domingo, 21 de março de 2010

A historia dos índios contada por Pedro Martinelli

Os índios gigantes



1.
No final dos anos 70, o jornal O Globo me escalou para cobrir a expedição de contato com os índios gigantes, os Kranhacãcore (homem grande da cabeça redonda), como os inimigos Txucarramães os chamavam. Hoje são os Panará.
Esta frente de atração era chefiada pelos irmãos Claudio e Orlando Villas Boas, cuja missão era fazer o contato com os índios que estavam no rumo da rodovia Cuiabá-Santarém, que estava sendo contruída. Fui para ficar um mês e acabei ficando três anos.
Esta é a foto do primeiro contato. Foi publicada na primeira página depois que as partes íntimas do índio foram retocadas por ordem da censor que ficava na redação.

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2.

O som dos motores do Búfalo da FAB, um bimotor enorme com capacidade para transportar vários veículos, quebrou o ruído de machados e enchadões dos índios que destocavam os paus do campo de pouso nas margens do rio Peixoto de Azevedo.

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A missão do avião era lançar tambores para que os trabalhadores da rodovia Cuiabá-Santarém, a BR-163, construíssem uma balsa para atravessar equipamentos e tratores.

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Depois que os 35 homens comandados por um tenente do 9º BEC, Batalhão de Engenharia e Construção de Cuiabá, atravessaram o rio para continuar no rumo de Santarém, a expedição de contato, comandada pelos irmãos Claudio e Orlando Villas Boas, começou a construir canoas para descer o rio Peixoto de Azevedo e iniciar a aproximação com os Kranhacãrore.

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Hoje, quase 40 anos depois, a estrada fica intransitável na época das chuvas. Agora, a ameaça, segundo os ambientalistas, é o asfalto que os produtores de soja prometem levar até Santarém, uma saída muito mais lógica para a produção que os portos do Sul mas, em tempos de contas justas, não se sabe o que é pior. Passar asfalto e acelerar a destruição do pouco que resta de mata nativa na região de Santarém ou queimar milhões de óleo diesel para embarcar a soja em Paranaguá.
Mal ou bem a BR-163 ainda vai a algum lugar, pior estão as conterrâneas Transamazônica e Perimetral Norte, que não chegaram a engatinhar e já estão mortas. Poderiam, pelo menos, servir como mea-culpa, exemplo de serviço mal feito e descaso. Mas nem isso.
3.
A técnica de contato com índios isolados dos irmãos Villas Boas era a paciência. “Morar no quintal da casa deles” para ser observado, deixar presentes como facões, machados, colares de contas, bonecas, espelhos e não tomar iniciativa, “até que eles venham a nós”. Depois que fizemos o primeiro campo de pouso nas margens do rio Peixoto de Azevedo, Claudio Villas Boas aproveitava a vinda do pequeno avião da FAB para sobrevoar a aldeia Kranhacãrore e jogar presentes.



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O tempo de vôo do nosso acampamento até a aldeia era de 10 minutos no 019 da FAB, um pequeno avião de treinamento sempre pilotado por um jovem do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro.

O piloto circulava em volta da aldeia por alguns minutos, escolhia um lugar limpo para que o passageiro do banco de trás atirasse os presentes e embicava o nariz do avião para baixo, fazendo um razante de deixar os cabelos em pé. Os arqueiros Kranhacãrore não erravam. Na volta, o avião sempre tinha marcas e às vezes até pontas de flexas presas na fuselagem.

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4.

