz que a palvra Anhatomirim nao seja
escrita como cão pequeno. Mas seja escrita como aanhan ou anaann to mirim Diabo ilha pequena (pequena ilha do diabo).
Anhima: de a ave preta.
Anhó: só, somente.
Anhubana: abraçar.
Anhuri: colo, estreito no meio.
Aninga: arrepio, arrepiar-se.
Anomatí: além, distante.
Anonga: agourar, prognosticar.
Antã: forte, ágil, esperto.
Anu: de o aparentado.
Aondê: coruja.
Apamonama: misturar, remexer.
Apatuiá: secar.
Apé: caminho, trilha.
Apearõ: entocaiar, esperar escondido.
Apeasaba: pontilhão, passarela.
Apecatu: o bom caminho.
Apecu: Veja ape’kü.
Apecum: Veja Ape’ku.
Apeîara: guia (conhecedor dos caminhos).
Ape’kü: brejo de água salgada (à borda do mar) croa de areia feita pelo mar.
Apenunga: onda.
Apeoka: descascar, desentortar.
Apepu: som de coisa oca.
Apepûera: casca de concha.
Apererá: raso, igual, tosado.
Apeterei: de Rio do meio.
Apiçá: Atenção.
Apichai: crespo, enrugado.
Apicu: Veja Ape’kü.
Apicum: Mesmo qeu Ape’ku.
Apoena: aquele que enxerga longe.
Apuama: que não para em casa, veloz, que tem correnteza.
Apuava: de o saltador.
Apué: longe, distante.
Apyrytá: armação de cumeeira.
Apytama: feixe, molho, ramalhete.
Aquíri: Perna.
Arabé: barata, besouro.
Araçá: de fruto de época, tempo.
Aracambé: cachorro-do-mato, o cachorro vinagre.
Aracangüira: Veja Abacataia.
Araça-pitanga: de Araçá vermelho:
Araçary: Veja Arassary.
Araçatuba: de muito araçá, araçasal.
Aracê: aurora, o nascer do dia, o canto dos pássaros (pela manhã).
Aracema: bando de papagaios (periquitos, jandaias, araras), bando de aves.
Araçóia: Saia de plumas de ema que os Indios usavam ao redor da cintura em certas cerimônias.
Aracu: Na astronomia indigena do Amazonas, e o grupo de estrelas que forma a empunhadura da espada do Orion na constelação do mesmo nome.
Aracuam: de o papagaio esguio.
Aracy: a mãe do dia, a fonte do dia, a origem dos pássaros.
Araguari: de rio do esconderijo dos papagaios.
Aram: sol.
Arani: tempo furioso.
Arapari: 0 Cruzeiro do Sul, para as tribos indigenas do Rio Solimoes.
Araponga: de o papagaio que soa estridente.
Arapuã: abelha redonda.
Arapuca: de colher aves ,armadilha para aves, construindo numa pirâmide de gravetos de pauzinhos ou lasca de bambu.
Araquan: Veja aracuam.
Araquari: este nome vem assim grafado em antigos mapas: Lecori,
Ancori, Lencori, Araracari, Aracori, Araquari, penso que a grafia mais exata é a ultima. Temos então; . Ara- papagaio, quara – buraco.esconderijo e Y, água rio; logo rio do esconderijo dos papagaios.
Arara: de aumentativo de ará papagaio, papagaio grande.
Ararama: Veja Araruama.
Araranguá: este nome aparece pela primeira vez no mapa de Clemente Jough ( 1640 ) grafado , Aremangar e depois, em outros, Ararariga , Aranga , Areronger , Auronga , Araranga, Jerongoa, etc. Vem, pois, de Arara especie de papagaio e gua ou goá , vale baixada , bacia; logo vale dos papagaios.
Ararapari: È a enxó indigena.
Araraquara: de buraco esconderijo, ninho, logo – esconderijo dos papagaios.
Araraúna: arara preta.
Ararê: amigo dos papagaios.
Araruama: terra dos papagaios.
Ararúna: Veja Araraúna.
Arassary: variedade de tucano.
Arasy: estrela d’alva, madrugada.
Arataca: de armadilha de papagaio.
Aratama: Veja araruama.
Araticum: de vaso da bago de fruto (Veja urucum).
Aratingaúba: de arvore do papagaio branco.
Aratinguá: de papagaio de bico redondo.
Araúna: ave preta.
Araxá: lugar alto onde primeiro se avista o sol.
Aré: 0 Noé dos indigenas Tupi-Guarani.
Arebá: demora.
Arebo: cada dia.
Areté: dia festivo.
Ári: Em cima.
Arioca: de casa, ninho de sapo.
Ariranha: de manchada de vermelho.
Aririu: Veja Iririu.
Ariu: Veja Iririu.
Aroeira: de arvore velha.
Aroui: de rio do sapo.
Aru-Apucuitá: Remo de aru, assim chamavam os indigenas do Rio Negro.
Aruça: de caranguejo.
Aruru: Tristonho.
Asema: grito, gritar, gritador.
Assurini: tribo pertencente a família lingüística tupy-guarani, localizadas em Trocará, no rio Tocantins, logo abaixo de Tucuruí/PA.
Atã: Veja Antã.
Ataendy:chama.
Ataendyuru: castiçal, lamparina.
Atagûasu: fogueira.
Ataîru: companheiro de viagem.
Atauúba: flecha incendiária, foguete.
Ati: gaivota pequena.
Atiaîa: raio de luz, que reflete luminosidade.
Atiati: gaivota grande.
Aturasá: Branco que casava com índia.
Auá: homem, mulher, gente, índio.
Auaiú-aiapé: Bate-Pé.
Auati: gente loura, milho, que tem cabelos louros (como o milho).
Auçá: de Caranguejo.
Aupaba: Terra de origem.
Avá: Veja auá.
Avanheenga: língua de gente, a língua que as pessoas falam.
Avaré: amigo, missionário, catequista, senhor de preto, padre.
Avati: Veja Auati.
Awa: redondo.
Awañene: Veja avanheenga.
Awapé: Veja Aguapé.
Awa’ré: Veja Abaré.
Awaré: Veja avaré.
Ayayá: Veja Ajajá.
Aymberê: lagartixa.
Ayty: ninho.
Ayurú: Veja Ajurú


