quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Conheça um ritual indigena que retorna após 40 anos

Na Amazônia brasileira, em uma região conhecida como Cabeça de Cachorro, uma cultura repleta de rituais, lendas e costumes ancestrais. A retomada de uma festa, proibida há 40 anos pela igreja.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

"Série especial apresenta o cotidiano e o contexto da vida de indígenas nos conglomerados urbanos"


Viver na cidade grande não é abrir mão de ser indígena


foto_mat_18844.jpgSérie especial apresenta o cotidiano e o contexto da vida de indígenas nos conglomerados urbanos de Campo Grande, Manaus, São Paulo e Porto Alegre. Reportagens examinam também a relação desses povos com o poder público
Priscila D. de Carvalho
O ônibus que leva os moradores do bairro Brasileirinho até o terminal que permite acesso a diferentes pontos de Manaus só passa de hora em hora. E pode demorar mais por causa da castigada estrada de terra que sacode sem dó a carcaça e as entranhas do coletivo. São cerca de dez minutos a pé do ramal 8 do Brasileirinho, onde vivem 16 famílias do povo Kokama, até o ponto de ônibus. Faço o trajeto acompanhada de uma liderança Kokama, Sebastião, e de sua esposa. Quando chegamos à parada, o dono do bar em frente, solícito, avisa que o ônibus acabou de passar. O próximo demora?, pergunto. Demora. Sentamos. A esposa de Sebastião, calada até então, senta e abre seu caderno para estudar o idioma Kokama, que ela não aprendeu quando criança.
Um carro se aproxima e oferece carona. Aceitamos.
- Para onde estão indo?, pergunta o homem sentado no banco do passageiro.
- Para o centro.
- De onde são?
- Do interior. E ela á é de Brasília.
- Brasília? E veio fazer o que aqui?
- Sou jornalista. Vim fazer uma matéria sobre índios que vivem em Manaus. Visitei um grupo de Kokama que mora aqui no Brasileirinho – respondi.
- Mas aqui não tem índio, não. Quando eles chegam aqui já não são mais índios.
Mas Manaus tem índios, e eles se mobilizam por direitos básicos como moradia, transporte e educação, assim como em outros centros urbanos brasileiros. Na capital do Amazonas, eles são mais de 7 mil. As dúvidas sobre a presença indígena em grandes cidades, aliás, sofreram um duro golpe do mais recente censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2000. Nele, 734 mil pessoas se autodeclararam indígenas. E 383.298 destas vivem em cidades. A população urbana ultrapassou a rural e representa 52,21% do total de indígenas no Brasil. O IBGE mostrou também que, dos 20 municípios com maior numero de habitantes indígenas, 10 são capitais.
Os indígenas não migraram do campo para a cidade sozinhos. Sua movimentação acompanha o processo de urbanização vivido por toda a população brasileira, intensificado desde a década de 1950. Manaus é o exemplo mais contundente: a instalação da Zona Franca fez a população da cidade aumentar de 300 mil pessoas, em 1970, para 800 mil, em 1985. Em 2000, Manaus já tinha 1,4 milhões de habitantes, concentrando quase a metade dos 3 milhões de habitantes de todo o estado do Amazonas. E, dos 18.783 indígenas que vivem nas cidades do estado, 7.894 estão na capital, de acordo com o IBGE.
A história das migrações já faz parte das vidas Kokama, Apurinã, Baniwa, e de tantos outros que partiram em busca de educação formal, saúde ou renda em Manaus. É parte da vida dos Terena, no Mato Grosso do Sul, ou dos Kaingang, no Rio Grande do Sul, que migram para cidades a poucas horas de suas aldeias de origem, em busca de renda ou de distância das terras exíguas para uma população crescente. E também das vidas dos povos Pankararu, Fulni-ô, Pankararé, Potiguara, Atikum, e de tantos outros que saíram do Nordeste para tentar a vida em favelas e bairros periféricos de São Paulo.
Histórias de chegadas