Numa manhã, Claudio Villas Boas encontrou a aldeia incendiada. No meio, um imenso varal com bordunas, arcos, flechas e instrumentos agrícolas. Naquela noite, Claudio e o irmão Orlando conversaram até tarde sobre o significado daquele gesto. No dia seguinte, Claudio decidiu: “temos que ir lá, pegar os presentes”. Todos ficaram apreensivos porque ninguém descartava a possibilidade de um armadilha. Seria muito fácil para os Kranhacãrore, era só esperar que todos estivessem no centro da aldeia e fazer o ataque. Não sobraria ninguém. Claudio estimava uma população de 300 índios. A nossa expedicão era formada por 28 índios xinguanos , Claudio, Orlando, Mamprim, Etevaldo e eu.
Claudio era um homem determinado. Não acreditava na hipótese do ataque e lembrava, “aconteça o que acontecer nenhum tiro, nem pra cima. Se for o caso eu aviso”. Ele compartilhava com Rondon o lema “morrer se for preciso, atirar jamais”.
Nos grandes deslocamentos, Claudio usava na cinta um revólver Smith Weston 38, cromado, cano longo. Eu o vi sacar esta arma duas vezes. Uma para dar um tiro numa surucucu e outra para apontar na cabeça do sargento do exército que havia dado um tiro nos índios - bom, mas esta é uma outra história que eu conto qualquer dia destes.
Levamos dois dias para achar a aldeia principal. Andamos o primeiro dia inteiro ziguezagueando até encontrar a primeira picada. Nossa comida era transportada por um índio que carregava nas costas um caldeirão com uma farofa de paca suficiente apenas para o primeiro dia.
À medida que chegávamos próximo da aldeia, a picada se dividia em vários ramais, quase todos iguais e da mesma largura, que levavam sempre nas roças. Andamos em todas até encontrar a picada mestra que ía alargando a medida que nos aproximavamos.
O clarão do aberto da aldeia ía aumentando na mesma proporção do medo. Claudio na frente entrou firme e rumou para o centro, atrás dele todos nós, enfileirados, em silêncio esperando pelo pior.
Nestas horas é bom ser fotógrafo. Coloquei a cara atrás da câmera e me senti como se estivesse dentro de uma armadura.
Em minutos estavamos todos confraternizando, um falatório imenso nas diversas línguas xinguanas, Caiapó, Txicão, Kamaiurá, Kuikuro e Txucarramãe. O índios da expedição estavam eufóricos. Recolhemos o que era possível carregar e dormimos na aldeia.
Eu, sempre com a “pulga atrás da orelha”, como dizia meu pai, lembrava das histórias de massacres do Orlando Villas Boas que tirava o sono de qualquer um.
5.
Depois do contato com os índios gigantes, os Kranhacãrore, os irmãos Claudio e Orlando Villas Boas se aposentaram. Claudio partiu para o Xingu uma semana depois de ter pego na barriga de um índio selando o contato definitivo.
Este momento, o do “beliscão” , fez parte do imaginário dos integrantes da expedição durante os três anos de trabalho na frente de atração. Nas conversas depois do jantar, Claudio dizia com os olhos molhados de emoção: “o dia que eu pegar na barriga de um índio (fazendo o gesto de um beliscão), será o fim deles”.
Claudio sabia o que iria acontecer com os Kranhacãrore, por isso quis sair logo. Não queria ver a cena fatal do índio na beira da estrada. Chamou um avião e levantou vôo do último campo de pouso que construiu. Lá de cima viu o rastro da estrada que avançava e seguiu para o Xingu com um nó na garganta. Uma semana depois chegava ao Peixoto o sertanista Apoena Meirelles, filho de Francisco Meirelles, que havia feito o contato com os índios Xavantes.
A principal missão de Apoena era ir até a aldeia para vacinar os índios. Logo que desceu do avião foi na direcão de um Kranhacãrore que estava na beira da pista, sacou seu 38 da cinta e mostrou para todos que o aguardavam como seria seu estilo de trabalho dali para frente.
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6.

O passo seguinte depois do primeiro tiro é vestir uma camiseta.
Estávamos indo para a aldeira Kranhacãrore quando um índio pulou na picada oferecendo uma banana. Na outra mão segurava um punhado de flechas, o arco e uma pequena matula, um enbrulhado de folhas de banana amarrado com cipó. Tinha um pedaço de carne de caça assada e batata doce cozida.