b.jpg

Bá: Pleno, cheio.
Babacutaia: Vida Aracanguira.
Babaka: virar, voltar-se, revirar; retorcido, a vulva.
Babaquara: tolo, aquele que não sabe de nada, Também Morador do refugio.
Babitonga: este nome vem escrito, Bapitanga pela primeira vez no mapa de Pere Coronelli em 1648. Nos seguintes: Bepitanga , Pepitanga, Babytonga, etc. Teceram sobre ele historias e lendas mas na minha opinião este nome provém da ilhota Itapitanga. De ita pedra e pitanga vermelho; temos então. pedra vermelha.
Babui: de palavra híbrida De bambu e Y rio do bambu.
Bacopari: de deposito d’água.
Bacucu: de espécie de marisco.
Bacuri: de rio da coisa quente ou, talvez, de pau fino.
Baguaçu: de fruto grande.
Bagual: de o que é mortal.
Baiacu: de o bicho quente.
Baíra: Entidade civilizadora dos indigenas parintintins ou cauaiuas, do Rio Madeira, no Amazonas, de raça Tupi. Ensinou a pesca com sangab (visco).
Bambae: o que é torcido.
Banga: torto, virado.
Bapo: chocalho usado em solenidade.
Baquara: sabedor de coisas, esperto, sabido, vivo.
Barauna: de madeira preta.
Batarra: grande, forte.
Batinga: de madeira branca.
Batoque: Pedra de beiço, ou cilindro de pau, pedra resina, que os indígenas colocavam no lábio inferior.
Batovi: de Rio da cana verde.
Batui: Veja Batovi.
Bau: de oco, vazio.
Becuiva: de arvore de fruto quente.
Beijú: de bolo de mandioca torrada, o enroscado.
Beîu: pão, bolo.
Beraba: brilhar, resplandecer; brilhante; resplandecente.
Berimbau: de Morro furado.
Biaça: lê-se este nome pela primeira ver em Hans Staden; no mapa de Clemente de Jonghe ( 1640 ) designa o porto da Laguma. Nos seguintes lemos: Ibuasup , Biassa Ibiaçá e Birasuera vem de Mbê ou pê caminho, trilho, Açaba ou Aça atravessar, cruzar. O passo, o porto.
Biboca: de lugar, casa acanhada, casa de barro, moradia humilde.
Bigua: de ave aquática.
Biguaçu: de Bigua grande, também pode ser uma arvore.
Biquara: Veja Baquara.
Biraquera: de dormida do peixe.
Bituva: Veja Imbituba, Embetuba.
Bôca: de um buraco no chão, para jogar bolinha de gude, furo.
Bocaina: de entrada do mato
Boipatiba: deve e ser o atual Mampituba que nos mapas antigos vemos assim escrito Iboipitinni , Ibepetuba , Iboipitinhi Iboypetinhi vem de Mboi cobra, peti casca, escama, tin ou tinga branco e y agua, rio. Logo: rio da cobra de escama branca.
Boitata: e cobra de fogo.(Mboi-tata).
Bora: Particípio; indica contrariedade.
Boré: Flauta de osso.
Botiá: de variedade de coco muito comum no litoral Catarinense.
Botiátuba: de lugar de muito coco Botiá.
Botuca: Veja mutuca.
Bracatinga: de arvore de folha branca.
Brejauva: de Arvore cujo o fruto abre.
Bruaca: de saco de couro, cesto de erva.(mulher velha ?).
Bucaraim: de rio da cobra escamosa.
Bucica: de cão pequeno.
Bucui: de rio da areia fina.
Bugre: denominaçao dada pelo povo aos selvicolas. Julga o Ilustrado P. Teschaner que este vocábulo provem da antiga palavra francesa Bougre que significava sodomita.
Buiagu: de terra quente.
Bupeba: de terra plana, planície.