As migrações não são apenas escolhas individuais. Elas fazem parte da própria dinâmica do contato entre as sociedades. É o que pondera o historiador Antonio Brand, da Universidade Católica Dom Bosco, de Campo Grande: “No Mato Grosso do Sul, as migrações são conseqüências das políticas públicas integracionistas que falharam, da criação de reservas pequenas e com uma visão de integração, da falta de demarcações de terras. Ao mesmo tempo em que o governo federal não demarca terras, as administrações locais fazem aldeias urbanas”, questiona. Aos poucos, a administração pública passa a ter que atender os grupos na cidade.
Brand toca em uma questão que sempre fica implícita quando se fala em índios na cidade: se vieram para os centros urbanos, por que estas pessoas precisam de políticas públicas específicas? Afinal, são populações que saíram de suas terras de origem.
A antropóloga Lucia Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), rejeita a idéia de que as populações indígenas são necessariamente vinculadas ao mundo rural. “Não importa onde eles vivem. São indígenas de qualquer maneira, falando ou não a língua, tendo ou não religião, porque os laços de parentesco é que de fato conferem a eles vínculos de pertencimento. Eles sabem contar as histórias de seus grupos, têm vínculos. Mas o Estado trabalha com estereótipos, e muitos deles, infelizmente, são fabricados pela antropologia. Quando só o que os indígenas têm são os laços de parentesco, ninguém quer reconhecê-los. Porque direitos indígenas são justamente direitos que o Estado gostaria que não existissem”, questiona Rangel.
“É necessário compreender primeiro que esta demanda [por políticas públicas] é originária de um erro grande de estratégia de atenção aos povos indígenas. No período da ditadura, militares e especialistas diziam que no ano 2000 estaríamos desaparecidos ou integrados. Mas o movimento cresce e centra forças na demarcação. Ganhamos auto-estima, podemos afirmar nossa identidade. A população deixa o medo de lado”, afirma Jecinaldo Cabral, Sateré Mawé da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). A liderança, no entanto, não acha que a migração deva ser a solução para os problemas das políticas públicas nas aldeias: “A Coiab apóia esta luta [dos indígenas em centros urbanos], mas não queremos que todo mundo venha para as cidades. Queremos terras indígenas onde possamos viver nossas culturas, tendo saúde, educação, proteção territorial. A cidade é triste: tem morte, bebedeira, prostituição”, pondera.
Apesar dos riscos da cidade, a decisão de migrar também é parte da busca por formas de atender às necessidades que os indígenas passam a ter depois do contato com não índios. Óleo, roupa, luz: tudo exige dinheiro. Para entrar no mundo dos não índios e trabalhar para ter dinheiro, há que estudar. Mas estudar também custa. Requer roupas e livros, requer sair da aldeia. Até os anos 90, quando começaram a ser instaladas escolas indígenas nas aldeias, o estudo formal estava vinculado à saída – mesmo que temporária – da terra e do convívio comunitário.
È o que conta o senhor Daniel Arcanho, do povo Kokama. “Eu estudei na escola da missão em Feijoal. Tingia saco de açúcar com jenipapo para fazer farda, porque sem farda não estudava. E eu queria estudar, aprender coisa. Padre dizia que ia apanhar quem falasse na língua. Exército mandava matar pajé na aldeia. Nós viemos porque achamos bom ir para Manaus”.
“Nessa época, a gente já convivia um bocado com branco e a gente não sabia as coisas”, comenta Isaura Pereira, esposa de Arcanho. Enquanto os filhos trabalham na cidade, eles ajudam a cuidar dos 12 netos. Levam as crianças para a escola, tiram peixe de vez em quando de um igarapé lamacento que passa no fundo do terreno onde moram. Plantam mandioca na área que tentam regularizar junto à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). E ainda ajudam no sustento das casas com suas aposentadorias. Mesmo assim, Daniel e Isaura não reclamam de estar em Manaus, e já não fazem planos de voltar para as terras tradicionais de seus povos. Ali, na cidade, os netos podem “saber as coisas”.
 Fonte:ÍNDIOS NA CIDADE

