domingo, 27 de fevereiro de 2011

Resultado do Juri surpreenderia até mesmo Mem de Sá e Borba Gato, os renomados assassinos de indígenas

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“Nem o governo, nem pistoleiros, nem esses bandidos todos não vão conseguir acabar com a gente. Nosso povo nasceu índio, nasceu cheio de coragem, nasceu guerreiro!” (por Guerreir@ Tumbalalá)
por Sassá Tupinambá
Talvez hoje, caso estivessem vivos, Mem de Sá e Borba Gato teriam se perguntado “POR QUE”, “COMO ASSIM”, pois nem mesmo esses renomados assassinos de indígenas acreditariam no resultado de um julgamento, no qual a principal acusação é o assassinato de uma liderança indígena e os reus são declarados inocentes, mesmo que o juri tenha reconhecido a participação direta dos mesmos.

Os 3 réus, Carlos Roberto dos Santos, Jorge Cristaldo Insabralde e Estevão Romero receberam uma pena de 12 anos em regime fechado pelas acusações de formação de quadrilha, sequestro e tortura. Segundo explicação dos assessores jurídicos que acompanharam todo o julgamento, “isso não significa que os criminosos passarão os 12 anos detidos”, já que todos tem direito a progressão e “muito raramente eles ficarão presos, pois já cumpriram pouco mais de um terço da pena em regime fechado”. As lideranças Kaiowá Guarani presentes se indignaram, “eles assassinaram nosso principal liderança e ficarão soltos”. O juri reconheceu a participação no assassinato do Cacique Marco Veron, mas foram inocentados, por não serem quem deu os golpes e mesmo sendo as pessoas que seguraram a vítima para que o assassino desse os golpes fatais em sua cabeça, pois para o Juri o assassino foi um dos acusados que se encontra foragido.
Mesmo com declaração de inocentes pelo assassinato do principal líder do povo Kaiowá Guarani, as lideranças presentes saíram vitoriosas, já pelo fato de assassinos de indígenas no Mato Grosso do Sul sentarem no banco dos réus, outra vitória foi ter conseguido abrir precedentes para que indígenas sejam ouvidos em sua própria língua nos julgamentos e a possibilidade de assassinos de indígenas serem julgados em outro estado, onde não exercem influencia pelo seu poder economico.
No caso dos crimes contra indígenas, a impunidade significa a continuação das violações dos direitos humanos, a continuação de invasão das terras indígenas pelo agro-negócio, a continuação dos assassinatos e a continuação do genocídio e etnocídio que dura desde a chegada dos invasores colonizadores, há mais de 500 anos. “O que queremos com este julgamento é que parem os assassinatos de indígenas no Brasil”, afirmou uma das filhas do Cacique Marco Veron. Para Antonio Xucuru, familiar do Cacique Chicão Xucuru, assassinado em 1998 por lutar pela demarcação das terras do povo Xucuru no Pernambuco, “mesmo prendendo os assassinos de Chicão Xucuru, outros assassinatos aconteceram nesses 12 anos, o que significa que o Estado deve adotar outras medidas, não adianta chegar depois do crime, deve ser evitado este tipo de crime e evitar significa demarcar nossas terras”. Antonio Xucuru acompanhou o julgamento todos os dias.

Os quase quarenta Kaiowá Guarani retornaram hoje para Dourados – MS, durante estes cinco dias que estiveram aqui em São Paulo, o Tribunal Popular esteve junto, acompanhando e articulando apoio de infraestrutura com a rede de organizações membras e parceiras, como Apropuc, CIMI, Revista Debate Socialista, Rede Grumin de Mulheres, Movimento Indígena Revolucionário, CRP, Pastoral Indigenista, Programa Pindorama e CEPISP, todas empenhadas em não deixar faltar alimentação, alojamento e transporte, inclusive onibus para circularem do forum ao alojamento nesta sexta-feira e para retornarem hoje as aldeias, pois a FUNAI, desde quarta-feira estava pressionando as lideranças a voltarem com o onibus que eles forneceram, depois de muita insistencia das lideranças e do CIMI, a FUNAI manteve o onibus até o meio dia desta sexta-feira, porém o onibus retornou vazio. A FUNAI, “responsável” pelos indígenas, não forneceu alimento, nem alojamento para as lideranças e crianças presentes, mais uma vez quando indígenas necessitaram do apoio da Fundação Nacional do ÍNDIO, ela se omite, omissão que para os povos indígenas significa vulnerabilidade a violencia e assassinatos.

Na despedida firmamos compromisso com Cacique Ladio Veron Kaiowa Guarani que manteremos esta rede articulada para o apoio a luta pelo fim da invasão do agronegócio em suas terras, pelo fim das torturas e assassinatos e pela demarcação imediata de suas terras. o Cacique Ladio, iria numa atividade agendada para dia 25, no auditório da APROPUC, porém a mudança no horario da decisão do Juri o impediu de sair do FORUM, o Cacique Ladio pede que todos e todas compreendam a ausência dele e a situação e sofrimento de seu povo, firmou o compromisso de estar aqui em São Paulo em breve para realizarmos este bate papo e para darmos continuidade a rede de apoio a luta do Povo Kaiowá Guarany e a luta de todos os povos indígenas no Brasil e nas Américas.

ENQUANTO NÃO FOREM DEMARCADAS TODAS AS TERRAS INDÍGENAS, OS MONSTROS DO AGRONEGÓCIO CONTINUARÃO INVADINDO TERRAS, TORTURANDO E ASSASSINANDO INDÍGENAS.
Fonte: Uniao Campo Cidade e Floresta

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Notícias sobre julgamento do assassino de marco veron!