c.jpg

Caá: mato, folha.
Caapii: Veja Capim
Caapora: Veja Caipora
Caapuã: Veja Caipora
Caba: marimbondo, vespa
Cabanheém: Veja Avanheenga
Cabiru: de rio da coruja.
Caboclo: de tirado do mato, sertanejo.
Caboclo: procedente do branco, mestiço de branco com índio, cariboca, carijó, antiga denominação do indígena, caburé , tapuio, atualmente, designação genérica dos moradores das margens dos rios da Amazônia.
Cabore: Ave noturna, de pio ululado, tida como agourenta pelos indigenas Cariris.
Cabreuva: de fruto da coruja.
Cabriuna: de ma-to de casca preta.
Cabrué: de a coruja
Caburé: Veja caboclo
Cachumba: de Inflamação das glândulas salivais.
Caci: Dor.
Cacira: vespa de ferroada dolorosa
Çaçuena: Sacuena
Caçula: de o filho mais novo.
Cacupé: de caá folha de arvore, o mato, e cupê atras, apoio, costa, logo: costa do mato, atras do mato.
Caetê: de mato virgem ou verdadeiro.
Cafundó: de sitio escuso.
Cafuné: de estalido que se da com as unhas na cabeça de alguém que se cata.
Cafuzo: Veja Caboclo
Caiacanga: de cabeça de bugio (espécie de macaco).
Caiacanga-açu: de cabeça de bugio grande.
Caiacanga-mirim: de cabeça de bugio pequena.
Caiana: de variedade de cana de açúcar.
Caiçara: Cerca feita pelos indigenas em torno da taba (vila indigena).
Caingangue: grupo indígena da região Sul do Brasil, já integrado na sociedade nacional, cuja língua era outrora considerada como jê , e que hoje representa uma família própria, coroado, camé, xoclengues.
Caipira: de o vergonhoso, roceiro, aldeão.
Caipora: aquele ou aquilo que (vive ou mora) no mato.
Çaira: de olhos pequenos.
Caité: Veja caeté.
Caitétu: de dente aguçado.
Cajuru: de entrada do mato.
Calundú: de mau humor, cabeça esquentada.
Calunga: de boneca, negro, cabeça preta.
Camb: leite, líquido do seio, peito, teta, mamica.
Cambacica: de peito liso.
Cambajura: de matagal rijo.
Cambirela: De cambir-reya – muitos seios ou dorsos empolados, em alusão talvez ao grande numero de picos da serra do mar.
Cambirera: Veja Cambirela
Camboatá: de mato que serpenteia.
Camboi: de rio das vespas.
Camboim: de folha, mato.
Camborim: de rio do robalo.
Camboriu: de rio onde corre o leite.
Cambucá: de vem de folha mato e que estoura.
Cambui: de o Veja camboim.
Cambuquira: Broto de abobora.
Camburé: de coruja.
Camé: subtribo do grupo caingangue.
Camuá: palmeira de caule flexível, cheia de espinhosos.
Camu-camu: fruta pouco conhecida que possui grande quantidade de vitamina C.
Canema: de folha fedida.
Cangica: de grão mole ou cosido.
Cangicassu: de grão grande cosido.
Cangua: de cabeça redonda.
Canguari: de rio do extremo.
Cangueiro: de cabeça velha, caveira.
Canhanha: de roncador. Salema.
Canhenha: de mato que rumoreja (resmunga).
Caninana: de seco e riscado.
Canitar: Cocar.
Canjica: de papas de milho branco, dentes, grão mole.
Canoa: embarcação a remo, esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas registradas pelos descobridores espanhóis; montaria (designação atual usada pelos caboclos da Amazônia); (ubá).
Capanema: de mato ruim, imprestável.
Capão: de ilha de mato.
Capenga: pessoa coxa, manca.
Capim: de folha miúda, mato fino, folha delgada.
Capinar: de pelar o mato, despir de folhas (carpir).
Capitinga: de folha miúda branca.
Capivara: de o comedor de capim, o Herbívoro.
Capivari: de rio da capivara.
Capoeira: de mato velho, extinto.
Capororoca: de mato barulhento.
Capororora: de variedade de anta.
Cará: de acará (peixe) escamoso. Pode também vir de cará, raiz tubérculo.
Caraá: de a semente do cará.
Caracambé: peixe-galo-do-brasil.
Caracú: de medula óssea. Raça de gado.
Caracuva: de piolho de galinha.
Caramona: de arbusto.
Caranha: de o acará falso.
Carapeba: de o acará chato, tipo de peixe de rio Acará ou simplesmente cará
Carapiá: de o cara pintado.
Carapicú: de acara comprido, peixe também conhecido como Escrivão.
Carapinha: de cabelo crespo de negro.
Carapitanga: de acara vermelho.
Caratinga: de acará branco.
Caraú: de Rio do acará.
Carauna: de folha preta.
Cari: o homem branco, a raça branca.
Cariboca: Veja caboclo.
Carijó: procedente do branco, mestiço, como o galináceo de penas salpicadas de branco e preto, caboclo, antiga denominação da tribo indígena guarani , habitante da região situada entre a lagoa dos Patos(RS) e Cananéia (SP), carió, cário, cariboca, curiboca, caburá, tapuio.
Cariman: de massa de mandioca.
Carió: Veja carijó.
Carioca: de casa de branco, fonte de água.
Cariru: de folha grossa.
Caroba: de folhar amarga.
Caroceira: de raspas de mandioca.
Carrancho: de o que arranha.
Carrapicho: de espinho comprido.
Càruru: Veja Carirú.
Cascavel: Veja Bapo.
Catagua: Veja Catigua.
Catapora: de fogo que irrompe (espécie de varicela).
Cateretê: de estalar (dança).
Cateta: de variedade de anchova.
Cati: bem, bastante, muito.
Catiá: Veja Catiguá.
Catiguá: de folha riscada.
Catinga: de mato branco.
Catú: Veja Cati.
Caturrita: de pequeno, anão.
Cauna: Veja Carauna.
Caverá: de folha brilhante, luzidia.
Cê: Canta.
Ceará: Vem de Siará, “Canto da Jandaia”, um pequeno papagaio.
Ceci: Mãe.
Céia: Gente.
Cendira: Irmã.
Ceriu: de rio do siri.
Chacharra: de variedade de gaturamo.
Chanchere: Veja Xanxere.
Chapecó: de donde se avista o caminho da roça.
Chimbé: de diz-se do boi cujas aspas encurvadas quase tocam a testa.
Chipa: guloseima feita de polvilho e queijo, também usada no Paraguai.
Chiripá: de espécie de cinto.
Chiú: Choro.
Chopim: de Conhecido também por Vira-bosta.
Cica: de resinoso.
Cipó: de fibra que se apega.
Cipoai: de cipó áspero.
Coandu: de o que corre na roça. Espécie de ouriço.
Coaraci: O sol, no idioma Tupi, ou nheengatu. De coá, este, ara, dia, ci, mãe deste dia, a explicação da origem da luz diurna.
Guaraci, uma teogonia indígena, escreve que o sole o criador de todos os viventes, sujeitos a Coraci, com o domínio sobre os seres privativos de sua jurisdição, vivem Anhanga, protegendo a caça do campo, Caapora, a do mato, Guirapuru, os passaros, Uauiara, os peixes. A irmã e esposa do Coaraci a Jaci, a Lua, tendo semeihantemente sua corte, com fungbes identicas as do seu irmao.
Coati: de o riscado.
Çoba: a cara. Rosto.
Coema: Já é dia. Manhã. Amanhecer.
Coivara: de limpa de roça (queimada para roçar).
Congonha: de erva que sustenta.
Copaiba: de arvore da formiga.
Copiuba; Veja Copaiba.
Corcoroca: de o que ronca.
Cotegipe: de rio torto ou sinuoso.
Cotia: Veja Acuti.
Cotuba: de muita carne (forte nutrido).
Cricri: de pequeno gavião.
Cuangueri: de rio da careira.
Cubatão: de elevação; terra montanhosa.
Cuera: de velho, antigo, o passado.
Cui:Farinha bem fina.
Cuia: de a farinha, o pó (vaso feito de catuto).
Cuica: Espécie de rato grande com o rabo muito comprido , semelhante ao canguru tambem pode ser um instrumento de percussão feito com um pequeno cilindro em uma de cujas bocas se prende uma pele bem estirada.
Cuité: de vaso verdadeiro.
Cumbata: Veja Camboata.
Cunhã: Linguarudo. Mulher.
Cunhaduva: de a canoa da mulher
Cuore: Já Agora.
Cupe: de atrás, costa.
Cupendipe: Indígenas de asas que os apinajés diziam existir no Alto Tocantins.
Cupim: de cupi a formiga.
Curiboca: Veja caboclo.
Curitibanos: de Pinheiral.
Curumim: menino.

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Damacuri: tribo indígena da Amazônia.
Damanivá: tribo indígena de RR, da região do Caracaraí, Serra Grande e serra do Urubu.
Deni: tribo indígena aruaque, que vive pelos igarapés do vale do rio cunhuã, entre as desembocaduras dos rios Xiruã e Pauini, no AM.

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Eçá: Olho. Os olhos. Ver. Espiar.
Eçabara: o campeador.
Eçaí: olho pequeno.
Eçaraia: o esquecimento.
Echar: de ver, avistar.
Ecó: Ser.
Emba: de oco vazio.
Embaré: de oco, diferente.
Embau: de rio oco, vazio.
Embauba: de arvore oca.
Embira: de casca de arvore.
Embiraça: de casca grossa.
Embituba Veja Imbituba.
Emburuiana: de o umbu falso.
Encoivarar: de fazer queimada.
Enduapes: Mantos de penas.
Era: Veja Cuera.
Erê: de campo.
Esgarabataba: A zarabatana, um tubo geralmente feito de taquara, com o qual assopravam setas envenenadas.
Espiar: de ver, olhar.
Espôcar: de saltar, arrebentar.
Essomerie: de chefe pequeno.
Etá: Verdadeiro.
Etê: bom, honrado, sincero.
Eté: Veja Etê.

