CAETÉS
Cau-ete, mata primitiva. Tribo indígena oriunda do tronco tupi que vivia no território tribal compreendido entre a ilha de Itamaracá, Igarassu, Pernambuco, até a foz do rio São Francisco, na divisa dos estados Alagoas e Sergipe.
Na Carta de Pero Vaz de Caminha esta tribo é apresentada como de feição parda, algo avermelhadada, de bons rostos e bons narizes, em geral são bem feitos, andam nus, sem cobertura alguma, não fazendo menor caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas, e nisso são tão inocentes como quando mostram o rosto. Estudos demonstram que eles eram exímios pescadores e caçadores, construtores de embarcações e que cultivavam milho, feijão, fumo e mandioca.
A tribo caeté entre em confronto com os portugueses tão logo foram sendo escravizados para desenvolvimento da cana-de-açúcar. Entrando em confronto com os propósitos lusitanos, tornaram-se inimigos destes. Mantinham comércio com holandeses e franceses.
Esta tribo indígena é acusada pela história oficial como aquela que. por ocorrência do naufrágio do navio Nossa Senhora da Ajuda, em 1556, nos nos baixios de d. Rodrigo,hoje Barra de São Miguel, em Alagoas, que levava o bispo do Brasil, D. Pero Fernandes Sardinha, quando este e seus 98 tripulantes caem nas mãos e se tornam vítimas dos índios antropófagos. Tal incidente provocou a fúria da Igreja e da Inquisição, a ponto de promover juntamente com forças lusas uma repressão para dizimá-la completamente da face da terra.
Hoje vários estudos colocam em dúvida o incidente antropofágico que resultou na alcunha de que todo alagoano é um papa-bispo, direcionando que a verdadeira morte do primeiro bispo do Brasil ocorreu por vingança do Governador Geral, Duarte da Costa e seu filho Alvaro da Costa que poderiam ter tramado tal crime e incriminando os caetés.
Um comentário:
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