Colaboração de conteúdo: http://www.agenciacartamaior.com.br

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Uma chance às crianças indígenas Documentário questiona a tradição dos índios que se livram de um dos filhos gêmeos por acreditarem que o bebê é sinal de má sorte

O olhar triste dos índios Marité e Tixumagu da etnia Ikpeng, de uma aldeia do Xingu, no Mato Grosso, denota a desilusão em ter de abandonar os costumes da comunidade para viver na cidade em busca do novo. O motivo da fuga está no colo do casal: os trigêmeos que nasceram este ano e que não foram aceitos pela comunidade por uma tradição cultural que acredita que filhos vindos da mesma gestação podem trazer azar. Para evitar o sacrifício deles, prática comum nesses casos, a família teve de ser forte para quebrar a regra e seguir outro caminho. "Tenho certeza de que eles vão se orgulhar da gente quando crescerem. Tenho orgulho de ter conseguido seguir com essa ideia e não deixá-los morrer", diz o pai.


O líder indígena Tabata Kuikuro, também da comunidade xinguana, foi tão firme quanto o casal Marité e Tixumagu ao saber que sua esposa deu à luz gêmeos, hoje com dois anos. E não pensou duas vezes: "São meus filhos, como vou deixar alguém fazer mal a eles, deixar matar igual se mata bicho?"

Já o tio de Pautú Kamayurá não teve a mesma sorte ao nascer gêmeo do pai dele. Morreu logo depois do parto por acreditarem ser ele um "amaldiçoado". Os dramas como o de Marité, Tixumagu, Tabata e Pautú se misturaram a tantos outros e viraram um documentário intitulado Quebrando o silêncio. O material, colhido ao longo de três anos, com depoimentos de comunidades de diversas etnias, é de responsabilidade de uma índia Terena que resolveu pesquisar sobre o infanticídio pelas aldeias por onde andou. Mãe de um bebê de 1 ano e sete meses de nome Tenó, Sandra Terena disse que sempre ouviu falar sobre o assunto quando pequena, mas não acreditava que ainda fosse tão comum em comunidades que já têm contato com os "brancos".

A jovem diz não querer mudar a concepção cultural e colocar a prática do infanticídio como um crime, mas apenas alertar para a necessidade de uma assistência especial às famílias que não aceitam mais essa crença dentro de suas comunidades. "Constatei que muitas famílias - a maioria jovem -, que estudam e trabalham fora da aldeia, não enxergam mais suas tradições como eram antes, e a pressão da comunidade as obriga a se encaixar numa situação que não tem mais fundamento para elas", diz Sandra.

Busca de apoio
A riqueza de detalhes contados em 80 horas de fita, três anos de captação e mais dois meses de finalização, rendeu um documentário de 29 minutos e virou um meio para sensibilização e busca de apoio. Na última quarta-feira, Sandra Terena enfrentou 22 horas de viagem até Brasília para mobilizar autoridades do governo e parlamentares. "Quero batalhar por ajuda em todos os lugares".

Narradora do documentário e fundadora da Ong indígena Sirai-i, Divanet da Silva, casada com um índio há 14 anos, adotou três crianças indígenas, filhas de pais diferentes, que seriam enterradas vivas pelas famílias. "No início, foi complicado levar esse assunto para as famílias, mas aos poucos fui conquistando abertura".

Assista trecho do documentário "Quebrando o silêncio"


altora:Danielle Santos (Correio Braziliense)

domingo, 13 de dezembro de 2009

Aldeias de índios da capital paulistana podem ser transferidas para outras cidades