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Galibi: tribo indígena da margem esquerda do alto rio Uaçá (AP).
Gambá: peito oco
Garapa: Caldo de cana.
Garapéba: Veja carapéba.
Garatéa: nome de um busca-vidas.
Garopaba: Este nome vem grafado – Cahopapaba na carta de Turim, 1523 e pela primeira vez. Nas seguintes Assim : Upaua, Upaba, Guarupeba, etc. Vem de Igara canoa e upaba lagoa; lagoa da canoa.
Gaturamo: de bom pressagio.
Gaúcho: de cavaleiro.
Gê: Veja Jê.
Genipapo: de que serve para pintar.
Gereva: de chato ou mancha-da.
Geribá: nome de um coqueiro.
Gericua: Tartaruga
Geriva: de o que tem fruto em cacho.
Gerivatuba: de o que tem fruto de cacho, Palmeira.
Gi: de o machado.
Giguaçu: de machado grande.
Girao: de armação de paus.
Gitirana-boia: de cigarra cobra.
Goia: de gente semelhante.
Goiaba: de sementes juntas.
Goiás: Do Tupi gwaya, nome dos índios guaiás, gente semelhante, igual.
Goio-coió: que vem de água do rio.
Goio-en: de que vem de rio fundo.
Goitacá: nômade, errante, aquele que não se fixa em nenhum lugar.
Goivira: de peixe igual.
Gracharim: Veja Aguarachaim.
Grandiuva: de arvore de talo farpado.
Grão-Pará: palavra Híbrida. Pará vem o coletor dás águas, mar.
Grapicica: de madeira de casca lisa.
Gravatá: de o escamoso ou palmeira rija, dura.
Gua: de vale.
Guabiroba: de fruto de comer amargo.
Guabiruva: Veja Guabiroba.
Guacá: de folha redonda.
Guaçu: de grande.
Guaiá: Veja goia.
Guaiaca: de cinto de couro.
Guaiba: de o chefe dos berradores, bugio.
Guaivira: de peixe Manso.
Guamambaca: de o vale que cerca o céu.
Guamirim: de vale pequeno.
Guampa: aspas de boi.
Guanandi: de arvore oleosa.
Guandú: de a que Corre ligeira.
Guapari: de arvore torta.
Guapeva: de folha chata.
Guapuan: de pau redondo.
Guaquari: de acari redondo (peixe).
Guará (1): ave das águas, pássaro branco muito comum nos manguezais.
Guará (2): o que devora , mamífero (lobo) dos cerrados e pampas.
Guara: Senhor.
Guaraci: O sol.
Guaracica: de pau resinoso.
Guaraetá: de arvore verdadeira, madeira legitima.
Guaraguatá: Veja Gravata.
Guaráipu: de refugio que surge, Variedade de abelha.
Guarajuba: de pau amarelo.
Guarajuva: de Veja guarajuba.
Guaraní: guerreiro, lutador.
Guarapere: de pau traçado.
Guarapicica: Veja grapicica.
Guarapuruma: de arvore cujo fruto rumoreja.
Guarapuvu: de canoa que brota do chão.
Guarás: de ave aquática.
Guaratinguetá: reunião de pássaros brancos.
Guarauná: de guará preto; ou madeira preta.
Guariní: guerreiro, lutador.
Guaritá: de pedra do guará. .
Guarupiú: de mosquito escarninho.
Guasca: de tira de couro, correia.
Guatambu: de pau sonoro.
Gu-ê-Crig: E um herói popular indigena Guaiacuru.
Gui: o grande vale.

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Herá: Instrumento musical de sopro dos indígenas parecis. Mato Grosso.
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I: água, pequeno, fino, delgado, magro.
Ia ia: Outra forma de dona, senhora.
Iabaquara: Veja jabaquara.
Iacamim: Veja jacamim.
Iaciara: O dia de luar.
Iaé: Lua.
Iamí: noite.
Iandé: a constelação Orion.
Iandê: você.
Iapuçá: Japuçá
Iara: Veja Yara.
Iarateguba: de onça amarela.
Iba: ruim, feio, imprestável.
Ibi: terra.
Ibira: madeira, árvore.
Ibiraquera: Veja Biraquera.
Ibitinga: terra branca.
Ibituruna: de nuvem negra.
Ica: Trombeta dos indígenas Bororos, do Mato Grosso, produzindo um som grave, com que acompanham ritos religiosos e cerimônias funebres.
Içara: de esteio, tronco de arvore.
Icicaribá: de fruto resinoso.
Icó: Ser, estar, viver.
Iê: Veja Jê.
Ig: água.
Igaçabas: Urnas funerarias.
Igarapé: de caminho da canoa.
Igararetés-Igaras: Troncos de arvores.
Igarité: de canoa de vulto.
Igaropaba: Veja Garopaba.
Iguaçu: água grande, lago grande, rio grande.
Iguara: Veja Guara(1).
Iguarapé: de o caminho dá canoa.
Iguatemi: de rio sinuoso.
Ilapocú: vem de pedra comprida.
Íma: Sem.
Imarui: vem de mosquito.
Imbauvão: Veja embauba.
Imbé: de planta ras-teira.
Imbeuvaçu: de grande arvore oca.
Imbituba: lugar de muita planta, trepadeira.
Imerim: de rio pequeno.
Inchu: de mel de abelha rugoso.
Indaiá: um certo tipo de palmeira.
Indaial: de a palmeira.
Inhambú: de o que levanta o vôo rumorejando a perdiz.
Inhanguera: Veja anhanguera.
Inhapum: Veja Inhambu.
Inquirim: de morro do sossego.
Intanha: Variedade de sapo.
Ió: Procedente.
Ipanema: e rio ruim, imprestável, lugar fedorento.
Ipê: de arvore distinta.
Ipêaçú: de arvore distinta grande.
Ipi: o primeiro, a primeira vez.
Ipitanga: rio vermelho.
Ipú: a fonte.
Ipura: Cheio.
Ira: Veja Japira.
Iracema: lábios de mel.
Irai: Veja irani.
Irakitã: Veja AKitãi.
Irani: de rio do mél.
Irapuã: mel redondo.
Irara: de o papa mel.
Irati: Veja Irani.
Iriribá, Ariribá: de fruto que amarga.
Iririu: de rio da ostra.
Irob: de amargo.
Irupé: a vitória régia.
Ita: pedra.
Itacolomi: de o filho ou o menino de pedra.
Itacorai: Veja Itacorubi.
Itacorubi: de rio das pedras esparsas.
Itacorui: Veja Itacorubi.
Itacurui: Veja Itacorubi.
Itaguaçu: de grande pedra grande ou muitas pedras.
Itai-guaçu: de rio da pedra grande.
Itaimbé: de a pedra pontuda, afiada.
Itai-mirim: de rio da pedra pequena.
Itaipava: vemo-lo também grafado assim: itapava itopava itoupava etc. vem de ita pedra e ipaba levantada; recife, travessão rochoso.
Itajahy: do nosso atual Itajai vem de taiá e y rio: rio do taiá. Em mapas antigos vemo-lo grafado: tacahug tojahy tucuay taiahug tayahug tajaiye.
Itajai: de rio do taiá.
itajai-guaçu: de Itajai grande.
Itajai-mirim: de Itajai pequeno.
Itajuba: de pedra amarela.
Itajubá: de Pedra amarela.
Itamambeca: esponja do mar
Itamirim: de pedra pequena.
Itapava: Veja Itaipava.
Itapema: de pedra rasa, lajeado.
Itaperiu: de rio do cabeço de pedra.
Itaperobá: de pedra do caminho da canoa.
Itaperuva: Veja Itaperobá.
Itapeva: de pedra chata rasa, um lajedo.
Itapitanga: de pedra vermelha.
Itapitinga: de lajedo branco.
Itapoã: de pedra redonda.
Itapoan: Veja itapoã.
Itapocoroi: de laje que abrolha.
Itapocu: em mapas antigos o vemos também escrito; tapuca tapicu tapucu. Vem de Itapocu pedra comprida.
Itaqui: de pedra afiada, pontuda.
Itatiba: muita pedra, abundância de pedras.
Itaum: de pedra preta, ferro.
Itaúna: de pedra preta.
Ité: ruim, repulsivo, feio, repelente, estranho.
Itinga: de rio branco, água clara.
Itopava: Veja Itaipava.
Itoupava: Veja Itaipava.
Itupeva: de salto rasteiro.
Iu: espinho.
Iua: Veja Iba.
Iuçara: Veja Juçara.
Iurirémirim: Veja Jureremirim.
Iuru: de boca, baia, remanso.
Iurumirim: Veja Jureremirim.
Iva: Veja Iba.
Iviturui: frio na parte mais alta de uma serra.
Iwa: Veja Iba.

