Volume é suficiente para encher cerca de 40 caminhões.
Ação no noroeste do estado foi coordenada por PF, Ibama e Funai. Operação realizada no último fim de semana resultou na prisão preventiva de 9 pessoas envolvidas na exploração ilegal de madeira em terras indígenas no noroeste de Mato Grosso, onde vivem índios da etnia cinta larga. Coordenada em conjunto por Ibama, Polícia Federal, Funai e Força Nacional, a ação também identificou cerca de 1.000 metros cúbicos de madeira em toras na Terra Indígena Serra Morena, derrubada de forma clandestina. O volume é suficiente para encher cerca de 40 caminhões, mas representa uma estimativa. Segundo o Ibama, a medição exata ainda está sendo feita.
A exploração clandestina de madeira em terras indígenas dos cinta larga é histórica, de acordo com Jocelita Giordani, analista ambiental e gerente executiva do Ibama na cidade de Juína, em Mato Grosso. "O processo de venda ilegal de madeira na região ocorre há mais de 20 anos. Já tivemos operações grandes, mas os indígenas acabam ficando dependentes da venda de madeira, às vezes até para comprar comida", diz ela. A presença dos madeireiros na área é tradicional a ponto de alguns indígenas defenderem a presença deles. Quando agentes da operação realizada neste fim de semana entraram na Terra Indígena Aripuanã pela primeira vez, por exemplo, houve resistência de indígenas na aldeia Flor da Selva, por exemplo. Segundo o Ibama, cerca de 50 indígenas se pintaram e se armaram com arco e flecha para bloquear o acesso dos agentes. "A operação teve de voltar no outro dia e os indígenas colaboraram com a fisdalização", diz Jocelita. Os madeireiros dividiram as reservas em lotes e aliciaram caciques para explorar a região, segundo Jocelita. "Estamos conseguindo promover uma mudança de postura nas etnias em relação a exploração de madeira e de ouro, diz ela. |
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