A exposição fotográfica Ava Marandu –
Os Guarani Convidam está aberta à visitação e permanecerá até o dia 14
de outubro/2011 no Centro Administrativo da Caixa Econômica Federal em
Campo Grande, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
A exposição é o resultado do
aprendizado de uma centena de indígenas nas oficinas de fotografia em
seis aldeias guarani de Mato Grosso do Sul durante a realização do
projeto Ava Marandu – Os Guarani Convidam: Cultura e Direitos Humanos
dos Povos Guarani, em 2010. Foram ministradas pelos fotógrafos Elis
Regina Nogueira, Vânia Jucá e Leonardo Prado nos meses de fevereiro a
abril nas aldeias Guyra Roka e Te’ýikue, em Caarapó; Jaguapirú e
Panambizinho, em Dourados; Amambai, em Amambai e Yvy Katu, em Japorã. Ao
final, foi selecionada uma fotografia de cada participante para a
exposição evidenciando um olhar poético sobre o ambiente natural e
social das aldeias. Divida em duas partes, a exposição também revela o
olhar dos ministrantes fotógrafos sobre as localidades. As imagens são
instrumentos de registro, documentação, expressão e difusão do universo
plural e humano da cultura indígena, lançando as sementes de um processo
estratégico de domínio de ferramentas e novas tecnologias a serviço do
fortalecimento da identidade e promoção da cosmologia Guarani.
“Penso na fotografia como algo que
possa contribuir com algumas mudanças muito importantes para o país.
Quero que as imagens que faço sirvam pra trazer reflexões sobre temas
importantes. Temos quinhentos anos de história de uma estrutura
fundiária excludente, de desrespeito à pluralidade étnica e cultural. O
país ignora a questão indígena e os problemas vindos da concentração
fundiária. As informações nos são negadas pelas “grandes” empresas de
comunicação e pelas escolas. Essa formação etnocêntrica que temos é
cruel porque gera uma ignorância sobre temas urgentes e acaba por
permitir massacres silenciosos. Acho que a fotografia me permite
trabalhar nesse sentido”, afirma o fotógrafo Leonardo Prado.
A exposição já esteve no Museu das
Culturas Dom Bosco, no Pontão de Cultura Guaicuru, na Escola Municipal
Agrícola Arnaldo Estevão de Figueiredo, em Campo Grande (MS); na
Universidade Federal da Grande Dourados, em Dourados (MS) e na Teia
Regional Centro-Oeste/ Palácio da Instrução, durante encontro dos pontos
de cultura da região, em Cuiabá (MT).
“A repercussão da exposição entre os
funcionários é excelente, com elogios quanto à importância e dimensão do
projeto “Ava Marandu”, inclusive por empregados de outros municípios
que participam de uma reunião estadual da Caixa em Campo Grande” diz
Carlos Alberto Patay, Consultor Regional da CEF em MS.
O projeto Ava Marandu – Os Guarani
Convidam: Cultura e Direitos Humanos dos Povos Guarani foi realizado
pelo Pontão de Cultura Guaicuru em consulta e cooperação com os Povos
Guarani de Mato Grosso do Sul, com a Organização das Nações Unidas,
Fundação Nacional do Índio, Ministério da Cultura, Mercosul Cultural,
Ministério do Meio Ambiente, Comitê Gestor de Ações Indigenistas
Integradas para a Região Cone Sul, Universidade Federal da Grande
Dourados e Federal de MS, Universidade Católica Dom Bosco, Prefeitura de
Campo Grande, entre outras entidades, e o patrocínio da Lei Federal de
Incentivo à Cultura, Petrobras, Eletrobras e Caixa Econômica Federal, em
prol dos direitos humanos e a sustentabilidade em bases culturalmente
diferenciadas dos povos indígenas. As ações buscaram sensibilizar a
população para as gravíssimas violações que afligem os guarani kaiowa e
os guarani ñandeva e contribuir para a redução de um abismo de
preconceitos existente com uma necessária troca de olhares entre índios e
a sociedade em geral, com a colaboração de artistas e outras pessoas
solidárias à causa, oferecendo condições para a ampliação do
conhecimento, compreensão e reconhecimento dos valores e da cultura dos
Guarani.
Mais informações sobre o projeto em www.pontaodeculturaguaicuru.org.br/avamarandu
Serviço
Exposição Fotográfica Ava Marandu – Os Guarani Convidam
Local: Centro Administrativo da Caixa Econômica Federal em Campo Grande
– Avenida Mato Grosso, 5500 – Jardim Copacabana.
Instituições interessadas em receber a exposição podem obter informações através do e-mail contato@pontaodeculturaguaicuru.org.br
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quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
MPF investiga ataque a acampamento indígena que deixou 3 feridos em MS
Polícia Federal encontrou mais de 20 balas de borracha deflagradas.
MPF informou que vai instaurar inquérito por genocídio para apurar o caso.
Homens dispararam vários tiros e atearam fogo no acampamento, diz antropólogo (Foto: Divulgação/MPF) |
Nesta quinta-feira (25), o procurador da república, Antônio Marcos Delfino, informou ao G1 que será instaurado um inquérito por genocídio para apurar o caso. “É muito claro que as famílias que estavam acampadas foram atacadas pelo simples fato de serem indígenas. Por isso vamos classificar o caso como genocídio, por se tratar de um crime motivado por diferenças étnicas”, explicou o procurador.
Os indígenas relataram ao antropólogo e à PF que cerca de 20 homens armados participaram do ataque. Eles chegaram ao acampamento em quatro caminhonetes. “Duas caminhonetes ficaram paradas próximo ao acampamento e outras duas entraram no local. Eles dispararam vários tiros e depois atearam fogo nos barracos, pertences e mantimentos do grupo, contou o antropólogo.
Em vistoria no local, a PF encontrou aproximadamente 20 balas de borracha deflagradas.
Nesta quinta-feira um dos indígenas que ficou ferido, de aproximadamente 75 anos, prestou depoimento à PF do município de Nioaque e passou por exames periciais. Ele foi atingido com uma bala de borracha no rosto, perto do olho direito.
No início do mês de agosto o grupo de indígenas ocupou parte da fazenda Santa Rita, em Iguatemi, com o objetivo de pressionar a Fundação Nacional do Índio (Funai) a acelerar o processo de demarcação indígena da terra Puelito Kue.
Segundo o antropólogo, os indígenas deixaram a fazenda e montaram um acampamento na estrada vicinal, que fica próxima à propriedade, porque se sentiram ameaçados.
A fazenda Santa Rita pertence à família do prefeito do município de Iguatemi. Em entrevista ao G1, a administradora da propriedade, Lúcia Felippe Arcoverde, informou que não houve nenhum tipo de conflito dentro da propriedade. Ela informou ainda que não tem conhecimento sobre o ataque ao grupo indígena ocorrido perto da fazenda.
Fonte:
Tatiane Queiroz Do G1 MS
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