sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O último sobrevivente


O último sobrevivente


Imagem digital de vídeo de Vincent Carelli com rosto do índio desconhecido realçado por computador

Equipe da Funai tenta contatar indígena que vive sozinho

LEONARDO SAKAMOTO E JOÃO MARCOS RAINHO

"Acompanhando o ruído de folhas pisadas, vimos seu vulto por entre os arbustos. Caminhava rapidamente, mas sem correr e sem olhar para o nosso lado, sumindo na sua experiência de fugitivo. Pouco adiante, cerca de 200 metros, o reencontramos sentado em frente a uma palhoça. Ao nos ver, pulou para dentro. Iniciamos, então, uma longa tentativa para convencê-lo de que não queríamos lhe fazer mal. Um índio canoé que nos acompanhava depositou seu arco e flecha ao lado da palhoça, tirou a camisa e começou um ritual de cura para ver se o atraía.

Ficamos na espera e nada, nem um ruído. Sentindo-se ameaçado, resolveu nos mostrar seus sentimentos. Enfiou uma flecha para fora e apontou para um membro da equipe. Não sabemos se foi de propósito ou não, mas o fato é que ele errou. E errou por pouco, pois a lança passou a centímetros do peito do Vincent. Usando uma vara, lhe oferecemos milho, que violentamente despedaçou com seus golpes. Tentamos conversar, rimos na sua frente, oferecemos mais milho, machado, ajuda. Mas sempre em vão, só a flecha. Sempre a flecha..."

Esse é o relato de Marcelo dos Santos, chefe da Frente de Contato Guaporé, em uma das inúmeras tentativas de estabelecer comunicação com o último índio remanescente de um grupo desconhecido. Ele perambula sozinho numa área de selvas ao sul do estado de Rondônia. Ninguém sabe qual seu nome, qual sua etnia, língua ou origem. Um vulto que assombra silenciosamente a floresta Amazônica, atormentando com sua existência os fazendeiros que destruíram sua roça e mataram sua gente.

Para entender sua história, primeiro é preciso compreender sua realidade. A Frente de Contato Guaporé é um braço da Fundação Nacional do Índio (Funai) que tem por objetivo localizar e proteger os últimos grupos indígenas isolados de Rondônia. Estima-se que milhares de índios nessa condição ainda estejam espalhados pelas matas do estado.

A frente vive diariamente uma corrida contra o relógio. A região é uma das que mais crescem em todo o país com a expansão da fronteira agrícola na direção oeste. Na década de 80, na ânsia de desenvolvimento, o governo dividiu enorme extensão de terras em lotes, que foram arrematados em leilões. O objetivo original era de que cada família ficasse com um pequeno lote, alcançando, dessa maneira, a colonização definitiva do estado. Ninguém poderia comprar mais de um. Famílias influentes, porém, utilizando testas-de-ferro, adquiriram dezenas deles e criaram latifúndios. No papel, são diversos lotes, com vários donos. Na prática, estão reunidos em grandes fazendas, com uma só sede e um gerente, que fala em nome de um único proprietário.

Rio torto

A presença desses proprietários gigantes acabou por expulsar muitos dos pequenos colonos. De acordo com Joaquim – o nome é fictício para evitar represálias – engenheiros a mando da família Moisés de Freitas (que junto com a família Duarte dita a lei no sul de Rondônia) desviaram o curso de um rio, impedindo que a água chegasse à sua terra. Dessa forma, foi obrigado a abandoná-la e ir para a cidade.

O comércio de madeiras nobres, como o mogno e a cabreúva, é proibido em toda a Amazônia. Contudo, como se sabe, a proibição fica só no papel. Caminhões carregados levantam poeira pelas estradas de terra de Colorado do Oeste, Pimenta Bueno, Vilhena e dezenas de outros municípios, transportando toneladas de madeira recém-cortada.

A principal rodovia do estado, a BR-364, sai de Rondônia, rasga o Acre e termina no ponto mais ocidental do Brasil, a serra do Divisor. Boa parte da população desse eixo depende das serrarias para sobreviver. Em Vilhena, as atividades voltadas ao beneficiamento da madeira respondem por metade de todas as vagas do setor secundário – dados da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia. Isso sem considerar os trabalhadores não registrados que ganham por dia de serviço, principalmente na derrubada de árvores na mata.

A capa vegetal original do estado está indo abaixo. O município de Pimenta Bueno teve 27% de sua área desmatada. São Felipe d’Oeste, 52%. Primavera de Rondônia, 87%. Com isso, os olhos dos latifundiários e madeireiros voltam-se cada vez mais para as 16 áreas indígenas do estado, que ocupam quase 4,5 milhões de hectares, ou seja, 18,5% da superfície rondoniense.