O julgamento dos três homens acusados de matar o cacique guarani-kaiowá Marcos Veron em 2003, Mato Grosso do Sul, começou nesta segunda-feira em São Paulo. Compõem o júri seis homens e uma mulher. A sentença do crime não deve sair antes da próxima sexta-feira.

Os acusados são Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabral e, além de responderem pelo assassinato do índio, também respondem por tortura, sequestro, formação de quadrilha e seis tentativas de homicídio. A estratégia da defesa é desconstruir a ligação do assassinato com a situação dos índios e os advogados alegaram que este era um crime comum - já que, segundo eles, Veron não era índio - e que deveria ser julgado pela Justiça do estado onde ocorreu o crime.

A filha do cacique, a professora indígena Vadelice Veron, e outros membros de sua tribo fizeram um ritual religioso na porta do Fórum Federal Criminal Ministro Jarbas Nobre e declararam que esperam que seja feita Justiça. O júri tem sido adiado, o que preocupa a filha da vítima, já que o crime pode prescrever em 20 anos. Inicialmente, havia sido marcado para abril de 2010 e foi adiado para maio do mesmo ano, quando o julgamento chegou a iniciar, mas foi interrompido por um protesto do Ministério Público Federal (MPF), que abandonou o fórum.
O caso

Em 2003, quatro homens ameaçaram, espancaram e atiraram contra líderes indígenas, incluindo Veron. Ele foi levado ao hospital com traumatismo craniano e não resistiu. De acordo com o MPF, seguranças da Fazenda Brasília do Sul faziam uma ação para expulsar os índios que ocupavam a área. A propriedade é uma das muitas terras indígenas sob reivindicação dos guarani-kaiowá em MS.




A história de 'Marcos Veron
"Isso aqui é minha vida, minha alma. Se você me levar para longe dessa terra, 
 você pegar a minha vida. 'Marcos Veron
O assassinato do líder guarani Marcos Veron, em 2003, foi um exemplo trágico, mas é bem típico de violência que seu povo está sujeito.
Sr. Veron, com idade em torno de 70, foi o líder do 
 comunidade Guarani-Kaiowá de Takuara. Durante cinqüenta anos seu povo tinha sido tentando recuperar um pequeno pedaço de suas terras ancestrais, depois que ele foi capturado por um rico brasileiro e se transformou em uma grande fazenda de gado. A maior parte da floresta que cobria a área tinha já foi desmarcada.
Em abril de 1997, desesperado depois de anos de lobby junto ao governo, em vão, Marcos levou sua comunidade de volta para o rancho. Eles começaram a reconstruir suas casas, e poderia plantar a sua própria produção novamente.
Mas o fazendeiro que ocupavam a área foi ao tribunal e um juiz ordenou a saída dos índios.
Em outubro de 2001, mais de cem policiais fortemente armados e soldados obrigaram os índios a abandonar suas terras mais uma vez. Eles finalmente acabou vivendo debaixo de folhas de plástico ao lado de uma rodovia.
Ainda na Takuara, Marcos disse: 'Isso aqui é minha vida, minha alma.
 Se você me levar para longe desta terra, você toma minha vida. "

Suas palavras vieram 
 profeticamente e tragicamente real no início de 2003, quando, durante outra tentativa de retornar pacificamente à sua terra, ele foi violentamente espancado por funcionários do fazendeiro. Ele morreu poucas horas depois.

"Sua voz não se cala."
Nesta entrevista emocional, A filha de Marcos Verón diz ao pesquisador do Survival Fiona Watson como ela viu o pai ser morto. No final, a viúva de Verón chega até abraçar Fiona.

Fonte:* Com informações da Agência Brasil           * Survival 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Maitei opavavépe: Guarani ñe’ẽ oikotevẽ ñanderehe / O idioma guarani precisa de nossa ajuda



Campanha Nacional e Internacional
 Diga não a Exclusão do Idioma Guarani
 Do Terceiro Curso de Educação Média do Paraguay
Mba’éichapa arohory sa mokõi ára Guarani rehe’ỹ
 Como comemorar o Bicentenário
sem o Guarani?



ateneoguarani@tigo.com.py;
 davidgaleanoolivera@gmail.com

Heta árama Guarani ñe’ẽ oiko asy, heta árama oñemboyke, heta árama ojejahéi hese. Japáyke irữnguéra.
Anive jaheja oiko ã mba’e vaiete ñane Avañe’ẽre.
Jahechauka MECpe jahayhuha ñane ñe’ẽ jepémo há’ekuéra oñembohory Guarani ñe’ẽre.


Diante da triste, nada patriótica e atitude ilegal do Ministério da Educação do Paraguai, para excluir a língua guarani do Terceiro Curso de Educação Média, o Ateneo de Lengua y Cultura Guarani solicita o apoio de todos à



Campanha Nacional e InternacionalIsso ocorre em plena comemoração do Bicentenário da Independência do Paraguai e, apesar de toda a força do Artigo 140 e 77 da Constituição Nacional, e da recém-promulgada Lei de Línguas. É vergonhoso e inacreditável.


Envie sua mensagem ou nota de apoio ao:


ateneoguarani@tigo.com.py / davidgaleanoolivera@gmail.com


Se você também quiser pode enviar sua manifestação de apoio aos governos, municípios, associações, sindicatos, comissões de moradores, comissões de pais, igrejas, partidos políticos, políticos, movimentos sociais, etc.


Aguyjevete.



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Não a Exclusão do Idioma Guarani
Do Terceiro Curso de Educação Média do Paraguay
 

Fonte: Avañe’ẽ Guarani: peteĩ ñe’ẽ porã