Reprodução
SÃO PAULO - Parte dos 300 guarani mbyá residentes na comunidade indígena do Jaraguá, na zona norte da capital paulista, deverá se mudar para o município de Mairiporã, a 37 quilômetros de São Paulo. Eles passarão a ocupar cerca de 160 hectares concedidos pela Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), empresa responsável pela construção do Rodoanel Mário Covas e da Rodovia dos Bandeirantes.
Processo semelhante deverá ocorrer com os 300 guarani mbyá residentes em Krukutu e os 900 moradores da Aldeia da Barragem, as duas situadas

em Parelheiros, ao sul do município de São Paulo. Para as duas aldeias deverão ser concedidos cerca de 150 hectares em um lugar que ainda está sendo escolhido. Juntas, elas têm atualmente 52 hectares.
O anel viário vai circundar São Paulo com o objetivo de fazer com que o trânsito de mercadorias e passageiros não passe dentro da capital.
Juntas, as três aldeias da capital paulista têm 1.400 índios. A Dersa concederá cerca de 300 hectares em terras, no valor aproximado de R$ 6 milhões, divididos em duas áreas. Uma das propriedades ficará com a comunidade do Jaraguá e outra beneficiará as aldeias Krukutu (300 habitantes) e da Barragem (900 habitantes), ambas em Parelheiros.
Segundo o administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Bauru, Amaury Vieira, as terras compensam "impactos indiretos" nas comunidades da construção do empreendimento.
- Minimamente, você tem que tentar garantir que as comunidades indígenas não sofram impacto dessa obra que é importante, mas que não pode passar por cima de todo mundo e ficar por isso mesmo.
A Dersa nega, no entanto, que o Rodoanel seja responsável por impactos prejudiciais nas aldeias.
- Todos os estudos mostraram um impacto da metrópole sobre as comunidades, não que pudesse ser atribuído ao Rodoanel - ressaltou o gerente de Gestão Ambiental da Dersa, Marcelo Barbosa.
Barbosa afirma que os cerca de 300 hectares serão doados para amenizar o problema da falta de espaço que as aldeias indígenas da capital sofrem.
- Por um acordo com o Ministério Público, entendemos que poderíamos colaborar para melhorar a situação das aldeias - disse.
O antropólogo Daniel Pierri discorda que o Rodoanel não traga problemas aos guarani.
- Acho que os impactos são enormes - avaliou.
Ele afirma , entretanto, que parte dos recursos naturais da região do Jaraguá havia sido comprometida antes da obra.

