domingo, 21 de novembro de 2010

Conheça Melhor o Brasil - São Félix do Araguaia (MT)




Localizada no extremo nordeste de Mato Grosso, quase na divisa com o Pará e fronteira à parte média da Ilha do Bananal (TO.), São Felix do Araguaia está bem na beira do rio que lhe emprestou o nome.

O contato com os índios, notadamente os Karajás, é uma constante e lhe dá um toque extremamente pitoresco. O artesanato produzido pelos Karajás, Tapirapés e Txucarramãe, que habitam a Ilha do Bananal é famoso mundialmente e muito procurado pelo turista.

Natureza ainda muito pouco tocada pelo homem, próximo a São Félix o Araguaia é generoso, oferecendo praias de beleza indescritível e uma fauna e flora além de qualquer imaginação. A pesca amadora esportiva é favorecida pela riqueza de espécies durante quase todo ano. Possue aeroporto e dispõe de voos regulares diários.

Fotos: Marli Gazzoni

Maiores informações podem ser obtidas junto à Prefeitura Municipal, pelo Tel.:(66)3522-1223/3522-1233 ou Fax: (66)3522-1414. Escrito por Álvaro Coutinho / Isto é Brasil com redação ABNews

  

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mudança Climática é tema da IV Assembleia Geral da Hutukara Associação Yanomami


Preocupação com as mudanças climáticas e presença do secretário da recém- criada Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Antonio Alves, foram destaques na assembleia que reuniu mais de 600 pessoas de 72 comunidades entre 1º e 7 de novembro no Toototobi, Terra Indígena Yanomami.

"Sem a ajuda dos pajés yanomami os brancos não conseguirão controlar as mudanças climáticas". A afirmação do líder Davi Kopenawa Yanomami, reeleito presidente da Hutukara, no Toototobi, reflete o protagonismo dos pajés yanomami na abordagem do tema durante a assembleia. Além de explicarem sobre as causas, conseqüências e modos de controle das mudanças climáticas, eles realizaram sessões de pajelança demonstrando o esforço contínuo e necessário para manter a perenidade da Urihi a (a Terra) e evitar a queda do céu.
O tema Mudanças Climáticas foi abordado pela primeira vez num curso de formação de professores yanomami em maio do ano passado. Promovido pelo Projeto de Educação Yanomami do ISA, o curso contou com a participação de Márcio Santilli, coordenador do Programa de Política e Direito Socioambiental (PPDS) do ISA, que explicou como as mudanças climáticas estão relacionadas ao aumento do efeito estufa e este, por sua vez, ao aumento da emissão de gases na atmosfera nas últimas décadas, especialmente do carbono que é lançado pela queima das florestas tropicais e de combustíveis fósseis.
Depois do curso os professores yanomami passaram a desenvolver pesquisas em suas comunidades indagando sobre a percepção dos yanomami sobre as mudanças climáticas e constataram o que posteriormente foi exposto pelos pajés durante a assembleia: "a Terra está esquentando e eventos como furacões estão mais frequentes porque os napë pë (brancos) estão mexendo com seres perigosos, como aqueles que vivem debaixo da terra, quando são extraídos minérios e petróleo. E perigosa também é a poluição do céu, que é frágil e passível de desabar sobre nossas cabeças", afirmou Luixi Yanomami, pajé da aldeia Piaú.
Os pajés yanomami foram enfáticos em afirmar que os napë pë devem parar de derrubar as florestas e de buscar minérios no subsolo. Com essas medidas e o apoio dos pajés que sustentam o céu, a Terra continuará sendo um lugar possível de se viver. Sem os pajés yanomami a Terra esquentará e o céu cairá, pois, como disse Davi (Kopenawa), os pajés constituem a "controladoria da Terra".

