segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Ganhadora da prenda das 500.000 Visitas"


A ganhadora e de Minas Gerais.
Carolina Soares
 Quero agradecer pela sua visita e pelo comentário

Blog do netuno

Conquista 500.000 visitas!

500.000 visitas! :))))))

Olá a todos! Aproxima-se uma grande etapa neste blog: as 500.000 visitas!

Para comemorar, vai haver prenda, Um lindo color indigena Para quem tiver a sorte de ser o primeiro a ver este belo número 500.000

Aqui vai o que têm de fazer: Print screen do número 500.000 e comentário neste post. Ganha quem vir primeiro o número certo e em caso de empate na hora, ganha quem comentar primeiro.

Por isso, façam primeiro print screen, deixem comentário aqui e só depois mandem o vosso mail com o print para blogdonetuno@gmail.com

Obrigada a todos pelas vossas visitas e comentários, que fizeram deste blog o que ele é hoje :))

Filme A Missão, Dublado em Portugues (Roland Joffé, 1986)

A Missão

• título original:The Mission
• gênero:Drama
• duração:02 hs 05 min
• ano de lançamento:1986
• site oficial:
• estúdio:Enigma Productions / Kingsmere Productions Ltd. / Goldcrest Films International
• distribuidora:Warner Bros.

• direção: Roland Joffé
• roteiro:Robert Bolt
• produção:Fernando Ghia e David Puttnam
• música:Ennio Morricone
• fotografia:Chris Menges
• direção de arte:John King e George Richardson
• figurino:Enrico Sabbatini
• edição:Jim Clark
elenco:
• Robert De Niro (Rodrigo Mendoza)
• Jeremy Irons (Padre Gabriel)
• Ray McAnally (Altamirano)
• Aidan Quinn (Felipe Mendoza)
• Cherie Lunghi (Carlotta)
• Ronald Pickup (Hontar)
• Chuck Low (Cabeza)
• Liam Neeson (Fielding)
• Daniel Berrigan (Sebastian)
• Monirak Sisowath (Ibaye)
Nota: 4,2 (categoria/parâmetro: épico)

Apesar de contar com atores consagrados como Robert de Niro e Jeremy Irons, e ter conquistado uma Palma de Ouro em Cannes, e apesar de ser muito eficiente no registro visual do cotidiana e da arquitetura das missões católicas do século XVIII, além de mostrar um pouco a cultura indígena sul-americana, A Missão não é um bom filme. É extremamente conivente com a europeização que os jesuítas impuseram aos índios nativos sul-americanos, considerando, de certo modo, que se a dominação física é um pecado e ilegítima, a dominação cultural não é apenas aceitável, mas extremamente benéfica e fruto de ações humanitárias que têm as melhores das intenções.

A Missão cai no erro crucial de muitos filmes históricos que é simplesmente ignorar a ambivalência e a complexidade do contexto histórico e do processo histórico como um todo e simplificar e reduzir a situação narrada a uma luta épica maniqueísta entre o bem e o mau. Salvo um curto momento de lucidez em que o personagem narrador afirma que é interesse da Igreja manter seu domínio sobre os nativos americanos, já que não é mais soberana politicamente nos países europeus – momento de lucidez esse que não contribui para o desenvolvimento da história narrada e para a caracterização dos personagens – a religiosidade católica não é minimamente questionada – o próprio filme está permeado de simbologias católicas, fato que o torna descaradamente doutrinador – e os missionários são retratados de forma ingênua e mesmo infantil. Por outro lado, os índios convertidos são reduzidos a meros instrumentos manipuláveis, que se desprendem facilmente de sua cultura tradicional e tão arraigada para absorver uma cultura alheia de forma pacífica e até entusiástica – eles aparecem a todo momento defendendo os missionários e o próprio Deus católico. Não que algo semelhante não tenha acontecido historicamente, considerando o enorme poder de persuasão dos jesuítas, mas o filme não dá a nada disso uma dimensão crítica ou sociológica; pode-se dizer até que os índios retratados não têm personalidade, ou melhor, não têm a própria personalidade: eles absorvem a personalidade alheia e tomam ela para si, sem que isso pareça pelo menos um pouco merecedor de uma certa atenção e uma análise mais aprofundada.
E se o bem não é aprofundado, tampouco o mau o é. Os próprios interesses dos portugueses e espanhóis são mostrados só superficialmente, dando a impressão que eles agem mais por pura maldade do que por qualquer outra coisa. Ou ainda: que os interesses são a própria maldade – o chamado “capitalismo comercial” aparece como o grande vilão – em contraste com a pureza de virtudes dos jesuítas: a própria bondade (eles não têm interesse, só querem o bem) – a religiosidade católica aparece como a grande heroína. Não é relevante como historicamente ambos andaram de mãos dadas. Não se menciona no filme, por exemplo, que as missões funcionavam como um instrumento de colonialismo, já que, em troca do apoio da Igreja, o Estado monárquico se responsabilizava pelo envio e manutenção dos missionários, pela construção de igrejas, além da proteção aos cristãos.