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Jabaquara: rio do senhor do vôo.
Jaboti: de o que come pouco, o cágado.
Jaboticaba: de comida de jabuti.
Jabró: fugir.
Jaburu: em alusão ao modo de andar da ave, de a que é inchada.
Jacá: de o cesto.
Jacamim: ave ou gênio, pai de muitas estrelas.
Jaçanã: ave que possui as patas sob a forma de nadadeiras, como os patos.
Jaçanan: de o que grita forte.
Jacarandá: de o que tem o centro duro.
Jacaré: de o que olha torto, encurvado.
Jacareuba: de fruto encurvado.
Jacaúna: indivíduo de peito negro.
Jaci: Na teogonia indígena, era irma a casada com o sol, Coaraci. Presidia a vida vegetal. Os indigenas faziam grandes festas com comidas; laci Omunhã.
Jacu: espécies de aves vegetarianas silvestres, semelhantes às galinhas, perus.
Jacuba: de pirão de farinha de mandioca, De água morna.
Jacucaca: de o que come grãos do mato.
Jacuí: jacu pequeno.
Jacuman: de o jacu erguido.
Jacundá: Dança tradicional indígena no Amazonas.
Jacupemba: de o jacu inferior.
Jacutinga: de o jacu branco.
Jaê: nós dizemos, temos dito, falamos.
Jaguar: Veja jaguara.
Jaguara: de o que devora (cachorro, lobo, gato, onça).
Jaguaracambé: cão de cabeça branca.
Jaguaretê: de onça verdadeira.
Jáguariu: de rio da onça.
Jaguaruna: de onça preta.
Jaguatirica: de onça medrosa.
Jalapa: de o que é para se colher.
Jambaqui: Veja Sambaqui.
Jamé: oculto. Misterioso.
Jamecó, o ser oculto.
Jaobi: de a terra solta.
Japecanga: de junco de espinho.
Japira: mel.
Japuçá: Veja Iapuçá.
Jaquarana: de cigarra.
Jaraguá: de ponta proeminente.
Jaraguá: de vale do senhor.
Jararaca: de o que tem bote venenoso.
Jararacuçu: de jararaca grande.
Jatai: de arvore de fruto duro.
Jau: de aquele que devora (peixe).
Jauá: Veja Iapuçá.
Javaé: tribo indígena que habita o interior da ilha do Bananal.
Javari: competição cerimonial desportiva religiosa.
Jé: grupo etnográfico a que pertence o grosso dos tapuias.
Jeriva: Veja Gerivá.
Jeroquis: Danças.
Jeru: árvore de madeira dura, com frutos de polpa comestível.
Jeru: papagaio.
Jetica: Batata-doce.
Jibá: Braço.
Jibaoçú: grande braço.
Jibóia: de cobra d’água.
Jiçara: Veja Juçara.
Jiquitaia: Pimenta.
Jiquitaia: de a formiga.
Jó: Veja joca.
Joaia: de rio de arbusto espinhento(rebenta cavalo).
Joca: tirar, arrancar.
Ju: Veja Iu.
Jubapira: Arraia (peixe).
Jucá: matar.
Juçara: palmeira fina e alta com um miolo branco, do qual se extrai o palmito.
Jumana: tribo do grupo aruaque, habitante da região dos rios Japurá e Solimões (amazônia Ocidental) – ximana – xumana.
Jumbeba: cactos.
Jundiá: de o que tem espinhos na cabeça.
Jurêrêmirim: de pequena boca de d’água ( pode ser uma baia de mar calmo).
Juriti: de o pescoço branco.
Juru: Veja jeru.
Jurubatiba: lugar cheio de plantas espinhosas.
Jurubatuba: de enseada muito ampla.
Jurubeba: planta (espinhosa) e fruta tida como medicinal (o fruto é, muito amargo.
Jurumbeba: folha chata com espinhos, cacto.
Juruquiçaba: de ninho de papagaio.
Jururu: de aruru, que significa triste.

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Kaá: Veja Caá.
Kaapora: Veja Caipora.
Kabu’ré: Veja Caboclo.
Kaluana: lutador de uma lenda da tribo.
Kamaiurá: Veja Iaé.
Kamaiurá: Veja Kaluana.
Kamby: Veja Camb.
Karajá: marimbondo.
Kariboka: Veja Caboclo.
Karioka: Veja carioca.
Ken: O Veja torê, instrumento de sopro entre os indígenas da raça Tupi, para as danças comemorativas da caça, pesca a vitórias guerreiras.
Kilaino – Duende dos Bacaeris, Caraíbas do Mato Grosso, variante do Caipora, Curupira, Saci-Perere. Koko – Festa dos Kayapós.
Ki’sé: Veja Quecê.
Koko-Kuba: Peixe.
Kubut: Macaco guariba.
Ku’ika: Veja cuica.
Kukoire: Macaco prego.
Kurumí: Veja curumim.

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Lambari: de peixinho, baratinha.
Laurare: Veja Karajá.
Lauré: arara vermelha.
Lexiguana: de o bando, o enxame.
Lucarana: de vermelho falso.
Lucurana: Veja Lucarana.