- A nascente que passa dentro da comunidade era limpa, hoje é totalmente poluída pelo esgoto da região, antes mesmo do Rodoanel.
Nas aldeias da zona sul há, segundo o antropólogo, uma ocupação crescente das terras utilizadas tradicionalmente pelos índios.
- Cada ano que passa, a cidade vai chegando mais perto. Toda a área de uso deles [os guarani], antiga e documentada, vai se restringindo cada vez mais.
Uma das lideranças do Jaraguá, Pedro Luís Mecena, acredita que construção do trecho oeste do Rodoanel aumentou as pressões sobre a terra indígena, a menor do país. Ele atribui a construção da via, a 4 quilômetros dos indígenas, ao aumento do número de empresas e residências nos bairros próximos à aldeia. Para Mecena, a aldeia de 1,7 hectare está sendo espremida pela metrópole de São Paulo.
- A gente se sente muito preso dentro da comunidade. Ela é pequena, o Rodoanel está trazendo moradores ao redor e isso acaba espremendo a aldeia - reclamou o índio, que é vice-presidente da Associação República Guarani Amba Vera.
Essa proximidade com a cidade é um dos motivos que impedem que as aldeias sejam expandidas de maneira contínua.
- Evidente que o ideal seria que essas terra fossem aumentadas na mesma região, mas essa é uma dificuldade que se tem na Grande São Paulo - ressaltou o administrador da Funai..
Problema é antigoSegundo Pedro Luís Mecena, o processo de ocupação em torno da aldeia teria começado com a construção da Rodovia dos Bandeirantes, inaugurada em 1978, cinco anos antes da identificação da terra indígena. A estrada, que liga a capital ao interior, passa ao lado da comunidade. Em meio às casas feitas com retalhos de madeirite e compensado, pode-se ouvir nitidamente o som do tráfego intenso da rodovia.
Apesar de as moradias da comunidade do Jaraguá serem semelhantes às encontradas em favelas urbanas, o guarani falado pelas crianças e adultos da aldeia demonstra o caráter diferenciado da comunidade. Ali existe também um Centro de Educação e Cultura Indígena (CECI), onde são ministradas atividades escolares na língua indígena e em português.
A religião e o convívio em língua indígena seriam as práticas que estariam ameaçadas pela ocupação ao redor da aldeia. Segundo Mecena, o contato direto com os não indígenas atrapalha o dia a dia da comunidade e inibe os índios de ficarem "à vontade".
Os índios também se "ressentem" da dificuldade para transmitir conhecimentos tradicionais relativos à agricultura e às plantas medicinais, relatou o antropólogo Daniel Peirri. "Eles têm dificuldade de transmitir boa parte dos conhecimentos que estão ligados com a mata e com o plantio por conta desse adensamento demográfico grande e a falta de espaço", contou.
A quantidade reduzida de terras da aldeia consegue apenas abrigar as casas dos índios. Não é possível plantar e produzir, atividades que fazem falta aos mais velhos, de acordo com Mecena. Ele afirma que são os membros mais idosos que mais sentem necessidade do modo de vida "mais tradicional". Atualmente, a comunidade se sustenta basicamente pela venda de artesanato em diversos pontos da cidade e com os salários de alguns índios que têm trabalho fixo.
Assim que houver o mínimo de infraestrutura na nova área, os membros mais idosos da aldeia Jaraguá deverão começar a se mudar para o novo local. Para Mecena, a migração de parte dos índios deixará a comunidade mais confortável.
O líder se queixa de não ter havido estudos para avaliar os impactos do Rodoanel no Jaraguá.
- Quando a Dersa fez o Rodoanel Mário Covas não consultou a comunidade indígena do Jaraguá. Não fez um levantamento ambiental, não fez um levantamento antropológico para dizer se a gente ia sofrer com esse impacto - ressaltou.
O gerente de Gestão Ambiental da empresa afirmou que como a comunidade do Jaraguá "já está integrada no tecido urbano", fica difícil fazer uma avaliação de quais seriam os impactos do trecho oeste do Rodoanel. Ele destacou o fato de nenhum órgão ter se manifestado sobre a existência dos índios na época da construção dessa parte da via.

Fonte:Agência Brasil

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Seca na Amazônia vista de um satélite

Apesar das fotos da seca na Amazônia serem muito impactantes, às vezes é dificil conseguir visualizar o quanto o nível dos rios baixou. Mas ao olhar as imagens de satélite isso fica muito evidente.


Seca Manaus - Imagens de satélite
As imagens acima, disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, são do satélite Landsat e mostram como os rios Negro e Solimões estão bem mais secos. A imagem de cima é do dia 10 de setembro deste ano, quando o nível do rio Negro estava em 25,64 m; a outra é do último domingo, com o nível do rio quase 10 metros mais baixo. As áreas em verde representam cobertura vegetal, já o que fica em rosa são as áreas sem vegetação que podem ser: cidades, a grande região rosa no canto superior direito no mapa é Manaus; áreas desmatadas ou areia, como por exemplo, aquelas partes que aparecem nas áreas secas dos rios.
Os rios Negro e Solimões, assim como toda a bacia amazõnica, possuem períodos de cheia e estiagem. Esses eventos fazem parte do ciclo da região, mas este ano tivemos uma cheia recorde e a seca já atingiu nívies críticos. Especialistas afirmam que esses eventos estão ficando cada vez mais frequentes e mais intensos. Leia mais sobre a seca que atinge a Amazônia
Ao contrário do que mostram as imagens de satélite,que estão perfeitas pela falta de nuvens, hoje o céu de manaus estava cinza. O dia foi nublado, o que aumenta as chances de chuvas. Os ventos alísios que empurram as nuvens que se formam sobre a floresta para o oceano devem ter dado uma trégua. Tomara.
Fonte: Globo Amazônia | Greenpeace.