Com açúcar, sem afeto

Mas se a cobiça sobre as áreas indígenas consolidadas já é um prato cheio para conflitos, o que dizer da possibilidade de "perder" propriedades com documento e tudo para índios? Como ainda restam grupos indígenas isolados no estado, esse é um risco real para fazendeiros locais. Uma vez descobertas novas comunidades e comprovada sua presença tradicional em determinada área, o direito dos índios àquela terra prevalece sobre eventuais títulos de propriedade (ver matéria principal desta edição). A quem possuir esses documentos cabe apenas uma indenização pelas benfeitorias que tenha realizado.

É claro que isso dificilmente vai cobrir o valor da madeira que se poderia abater ilegalmente. Portanto não é preciso dizer que, para um proprietário, encontrar índios na fazenda é sinal de mau agouro. Próximo a Corumbiara, índios canoés e aicunsus foram contatados pela primeira vez há alguns anos. Como resultado desse encontro, a Frente Guaporé conseguiu que o governo interditasse uma área de 600 quilômetros quadrados, abrangendo diversas propriedades rurais, para garantir a sobrevivência desse grupo.

A interdição de terrenos, que visa evitar intervenções no local enquanto se estuda como ajudar os índios encontrados, não significa ainda que aquela área será de fato demarcada como terra indígena. Mas é um sinal de que isso pode acontecer.

Por isso basta circular a notícia da descoberta de índios numa região para que fazendeiros de toda a redondeza se alarmem. Afinal, áreas indígenas costumam ser extensas. Em alguns locais, começa-se uma espécie de "caçada", para antecipar-se à chegada da Funai e evitar futuros problemas.

Testemunhas afirmam que foi isso o que aconteceu próximo à cidade de Chupinguaia. Ao perceber que outras propriedades, no vizinho município de Corumbiara, foram interditadas para a reserva do Omerê, pecuaristas que sabiam da existência de índios isolados em suas terras teriam mandado presenteá-los com açúcar temperado com veneno de rato. Os poucos que escaparam ao envenenamento teriam sido mortos ou afugentados à bala. Isso teria ocorrido há mais de dez anos. Infelizmente, as testemunhas que poderiam comprovar as suspeitas sobre os fazendeiros estão desaparecidas. Medo de serem as próximas vítimas em uma terra sem lei.

Em fuga

Nosso índio do início da reportagem teria sido o último sobrevivente desse grupo e, desde então, viveria fugindo com medo dos brancos pelas matas da região. Através de informantes e investigações, a equipe da Frente Guaporé chegou até ele. De olhos miúdos e desconfiados, o índio tem características encontradas em poucos grupos indígenas. Usa costeletas. Sua moradia, pequenas cabanas construídas com armação de varas e cobertas de palha, possui em seu interior um buraco de 2,5 metros de profundidade. Próximo às suas palhoças, escolhe uma árvore e com um machado faz um anel no tronco, uma espécie de coroa. Acredita-se que o buraco e o anel tenham finalidades espirituais.

Muda-se com freqüência, principalmente quando um branco descobre onde está residindo. Nos últimos anos, já se mudou cerca de 15 vezes –sempre dentro de uma área de mata virgem. Para garantir sua segurança, em 1997 foi solicitada ao governo federal a interdição de uma região de 60 quilômetros quadrados, abrangendo pedaços de três fazendas: Carlinhos, Socel e Modelo.

A primeira delas, que possui apenas uma pequena área incluída, já não possuía capa florestal na época da interdição. A Socel não está realizando desmatamentos nos lotes atingidos. Porém, a Fazenda Modelo, dos irmãos Dennis e Hércules Gouveia Dalafini, tem uma história que vem de longe.

Não foram eles que envenenaram os índios, pois adquiriram a propriedade anos após a provável chacina. Mas, quando as terras foram parar em suas mãos, descobriu-se que existia uma aldeia, habitada por alguns indivíduos. Acredita-se que essa era a aldeia dos índios envenenados. Testemunhas afirmam que a clareira que se distingue nitidamente em fotos de satélite encomendadas pela Funai é o local onde ficava a aldeia, que teria sido minuciosamente "limpo" pelos Dalafini em 1994, para apagar qualquer vestígio de ocupação indígena anterior – cabanas, roças e até árvores. De acordo com as mesmas testemunhas, quem morava na aldeia fugiu sob uma chuva de balas.

Foto da mata devastada para faser estradas em Corumbiara

As fotos do satélite, tiradas em 1996, já estão bem desatualizadas. No ano passado, ou seja, desrespeitando a portaria federal que interditou a área, os Dalafini praticamente puseram abaixo toda a mata. Hoje, o lote 37, setor 9, da gleba Corumbiara é um grande pasto. E, para piorar, os proprietários não autorizam a entrada de agentes da Funai na área porque, a exemplo do senador Amir Lando em outra área indígena (ver texto abaixo), não quiseram receber a ordem judicial que mantinha a interdição – a portaria tem prazo determinado. Em tese, a prorrogação vale até dezembro deste ano, porém, como os proprietários não assinaram o documento, a data será postergada. Dennis Dalafini, procurado pela reportagem, não respondeu à ligação até o fechamento desta edição.