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Macaíba: Veja Macaúba.
Macaúba: fruto da macaúbeira (comestível, coco de catarro), fruto do sertão.
Macuim: de bicho pequeno que rói.
Magangá: Veja Mamangaba.
Mairá: uma das espécies de mandioca, típica da região Norte.
Mamangaba: de Vespa desordenada.
Mame: em algum lugar. Onde?
Mampituba: de cousa que é arejada, ventilada; o sopro. o hálito.
Manau: tribo do ramo aruaque que habitava a região do rio Negro.
Manauara: natural de, residente em, ou relativo a Manaus.
Mandaçaia: de o que se espalha envolvendo.
Mandi: de nome dado aos bagres.
Mandiguaçu: de o bagre grande.
Mandijituba: de rio abundante de peixe mandi (bagre).
Mandioca: aipim, macaxeira, raiz que é principal alimento dos índios brasileiros.
Mandiocaçu: mandioca grande (mandioca, açu).
Mandobi: de fruto enterrado.
Mandovi: Veja Mandobi.
Mangona: variedade de cação.
Manguari: de pessoa alta e magra.
Mangue: Veja Ape’ku.
Maní: deusa da mandioca, amendoim.
Maniçoba – Mandioca.
Manioca: deusa Maní, foi enterrada na própria oca, gerou uma raiz alimenticia, raiz de mandioca.
Maniua: Veja maniva.
Maniva: tolete ou folha da mandioca; se usa na alimentação na região Norte.
Manjuba: de peixe amarelo.
Mantiqueira: de coisa que verte , vertente.
Manu: morto.
Mara: mar.
Maracá: Veja Bapo.
Maracanã: de casca grossa e rija.
Maracaxá: Veja Bapo.
Maracuja: de fruto que faz vaso ou vasilha.
Marajó: procedente do mar.
Maranhão: Do Tupi mba’ra e nâ, corrente, rio que semelha o mar, primeiro nome dado ao rio Amazonas.
Maratimba: de a gente de mistura branca.
Maricá: de folha miúda.
Marimbondo: de mosca que flecha.
Marui: Veja maruim.
Maruim: de mosca pequena, mosquito.
Massau: uma das espécies de macaco, pequeno e de rabo comprido.
Massiambu: Veja Abocepecau. Talvez provenha também de imbiaça-yembó a foz do regato ou de y-bem-açá-ybu o rio da barra.
Mate: de bom para beber, bebida .
Maturati: de o morro branco, alusão a uma cascata.
Mbaekwara: Veja Baquara.
Mbara: Veja Mara.
MbaraKa: Veja Bapo.
Mbaré: de o soprado, a gaita do índio.
Mbau: Veja Bau.
Mbeb: chato, achatado.
Mbeba: Veja Mbeb
Mbir: de casca da arvore.
Mboi: de cobra, Serpente.
Membira: filho ou filha.
Menboré-uaçu: Chefe Tupinamba.
Mendarepé: Dote.
Mendubi: Amendoim.
Micuim: Veja maruim.
Mingau: de papas de qualquer farinha.
Minhoca: de o que é arrancado.
Mirã: futuramente.
Mirá: gente.
Miraguaia: de peixe manso.
Mirim: de pequeno.
Mó:fazer, fazendo, tornar, tornando.
Moina: Pos-se, colocou-se.
Mongaba: reunião para falar.
Monjuá: de a boca aberta (cofo para pesca).
Moponga: Pescaria em que se bate na água, com uma vara para os peixes irem para a rede e ficarem malhados.
Moquear: de assar sobre varas.
Moqueca: de envolver.
Moronguetá: os sentimentos verdadeiros, puros, instintivos.
Motirõ: reunião para fins de colheita ou construção (ajuda).
Muirakitã: Veja Akitãi.
Mundeo: de o que se alça; armadilha.
Munducurus: Forma geometrica.
Mupõga: Veja Moponga.
Mupunga: Veja Moponga.
Muquiço: de o piolho.
Muquirana: de o piolho falso.
Mutirão: Veja Motirõ.
Mutuca: de a mosca que perfura, ou aguilhoa, mosca que ataca os animais.



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Nã: Semelhante.
Nambi: Orelha.
Namoa: de gente de longe.
Nanbiquara: fala inteligente, de gente esperta .
Naurú: bravo, herói, cheio de vontade.
Nê: teu, tua.
Nhadiuva: de arvore da aranha.
Nhambiquara: Veja baquara.
Nhandú: de a que corre ligeira.
Nhanduti: de teia de aranha.
Nhanhan: de anã parente, próximo.
Nhe: nhan, nham, falar, fala, língua.
Nheengatu: nhegatu, língua boa, língua fácil de ser entendida .
Nhemongaba: assembléia.
Nhenhenhém: nheë nheë enê, falação, falar muito, tagarelice.
Nhumbiuva: Veja Nhadiuva.
Nítio: Não. Não há.
Nitioecó: este não existe. Não ser.
Nucurá: de a passagem do campo.
Nungara: igual, semelhante.

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Oapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco (RR), fronteiras com a Guiana.
Obá: rosto.
Obi: azul.
Oca: cabana ou palhoça, casa de índio.
Ocara: praça ou centro de taba, terreiro da aldeia.
Ocaruçu: praça grande, aumentativo de ocara.
Oiti: de massa branca.
Ok-pr-u-róri-róri: Espécie de Adorno.
Oré: de para nosso ou nós.
Orube: alegre, feliz, rindo.

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Pá: tudo.
Paba: terminar, concluir; morrer; o fim.
Paca: de o que é vivo, ágil. nome do roedor.
Paca: esperto, vivo, vivaz, alerta.
Pacaquara: vem de furna, toca de paca.
Paçoca: de bolo esmigalhado a mão.
Pacu: de rápido no comer.
Pacupiba: de o pacu chato.
Paem: tudo.
Pagaré: de bando de pacas.
Pagé: feiticeiro, sacerdote, líder espiritual.
Pagoré: Veja pagaré
Paina: de fruto en-trançado.
Paineira: Veja Paina.
Pajelança: Ação do feiticeiro índio que conserva o titulo nheengatu pajé. Cerimonial do pajé para alcançar fórmulas terapêuticas tradicionais por meio dos espíritos encantados, de homens e animais.
Pamonha: de o visgo, o grude.
Pampeiro: de campo planície (vento sudoeste).
Panema: de coisa ruim.
Pangaré: de cor de pelo de cavalo.
Papanduva: de casca ru-gosa saltada.
Papaquara: de variedade de saira.
Papuan: de peixe redondo, a baleia.
Para – Do Tupi Paóra, “mar”, designagdo do braço direito do Amazonas, engrossado pelas águas do Tocantins.
Pará: rio e também prefixo utilizado no nome de diversas plantas.
Parabiwa: madeira inconstante (variada).
Paracanã: tribo encontrada durante a construção hidrelétrica de Tucuruí.
Paraíba: Do Tupi par’a, rio, e a’iba, ruim, impraticável.
Paraíba: rio ruim, rio que não se presta à navegação (imprestável).
Paraibuna: rio escuro e que não serve para navegar.
Paraiwa: Veja Paraíba.
Paraná: Do Guarani pa’ra “mar” e nã, semeihante, rio grande semeihante ao mar.
Paraná: de onde se avista o mar.
Paranagua mirim: de Paraná de onde se avista o mar, guá vale, entrada e mirim pequeno; pequena baia
Paranapiacaba: de para-nã-apiacaba donde se avista o mar nome pelo qual era conhecida parte da Serra do mar , no sul.
Parati: de peixe branco.
Pariparoba: de junco todo amargo.
Paroba: Veja Peroba.
Parobé: de rio todo amargoso.
Pat: Tamanduá.
Pataxo-Hã-Hã-Hãe: Tribo indigena no sul da Bahia.
Patuá: de espécie de brebe ou breve De o que pertence a cama.
Pauá: tudo, muito (no sentido de grande extensão).
Pauetê nanbiquara: tribo da região do Mato Grosso (nanbiquara, nhambiquara).
Pava: Veja Pauá
Pawa: Veja Pauá
Pê: a fim de…
Pe: no, no local, na, em. Exemplo: ocape, na casa.
Pé: vós. exemplo: pé saiçú, vós amais.
Peba: de chato, plano, também uma variedade de tatú.
Peperi guaçu: de rio de quedas grandes.
Peperi mirim: de rio de quebradas pequenas.
Pequiá: de casca tenra que abre.
Pereba: de ferida, cicatriz, a ferida com casca.
Perequê: de entrada de peixe.
Perereca: variedade de camarão
Perituba: de banhado brejo, o juncal.
Pernambuco: Do Tupi para’nã, rio caudaloso, e pu’ka, gerundio de pug, rebentar, estourar. Relativo ao furo, ou entrada, formado pela junção dos rios Beberibe e Capibaribe; de quebra-mar. (arrecifes).
Peró: Portugueses.
Peroba: de casca amarga.
Perudá: amor.
Peti: de casca.
Petim-buáb: Cachimbo.
Peua: peba.
Peva: peba.
Pewa: peba.
Pi: de caminho.
Pi: de miudo.
Piaçaba: de a travessia do caminho.
Piaga: Veja Pagé.
Piauí: Do Tupi pi’au, piau, nome generico de vários peixes nordestinos. Piauí, rios dos piaus.
Picuman: de coisa comprida também pode ser fuligem.
Pigareva: Veja Pijarava (espécie de arraia).
Pijareva: de peixe manchado.
Pijirica: de peixe veloz.
Piná: palmeira fina e alta, da qual se extrai o palmito, típica da mata atlântica.
Pindabuna: de anzol preto.
Pindaiba: de pau de anzol.
Pindí: claro, limpo.
Pipoca: de a pele estalando.
Pipocar: de rebentar, estourar.
Piquira: de a pele tenra.
Pira: de Peixe.
Pirabeiraba: de peixe brilhante, reluzente.
Pirabeju: de peixe enroscado.
Piracanjuba: de peixe de cabeça amarela.
Piraguaçu: de peixe grande.
Pirai mirim De rio de peixe pequeno.
Pirai piranga: de rio do peixe vermelho.
Pirai: de rio do peixe.
Pirajubaé: de rio do peixe amarelo.
Pirama: de está próximo.
Piranha: de que corta a pele.
Pirão: de farinha de mandioca com água. De posto de molho.
Pirapitanga: de peixe Vermelho.
Pirapuan: Baleia (cetaceo).
Piraquera: de peixe gordo.
Piratini: de Peixe Seco.
Piri: de Peri o junco.
Pirituba: de lugar de muito junco ou juncal.
Pirongo: de catuto, cabaça .
Pitaguar: Veja Potiguar.
Pitanga: de vermelho.
Pitar: de fumar tabaco.
Pitiguar: Veja Potiguar.
Pito: de o cachimbo.
Pituna: noite.
Pó: mão.
Poçauna: de rede preta.
Pocema: Festas.
Ponga: o som ôco, retumbante.
Porã: bonito.
Pora: morador; habitante de…; gente.
Poranga: de bonito, Lindo.
Porangatu: bem bonito, belíssimo.
Poru: gente.
Potar: quero. Exemplos: itá a-i-potar, pedras eu as quero.
Poti: camarão.
Potiguar: indígena da região NE do Brasil.
Potiguara: Veja Potiguar.
Potiquequia: lagosta
Potira: flor.
Potitinga: de camarão Branco.
Potoca: de mentira, embuste.
Preá: de que mora no mato.
Prejibaé: Veja Pirajubaé.
Priminhó: de caça de peixe ou o salto do peixe.
Puã: redondo.
Puava: Veja Apuava.
Puba: de podre mole.
Puçá: armadilha para peixes e outros animais aquáticos.
Puçá: de rede de pesca para siri ou camarão.
Puçanga: mezinha, remédio caseiro ( receitado pelo pagé).
Puita: de espécie de tambor.
Puranga: Veja Poranga.
Putanga: Veja pitanga.
Putári: de querer, desejar (verbo).
Puxirum: de reunião de pessoas para serviços agrícolas.