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Era um jovem caçador que a partir do momento que vestiu aquela camiseta branca perdeu a camuflagem natural, não tinha mais a capacidade de mimetização para se aproximar da caça.
Virou um espantador.
7.
Desta forma, descarregando a sacaria do avião, apertando o gatilho de um revólver 38, visitando os trabalhadores da rodovia Cuiabá-Santarém que ficava a poucos quilômetros da aldeia, “uma passeio de criança” dizia Claudio Villas Boas, os Kranhacãrore foram se integrando e morrendo com a doença dos “brancos”.
Dois anos depois um avião da FAB transportou os últimos 74 índios de uma população estimada em 300 para o Xingu, para serem vizinhos de seus maiores inimigos, os Kayapó.
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*Fotos e textos de Pedro Martinelli, o fotojornalista que anda, andou muito, continua andando, navegando, há 30 anos, registrando histórias da Amazônia. Publicados originalmente em seu blog.

quinta-feira, 18 de março de 2010

"Espécies de orquídeas do Lago papuásio Kutubu florestas de Papua Nova Guiné"




Cientistas encontram novas espécies de orquídea

A Papua Nova Guiné é o lar de três mil espécies de orquídeas
Cientistas trabalhando com a organização ambientalista internacional World Wildlife Fund (WWF) descobriram novas espécies de orquídeas nas florestas de Papua Nova Guiné. Segundo os pesquisadores, oito delas são novas espécies. Outras 20 podem ser desconhecidas também.
A Papua Nova Guiné, um país ao norte da Austrália, tem grande riqueza em orquídeas. Das cerca de 25 mil espécies conhecidas no mundo todo, três mil são nativas do país.
O Lago papuásio Kutubu - onde as novas espécies foram encontradas - é internacionalmente reconhecido por sua importância biológica. A área é o lar da aves-do-paraíso, do casuar gigante e de outras espécies exóticas.

Junto com a Papua Nova Guiné, a Província indonésia da Papua e a Ilha de Bornéu (que é controlada pela Indonésia, pela Malásia e por Brunei), são consideradas algumas das regiões mais promissora do mundo para a descoberta de novas espécies.
Um dos cientistas que lideram a pesquisa sobre as orquídeas é Wayne Harris, de Queensland, na Austrália.
Ele também fez as fotos das orquídeas. Wayne Harris descreve a Papua Nova Guiné como uma "mina de ouro incrível" para a busca de variedades da flor.
A família das orquídeas ostenta muitas flores incomuns e a Bulbophyllum masdevalliaceum é um exemplo disto.
Mais de 1,8 mil espécies de Bulbophyllum foram descritas no mundo todo, mas a Papua Nova Guiné é "seu lar evolutivo", contendo um terço das espécies conhecidas.
Além de orquídeas, novos mamíferos, peixes e insetos são descobertos regularmente na região.
Mas muitas espécies provavelmente foram extintas antes mesmo de serem descritas, devido à destruição de florestas e à invasão humana.
A WWF e seus parceiros estão trabalhando com as autoridades de Papua Nova Guiné para proteger importantes áreas de conservação.







Boca aberta

Cientistas trabalhando com a organização ambientalista internacional World Wildlife Fund (WWF) descobriram espécies impressionantes de orquídeas nas florestas de Papua Nova Guiné. Segundo os pesquisadores, oito delas são novas espécies. Outras 20 também podem ser desconhecidas.

As descobertas incluem a Cadetia kutubu, que ganhou o nome graças ao Lago Kutubu na região onde foi encontrada.


'Estrela solitária'

A Papua Nova Guiné é incrivelmente rica em orquídeas. Das cerca de 25 mil espécies conhecidas no mundo todo, 3 mil são nativas do país.

Esta delicada orquídea, em forma de estrela, é uma espécie nova da Taeniophyllum e ainda não foi nomeada. Com esta, a Papua Nova Guiné terá mais uma orquídea nativa em sua lista.

Lago

O Lago Kutubu na região de Kikori, Papua Nova Guiné - onde as novas espécies foram encontradas - é internacionalmente reconhecido por sua importância biológica. A área é o lar de aves-do-paraíso, da ave da Austrália, o casuar gigante e o canguru das árvores.

A Papua Nova Guiné, província indonésia da Papua, e o vizinho Bornéo, são partes da região mais promissora do mundo para a descoberta de novas espécies.