À esquerda, o Pajé Luixi Yanomami e... ... à direita, o Pajé Levi Yanomami

Secretário de Saúde Indígena vai à assembleia
A chegada de Antonio Alves, o secretário da recém-criada Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), em 6 de novembro, foi motivo de comemoração entre os Yanomami. O decreto de criação da Sesai foi assinado pelo Presidente Lula e veio atender a uma reivindicação antiga das lideranças indígenas, que estavam insatisfeitas com a péssima qualidade dos serviços prestados pela Funasa e com os muitos escândalos de corrupção e má gestão dos recursos públicos que envolveram o órgão.
No Toototobi, Alves recebeu as boas-vindas de Davi Kopenawa e foi presenteado com um bracelete de miçangas e um adorno com penas de arara característico dos Yanomami. Conforme ia vestindo o secretário com os adornos, Davi, que usada adornos iguais, disse que aquele presente simbolizava uma aliança entre os Yanomami e o novo secretário e que a partir daquele momento existia um compromisso de lealdade entre ambos. Esse "casamento", como disse Davi e reafirmou o secretário em fala posterior, "é para que o senhor trabalhe junto com os Yanomami, respeitando a nossa cultura e garantindo uma saúde de qualidade para o meu povo". Davi também enfatizou que na nova secretaria não deve haver desvio do dinheiro destinado à saúde dos Yanomami e exigiu do novo secretário o compromisso de não levar para a Sesai os funcionários de Roraima publicamente envolvidos em corrupção.

Pintado de urucum, Alves, ladeado por Armindo Goes, presidente da Ayrca, e de frente para Davi Yanomami, presidente da HAY, recebe adornos

Pintado de urucum e usando os adornos presenteados, Antônio Alves disse que esta era a sua primeira visita a uma Terra Indígena como secretário e que isso para ele era uma honra porque o Distrito Sanitário Yanomami (DSY) foi o primeiro distrito de saúde indígena a ser criado no Brasil, em 1992, e tem papel de destaque no processo de consolidação do subsistema de saúde indígena.
Antônio Alves disse que o processo de transição da Funasa para a Sesai deve durar até no máximo o dia 30 de abril de 2011 e que, "na condição de casado" seu compromisso era o de trabalhar em conjunto com os Yanomami, retomando a formação dos agentes de saúde, equipando os postos de saúde dentro das Terras Indígenas e realizando a contratação de profissionais de saúde através de concurso público, compromissos estes também declarados pelo secretário em entrevista concedida ao ISA em 26 de outubro.
Mortes de Yanomami na Venezuela
Durante a assembleia circularam denúncias de que 54 Yanomami teriam morrido na Venezuela nos últimos três meses devido a epidemias de malária. Foi grande a indignação de todos com essas notícias. De acordo com relatos dos Yanomami da Venezuela, presentes à assembleia, as mortes ocorreram nas comunidades de Maiyo, Awakau e Pooshi, localizadas em uma região montanhosa de difícil acesso e que não recebe qualquer tipo de assistência. Fontes do governo venezuelano reconhecem 17 mortes. Qualquer que seja o número exato, representam de 10% a 25% da população local.