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Quá: dedo.
Quarará: Tambor feito de madeira e pele.
Quati: de o riscado.
Qué: aqui, cá; também significa atenção, cuidado.: mboiqué, cuidado com a cobra.
Quecé: faca velha e/ou enferrujada e/ou cheia de dentes e/ou sem cabo.
Quecê: que foi ontem, que aconteceu ontem.
Queixada: de o que corta.
Quer: dorme.
Quéra: Veja cuéra.
Quiabo: de o pente.
Quibaana: tribo da região Norte.
Quicé: Faca de pedra.
Quicé: Veja Quecê.
Quiriri: vem de silencio sossego.

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Rã: de avermelhado.
Raira: Veja Membira.
Ramê: quando?
Rana: semelhante, parecido.
Raú: falso, fingido.
Ré: amigo – rê (geralmente usado como sufixo).
Ré: diferente, distinto.
Recê: por causa de…, por amor de…
Recó: ter, tratar, negociar.
Reré: salta, saltita.
Riri: tremer.
Roama: para ser mantida de pé.
Roína: ter consigo; manter junto de si.
Ru: folha.
Ru: pai.
Ruca: que sai; procedente de…
Rudá: deus do amor, para o qual as índias cantavam uma oração ao anoitecer.

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Saboga: de o pelado.
Saci pererê: de olho pequeno escamoso.
Saçuena: de perfume.
Saguaçu: de olho grande.
Saguarita: variedade de caramujo.
Sagüi: Veja Massau.
Sagüim: Veja Massau.
Sai guaçu: de olhos pequenos (nome de pássaro do gênero Tangará).
Sai mirim: de Saira pequena.
Sai: de olhos pequenos e vivos,
Saiçú: amar.
Saiqui: de bando de sairas .
Saira: Veja Sai.
Sama; fio, corda.
Samambaia: de olho enrolado.
Sambaqui: de monte, ajunta-mento monte de cascas, casqueiro.
Sambura: de pau enroscado (cesto pequeno).
Sanga: de o alagado, o espraiado.
Sanhaçu: de olho grande ou Sai Grande.
Saó: de mau cheiro.
Sapé: de alumiar é nome de uma Graminea, que serve para fachos.
Sapica: de surra importunação, tostar ligeiramente.
Sapiroca: de olho esfolado.
Sapo: raiz.
Saporema: de Moléstia que ataca a mandioca.
Sapoti: de do mato.
Saracura: de o que co-me soca de milho.
Sarará: de a mariposa.
Saru: de manso, calado.
Sauá: Veja Iapuçá.
Sauim: Veja Massau.
Sauva: de o queixo.
Sawi: Veja Massau.
Sergipe: Do Tupi si’riupe, no rio dos siris, primitivo nome do rio junto a barra da Capitania.
Siri: de cancer, caranguejo.
Siriu: de rio do siri, ou rio do caranguejo.
Socó: de Bicho que se arrima.
Soim: Veja Massau.
Sonhim: Veja Massau.
Sorocaba: de rasgar(rasgão).
Sororoca: de bicho que se arrasta.
Sucupira: de casca saliente.
Sui: de, longe de, do que (comparativo).
Suindára: de o que não come.
Suru: que desliza, manso.
Surubi: de pele lisa, escorregadia.
Surucu: de pescoço.
Surucuá: de pescoço que se esconde.
Surucucu: de pescoço sinuoso.
Surui: tribo do parque do Aripuanã, região do Madeira, Rondônia.

