sábado, 1 de janeiro de 2011

Conheça o RIC, sua nova carteira de identidade

Até 2017 o Governo Federal espera que 150 milhões de pessoas tenham sido recadastrados no RIC, projeto que contempla um documento único e com chip para todos os brasileiros.



O uso de chips para identificação já é bastante comum em cartões de bancos, pois além da praticidade eles também conferem mais segurança às transações bancárias. E essa realidade dos chips parece finalmente ter chegado à identificação civil.
Em 2009, o Governo Federal começou a colocar em prática o RIC – Registro Único de Identificação Civil -, um projeto que, quando totalmente implementado, prestará um registro único para todos os cidadãos brasileiros. Este número ficará guardado em uma central de informações e será utilizado sempre que for necessário criar um novo documento.
Além disso, o projeto contempla ainda um documento único, a “nova carteira de identidade”, no qual estarão presentes o número do seu RIC, bem como de todos seus outros documentos. O documento será semelhante a um cartão de crédito, contando ainda com um chip com diversas informações a seu respeito, como altura, impressões digitais, etc.
O sistema RIC
Este novo documento, instituído pela Lei 9.454 de 7 de abril de 1997, foi criado para facilitar a vida do cidadão brasileiro. Com ele você será cadastrado em uma central nacional de informações, com todas as suas informações datiloscópicas, fotografia 3x4, números de documentos (RG, CPF, título de eleitor, PIS/PASEP, carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação) e também dados como altura e cor dos olhos.



Veja o vídeo institucional do Registro Único de Identificação Civil

O RIC só foi viabilizado por meio de um investimento de 35 milhões de dólares feito pelo Governo Federal em 2004, na aquisição do Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais (o AFIS, do inglês Automated Fingerprint Identification System). Esse sistema foi repassado ao Ministério da Justiça, o responsável pela identificação dos cidadãos, que planeja que até 2017 o total de 150 milhões de brasileiros façam parte do RIC.
O que muda?
Um registro único confere mais praticidade na confecção de novos documentos e na identificação dos cidadãos. Com ele, você poderá retirar uma nova via de qualquer documento em qualquer estado da Federação, com a garantia de manter os mesmos dados e também o mesmo número de documento.
Através do número do seu Registro de Identificação Civil, dados e informações referentes a todos os seus documentos são acessados rapidamente, o que também deve agilizar o processo de disponibilização de novos documentos.
Ou seja, ao invés de ter que informar seu número de CPF, RG, título de eleitor e tantos outros documentos que existem, apenas uma única sequência numérica dará conta de tudo o que é preciso saber acerca de sua identidade civil.
Um novo documento?
Também faz parte do projeto RIC a implantação de um documento único (e não somente um registro único). Isso significa que não será mais preciso carregar uma série de documentos para cima e para baixo, mas sim apenas um deles: o RIC, um cartão de policarbonato de alta resistência, semelhante aos de bancos, com um chip contendo informações civis (número de documentos) e de seu biótipo (cor de olhos, altura, impressões digitais, etc.).
Frente do RIC Verso do RIC
Fotos: Divulgação/Polícia Federal
Para retirar o seu RIC serão coletadas suas impressões digitais através de um scanner (não será mais preciso sujar os dedos!), fotografia, assinatura, além dos dados do biótipo citados acima. No cadastro constarão os números de todos os documentos que você possui e todas essas informações estarão dentro do chip presente no novo documento.
Seus antigos documentos de papel ou plástico ainda continuarão a valer normalmente, mesmo após a retirada do Registro Único de Identificação Civil, até porque a retirada do novo documento é facultativa, segundo a Polícia Federal. Ou seja, o novo cadastramento será realizado com todos os brasileiros, mas o documento só terão aqueles que desejarem.
Mais segurança contra falsificações
Quando se fala em aparatos tecnológicos a serviço da cidadania, principalmente quando se trata de identificação, talvez a primeira coisa que venha à cabeça de muitos seja a segurança. Durante a leitura deste texto você deve ter se perguntado: “mas se tudo ficará guardado em um chip, e se ele for violado, falsificado, copiado?”. Pois segundo o Ministério da Justiça, o chip vem para justamente evitar as fraudes.
Além da segurança presente neste dispositivo, o documento único será confeccionado sob medidas de segurança avançadas, em um documento de seis camadas, com impressão com tintas especiais sobre fundos complexos, além de o cartão contar com marcas d’água, o que tornaria a falsificação algo extremamente difícil, praticamente impossível.
E o que eu ganho com tudo isso?
Sem sujar as mãos na hora do registro datiloscópicoVamos pontuar alguns pontos positivos desta nova carteira de identidade. Talvez a primeira e principal delas seja a praticidade conferida por um registro único, que nos livrará de ter que informar várias sequências de números toda vez em que um cadastro for realizado, ou então tirar várias cópias de diversos documentos para motivo semelhante. Depois do RIC uma só sequência numérica será o suficiente.
Outro ponto interessante é a praticidade para retirar novas vias. Se você mora fora de seu estado de origem e já precisou retirar novas vias de seus documentos, já sentiu na pele a burocracia para conseguir alguns deles, como RG e título de eleitor. Com o RIC, por meio do número, será possível fazer isso em qualquer estado brasileiro sem maiores dificuldades.
A segurança também é ponto-chave deste novo projeto. Ficará ainda mais difícil falsificar documentos, pois um chip presente no cartão garantirá a autenticidade das informações ali prestadas. Além disso, no verso do cartão estarão presentes uma série de códigos e também uma pequena reprodução da foto do cidadão, mais dois obstáculos contra falsificadores.
Por fim, a impressão a laser em um cartão de policarbonato preparado especialmente para isso evitará que o cartão se desgaste ou quebre com facilidade. Este tipo de impressão não é removido com produtos químicos e, além de ajudar a proteger contra fraudes, garante ainda a durabilidade e a legibilidade do documento. É o Brasil um passo adiante de outras nações quando o assunto é identificação civil.
E quando isso será realmente implementado?
Como já foi dito, desde 1997 o projeto circula pelos corredores da câmara e senado brasileiros e somente no ano passado, 2009, começou a ser realmente divulgado o seu real intuito.  Após 13 anos, finalmente começam a ser dadas informações concretas acerca do lançamento da tecnologia.
O Rio de Janeiro será o primeiro estado a implementar a nova tecnologia, a partir de outubro, mas somente em dez anos o RIC deve passar a atingir a imensa maioria da população brasileira. Até que todos tenham acesso ao Registro.
Por enquanto apenas as primeiras vias do documento serão emitidos no novo formato, ou seja, reimpressões ainda estarão sendo distribuídas no formato antifgo. Até lá, o RG ainda valerá como documento oficial de identificação no Brasil.
E você, leitor do Baixaki, o que achou deste novo registro e deste novo documento únicos? Você também concorda que a tecnologia a serviço do povo brasileiro pode gerar inclusão social e cidadania? Quais benefícios você acredita estarem “embutidos” neste novo sistema de identificação civil? Não deixe de registrar sua opinião!


