domingo, 31 de janeiro de 2010

Conheça os peixes ornamentais da Amazônia

PA e AM são os estados que mais exportam peixes de aquário no país.

Captura é feita com autorização e movimenta milhões de reais.

Um pedacinho da Amazônia pode estar vivendo dentro da sua casa, sem você saber. A região de Barcelos, no Amazonas, é uma das mais ricas do planeta em peixes ornamentais, que são capturadas lá e vivem em aquários espalhados por todo o mundo.

Segundo as últimas estatísticas do Ibama, o Brasil exportou, em 2007, R$ 5,9 milhões em pequenos peixes de água doce, sendo que 90% desse valor veio de espécies capturadas no Pará e no Amazonas. O animal mais popular é foi o tetra cardinal (Paracheirodon axelrodi), da Região Norte, que alcançou a marca de 18,3 milhões de unidades exportadas.

Foto: Henrique Lazzarotto-Instituto Mamiraúa/Divulgação

Acará-disco é uma das 'estrelas' da Amazônia. Na reserva de Amanã, a coleta é acompanhada de estudos científicos para causar pouco impacto sobre a natureza. (Foto: Henrique Lazzarotto-Instituto Mamiraúa/Divulgação)

A maior parte da atividade é feita de forma legal, e o Ibama tem uma lista de 379 espécies que podem ser coletadas. Na reserva de Amanã, no Amazonas, a captura é feita com o acompanhamento de cientistas, que estudam a melhor forma de tirar os peixinhos da natureza com o mínimo impacto.


Confira alguns dos peixes amazônicos mais populares

(Foto: Wikimedia Commons)

Tetra Cardinal, Neon Cardinal, Neon
Paracheirodon axelrodi

É, de longe, o mais popular. Por ser pequeno, bonito e fácil de criar, ganhou a preferência de aquaristas ao redor do planeta. Tem um parente muito parecido com ele, o neon verde (Paracheirodon simulans) que também está entre os mais populares da Amazônia.

(Foto: Wikimedia Commons)

Limpa-vidros
Otocinclus affinis e Otocinclus vittatus


Pequenos, são muito procurados por seus serviços de “higienização” nos aquários.

(Foto: Wikimedia Commons)

Rodóstomus, rodóstomus falso
Hemigrammus bleheri

Chamam a anteção pela cabeça vermelha e pelo rabo listrado.

(Foto: Wikimedia Commons)

Coridora, limpa-fundo
Corydoras sp


Simpáticas e pacíficas, adoram comer uma minhoca.

(Foto: Wikimedia Commons)

Peixe-borboleta
Carnegiella strigata

Faz jus ao nome, e literalmente voa para fora do aquário se uma tampa não for colocada.

Veja a lista do Ibama com as espécies permitidas para coleta

Ribeirinhos fazem pesca sustentável de peixes ornamentais no AM

Coleta é realizada na reserva de Amanã, no norte do estado.

Depois de muitas pesquisas, moradores da Reserva de Amanã, no norte do Amazonas, conseguiram fazer sua primeira coleta sustentável de peixes ornamentais. Com todo o cuidado para não depredar o ambiente ou causar impacto na vida dos animais aquáticos, os ribeirinhos coletaram 750 exemplares de acará-disco, peixe muito procurado por apaixonados por aquários.

(Fotos meramente ilustrativa)

Na primeira coleta, 750 acarás-disco foram capturadas por ribeirinhos com a ajuda de pequenas redes.

Os estudos para capturar peixes coloridos sem causar danos à reserva começou em 2003. Segundo o biólogo Alexandre Hercos, que realizou as pesquisas com o apoio do Instituto Mamirauá, cientistas conseguiram selecionar 13 espécies de peixes ornamentais para a pesca dentro da reserva.

Para fazer a escolha, foi feito um levantamento de quais eram os animais mais abundantes, as espécies que tinham maior valor comercial e as que estavam autorizadas para comercialização pelo Ibama. “Estabelecemos algumas cotas para a coleta, para que a captura seja sustentável”, explica Hercos.


Predador
A captura experimental foi realizada em outubro de 2008. Com pequenas redes, parecidas com um grande coador de café, os ribeirinhos coletaram os peixes em igarapés. Enquanto eram negociados, os animais ficaram alojados por um tempo em criadouros instalados em córregos.

Foram coletadas cinco espécies diferentes, mas apenas o acará-disco permaneceu nos viveiros. “Algum peixe rasgou a rede e os bichos fugiram”, conta o biólogo do Mamirauá.

As espécies foram negociadas no final do ano, em Manaus. Pelos 750 peixes, o comprador desembolsou R$ 2.750. Para provar que os animais foram coletados de forma cuidadosa, o Instituto Mamirauá permite ao comprador rastrear a origem dos peixes por meio de seu site na internet. Lá, pode-se ver o local exato onde os peixes foram capturados.
fonte:Globo Amazônia

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom PArabens!