As autoridades venezuelanas têm conhecimento da epidemia na região desde 31 julho, mas só em 13 outubro a primeira equipe de saúde chegou ao local. Nessa ocasião, exames revelaram 85% de casos positivos de malária, sendo metade deles do tipo falsiparum que é a forma mais grave e pode levar à morte. A falta de assistência à saúde dos Yanomami da Venezuela é bem conhecida dos Yanomami que vivem no Brasil. Não são raras as vezes que grupos de Yanomami atravessam a fronteira em busca de atendimento médico. Muitas das vezes são comunidades inteiras que trazem consigo relatos de doenças e mortes.
Educação diferenciada
A educação, tema de grande interesse dos Yanomami, também foi tema da assembléia. Na presença da secretária adjunta da Secretaria de Educação do Estado de Roraima (SECD/RR), sra. Alda Regina, os Yanomami reivindicaram a certificação dos professores formados no ensino médio pelo Projeto Yarapiari promovido pelo ISA e o apoio às 35 escolas yanomami criadas pela SECD/RR, mas abandonadas durante todo o ano de 2010. Representantes de várias comunidades yanomami onde não há escola também manifestaram à secretária adjunta o desejo de que estas sejam implantadas em suas aldeias e de que pessoas da comunidade sejam formadas como professores.
Diante das muitas reivindicações e manifestações de descontentamento, a secretária disse que a SECD/RR pretende ao menos regularizar o atendimento às 35 escolas criadas antes de criar novas. Com relação ao Projeto Yarapiari, ela disse que a dificuldade para a sua aprovação está na resistência de alguns poucos membros do Conselho Estadual de Educação (CEE) que devem ser esclarecidos sobre a boa qualidade técnica do projeto e que ela mesma se empenhará em oferecer esses esclarecimentos.
A coordenadora do Projeto de Educação Yanomami do ISA, Lidia Montanha, lamentou que, em 11 anos do Projeto Yarapiari, este seja o primeiro ano em que não houve curso de formação de professores yanomami. Isso se deu porque até o momento não foram aplicados os recursos garantidos pelo PAR (Plano de Ações Articuladas para a Educação) Indígena, que faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do MEC. De acordo com o PAR elaborado e aprovado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), o Estado de Roraima estaria recebendo em torno de R$ 619 mil para a realização de dois cursos de formação e acompanhamento pedagógico às escolas no ano de 2010. É provável que este dinheiro já tenha chegado na SECD/RR e espera-se que ele não tenha sido utilizado para outros fins ou que não fique preso a algum trâmite burocrático que inviabilize o seu uso e resulte na sua devolução para a esfera federal. A representante da SECD/RR não soube dizer se o dinheiro chegou ou não na secretaria.
Também foram repassadas à assembleia informações sobre o processo de debate e construção do Território Etnoeducacional Yanomami e Ye’kuana que em agosto contou com um grande encontro em Boa Vista, reunindo representantes yanomami de várias regiões, representantes do MEC, Funai, SECD/RR e ISA (http://www.socioambiental.org/nsa/detalhe?id=3158).
O tema proteção territorial também foi abordado durante a assembleia, com especial destaque para as denúncias de crescimento do garimpo e da expectativa de saída dos fazendeiros do Ajarani, uma vez que a Funai já decidiu sobre as indenizações a serem pagas. Os representantes da Funai que estavam presentes disseram que há uma grande expectativa de que com a criação da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye’kuana em maio deste ano, e com a contratação de novos funcionários por meio de concurso público ocorrido no primeiro semestre do ano, aumente a capacidade do órgão na proteção contra invasores.
O último dia foi dedicado à eleição da diretoria que conduzirá a organização por dois anos. Confira o resultado e como ficou a composição da nova diretoria no quadro abaixo:

Nova diretoria eleita da Hutukara
Presidente – Davi Kopenawa Yanomami (reeleito)
Vice-presidente – Maurício Ye’kuana

Primeiro Secretário – Trento Yanomami
Segundo Secretário – Déric Yanomami
Primeiro Tesoureiro – Mozarildo Yanomami
Segundo Tesoureiro – Atailto Yanomami
Primeiro Coordenador de Saúde – Dário Vitório Yanomami
Segundo Coordenador de Saúde – Kenedi Yanomami
Primeiro Coordenador de Educação – Ênio Mayanawa Yanomami
Segundo Coordenador de Educação – Bernardo Yanomami
Primeiro Coordenador de Terra e Ambiente – Gabriel Yanomami
Segundo Coordenador de Terra e Ambiente – Lúcio Yanomami
Conselho Fiscal - Zeca, Saldanha e Almeida

Fonte: ISA, Instituto Socioambiental.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Árvores Brasileiras em perigo de extinção



A partir de agora vou postar algumas fotos de árvores, com suas especificações pois estão matando nossas árvores, pena que estas pessoas não pensam no futuro de suas gerações, pois eles não terão ar puro e só vão conhecer nossas árvores pelas fotos, que vão achar na internet ou em algum albo de fotos guardadas em algum armário cheio de poeira e fuligem, da poluição que estará em todos os lugares.
Pois não teremos mais elas para filtrar os poluentes que estarão pelo ar, pena!

Bom aqui vai a primeira a majestosa rainha de todas as árvores Brasileiras:


  Pau Brasil Caesalpinia echinata





Algumas fotos da Arvore Pau-brasil.
        Lida nossa Natureza!



Poucos brasileiros têm o privilégio de ver uma árvore de pau-brasil. Isso porque as regiões onde eram encontradas grandes quantidades desta espécie sofreram um violento processo de devastação, que praticamente fez com que o pau-brasil fosse incluído na lista das espécies ameaçadas de extinção.
Porém, graças a algumas iniciativas louváveis no campo da preservação do meio ambiente, nos últimos anos, nossa árvore aos poucos vai tentando recuperar seu status de cidadã brasileira.
Não devemo esquecer que o nome Brasil foi uma homenagem à essa árvore de madeira cor de brasa.

É a árvore que deu o nome ao nosso país. Utilizada para tingir tecidos através do cozimento de sua casca.
Não é uma árvore de grande porte, a não ser espécies em estado nativo e no meio da mata, o que é raro.
Atinge no máximo 12 metros de altura. Pode ser reconhecida por ser semelhante à Sibipiruna, muito comum nas ruas, porém o Pau Brasil apresenta espinhos.