Uma coisa é interessante. Muitos jesuítas, de fato, ingênuos, já submersos na moral religiosa que aprenderam desde criancinhas, acreditavam de fato que estavam fazendo o bem supremo aos índios, atuavam por pura “caridade” – outro dogma católico – e não por interesses. Portanto o erro do filme não é mostrar os jesuítas assim, mas compactuar com essa ingenuidade como se ela fosse legítima. Um filme muito melhor far-se-ia talvez demonstrando com um olhar questionador como um religioso absorve os valores da sua instituição até chegar ao ponto de entrar em paradoxo com a própria instituição que lhe ensinou a agir assim – não é isso que acontece quando, seguindo o Tratado de Madri de 1750, a própria Igreja que mandou os jesuítas construírem as missões lhes ordena que expulsem os índios delas?
É uma situação delicada, à qual não é dada importância. Ao invés disso, somos apresentados a um narrador que tenta transmitir carisma por meio de seu inabalável equilíbrio em cima do muro, mas que sinceramente não convence. Mais uma tentativa de bipolarização (jogar toda a maldade em cima de um único vilão, o Estado monárquico, o capitalismo comercial, e manter toda a bondade no herói, a Igreja, mesmo que, na sua eterna busca pela conciliação e pelos melhores caminhos, a pobre coitada tenha cometido alguns erros).

Para completar o quadro, o consagrado de Niro realiza uma atuação chocha, sem-graça, sem muita emoção, apresentando ao longo do filme feições muito parecidas. Seu personagem é um típico mercenário arrependido que se converte – após se infringir uma auto-penitência à lá Jesus Cristo (como se carregar um sacola de entulho montanha acima fosse lhe trazer de volta seu irmão e os índios traficados e etc, como se não fosse tudo um adulo de ilusão pra consciência, como se a moral católica tivesse algum sentido) – e passa a atuar nas missões sob as ordens de Gabriel, personagem de Jeremy Irons, que consegue uma atuação melhor, encarnando bem o jesuíta supercarregado de virtudes que só acredita no amor. A divergência luta armada x amor como modo de resistência é típica, e também pouco desenvolvida: ambos acabam virando personagens caricaturais, ou antes “tipos”.

- Por trás das câmeras
É válido nesse filme o esforço de produção, com o contrato de índios Waunana da Colômbia para interpretar os Guaranis, opção mais trabalhosa e também mais eficaz e verossímil do que o contrato de simples figurantes. Além disso, trata-se de uma tribo que, proporcionalmente ao histórico, vive situação de submissão cultural semelhante à dos Guaranis, dando ainda mais realismo às atuações e as emoções retratadas. Além disso, houve preocupação com a questão social do uso de nativos como atores para que desastres como os de Fitzcarraldo (projeto faraônico do diretor alemão Werner Herzog, que arrastou um navio de verdade morro acima na Amazônia) não se repetissem, embora, de fato, fosse impossível que não houvesse um certo trânsito cultural – unidirecional – durante esse processo, fato que é dissimulado nas entrevistas. Tudo isso é mostrado no extra no lado B do DVD, extra que, afirmo sem qualquer insegurança, é muito melhor do que o próprio filme, apresentando uma abordagem social e realista dos índios Waunana do século XX muito mais competente do que a simplificação romântica dos índios Guarani do século XVIII em A Missão.
A trilha sonora do filme conta com um dos grandes nomes do cinema nessa área, Ennio Morricone, apesar de não ser nada tão absolutamente imperdível.
A projeção nos banqueteia com imagens belíssimas, cenários de estupenda beleza que são capturados pelas lentes das câmeras de modo exemplar, o que rendeu à A Missão um Oscar de melhor fotografia, a única vitória entre as oito indicações que recebeu. Fato que nos remete a uma situação peculiar, nos alertando contra certas generalizações que muitas vezes tendemos a fazer: a Academia de Hollywood, tão comercial, pode, sim, se mostrar mais lúcida do que o consagradamente artístico Festival de Cannes.