Aurora vermelha

Esta nova descoberta é integrante da família Dendrobium (D. cuthbertsonii). A maioria das espécies integrantes desta família vive em árvores e não no chão.

Os criadores conseguiram desenvolver muitas variedades artificiais de Dendrobium, incluindo a kimilsungia, que foi batizada em homenagem ao líder da Coréia do Norte.

'Espetáculo'

As cores desta espécie são brilhantes, a estrutura impressionante, nem mesmo os melhores artistas que modelam vidros em Veneza, Itália, poderiam criar algo tão delicado quanto a Dendrobium spectabile.

O nome já diz tudo.

Classificando as descobertas

Um dos cientistas que lideram a pesquisa é Wayne Harris, do Herbário de Queensland na Austrália.

Ele também fez as fotos das orquídeas usadas nesta galeria. Wayne Harris descreve a Papua Nova Guiné como uma "mina de ouro incrível para orquídeas".

Planta pavão

A família das orquídeas ostenta muitas das mais espalhafatosas flores entre todas as plantas e a Bulbophyllum masdevalliaceum é um exemplo disto.

Mais de 1,8 mil espécies de Bulbophyllum foram descritas no mundo todo, mas a Papua Nova Guiné é "seu lar evolutivo", contendo um terço das espécies conhecidas.

Cara de peixe

Além de orquídeas - como esta ainda não nomeada da espécie Cadetia - novos mamíferos, peixes e insetos aparecem regularmente na região.

Mas muitas espécies provavelmente foram extintas antes mesmo de serem descritas devido à destruição de florestas e à invasão humana.

A WWF e seus parceiros estão trabalhando com as autoridades de Papua Nova Guiné para proteger importantes áreas de conservação.
Fonte:

quarta-feira, 17 de março de 2010

"A fauna Brasileira em processo de extinção"


A fauna Brasileira não conta com espécies de grande porte, semelhante ás que vivem em savana ou selvas da África. na selva Amazônica existe uma abundante fauna de peixes e mamíferos aquáticos que abitam os rios,lagos e matas. Muitos deles em processo de extinção.
A fauna Brasileira é extremamente rica e variada, Pois nosso país possui uma enorme variedade de ecossistemas

Espécies em extinção

O que é a extinção?

Extinção pode ser definida como o evento pelo qual o último representante de uma espécie deixa de existir ou ainda, de mais abrangente, como o momento a partir do qual os indivíduos remanescentes de uma espécie mostram-se incapazes de produzir descendentes visíveis ou férteis.

Os extintos, os ameaçados e os que retornam

No Brasil, a extinção de espécies está muito ligada à pesca e à caça. A falta de educação ambiental também cobra seu preço, assim como a poluição de rios e as queimadas e desmatamentos. Para agravar a situação, a pobreza faz com que, muitas vezes, o único recurso para alimentação da população sejam os animais capturados na natureza.

O estado que tem o maior número de extinção é São Paulo com 124 espécies de animais em extinção, e o estado que tem menor número de animais em extinção é o Acre com 7 espécies. 
O Brasil ocupa a 4ª posição no ranking dos países com maior número de animais ameaçados de extinção, com 282 espécies em risco. Só perde para o EUA com 859, Austrália com 527 e Indonésia com 411.

A venda ilegal de animais silvestres no Brasil movimenta R$ 2 bilhões por ano. Esse tipo de tráfico só perde para o de armas e de drogas. Alguns desses animais estão em risco de extinção. E o comércio interno é o maior responsavel.
Logo abaixo temos alguns animais em extinção:

Águia-Americana; Maracajá; Águia Dourada; Mico Leão; Mico Leão Dourado; Mico Leão da Cara Preta; Mico Leão da Cara Dourada; Mico Leão Preto; Muriqui; Mutum Pinima; Onça-Pintada; Bugio; Bugio Preto; Ararajuba; Arara Azul; Ararinha Azul; Águia-Pesqueira; Águia-Filipina; Cervo-do-Pantanal; Cisne-de-Pescoço-Preto; Cobra Papa-Pinto; Ema; Gato-do-Mato; Gato Mourisco; Gorila; Harpia; Jaburu; Jacutinga; Onça Preta; Panda-Gigante; Papagaio do Peito Roxo; Peixe-Boi; Sagui Cabeça de Algodão; Sagui Bigodeiro; Sagui Branco; Sagui Leãozinho; suçuarana; Surucucu; Jacaré-Açu; Jacaré do Papo Amarelo; Jaguatirica; Lobo Guará; Macaco Aranha; Macaco Barrigudo; Tamanduá; Tangará; Tartaruga da Amazônia; Tartaruga de Couro; Veado Mateiro; Veado Catingueiro e entre muitos outros.

No Brasil tem 16 mil espécies ameaçadas de extinção.

38 milhões de animais são tirados de seu meio ambiente todos os anos.
Animais de criação em extinção 


Não só os animais selvagens sofrem com a extinção. Segundo um relatório da FAO, organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), uma raça de animal de criação desaparece por mês no mundo. Os países em desenvolvimento são o principal palco desse problema.
Pequenos produtores agrícolas abandonaram a criação de animais tradicionais em favor de raças de rendimento mais elevado importadas dos Estados Unidos e da Europa. O que pode ser um grande erro.


ONGs

Os conservacionistas estão longe de conseguir ajudar todas as espécies ameaçadas. Isto coloca a questão de se elegerem prioridades como fundamentais para a estratégia de recuperação de espécies ameaçadas. Como podemos dar apoio ao maior número de espécies e ser, ao mesmo tempo, eficientes nos gastos? Pesquisas apontam que eleger regiões prioritárias e espécies que estejam no topo da lista é uma escolha que tem dado bons resultados.

Existem várias organizações não governa-mentais (ONGs) que defendem os Hotspots do planeta e que aceitam trabalho voluntário. Colaborar com elas é uma forma de fazer algo para combater a extinção em massa de espécies.

Várias instituições científicas e ONGs têm trabalhado para reproduzir em cativeiro espécies ameaçadas.

Outra técnica usada para evitar a extinção é a captura de filhotes de espécies ameaçadas em clara situação de perigo.

Outra saída é a utilização de bancos genéticos, modelo muito usado para a preservação de vegetais, para a conservação de espécies ameaçadas.Há também trabalhos que cuidam de evitar a matança de espécies assim que nascem como é o caso do Projeto Tamar, que ajuda a salvar as tartarugas marinhas.


Contrabando de animais
"Enquanto estivermos matando e torturando animais, vamos continuar a torturar e a matar seres humanos - vamos ter guerra. Matar precisa ser ensaiado e aprendido em pequena escala; enquanto prendermos animais em gaiolas, teremos prisões, porque prender precisa ser aprendido em pequena escala; enquanto escravizarmos os animais, teremos escravos humanos, porque escravizar precisa ser aprendido em pequena escala."

Biopirataria
A biopirataria é a exploração, manipulação, exportação e/ou comercialização internacional de recursos biológicos que contrariam as normas da Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992.


É uma forma de pirataria moderna.
Essa biopirataria prejudica a Amazônia porque ela faz diminuir o número de espécies da fauna e da flora.


Algumas espécies de animais mais contrabandeadas

Mico-estrela (Callithrix jacchus)
Macaco-prego (Cebus apella)
Preguiça-de-três-dedos (Bradypus tridactylus)
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
Cascavel (Crotalus durissus)
Jacaré (Caiman latirostris)
Iguana (Iguana iguana)
Pássaro-preto (Gnorimopsar chopi)
Curió (Oryzoborus angolensis)
Papagaio verdadeiro (Amazona aestiva)
Cardeal (Paroaria dominicana)

Curiosidades

Só 10% dos 38 milhões de animais capturados ilegalmente por ano no Brasil, chegam a ser comercializados, os 90% restantes morrem por más condições de transporte;
Uma arara-azul pode chegar a valer US$ 60 mil no mercado internacional;
A internet é um dos meios mais utilizados para a venda ilegal de animais silvestres;