(descubra mais detalhes clicando na imagem abaixo)
Mais detalhes


Fonte:

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mensagens de Ano Novo

"Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ritual indígena de MT é declarado patrimônio cultural brasileiro



Foto: Vincent Carelli/Vídeo nas Aldeias/Divulgação
SÃO PAULO - O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural definiu nesta sexta-feira (5) que o sistema agrícola tradicional do Rio Negro, no Amazonas, e o ritual yaokwa dos índios enawenê nawê, de Mato Grosso, sejam considerados patrimônios culturais brasileiros. A decisão faz com que ambos esses bens imateriais passem a ser protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A comissão que avalia os processos de tombamento (no caso de patrimônios materiais) e de registro (para os imateriais) é formada por 22 conselheiros de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia, e trabalham em diferentes instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus.

"As ações que serão realizadas para salvaguardar esses bens são uma etapa que vem depois do reconhecimento. Há propostas, mas ainda não foram formalizadas", explica Luciana Luz, técnica do departamento do Patrimônio imaterial do Iphan. Segundo a especialista, a cada 10 anos é feita uma reavaliação para decidir se o patrimônio segue no registro ou deixa de ser um patrimônio cultural.

O ritual yaokwa é a mais importante festa dos enawenê nawê. Os indígenas são cerca de 500 índios que vivem numa aldeia na Terra Indígena Enawenê Nawê, na zona de transição entre o cerrado e a floresta amazônica, em Mato Grosso.

A cerimônia ritual dura sete meses. Uma parte importante do yaokwa consiste na pesca de barragem, feita com estruturas construídas de uma margem à outra do rio. (IP)

Foto: Vincent Carelli/Vídeo nas Aldeias/Divulgação
A pesca com barragens é parte do ritual agora protegido como patrimônio imaterial dos enawenê nawê, em Mato Grosso. (Foto: Vincent Carelli/Vídeo nas Aldeias/Divulgação


Fonte:Globo Amazônia

Índios de tribo isolada recebem visita de agentes da Funai no Amazonas

MANAUS - Agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) visitaram os quase desconhecidos Korubos, um grupo indígena que foi contatado pela primeira vez recentemente. Atualmente, o Brasil ainda tem cerca de 10 mil índios que vivem isolados, longe de qualquer contato com o resto do mundo, segundo estimativa da Funai.