prêmios:

OSCAR 1987
Ganhou
Melhor Fotografia

Indicações
Melhor Filme
Melhor Diretor
Melhor Figurino
Melhor Direção de Arte
Melhor Edição
Melhor Trilha Sonora

*BAFTA 1987
Ganhou
Melhor Ator Coadjuvante - Ray McAnally
Melhor Edição
Melhor Trilha Sonora

Indicações
Melhor Direção
Melhor Fotografia
Melhor Figurino
Melhor Filme
Melhor Produção
Melhor Roteiro
Melhor Som
Melhor Efeitos Visuais

David di Donatello Awards
Melhores produtores estrangeiros – Fernando Ghia, David Puttnam

Festival de Cannes
Palma de ouro – Roland Joffé
Grande prêmio técnico – Roland Joffé

Globo de Ouro
Melhor roteiro – Robert Bolt
Melhor trilha sonora original – Ennio Morricone

Assista o filme inteiro e dublado em Portugues.


domingo, 17 de abril de 2011

Mais um desatino que um senador diz sobre demarcação de terras indígenas


 O senador Jayme Campos (DEM) disse, na tribuna do Senado Federal esta semana, estar preocupado com o "aumento exacerbado" na ampliação e criação de novas reservas indígenas em Mato Grosso. “Documento da FUNAI já fala em ampliação de mais 35 reservas indígenas. Meu Deus, onde nós vamos parar? O Mato Grosso vai acabar.”, Afirmou o democrata.



 Ele protestou contra a deliberação de questões estratégicas – como na demarcação de terras indígenas.
 Segundo Jayme Campos, a sistemática atual não só desequilibra o ideal democrático de freios e contrapesos entre os poderes da República, como também desestabiliza e põe em xeque a garantia de princípios básicos, como a soberania nacional, o pacto federativo e o direito de propriedade.

 Mato Grosso vai acabar se deixar esses "Tucura" derrubando tudo. Terra desmatada para plantar e criar bois, já tem de sobra, o que esta acontecendo é o seguinte, preste atenção, O gafanhoto desmata, passa para o latifundiário, que coloca uns bezerros em área enorme, aí o tucura desmata, passa para outro fazendeiro, que coloca alguns bois, e assim vai, tomando conta de tudo, destruindo tudo, não produz nada, a terra só fica valorizando. VAMOS REGULARIZAR E MAPEAR ESSAS TERRAS VIA SATÉLITE, E COLOQUE BRINQUINHO NOS ANIMAIS, VAI SOBRAR TERRAS PARA PRODUZIR, DURANTE 20 ANOS, SEM PRECISAR DERRUBAR UMA SÓ ARVORE. ENTENDEU SENHORES? OU NÃO?
Será que Os povos brasileiros já se esquecerão que em 2009 o Senador Jayme foi condenado por desviar dinheiro da Educação, Pelo O juiz da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública, José Luiz Leite Lindote, Por prática de improbidade administrativa, durante sua terceira gestão, entre 2000 a 2004. O democrata foi condenado a pagar multa civil de 70 vezes o valor do salário que recebia como perfeito, o que equivale, em média, ao total recebido em cinco anos e oito meses. O valor deve ultrapassará o montante de R$ 700 mil.
Era que um Homem como este tem o direito de questionar ou não sobre demarcação de terras para os verdadeiros donos desta que já foi um verdadeiro paraíso

Para Campos, o Congresso não pode fugir à responsabilidade de participar ativamente em decisões relevantes para a segurança e o desenvolvimento do país. Ele defendeu a revisão dos dispositivos constitucionais pertinentes e a adequação das normas infraconstitucionais para que as 19 condições estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para demarcação de terras indígenas, se transformem em Lei e garantam a participação dos estados no processo demarcatório, ficando o Congresso com a palavra final.