Surdez

Talvez o índio não queira mesmo conversa com brancos. A maior aproximação foi um canequinho de alumínio e uma machadinha de ferro que a Frente de Contato Guaporé lhe deixou como presentes e ele levou. Vários dialetos indígenas já foram usados em tentativas de conversa, mas sem sucesso. Não se descarta a possibilidade de que seja surdo em decorrência de ingestão do veneno.

A intenção da frente seria convencê-lo a morar em uma reserva de outros índios de contato recente. "Não é mais possível salvar sua sociedade", diz Roque Laraia, diretor de Assuntos Fundiários da Funai. Em sua opinião, manter o índio totalmente solitário naquele pedaço de terra seria uma "crueldade".

Contudo, ao que parece, apesar das várias tentativas, nosso fugitivo de costeletas quer permanecer sozinho. Talvez também saiba que pode ter o mesmo destino de outras tribos de Rondônia que, de tanto contato com os brancos, acabaram por querer ser iguais a eles. Como alguns nhambiquaras, que descobriram que a madeira da qual suas terras estavam recheadas valia cachaça, carros, casas de alvenaria, aparelhos de televisão. O resultado foi o aparecimento de uma classe de índios ricos, formada por aqueles que cuidavam da madeira. Mas que não fizeram planos para o futuro: deixaram suas terras nuas, gastaram todo o dinheiro e agora estão na miséria.

A história do índio solitário não é única. Como ele, milhares de outros estão sozinhos, mesmo vivendo em aldeias. Abandonados, encurralados na terra que um dia já foi sua. Trocados por boi com o apoio e a conivência da sociedade civil. Ou servindo de atração circense nas capitais.

Marcelo dos Santos, da Frente Guaporé, conclui seu relato: "Depois de seis horas de tentativas, desistimos. Ele, mais do que ninguém, sabe o que é perder todos os seus parentes pelas mãos dos que agora aparecem para ofertar comida. Está só e parece querer morrer assim".



A fazenda do senador

O senador Amir Lando (PMDB-RO), sócio de uma das propriedades interditadas pela Funai, está sendo acusado de promover a derrubada e o comércio ilegal de madeira da reserva indígena do Omerê, próximo a Corumbiara. Há também a denúncia de que o senador esteja fazendo pressão contra a interdição de suas terras e tentando forçar a demissão de membros da Funai de Rondônia – o que, é claro, facilitaria a vida de latifundiários que querem despejar os "incômodos inquilinos" descobertos em suas propriedades.

"Sempre fui um defensor dos índios", defende-se Amir Lando. O senador afirmou que tirou apenas algumas árvores para fazer porteiras para sua fazenda e 25 pontes para a prefeitura de Corumbiara e que, legalmente, suas terras não fazem parte da interdição.

Ele não reconhece a interdição, segundo diz, por não ter sido pessoalmente intimado pela Justiça. Contudo, admita ou não, seu lote faz parte da reserva do Omerê e não se poderia retirar uma árvore sequer sem o consentimento dos órgãos competentes.

O Ibama, junto com a Polícia Federal, a pedido da Frente Guaporé, realizou uma vistoria na fazenda do senador e autuou-o pela derrubada ilegal de pelo menos 150 cabreúvas na área interditada.

Primeiramente, o auto de infração saiu em nome de Amir Lando. Porém – como em um passe de mágica – acabou mudando de nome, e foi destinado ao verdadeiro proprietário, Leandro Vicente Lopes – que, de acordo com jornalistas de Rondônia, seria parente do senador. Quando questionado pela reportagem, porém, Amir Lando afirmou que o lote é seu há 15 anos, "licitado pela União".

Enquanto o processo de interdição estivesse correndo, a madeira não poderia ser doada, vendida ou utilizada para qualquer finalidade. Como a situação era de "fiel depositário", as madeiras deveriam continuar lá. Não estão mais. De acordo com o secretário da Fazenda da cidade de Corumbiara (município onde está localizada a propriedade), as madeiras que o senador "deu" estão sendo utilizadas para fazer pontes. "E pontes grandes, com mais de 20 metros de comprimento."



A dura vida dos desbravadores

Se o sertanista Orlando Villas Bôas de fato ocupava nos últimos anos um cargo simbólico na Funai, como dizem seus ex-patrões, sua demissão sumária, no final de janeiro deste ano, foi também um símbolo. Foi como se a Funai tivesse posto um ponto final numa era de aventuras e desbravamento, de entrega à causa indígena – literalmente – de corpo e alma. Villas Bôas, que dedicou aos índios e ao mato 48 dos seus 86 anos, não é o último sertanista, mas certamente foi o inspirador dos poucos que restaram.