A pena para os traficantes é de seis meses a um ano de prisão, além de multas de até R$ 5.500 por exemplar apreendido;
No mercado mundial de medicamentos 30% dos remédios são de origem vegetal e 10% de origem animal;
A falta de fiscalização e controle das espécies nativas abre as portas para a biopirataria e dá ao Brasil um prejuízo diário de US$ 16 milhões.
A seguir vamos ver como é a fauna brasileira em um vídeo que mostra diversas espécies de animais que estão presentes em nossa natureza, algumas em extinção devido à falta e consciência do homem. As pessoas tem que aprender a preservar mais a natureza e os seres que nela vivem. Confira a sequência de imagens logo abaixo:



Conheça as espécies da fauna silvestre que o IBAMA libera para ser criadas e comercializadas com a finalidade de animal de estimação:
1. Classe Aves
Nome cientifico                         Nome comum
Cyanocompsa brissonii              Azulão verdadeiro
Cyanocompsa cyanoides            Azulão da Amazônia
Saltator maximus                     Tempera-viola
Saltator similis                         Trinca-ferro verdadeiro
Carduelis magellanica               Pintassilgo
Gnorimopsar chopi                    Graúna
Amazona aestiva                      Papagaio verdadeiro
Amazona amazônica                 Papagaio do mangue
Ara ararauna                            Arara canindé
Ara macao                               Arara canga
Ara chloropera                          Arara vermelha grande
Ara severa                               Maracanã-guaçu
Aratinga aurea                         Jandaia-estrela                
Aratinga auricapilla                   Jandaia
Aratinga cactorum                    Periquito da caatinga
Aratinga jandaya                      Jandaia verdadeira
Aratinga leucophthalma            Periquitão-maracanã
Aratinga solstitialis                   Jandaia
Aratinga weddellii                     Jandaia de cabeça azulada
Brotogeris versicolurus              Periquito de asas amarelas
Brotogeris chiriri                       Periquito de encontro amarelo
Brotogeris cyanoptera               Periquito-de-asa-azul
Brotogeris chrysopterus             Periquito de asas douradas
Brotogeris sanctihomae             Periquito estrela
Deroptyus accipitrinus               Anacã
Diopsittaca nobilis                    Maracanã-pequena
Forpus passerinus                   Tuim-santo
Guarouba guarouba                 Ararajuba
Graydidascalus brachyurus        Curica-verde
Myiopsitta monachus                Caturrita
Nandayus nenday                    Jandaia de cabeça negra
Orthopsittaca manilata             Ararinha do buriti
Pionites leucogaster                Marianinha-de-cabeça-amarela
Pionites melanocephala           Periquito de cabeça preta
Pionus menstruus                   Maitaca
Pionus maximiliani                  Maitaca-verde
Pionus fuscus                         Maitaca-roxa
Propyrrhura auricollis               Maracanã-de-colar
Propyrrhura maracana             Maracanã
Propyrrhura couloni                 Maracanã-de-cabeça-azul
Triclaria malachitacea              Araçuaiava
Ramphastos toco                    Tucano
Turdus rufiventris                    Sabiá-laranjeira
Paroaria coronata                   Cardeal
Sicalis flaveola                       Canário-da-terra
Sporophila angolensis             Curió
Sporophila caerulescens           Papa-capim
Sporophila lineola                    Bigodinho
Sporophila maximiliani            Bicudo
Sporophila nigricollis                Coleiro-baiano
Zonotrichia capensis               Tico-tico
2 – Classe Répteis
Iguana iguana                        Iguana
Polychrus acutirostris                Lagarto-preguiça
Polychrus marmoratus              Papa-vento

Sinto em dizer mais isto e uma vergonha para nós brasileiros e um incentivo para os traficantes de animais continuarem a degradação de nossa fauna.
Isto também vale para outros países de nosso planeta que estão destruindo seus ecossistemas ou que já os destruirão.
Sabemos o que fazer e porque não fasemos?
Apenas conscientizemo-nos, que seremos influenciadores da sociedade.
Pequenos atos mudam o mundo, não espere apenas dos governantes, aja e não seja mais um a destruir!
como você quer deixar o mundo para seus descendentes ?