O senador anunciou que apresentará um substitutivo à proposta de emenda à Constituição (PEC) 38/99, do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), recentemente desarquivada. Ele também anunciou a apresentação de um projeto de lei "compatibilizando, consolidando e aperfeiçoando diversas proposições já arquivadas, com propósito similar".

O senador João Pedro (PT-AM) disse, em aparte, que segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil vai bater o recorde na produção de grãos, o Congresso debate o novo Código Florestal e não há como ignorar a presença indígena no país, especialmente na Amazônia e no Mato Grosso. Para ele, definir a terra indígena não é simples e cabe à Antropologia resolver "questões imemoriais".

O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que a pressão sobre os estados da Amazônia seria menor se outros estados como São Paulo tivessem demarcado mais reservas indígenas. Ele defendeu a ampliação das áreas, mas sem retirar colonos assentados há dezenas de anos, e sugeriu que se utilizem as áreas dos parques nacionais.


Fontes de informações: Olhar Direto, Midia News


Índios ainda conseguem manter tradições seculares em Angra

Felipe de Souza
Índios da aldeia Sapukai, em Angra, convivem com a modernidade e tradições ancestrais

Entre dois mundos: Índios da aldeia Sapukai, em Angra, convivem com a modernidade e tradições ancestrais


Na próxima terça-feira  (19) será comemorado o Dia do Índio no Brasil, primeiros habitantes da terra que começou a ser colonizada há mais de cinco séculos, quando os portugueses chegaram ao litoral brasileiro promovendo um processo de migração que se estenderia até o início do século XX, e aos poucos foram estabelecendo-se nas terras que eram ocupadas pelos povos indígenas.
O processo de colonização levou à extinção muitas sociedades que viviam no território dominado, seja pela ação das armas ou em decorrência do contágio por doenças trazidas dos países distantes, ou, ainda, pela aplicação de políticas visando a "assimilação" dos índios à nova sociedade implantada, com forte influência europeia.
Embora não se saiba exatamente quantas sociedades indígenas existiam no local que seria batizado como Brasil à época da chegada dos europeus, há estimativas sobre o número de habitantes nativos naquele tempo, que variam entre um e dez milhões de indivíduos.
Números que servem para dar uma idéia da imensa quantidade de pessoas e comunidades inteiras exterminadas ao longo desses 511 anos, como resultado de um processo de colonização baseado no uso da força, por meio das guerras e da política de assimilação.
Uma das poucas aldeias a resistirem ao passar dos séculos é a Sapukai, no Bracuhy, em Angra dos Reis. Um de seus membros é o cacique João da Silva - que atende pelo nome Verá Mirim (Relâmpago Pequeno) na língua guarani -, de 94 anos, que está na aldeia há vinte e três anos.
A reserva - que foi demarcada há vinte e três anos, segundo o cacique - ainda mantém os antigos costumes indígenas.
- Desde a chegada de Pedro Álvares Cabral a cultura, religião e linguagem já existiam. Portanto mantemos os antigos costumes, como a dança e nossos rituais. Nossas crianças aprendem primeiramente a linguagem guarani, depois dos 12 anos é que elas são alfabetizadas em português - explicou João, que veio de Santa Catarina.
- Eu morava em Santa Catarina e meus pais foram para Porto Seguro na Bahia. Cheguei aqui há vinte e três anos, quando a área foi demarcada - afirmou.
O cacique também falou sobre a situação dos índios no Brasil.
- Antigamente o índio era desrespeitado, hoje isso mudou um pouco. Nós já existíamos antes da chegada dos colonizadores. A maior dificuldade para os indígenas é a demarcação da terra.
Sobre a lenda de que os índios seriam selvagens, o cacique desmistificou o fato.
- As tribos guaranis são pacíficas, caçamos apenas para comer.
Os habitantes da reserva plantam e colhem o que é necessário, e alguns realizam a venda de artesanatos na região central de Angra dos Reis.
A aldeia Sapukai possui uma unidade de saúde, em apoio ao atendimento indígena. No local também existe uma escola para o ensino de jovens e adultos, a EJA (Educação de Jovens e Adultos) Guarani. Da reserva se têm uma vista para a paradisíaca Baía da Ilha Grande.
Data foi criada na década de 40
O Dia do índio, 19 de abril, foi criado pelo então presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540, de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos".
Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América.
O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril.

Wagner Rodriguez
Angra dos Reis

Fonte:  Diário do Vale