Com a ajuda de um barco, o linguista Sanderson Soares, da Funai, tentou conversar com cinco korubos que vivem escondidos na mata, afastados da civilização.

A Funai acredita que, dos mais de 10 mil índios que ainda vivem escondidos nas florestas brasileiras, alguns grupos estejam quase extintos. Dos Akunt'su, de Rondônia, por exemplo, sobraram apenas cinco pessoas. Mas o Vale do Rio Javari, na fronteira do Amazonas com o Peru, ainda preserva quatro grandes grupos isolados.

“Nessa região está a maior concentração de povos isolados do Brasil, inclusive confirmados. Pode ser a maior concentração do mundo”, diz Elias Bigio, responsável pela Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato da Funai.

Em uma floresta protegida nessa região, quase do tamanho de dois estados do Rio de Janeiro, moram mais de 8 mil índios. Metade deles vive completamente afastada da civilização.

Korubos

De acordo com a Funai, os primeiros contatos com os Korubos terminaram em morte. Em 1996, depois de uma das brigas, uma parte dos Korubos fugiu da aldeia e foi morar na beira do Rio Itacoaí.

Dessa nova tribo, a Fundação conseguiu se aproximar e chegou a montar uma base no local.

Do último contato, a tribo cresceu, está cheia de crianças. A vida não mudou muito. Os homens ainda usam bordunas para se defender, zarabatanas e arcos para caçar. Só falam idioma Korubo. Quem comanda a aldeia é a temida Mayá. E é a própria cacique quem corta cabelo na tribo.

Naquela conversa à beira do rio, o linguista Sanderson contou aos cinco índios que os parentes que fugiram da tribo há 14 anos estavam bem. Os isolados disseram que se lembravam de Mayá, mas achavam que ela estava morta.

“O objetivo principal [dessa conversa] era preveni-los do risco que eles correm, porque eles aparecem todo verão nas margens dos rios e podem ser contaminados por doenças”, diz o linguista. (AL)
Fonte:Portal Amazonia,


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País freia acordo com Google, diz indígena

ReproduçãoO governo brasileiro freia o acordo de uma tribo da Amazônia com a Google Earth para a divulgação de imagens detalhadas de satélite em seu site sobre o desmatamento da floresta. A acusação é do líder indígena Almir Suruí, que há mais de dois anos fechou o entendimento com a Google para mapear sua terra e, assim, protegê-la do desmate.

O governo brasileiro freia o acordo de uma tribo da Amazônia com a Google Earth
Até hoje, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o governo não deram as autorizações necessárias para que o mapeamento comece a ser feito em detalhes. A tribo de Suruí tem 1,2 mil pessoas, fica no município de Cacoal, Rondônia, e faz parte da Terra Indígena Sete de Setembro. "Vamos continuar trabalhando para mostrar tanto à Funai como ao governo que isso pode ser bom para a população da tribo e para o País", afirmou.
Dois anos após o estabelecimento do primeiro acordo entre a tribo e a empresa americana, apenas algumas imagens estão no site, em baixa resolução.
A Google Earth - um serviço de imagens de satélite e mapas via internet - precisa de autorização do governo para usar o material. Acessado diariamente por milhões de pessoas, o serviço vem causando polêmica diante da alegação de governos e cidadãos de que seus serviços violariam a intimidade das pessoas.
O objetivo da Google Earth é dar mais informações e detalhes sobre as áreas desmatadas e disponibilizar imagens sobre a derrubada da floresta em tempo real. A tecnologia poderia expor à opinião pública internacional a ação, por exemplo, de madeireiros que atuam na região.
A suspeita é de que o governo brasileiro tema que a Google Earth possa ter acesso a imagens que hoje apenas estão nas mãos do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
Processo legítimo. O presidente da Funai, Márcio Meira, informou que o processo aberto por Suruí para mapeamento da terra indígena é legítimo e segue a tramitação normal. Disse também que o trâmite desse tipo de parceria entre comunidade indígena e empresa privada é naturalmente demorada porque envolve questão territorial.
Os indígenas, segundo Meira, têm autonomia para firmar acordos e convênios e decidir sobre suas áreas, mas a lei impõe anuência prévia da União nesses casos. "Terra indígena é propriedade da União e esse tipo de autorização precisa ser analisado com cautela, para que seja concedida rigorosamente dentro da legalidade." Ele diz que situação terá um desfecho em breve.
Fonte: http://www.estadao.com.br/