Afinal, não é qualquer um que tem em seu currículo mais de 1,5 mil quilômetros de picadas abertas, 250 malárias contraídas em serviço, oito línguas indígenas aprendidas, 5 mil índios contatados. E uma dúzia de livros para contar tudo isso (ver texto abaixo).

Orlando, que viabilizou a criação e a proteção do Parque Indígena do Xingu, citado como exemplo mundial, e batizou a mesma Funai que o dispensou por fax, acredita que sua maior contribuição foi outra. "Mandamos para a sociedade brasileira a notícia de que os índios não eram bichos selvagens que andavam pela selva matando gente." Hoje, com a saúde fragilizada, viaja menos, mas não consegue ficar totalmente à vontade em sua casa no agradável bairro paulistano do Alto da Lapa. "Sinto falta do mato, dos índios", diz.

Mas supondo que ele um dia voltasse a procurar índios isolados, como fez por décadas, teria que se adaptar às novas estratégias de aproximação a esses grupos, que vigoram desde 1987. Atualmente, a ordem é não fazer contato. O responsável por coordenar essa difícil tarefa é o diretor do Departamento de Índios Isolados da Funai, Sidney Possuelo, sertanista com 34 anos de profissão. Seis deles foram com Villas Bôas, que o considera carinhosamente sua "cria".

O novo procedimento é mais ou menos este: quando tem notícia de um povo indígena ainda desconhecido, o sertanista deve ir até o local, aproximar-se da tribo, documentar sua existência e tentar demarcar o território. Depois, montar um acampamento fixo e deixar ali um vigia. A idéia é impedir a entrada de invasores. Os índios, por sua vez, só saem se quiserem fazer contato.

Essas medidas visam protegê-los do encontro com os brancos. "Os índios têm uma grande curiosidade, um grande interesse em conhecer a nossa cultura, e isso pode ser extremamente perigoso para sua sobrevivência", concorda Villas Bôas.

Para os índios, o risco é o contato; para os sertanistas, a própria selva. Villas Bôas e Possuelo são, na verdade, sobreviventes. Nos últimos 30 anos, 120 sertanistas e auxiliares da Funai morreram na selva. O trabalho é duro – além de, atualmente, ser muito mal remunerado. Cada expedição pode levar meses dentro do mato, com o risco de doenças e ataques de índios, bandidos, cobras e onças.

O sacrifício estende-se à família. "Fica difícil para eles suportar os seis, sete meses de ausência a que às vezes somos obrigados a nos submeter na selva", diz Possuelo, pouco antes de partir para uma nova missão.



A onça com morte anunciada

Orlando Villas Bôas demonstra prazer em contar histórias – talvez estimulado pelo fascínio que elas despertam nos ouvintes. Sem esperar o lançamento de "A arte dos pajés" (Editora Globo), seu 12º livro, previsto para março, ele não se contém e adianta uma de suas histórias:

"Certa vez, numa aldeia arara, um grupo de meninos foi correndo para o córrego, quase no pôr-do-sol. No meio do caminho, uma onça saltou e pegou um menino de 8 anos. Os outros voltaram correndo para a aldeia, gritando e chorando. A aldeia virou uma polvorosa . Quando eu e o Cláudio soubemos, fomos correndo para lá. Chegamos à noitinha. Os índios já tinham achado o corpo do menino, comido pela onça.

No outro dia de manhã, ficou combinado que 40 índios iam sair para a mata para procurar e matar a onça. Todo mundo estava lá no pátio da aldeia, o dia já clareando. De repente, quando eles já estavam indo para a mata, chegou o pajé, que era tio do menino. Ele disse: ‘Não precisa ir procurar a onça, porque quando o sol estiver aqui (apontou para o zênite), ela vai entrar por aqui (apontou um ponto da aldeia), vai passar aqui (perto de onde ele falava) e vai deitar ali (outro ponto ainda dentro da aldeia)’. Olhei para o Cláudio e ri. Alguns índios também ficaram duvidando. E nós ficamos desde as 7 da manhã esperando a hora. Quando o sol ficou a pino, um índio que estava nos limites da aldeia gritou: ‘Uma onça!’ E a onça veio caminhando. Passou ali na minha cara. Os índios todos se afastaram, fizeram uma barreira. A onça passou, não olhou para nós. Ela vinha toda escalavrada do lado esquerdo, como se tivesse brigado. Passou de cabeça baixa. Chegou no lugar que o pajé mandou, virou o corpo e deitou. Dois índios vieram correndo e quebraram o pescoço dela. Ela não deu um esturro, não fez um gesto, apenas morreu. Fui lá, pus a cabeça da onça em cima de uma pedra e tirei uma foto (acima). Não tem explicação..."
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