segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Anguloa brevilabris - a orquídea tulipa

   Anguloa brevilabris                            O gênero Anguloa possui cerca de onze espécies nativas da Venezuela, Colômbia, Equador e Peru, nas regiões andinas. Às vezes é referenciada também como espécie do gênero Lycaste;  usados nas  hibridações resultam no gênero híbrido Angulocaste.  Estudos do Dr. Oakeley referenciam cerca de 23 espécies - veja fotos delas AQUI.  Cresce em regiões geográficas de altitudes media a elevadas (1.200 a 2.500m), eventualmente epífita e na maioria das vezes terrestre, em solos úmidos e protegidas da luz solar direta. Uma das vantagens das orquídeas do gênero Anguloa Ruiz & Pavón é que suas flores são duráveis, vistosas e perfumadas com fragrância  lembrando canela e erva doce.
No cultivo doméstico, vegetam melhor em regiões de clima mais frio ou intermediário, em vasos bem drenados mas que retenham alguma umidade e sob telado de sombreamento de 50%. Pelo formato grande (4,0 x 4,5 x 6,5cm) e exótico de suas flores lembrando tulipas, as espécies do gênero Anguloa são conhecidas mundialmente como orquídea tulipa (tulip orchid). Os pseudobulbos são ovóides, robustos com folhas duplas plicadas, verde claro, grandes, finas e flexíveis.
Um dos segredos do sucesso no cultivo das espécies Anguloa está em mantê-las em substrato terrestre rico em húmus, numa mistura desse composto com terra vegetal e areia grossa em vasos bem drenados, mas sempre úmidos com boa luminosidade indireta. Nos meses mais quentes e secos proporcionar 70% de umidade. No inverno é natural que as folhas dos pseudobulbos mais antigos caiam, época em que  suportam bem baixa umidade mas nunca o substrato completamente seco.
No período de floração (inverno) deixar o substrato mais seco, e tão logo surjam novos brotos acompanhados da inflorescência, aumentar as regas, cuidando para não ensopar o substrato. A inflorescência brota da base do pseudobulbo em grande número, com uma flor cada uma. Nessa fase diminuir as regas evitando molhar os botões florais.
A adubação ideal de manutenção é o NPK 20-10-20, diluido na água das regas. Para promover boa floração usar adubo orgânico composto de torta de mamona e farinha de osso num canto do vaso.
A espécie deste artigo e mostrada na 15ª Exposição Nacional de Orquídeas de Goiânia, nominada como Anguloa  ruckeri, verificando fontes de pesquisa em livros e internet, comparação de fotos das flores (a planta em si, é semelhante na maioria das espécies) constatei que pelas características desta, o exemplar fotografado pertence provavelmente à espécie Anguloa brevilabris Rolfe 1915, nativa da Colômbia, também conhecida como Anguloa sagittata Summerh. 1931, Anguloa goldschmidtiana Schltr. 1916 e Anguloa x ruckeri var. retusa Reichb.f. 1883. Normas de cultivo estão descritas no genérico acima.  No Brasil esta espécie floresce fins do inverno e verão.

Classificação – Gênero: Anguloa Ruiz & Pavón (referenciado por alguns estudiosos como Lycaste sendo Anguloa espécie deste); Espécie: Anguloa brevilabris Rolfe, 1915; Tribo: Maxillarieae; Subtribo: Lycastinae; Etimologia: Anguloa,  latinização do sobrenome de Don Francisco de Angulo, orquidófilo e Diretor Geral de Minas do Perú, no século 18. Epíteto: brevilabris, do latim brevi- curto, breve; -labris, lábio.  Veja MAIS FOTOS na página de Eric Hunt, com outras espécies. Clique numa foto para ampliá-La. Click in a photo to enlarge it.
    Anguloa brevilabris                                  Anguloa brevilabris                                                    Anguloa brevilabris            Anguloa brevilabris

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