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Tabaréu: de aldeia diferente.
Tabatinga: de aldeia branca. pode porvir também de barro branco.
Taboca: de haste furada.
Tacami: Veja Itacolomi.
Taconha: pênis.
Tacorubi: Veja Itacolomi.
Taguaçu: Veja Itaguaçu.
Taia: de aroidéa conhecida.
Taiabocú: de dente comprido.
Taió: de folha de Taiá.
Taioba: de folha do taiá.
Tajai: Veja Itajai.
Tajuba: de fruto de fogo.
Tajuba: Veja Itajubá.
Tajuva: Veja tajubá.
Tamanduá: de caçador.
Tamarana ou Tangapena – O tacape, uma arma indigena.
Tamari: Veja Massau.
Tambaturu: de ostra queimada.
Tangará: de pluma, pena de guará (o pulador).
Tanha: Figura
Tapacura: Liga, atadura, que os indígenas do rio Uaupés, especialmente as mulheres, usam trazer amarrada abaixo do joelho e que pretendem os preserve das caimbras e lhes da resistencia para as longas caminhadas.
Tapera: de aldeia extinta.
Tapiaguaçu: de pênis grande.
Tapioca: de tirado do fundo.
Tapir: de a anta.
Tapiruva: de Tapir a anta e uá espinha; a espinha, o osso da anta ou Taper-oã reina em pé.
Tapitanga: Veja Itapitanga.
Tapuia: Jes ou Tapuias, indígenas que habitavam o interior do Brasil.
Tapuia: a índio bravio , mestiço de índio. índio manso (AM), qualquer mestiço trigueiro e de cabelos lisos e negros (BA), caboclo tapii, tapuio, designação antiga dada pelos tupis aos gentios inimigos.
Tapuio: Veja caboclo.
Taquara: de haste ou pau furado.
Taquarapoca: de taquara que rebenta.
Taquari: de haste furada fina.
Taquaruçú: de taquara grande.
Taquera: de jazigo de pedra,
Taraguá: de Seio enfeitado.
Tata: de fogo.
Tatarana: Veja Taturana.
Tatu: de casco grosso.
Tatuira: de tatu da água (tatui).
Taturana: de lagarta de fogo.
Teçá: o olho do homem; olhar.
Tembé: lábios.
Tepiti: nome do coelho silvestre.
Teriva: de alegria.
Teró: Flauta de taquara.
Tiba: abundância, cheio.
Tié: de Barriga.
Tijuca: de o brejo, a lama, lama preta, líquido podre, charco, pântano.
Tijucupaua: lamaçal, atoleiro
Tijuquinhas: Veja Tijuca.
Timbauva: de arvore que da água.
Timbé: Veja Itambé.
Timbó: nome de um cipó cujo suco embriaga o Peixe.
Timburé: uma das espécies de peixes de rio, com manchas e/ou faixas pretas.
Timburê: Veja Timburé.
Tingá: de o poço.
Tinga: Veja Peba.
Tingua: de ponta redonda.
Tinguaçu: de ponta grande.
Tipioca: Veja Tapioca.
Tipiti: Do Tupi tipi, espremer, e ti, sumo. Espècie de cesto para espremer a massa da mandioca usado na fabricação da farinha, muito usados nos engenhos de farinha de mandioca na ilha de Santa Catarina.
Tipitim: Veja tipiti.
Tiratembé: Veja Iracema.
Tiririca: de mato rasteiro, de folha quebradiça.
Tiririca: erva daninha famosa pela capacidade de invadir velozmente os terrenos.
Tiua: Veja Tiba.
Tiwa: Veja Tiba.
Tiyug: tijuca.
Tiyukopawa: tijuca.
Tob: de verde.
Toca: de a casa, o esconderijo, toca, furna.
Tocaia: emboscada .
Tocanguaçu: de tucano grande.
Tocantins: bico de tucano.
Toriba: o ser alegre.
Tracotinga: de formiga branca (cupim ?).
Tracovi: Veja Itacorubi.
Traira: de arranca pele.
Trapueraba: de folha levantada e brilhante.
Tre: Fluir.
Tremembé: de o tremedal.
Trinoga: de a casa do morro.
Tuba: Veja Tiba.
Tubarão: de o semblante bravio.
Tucano: de bico ósseo.
Tucupi – Beiju-Mingau.
Tui: de bico pequeno.
Tupã: Deus.
Tupã-beraba: Raio.
Tupã-cunun: Trovao.
Tupi (1): povo indígena que habita(va) o Norte e o Centro do Brasil, até o rio.
Tupi (2): um dos principais troncos lingüísticos da América do Sul, pertencente.
Tupi-guarani: um das quatro grandes famílias lingüísticas da América do Sul.
Turi: A tocha, a fogueira.
Turiaçu: a grande fogueira.
Turuna: de valente, denodado.
Tutóia (interjeição): Que lindo! Que maravilhoso!

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Uaça: Veja Aauçá.
Uaçaí: Veja Açaí.
Uaçaiçú: amar.
Uaná: vagalume.
Ubá: de canoa.
Ubã: Pai (como situação na família).
Ubá: Veja canoa.
Ubaia: de fruto saudável.
Ubatuba: de muitas canoas.
Uçu: de variedade de capim.
Uiba uí: Flecha.
Uiquê: entrar.
Uirá: pássaro.
Uirapara ou uirapa: Arco.
Umbu: arvore (imbu)
Una: preto, preta.
Upã: lagoa, lago.
Upitanga: de rio vermelho.
Uquirimbau: poder.
Urissanê: Veja Uaná.
Urnbuzeiro: Veja umbu.
Urú: de urú ave.
Urubici: de areal das aves.
Urubu: de o que desprende mau cheiro.
Urubuquara: de toca, buraco, ninho do urubu.
Urubutiaga: de urubu branco.
Uruçanga: de uru ave e çanga espraiado; espraiado das aves. Este nome vem escrito em mapas antigos como :Urolanga.
Urucum: de o vermelhão.
Urucurana: de urucum falso.
Uruguai: vem de yuru gua o coracol, o buzio e Y rio; dos caramujos. querem alguns escritores que seja rio dos pássaros.
Urumbeba: de a ma-deira, o tronco chato.

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Virá: de o lustroso.
Vivaquera: Veja Biraquera.
Votu: ar; vento.
Voturantim: de o morro, a encosta branca; a cachoeira.

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Wapixana: tribo do ramo aruaque do alto rio Branco(RR), nas fronteiras com a Guiana , vapixiana , vapixana, uapixana , vapidiana, oapixana, oapina
Wariwa: guariba, macaco de coloração escura, barbado.
Wasaí: açaí, uaçaí, yasaí

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Xá: Eu, meu, minha.
Xanxerê: de a campina da cascavel.
Xapecó: Veja chapecó.
Xaperu: tribo da região Norte
Xará: tirado do meu nome.
Xarãma: para mim.
Xauim: Veja massau.
Xavante: tribo indígena pertencente à família lingüística jê e que, junto com os xerentes, constitui o maior grupo dos acuéns. Ocupa extensa área, limitada pelos rios Culuene e das Mortes (MT).
Xê: eu.
Xerente: constitui o maior grupo dos acuéns. Ocupa extensa área.
Ximaana: tribo habitante da região do rio Javari, na fronteira do Brasil com o Peru.
Ximana: Veja jumana.
Ximburé: Veja Timburé.
Xoclengue: tribo caingangue do Paraná (rio Ivaí).
Xororó: de tororó sussurrante, corredor.
Xuatê: Veja Bapo.
Xuê: devagar.
Xumana: Veja Jumana.
Xumane: Veja Jumana.

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Y: de rio ou agua.
Yacamim: Veja jaçamim.
Yamí: noite.
Yapira: Veja japira.
Yara: deusa das águas, mãe d’água, senhora, lenda da mulher que mora no fundo do rio.
Yasai: Veja açaí.
Yawara: Jaguara.
Yba: de Arvore ou fruto.
Yu: Veja Iu.
Yuru: de boca



Indios Tupi Guarani by Barbara Jambwisch.