Nome
Pau Brasil
N. Científico
Caesalpinia echinata
Família
Leguminosae - Caesalpinoideae
Nomes populares
Ibirapitanga, Muirapitanga.
Altura média
8-12 metros
Folhas
Compostas, paripinadas, 12 a 20 folíolos com 1-2 cm.
Flores
Amarelas, pequenas.
Fruto
Vagem com espinhos, 8 a 10 cm, verde, ficando marrom quando madura uma a duas sementes por vagem.
Sementes
1 a 1,5 cm, esverdeado a marrom.

Outras características

Esta é a árvore da qual foi derivado o nome do país.
Sua denominação vem do tronco vermelho, que era utilizado para tingir roupas.
Durante muitos anos, na época da colonização, foi a principal fonte de riquezas e primeira atividade econômica significativa do país.
Atualmente é muito difícil encontrá-lo em estado natural, a não ser em parques de preservação. Em compensação, está sendo muito utilizado em arborização urbana. Ver na ultima foto um grupo delas plantadas em parque.
Tem o tronco, galhos e até o fruto com espinhos, e só produz flores e frutos quando plantada em grupos.
Muitas vezes encontramos um e até três exemplares juntos que não frutificam.

SEGREDO DA VIDA LONGA



Um médico estava fazendo sua caminhada matinal fumando um cigarro.
quando viu sentada no degrau de uma varanda, Uma senhorade idade.

Curioso ele perguntou para a senhora:
"Não pude deixar de notar como a senhora parece feliz!
Qual o seu segredo?"

Ela respondeu: "É simples: consumo dois maços de cigarros por dia e antes de ir pra cama, fumo um grande baseado.
Fora isso, bebo uma garrafa de Jack Daniels toda semana e só como besteiras.
Nos finais de semana, tomo pílulas, abuso de sexo e não faço nenhum exercício físico."  O médico, espantando,"Isso é extraordinário!!! Quantos anos a senhora tem?"
 Ela responde "Trinta e quatro".

Kanynary Sãkiry – Conto do Kanynary


Kanynary meety kusanaty. Ywa takaperu sytuherepakyru. Ywa yepyrywakury ynawa umanatary. Ynawa trary: amaũkary Kanynary. Ywa ymarutapeka. Kanynary kama ytukury. Ywa yutykasawaky, ywa sary apary yepyry. Hỹthe napa, ytxa! Ey, atha sary, ynawa trary! Ynawa ywakata sypeka. Ynawa trary: watxa amaũkary Kanynary. Ynawa yutyka ytukury, aykurutapery ypukỹa. Kanynary ytukury manape awary. Hãty trary: kune awary Kanynary. Hãtune txary: nepytykara. Ynawa seype. Hãty txary: nytakaru Kanynary tanyru. Kune pytakaru, nutakanery takaru, hãtune trary. Apuka  aykumunhi, ynawa trary. Waikai Kanynary! Ywa trary: waykarãnuta! Hỹkanỹka! Ynawa trary: awapãny Kanynary. Ynawa seype.


Kanynary era pajé forte. Ele era casado com uma mulher bonita. Os seus primos tinham raiva dele. Eles disseram: vamos matar Kanynary. Ele já sabia disso. Kanynary fez o seu roçado. Quando ele foi queimar o seu roçado, ele foi buscar os seus primos. Eu vim buscar vocês, ele disse! Ei, nós vamos, eles disseram! Eles foram com ele. Lá eles disseram: agora vamos matar Kanynary. Eles foram queimar o roçado, arrodearam com fogo. Kanynary estava no meio do roçado. Um disse: Kanynary não está mais vivo. O outro disse: é verdade. Dessa forma, eles voltaram. Um disse: vou casar com a mulher do Kanynary. Você não vai casar, eu é quem vou casar, o outro disse. Vamos para a casa do Kanynary, eles disseram. Olá Kanynary! Ele disse: Olá! Pode subir! Eles disseram: Kanynary ainda está vivo. Eles voltaram. 




  • A história do Kanynary foi contada pelo nosso parente indígena Iueky (Francisco Marcelino da Silva Apurinã)
    Esta história foi contada na língua apurinã e traduzida para o português.